quarta-feira, agosto 31, 2005

Município da Lousã viveu dia histórico


Foram ontem apresentados na Lousã os projectos de execução da variante a Foz de Arouce e da beneficiação da EN 342, entre Lousã e Arganil, cujas obras arrancam no segundo trimestre do próximo ano. A cerimónia foi presidida pelo secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações que anunciou a elaboração de um estudo prévio para a construção de uma nova EN 342 entre aqueles concelhos, de modo a criar uma alternativa de ligação entre o IC6 e o IC2 e IC3

O secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, presidiu ontem à apresentação da variante a Foz de Arouce, uma velha aspiração do concelho da Lousã, cujo concurso público será lançado durante o mês de Setembro.
Este é o dia mais feliz do meu trajecto autárquico ao nível da realização pessoal, exclamou o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Fernando Carvalho, ciente de que desta vez o processo vai mesmo avançar.
O contentamento do edil levou-o a afirmar que o governante vai ficar na história do concelho por ter resolvido uma questão que se arrasta há décadas e que ultimamente, em 2000, tinha sido alvo de um protocolo que acabou por não ter seguimento no anterior Governo, apesar das sucessivas promessas, segundo refere o autarca lousanense.
A variante a Foz de Arouce terá uma extensão de 6,8 quilómetros, sendo 5,7 correspondentes ao traçado da EN 236 entre a Lousã e a Estrada da Beira, na zona da Ponte Velha, e os restantes ao traçado de ligação à Lousã.

terça-feira, agosto 30, 2005

Variante de Foz de Arouce dá hoje primeiro passo

A Lousã dá mais um passo nas desejadas melhorias de acessibilidades. Hoje vai ser feita a apresentação dos projectos da EN236, a desejada variante de Foz de Arouce, e a beneficiação da EN342, entre Lousã, Góis e Arganil

O secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, está hoje na Lousã, presidindo à cerimónia de apresentação da Variante de Foz de Arouce (ligação da EN17 à Lousã) e da beneficiação da EN342, entre Lousã, Góis e Arganil.
Tratam-se de duas obras de grande importância, não só para a Lousã, mas, e o caso da EN342, para os concelhos de Góis e Arganil, na medida em que a actual via que serve estes concelhos (EN342) não oferece as necessárias condições de circulação.
Há muitos anos que o concelho luta por esta obra que finalmente é possível lançar a concurso, disse Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, referindo-se à variante de Foz de Arouce, há mais de 20 anos reclamada. Uma via fundamental, na medida em que melhora as acessibilidades entre a Lousã e Coimbra, substituindo a actual via onde semáforos e ruas estreitas, onde em certos locais os veículos circulam de forma alternada, dificultam o acesso à vila. A nova via vai permitir um acesso mais rápido e seguro entre a Lousã e Coimbra, disse o autarca.
A variante de Foz de Arouce é hoje oficialmente apresentada, esperando o autarca que o concurso público possa ser lançado de imediato». Aliás, Fernando Carvalho acredita que o concurso só não é lançado hoje por razões de ordem administrativa».
A variante de Foz de Arouce vai partir da EN17, ligando a aldeia de Ponte Velha à Lousã, indo entroncar na Avenida do Brasil, em pleno centro da vila. Ao todo serão cerca de sete quilómetros de via totalmente nova, esclarece o edil, adiantando que a infra-estrutura vai passar sobre o rio Ceira (onde será construída uma ponte), Foz de Arouce, terminando na Lousã. Perspectivas do autarca apontam para um ano e meio de obra.
Na mesma cerimónia será apresentada a beneficiação da EN342, entre Lousã, Góis e Arganil, também esta uma infra-estrutura desejada pelos três concelhos, na medida em que a actual via não oferece as necessárias condições de circulação, salientou Fernando Carvalho. Recorde-se que a EN342 já foi alvo de beneficiação até à Lousã, tendo entrado em funcionamento em finais do ano passado. Agora a estrada vai continuar a ser alvo de beneficiação até Góis e Arganil.
A cerimónia de apresentação das vias vai ter lugar pelas 17h00, no salão nobre da Câmara Municipal da Lousã, contando com intervenções do presidente da Câmara e do secretário de Estado adjunto. Antes, porém, será feita uma apresentação das obras por Carlos Santinho da Horta, director de empreendimentos da Estradas de Portugal, e por José Gomes, director de estradas do distrito de Coimbra.
Lousã terá agora todas as condições para exigir e comandar a reivindicação da ligação a Coimbra. Nada de fanfarronices do alargamento da EN17 como foi preconizado pelo presidente de Poiares, que agora foge com o rabo à seringa dizendo que está tudo mal.
Uma ligação da Ponte Velha ás Torres do Mondego pela Serra do Carvalho era um tirinho.

segunda-feira, agosto 29, 2005

Carta aberta de Manuel Miguel aos Poiarenses



Autárquicas 2005



Amigas e Amigos

Tenho a obrigação de informar os poiarenses e todos os que votam em Poiares das razões que me levam a aceitar o convite do Partido Socialista para me candidatar à presidência da Câmara de Poiares. E convidá-los a votarem em mim.
Sou natural de Poiares, filho de poiarenses, o António Miguel e a Benvinda Martins, bem conhecidos, onde me mantive até finais de 1966, mas nunca deixei de vir a Poiares e de ter cá os meus amigos e irmãos que todos bem conhecem.
Fui funcionário da Companhia Eléctrica das Beiras.
Como tantas centenas de poiarenses tive que sair de Poiares, procurando uma vida melhor. Estudei, fui empregado em várias empresas, procurando sempre um melhor nível de vida. Nunca fui despedido de qualquer lado. Tenho as maiores e melhores referências profissionais. Obtive uma vasta experiência em gestão que quero pôr ao serviço desta terra, que me viu nascer, gente boa que merece ser dignificada, tal como sempre tratei e fui tratado nas diversas funções que desempenhei.
Fui gestor e professor do ensino superior. Ainda exerço gratuitamente funções em organizações sociais. Tenho disponibilidade, competência e saúde. Sou e sempre fui um homem de rigor, de transparência dos meus actos, respeitado por toda a gente e respeitador de todos, quaisquer que sejam as suas convicções.
Sempre lutei pela verdade, porque só a verdade liberta as pessoas.
Quero ajudar os poiarenses a melhorar a sua qualidade de vida. Sempre respondi positivamente, quando fui contactado por Poiares para ajudar e/ou intervir, quer pessoalmente, quer no âmbito dos cargos que desempenhava.
Tenho uma equipa de pessoas com capacidade para dirigir os destinos de Poiares, com respeito por todos, com garantia de honestidade, justiça, rigor e competência.
Os Poiarenses, comigo, terão a garantia de serem ouvidos e de em conjunto construirmos um concelho onde os que criam riqueza sejam participativos, para podermos todos ocorrer aos mais necessitados.Termos melhor qualidade de vida tem que ser uma exigência constante.
Para nós as pessoas não serão apenas uma coisa, mas sim uma referência constante daqueles que servirão o concelho nas mais diversas funções, ao serviço da causa pública.

Poiares quer central termoeléctrica


O presidente da Câmara Municipal de Poiares está empenhado no planeamento e ordenamento da floresta ardida no seu concelho. A solução apresentada por Jaime Soares passa pela criação de uma central termoeléctrica e por aquilo a que chama "expropriação urgente de mais valia".

As medidas que o autarca de Poiares pretende dar a conhecer e discutir com o Governo visam contrariar tudo o que tem acontecido (os fogos florestais), apostando-se num melhor planeamento e ordenamento da floresta. Para tal a aposta passaria, antes de mais, pela limpeza das matas que já arderam, rentabilizando os produtos das matas ardidas numa perspectiva de criação de um projecto inovador, moderno e com garantias.
Para Jaime Soares, a solução seria a instalação no seu concelho de uma central termoeléctrica. Ninguém vai ter capacidade de limpar as matas se não criarmos uma estrutura que aproveite imediatamente e no local o produto ardido ele acaba por apodrecer, justifica o edil, sublinhando que a criação de uma central para transformação dos produtos em biomassa e energia seria até uma forma de rentabilização económica.
Sabemos que há falta de energia, por isso temos de criar energias alternativas», afirma, sublinhando a necessidade de produzir este tipo de energia nos locais onde há a matéria prima.
Vila Nova de Poiares seria um desses locais, não só pela vasta mancha florestal ardida, mas também pela sua localização estratégica, perto de Coimbra, da Lousã, de Penacova, de Miranda e de toda a região. Defende, portanto, a criação de uma central termoeléctrica em Poiares e também na Pampilhosa da Serra por forma a abranger toda a região.
Da parte da Câmara Municipal há toda a disponibilidade para levar por diante todas as diligências inerentes a este processo, garante Soares, adiantando até que o Município porá à disposição do Governo todos os terrenos necessários para a concretização do projecto. Por outro lado, o autarca manifesta a disponibilidade da autarquia para entrar em sociedades que se criem para o efeito.
Em ofício enviado ao primeiro ministro, Jaime Soares solicita a marcação de reuniões com os ministros da Economia e Inovação e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas para apresentação desta e de outras propostas.

Reflorestação através de associativismo florestal

As propostas de Jaime Soares vão também no sentido da reflorestação da área ardida. Uma reflorestação que passa pelo planeamento e ordenamento, diz Soares, cuja proposta vai no sentido da criação de uma floresta inovadora, moderna, rentável e resistente ao fogo, através de uma reflorestação com espécies como castanheiro, nogueira ou cerejeira.
A reflorestação que pretende passa por aquilo a que chama expropriação urgente de mais valia, ou seja, fazendo uma alteração à Lei vigente por forma a que os muitos proprietários em determinadas manchas florestais sejam obrigados ao emparcelamento, no sentido de integrar os espaços mais pequenos num todo.
No fundo, explica o autarca, trata-se de criar um espaço global para plantação das espécies indicadas e todos os proprietários receberiam percentagem igual dos rendimentos, funcionando em associativismo florestal.
Este plano de reflorestação implicaria necessariamente uma alteração à lei, já que, sublinha Soares, há sempre aqueles mais teimosos que não vão querer emparcelar.
No que concerne às manchas florestais municipais, Jaime Soares pôs já mãos à obra, estando a autarquia a cortar as matas municipais essencialmente eucaliptais e pinhais, para aí se plantarem espécies autóctones (castanheiro, nogueira, cerejeira) e pastorícia, zonas que se já existissem teriam travado o fogo», explica o presidente.
Aliás, adianta, foi este mesmo fogo que travou os trabalhos que vinham sendo desenvolvidos. O próximo passo nesta matéria passa pelo levantamento dos proprietários florestais do concelho para os ouvir, propor este plano de planeamento e ordenamento da floresta e ao mesmo tempo sensibilizá-los, adianta.
E porque há e vai haver sempre períodos de seca como aquele que se está a viver em Portugal, o autarca de Poiares defende também para o seu concelho a criação de açudes de retenção de água nos rios Ceira, Mondego e Alva, uma forma de ter água para rega, para ataque aos fogos e para tornar o ambiente mais húmido.
Queremos ser parte activa num processo que ajude não só as populações do concelho de Poiares, mas também daqueles outros concelhos nossos vizinhos que sofreram de igual forma o drama dos incêndios florestais, sublinha Jaime Soares, solicitando por isso o empenhamento pessoal do primeiro ministro José Sócrates.

domingo, agosto 28, 2005

Assim ficou a Mata de Vale de Canas em Coimbra





O ICN espera que, dentro de 5 anos, a zona inferior da mata esteja regenerada. Ardeu 80 por cento e o futuro é de trabalho numa reflorestação que se adivinha demorada.

Exército abastece Miranda do Corvo ........

Quatro autotanques do exército e dois dos bombeiros estão a abastecer os reservatórios de água do concelho de Miranda do Corvo. A falta de água é «preocupante», diz a autarquia, que se viu ainda obrigada a comprar água a Coimbra e a investir na construção de furos e substituição da rede de águas

O sistema está quase na ruptura, não sendo possível garantir o abastecimento de água continuamente, sublinha em comunicado a Câmara de Miranda do Corvo. Uma situação que obrigou a autarquia a apelar a todos os munícipes no sentido da racionalização e aproveitamento de água, sob pena de existirem cortes no abastecimento.
Esta situação exige um esforço adicional de todos os munícipes, sublinha a autarquia que, face à gravidade da situação, fez um apelo ao Governo Civil de Coimbra no sentido de se conseguir a colaboração do exército.
Essa colaboração já está em funcionamento e no terreno estão quatro autotanques do exército que estão a transportar água de Coimbra para Miranda do Corvo para abastecimento dos reservatórios de água do concelho.
A estas viaturas juntam-se mais dois autotanques alugados, um dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo e um dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Incêndio de Coimbra com origem criminosa



Conhecedores profundos do local onde deflagrou o incêndio que viria a atingir Coimbra, os Voluntários de Poiares elaboraram um relatório cronológico e geográfico das circunstâncias, apontando para origem criminosa. Um infortúnio no combate inicial e a ausência de meios aéreos nesse período terão permitido a evolução das chamas
Fundamentando-se em registos e documentos operacionais durante o período crítico dos fogos - e no conhecimento técnico e efectivo do terreno - a corporação dos Bombeiros Voluntários de Poiares diz que o fogo que acabaria por ter proporções gigantescas e atingir Coimbra teve origem criminosa.
Num relatório a que o DC teve acesso, os bombeiros esclarecem, primeiro, que se verificou um fogo, pouco depois das 19h00 do dia 19, em Vale de Carvalhal/Póvoa da Abraveia, com origem num tractor, que se incendiou.
Dado como extinto às 20h30, teria um reacendimento brutal às 13h12 do dia seguinte (20 de Agosto, sábado), avançando para sul, no sentido da Estrada da Beira, com as povoações de Ponte Velha, Covelos e Mata no seu caminho.
Auxiliado pelo vento forte, galgou a EN 17, entre os lugares de Ponte Vela e Segade, propagando-se para Pegada, Pousafoles e outros lugares dos concelhos da Lousã e Miranda do Corvo. Totalmente extinto em Poiares, por volta da meia-noite de sábado, continuaria em Lousã e Miranda, onde ficou circunscrito às 3h00 de domingo. Extinto também, teve alguns reacendimentos em Segade (Miranda do Corvo), rapidamente controlados.
Ora, dizem os Bombeiros, este incêndio nada tem relação com o que viria para a cidade de Coimbra, mas sim um outro, que deflagrou posteriormente em Soutelo, a cerca de oito quilómetros do local onde os bombeiros ainda faziam operações de rescaldo (alto de Segade), no domingo. E foi este foco, com indícios concludentes de fogo criminoso, dado o local, forma e modo como se desenvolveu, que originou a situação mais problemática, sobretudo depois de se ter encontrado com outro incêndio, com origem em S. Frutuoso. Mais: para os Voluntários de Poiares, quem ateou os fogos conhece bem a zona e os meios que estavam no terreno», pois o novo foco obrigou à mobilização dos recursos, nomeadamente das viaturas que vigiavam a Serra do Carvalho, uma vigilância continuada por razões óbvias e que o incendiário tão bem soube controlar.
Também o azar teve uma palavra a dizer na propagação das chamas: estava o incêndio praticamente extinto quando faltou a água numa das frentes do fogo, gorando o êxito da operação. Para maior lamento, passou nas imediações uma viatura dos Voluntários de Penacova que, todavia, os elementos da corporação de Poiares não conseguiram alertar.
Sem resistência, tocado pelo vento, o fogo ganhou velocidade e dimensão, mas com direcções inconstantes, dirigindo-se para as povoações de Terreiros de Santo António, Terreiros e Carvalho. Depois de passar Terreiros, com ventanias sul/sudoeste, avançou perigosamente para Carvalhos, onde se concentraram os meios de combate.
Porém, foi impossível evitar que as chamas progredissem e acabassem por galgar o Rio Mondego e a EN-110, propagando-se às matas dos concelhos de Coimbra e de Penacova.

Três novos focos em simultâneo

Entretanto, e a alimentar a tese de crime, os bombeiros asseguram que estava a decorrer o combate a este incêndio quando eclodiram mais três em simultâneo: um na EN-17, junto a S. Frutuoso, outro em Canas e um terceiro em Braços. Deflagraram às 17h10 de domingo por, segundo os bombeiros, acção criminosa. E o de S. Frutuoso, apesar da pouca velocidade de frente devido ao vento norte/sul, foi flanqueado para a direita, em direcção a Ribas (Poiares), mas também para a esquerda, dirigindo-se a Ceira. As cabeças dos fogos de S. Frutuoso e de Soutelo encontraram-se às 22h00 de domingo, na povoação de Carvalho.
De grande brutalidade, acentuam os bombeiros, os fogos separaram as suas frentes, dirigindo-se uma para Coimbra e outra para Poiares, atingindo aqui as povoações de Castro, Pereiros, Algaça, Vale de Carvalhal e Ribas. Em Poiares, foi dado como extinto às 10h00 de segunda-feira, dia 22. Por essa altura, Coimbra apercebia-a a pouco e pouco do que sucedera durante a madrugada, com a Mata de Vale de Canas devorada e o Pinhal de Marrocos engolido. As chamas prosseguiam ainda em zonas periféricas, destruindo zonas de Castelo Viegas e de Almalaguês, a caminho de Miranda, que ultrapassaram, chegando a Penela.
O relatório, explicam os Bombeiros de Poiares, pretende contribuir para o esclarecimento de quantos focos existiram, das suas causas, e também para contrariar declarações de alguma imprensa que deveria ser mais comedida, até porque não estão na posse de informações credíveis.

Bombeiros transportam água

Depois de a Comunicação Social ter dado conta da ajuda do exército no transporte de água às populações de Miranda do Corvo, os Bombeiros Voluntários de Poiares felicitam o gesto e a disponibilidade das Forças Armadas, recordando, contudo, que tal é uma das suas funções enquanto elemento da Protecção Civil tambem os Bombeiros transportam agua. Por outro lado, consideram que a notícia tras para primeiro plano quem, gratuitamente, está também a transportar água para Miranda do Corvo, no caso as Forças Armadas, disponíveis, voluntária e gratuitamente, ao serviço das populações juntamente com os Bombeiros de Poiares, seja qual for o município.

Caso actuassem à nascença do fogo os meios aéreos teriam evitado propagação

Foi um Jaime Soares indignado que agora no seu terreno e a ter que prestar contas aos seus municipes que quebrou o silêncio que vinha mantendo sobre os fogos e posteriores comentários, sobretudo os de teor político, lamentando que se esteja a utilizar vergonhosamente a problemática dos fogos florestais em guerrilhas partidárias.
Quem não tem conhecimentos técnicos como muitos elementos do seu partido, quem não sabe distinguir um sobreiro dum freixo ou duma azinheira, deveria estar calado, observa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares.
Os fogos evitam-se, não se combatem, argumenta, para depois acentuar que, aquando dos combates, os meios têm se ser bem usados.Os fogos evitam-se com muito dinheiro e com muitos subsidios como dizia Fernando Ruas, mandem para ca dinheiro que a gente apaga os fogos.
O Comandante de Bombeiros Jaime Soares, baralhando a sua função de bombeiro com a de autarca lamenta ainda o que designa de «discriminação sectária», pois o Plano Especial de Emergência Distrital, accionado pelo governador civil, é de todos os concelhos do distrito e não apenas de alguns dos que foram afectados.
Os autarcas das Freguesias de Poiares e mesmo o presidente da Câmara de Poiares nunca foram contactados por Henrique Fernandes a propósito dos incêndios e das necessidades deles decorrentes. tambem o presidente da Camara nunca falou com os presidentes das Juntas nem com as associações interessadas. Quanto aos apoios imediatos prometidos em Coimbra pelo Governo - em reunião com autarcas de áreas atingidas e que se mostraram disponiveis,Jaime Soares não terá sido contactado porque andava com os seus bombeiros nos rescaldos. As câmaras estão sempre à espera dos subsidios ? o edil de Poiares diz que as câmaras ainda estão à espera.
Como diz Fernando Ruas, mandem dinheiro que a gente toma conta dele.....
É tudo um trinta e um de boca, desabafa ele e desabafamos nós.

quarta-feira, agosto 24, 2005

Estado deve ser exemplo na Gestão Florestal

Estado deve ser exemplo na gestão florestal, diz ministro

O ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas defendeu esta quarta-feira que o Estado deve impor-se aos privados como exemplo na limpeza e gestão das áreas florestais que tem a seu cargo.

O Estado não pode exigir aos privados o que ele não cumpre, declarou Jaime Silva, durante uma visita à Lousã, no distrito de Coimbra, destinada a inteirar-se dos prejuízos causados pelos últimos incêndios no concelho e das acções locais de preservação da floresta.

Jaime Silva recordou que o Estado detém a gestão de 9% dos espaços florestais do país (incluindo matas nacionais e baldios).

Na parte pública da floresta, há bons exemplos de ordenamento, disse, admitindo que o Estado vai imprimir mais rigor a este nível, para poder exigir mais dos particulares.

O Governo está determinado a reforçar a fiscalização e penalização dos privados que negligenciem o acompanhamento dos projectos florestais apoiados por fundos nacionais e comunitários, fazendo ainda cumprir legislação diversa sobre a protecção da floresta e prédios urbanos contra incêndios.

«Vamos ter uma atitude firme», garantiu Jaime Silva, acrescentando que esta responsabilidade cabe a diferentes serviços da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, em especial à Polícia Florestal, e às autarquias.

Em várias zonas onde os incêndios consumiram este ano maiores áreas do coberto vegetal nacional, «não foi feita uma gestão activa da floresta», lamentou.

segunda-feira, agosto 22, 2005

«A gente sabe que é para arder tudo»

Dia infernal na região



População conforma-se com devastação de novos incêndios

Pessoas já aceitam isto como uma fatalidade?


Dez casas queimadas em Ceira
Durante a noite de domingo para ontem, o fogo, vindo de Torres do Mondego, rondou a zona limítrofe da cidade, sem consumir qualquer habitação.

Descontrolo na Serra do Carvalho poderia ter sido evitado
Críticas contra "insuficiência" de meios
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra e o comandante dos Bombeiros Sapadores criticaram ontem a insuficiência de meios no combate aos incêndios que lavram na cidade e nos arredores

Chamas entraram nas instalações da Cáritas de Coimbra
Perigo às portas do Sobral Cid
Viveram-se horas de pânico junto ao hospital Sobral Cid, na freguesia de Castelo Viegas.


Ardeu 80% da mata de Vale de Canas
Devastador. Cerca de 80% da Mata Nacional de Vale Canas foi devastada pelo fogo, no entanto, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra garante que para algumas das espécies afectadas pelas labaredas ainda há possibilidades de regeneração.

Accionado o Plano de Emergência
O fogo saltou o rio e entrou na cidade de Coimbra
Ao pânico da noite, seguiu- -se a esperança de tudo terminar com o raiar do dia. Não foi assim, o inimigo não se abateu com a luz do Sol, momentos houve em que a dança entre as chamas e o vento todos baralhava.

Água e meios de combate insuficientes para contrariar a força e a dispersão do fogo
Incêndio fora de controlo dentro da cidade e na periferia
Depois de uma noite de pesadelo, em que o incêndio andou descaradamente pela cidade de Coimbra, o dia de ontem não trouxe melhoras.

Vila Nova de Poiares.Chamas ameaçaram povoações
A situação ainda está má, já estiveram ameaçadas várias povoações, mas estamos a conseguir afastar o fogo. Palavras de populares, ontem à noite, quando o fogo ainda lavrava com muita intensidade na zona de Soutelo

Em Semide, Miranda do Corvo Ardeu quase tudo
A situação acalmou, ao final da tarde, na freguesia de Semide, depois de quase tudo ter ardido, mas as atenções centravam-se, ao princípio da noite, em duas frentes de fogo que, do lado de Vale de Açor e Almalaguês(...)

Para actuarem enquanto for necessário
Helicópteros alemães chegaram a Santa Comba
Chegaram ontem, ao princípio da noite, a Santa Comba Dão, dois dos três helicópteros disponibilizados pela Alemanha, em resposta ao pedido de apoio do Governo português.

Pinhal de Marrocos em Coimbra ardeu quase por completo
Muito esforço popular e baldes de água
O incêndio começou na Serra do Carvalho, na tarde de domingo, mas transpôs o rio e entrou, literalmente, dentro da cidade.


Restam oito hectares na Pampilhosa da SerraÉ de negro que se pinta a paisagem na Pampilhosa da Serra. Depois da chacina dos incêndios fazem-se contas à desgraça consumida, primeiro em 96 horas a arder, seguidas de um segundo incêndio que durou mais 48 horas.

domingo, agosto 14, 2005

POIARES - Prepara-se para eleições


Famílias carenciadas recebem casas-gaiolas.Cerca de 40 famílias carenciadas de Vila Nova de Poiares vão receber, ainda este mês, casas de habitação social, fora das suas aldeias, desenraizando-as dos seus ambientes. Construídas pela autarquia nos bairros Dr. Martins Vicente, em Pinheirais, e em Vale Gião são efectivamente o cunho da desertificação das nossas aldeias. Trata-se de habitações de tipologia T1, T2, T3 e T4, com rendas simbólicas, cujos inquilinos, ao fim de um ano, podem candidatar-se à compra do imóvel abandonando assim as suas terras.

Para já são mais 36 famílias a fugir das aldeias, as primeiras a beneficiarem de casas de habitação social atribuídas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares que é pioneira na promoção da desertificação. Os 40 fogos construídos nos bairros sociais Dr. Martins Vicente, em Pinheirais, e no Vale Gião estão prontos a habitar e, de acordo com Jaime Soares, as primeiras casas vão ser entregues ainda durante este mês de Agosto e antes das eleições autarquicas às quais é o principal concorrente e beneficiario.Das 40 famílias escolhidas e seleccionadas que podem vir a beneficiar destas habitações sociais, 36 já têm o seu processo concluído, pelo que muito brevemente, o mais tardar até ao final do mês, vão poder receber as chaves da habitação que lhes coube em sorte. As restantes seis famílias, têm, ainda, o seu processo em estudo, pelo que deverão aguardar mais algum tempo até usufruírem desse direito.
Depois de analisada e discutida, a proposta do Gabinete de Acção Social de entrega destas habitações foi aprovada por unanimidade, como sempre, na última reunião do executivo camarário poiarense, o que significa que o consenso entre a maioria e a oposição foi facilmente alcançado porque a principal preocupação é o verdadeiro contributo para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos poiarenses que se estão a modernizar sublinhou Jaime Soares.
Com rendas praticamente simbólicas, que oscilam entre os 50 e 100 euros (entre 10 e 20 contos), os novos inquilinos podem, ao fim de um ano, candidatar-se à compra da habitação, revelou o autarca a quem o quis ouvir.
A aprovação da proposta do Gabinete de Acção Social foi, na óptica do autarca, o primeiro passo para a entrega definitiva das habitações, já que, conforme revelou, é necessário ainda definir e clarificar alguns casos concretos, de forma a não cometer nenhuma injustiça e assegurar que, efectivamente, as casas sejam entregues àqueles que mais delas necessitam.
O total de 40 fogos habitacionais construídos pela autarquia de Poiares não serão, nesta primeira fase, totalmente ocupados porque, refere Jaime Soares, depois de feito o estudo sócio-económico e o levantamento exaustivo dos casos de maior necessidade, foi possível identificar e contabilizar os casos mais preocupantes.
As conclusões deste estudo são extremamente animadoras, sustenta o edil, porque o número de casos de real necessidade é inferior ao que inicialmente supúnhamos.
A este facto não é estranho o trabalho que o município poiarense tem vindo a desenvolver na área da acção social, enfatiza o autarca. Acção social que vem acompanhando de perto todas as situações mais prementes e encetando esforços para que, sempre que possível, não seja necessário desenraizar as pessoas do seu habitat. Neste sentido, explica Soares, a autarquia tem acompanhado e assegurado obras de requalificação em casas degradadas em que actualmente vivem alguns dos casos sociais mais preocupantes.
Há que dignificar a condição humana, apoiando os mais necessitados e promovendo um verdadeiro apoio social e não uma simples caridade, conclui o edil de Vila Nova de Poiares.
Para a proxima a habitação social vai ser feita de aldeia em aldeia. Ate por causa dos fogos.

Uma Pintura de artista poiarense

SENHOR DA SERRA - Peregrinos prestam devoção a Cristo

Peregrinos de vários pontos da região Centro dirigem-se nesta altura do ano à localidade de Senhor da Serra, a fim de prestarem as suas devoções de fé, naquela que é considerada a maior e mais antiga romaria em honra de Cristo, da região Centro

Milhares de peregrinos dirigem-se ao Santuário do Senhor da Serra, o qual deu o nome a esta povoação da freguesia de Semide, concelho de Miranda do Corvo, a fim de prestarem devoção ao Santo Cristo, de hoje a 22 de Agosto.
A romaria do Senhor da Serra é uma celebração de extrema importância, que data de meados do séc. XVII, pois é a única na região em devoção ao Santo Cristo, base de todo o cristianismo no mundo e que acolhe pessoas oriundas dos mais diversos pontos do país. De Aveiro até Leiria, da Figueira da Foz até à Pampilhosa da Serra, são milhares os que durante os nove dias da romaria ali se dirigem para rezar ou mesmo para pagar as suas promessas ao Santo Cristo.
A população do Senhor da Serra desenvolveu-se em volta do santuário que a partir do final do séc. XVII, e devido ao grande fluxo de peregrinos que aí se dirigiam, necessitava de ampliações bem como de uma hospedaria. Era o maior santuário da região Centro, e teve no bispo conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina, o seu grande impulsionador durante o século XIX, até que as aparições de Fátima, devido à sua extrema importância, se impuseram como centro do êxodo de todas as peregrinações da fé cristã.
O padre António Pedro é o capelão do santuário que tem vindo a empregar esforços para que esta romaria volte a ter a importância que teve em tempos remotos.
A romaria vai perdendo a dimensão que tinha há anos atrás, seja devido à decadência de valores religiosos por parte da sociedade dos dias de hoje ou mesmo porque os peregrinos escolhem outras rotas de fé.
O mesmo afirma que deveria haver um maior interesse por parte das entidades regionais em volta desta tradição pois, para além de um grande valor cultural da região de Coimbra, o santuário está em vias de ser classificado como património regional.
Um parque de merendas foi já construído em Junho deste ano a fim de receber as excursões de peregrinos, mas seria necessário um parque de estacionamento para os autocarros que os transportam, bem como uma melhor ordenação dos tendeiros que ocupam a estrada impedindo a circulação dos veículos.

Góis homenageou os seus mortos ex-combatentes


O dia do município de Góis foi ontem comemorado com entusiasmo. Na tradicional sessão solene para evocar a data, o presidente da autarquia, José Girão Vitorino, além de homenagear algumas figuras que se destacaram no concelho, inaugurou um monumento em honra dos combatentes do ultramar. No seu discurso não se esqueceu de enumerar as obras que, afirmou, "a autarquia tem feito"

A forma como ontem José Girão Vitorino se dirigiu às cerca de meia centena de pessoas que assistiu à sessão solene evocativa do Dia do Município mais parecia um comício de pré-campanha eleitoral. O seu discurso baseou-se numa apreciação da qualidade e valorização das potencialidades de Góis em termos turísticos, e nas muitas obras que o executivo camarário fez. A tal ponto que, no final, o governador civil também não teve dúvidas em referir que Góis é um exemplo do que se faz bem em Portugal; que Góis é um município de atracção; e que é um município de futuro.O autarca sustentou que se vive em Góis em comunhão com a natureza, traduzindo o encanto natural da região que, garantiu, é potenciado por várias intervenções e obras realizadas pela câmara.

Monumento evoca combatentes do ultramar
Concelho de Góis perdeu 16 filhos


Momento de grande emoção aconteceu na Rotunda da Avenida Eng.º Augusto Nogueira Pereira, onde foi inaugurado um monumento erigido em honra dos combatentes do ultramar. Vários ex-militares da Associação de Combatentes do Ultramar Português (ACUP) marcaram presença na cerimónia, e a emoção foi ao rubro quando o presidente desta associação, José Ferreira Nunes, recordou os mais de 10 mil mortos e mais de 40 mil deficientes na guerra das ex-colónias.
Demos a vida para defender a pátria e, nesta ocasião, só me ocorre uma palavra para homenagear estes nossos companheiros: Saudade!.
Também Girão Vitorino, um antigo combatente, se emocionou ao recordar os seus conterrâneos mortos em combate e sublinhou a justeza deste monumento.
Já Henrique Fernandes, governador civil, disse que a «História não se pode apagar» e que este monumento «é a celebração da paz».
De autoria da arquitecta Elisabete Afonso, da divisão de Obras e Planeamento da autarquia, o monumento simboliza um barco, principal transporte dos militares para o ex-Ultramar nos anos 60.

O concelho de Góis perdeu 16 ex-combatentes, que ontem ficaram imortalizados no coração da vila.
São eles o
1.º cabo Álvaro Claro, morto na Guiné em 1967;
soldado Álvaro Loureiro Barata, (Guiné, 1967);
soldado António dos Anjos Maria (Guiné, 1974);
soldado Augusto Henriques (Angola, 1969);
soldado Carlos Alberto Monteiro de Sousa (Angola, 1961);
soldado Carlos Arlindo Pereira Rodrigues (Moçambique, 1968); furriel Gabriel Antunes Simões (Angola, 1966);
soldado Guilherme Maurício Henrique Neves (Angola, 1969);
1.º cabo Jaime Ribeiro (Angola, 1964);
soldado João Machado Tavares (Angola, 1970);
soldado José Barata (Moçambique, 1974);
soldado José Fernandes Joaquim (Moçambique, 1972);
soldado José Maria Palácio (Guiné, 1970);
soldado Luciano Assunção Antunes (Angola, 1962);
soldado Manuel Henriques Mateus (Guiné, 1969);
soldado Manuel Lourenço Oliveira (Angola, 1963),

sábado, agosto 13, 2005

S. Martinho da Cortiça aposta em dia radical

A VII edição do S. Martinho Trophy decorre já amanhã. Numa iniciativa da Projecto Juvenil ? Associação Radical, esta iniciativa visa proporcionar aos jovens do concelho de Arganil, e não só, a possibilidade de realizarem um conjunto de diferentes desportos radicais

A Associação Juvenil Projecto Radical vai realizar, amanhã, a VII edição do S. Martinho Trophy, em S. Martinho da Cortiça, concelho de Arganil. Esta iniciativa é constituída por uma prova de desportos de aventura, nomeadamente slide, BTT, canoagem, paintball, tiro com arco e vários jogos tradicionais.
Para além de constituir uma oportunidade para se disputarem provas radicais num ambiente salutar de competição ao ar livre, esta iniciativa também permite que as pessoas acedam a um conjunto de actividades do denominado ?desporto radical? que habitualmente não estão disponíveis no concelho de Arganil. O S. Martinho Trophy constitui, por outro lado, uma oportunidade para promover as potencialidades naturais existentes na freguesia e no concelho.
O intenso programa de actividades, que decorre quase na totalidade junto à albufeira da Barragem das Fronhas, previsto para o dia de amanhã, inicia-se a partir das 9h00 com a recepção dos participantes na sede do Projecto Radical ? Associação Juvenil (junto ao pavilhão polidesportivo de S.Martinho da Cortiça), decorrendo, meia hora depois, uma reunião técnica e entrega de uma refeição ligeira. Cerca de quinze minutos antes de soaram as badaladas indicativas das 10h00 da manhã inicia-se a prova de BTT road-book. Pelas 11h00 tem início o paintball e uma hora e meia mais tarde a canoagem (orientação) e slide. Refira-se que tanto a prova de BTT e canoagem possuem (ao longo do percurso) marcos que atestam a passagem das equipas.
No final, a equipa que conseguir obter o maior número de pontos, em todas as provas disputadas, vence a VII edição do S. Martinho Trophy.
Terminadas as provas, cerca das 15h00, inicia-se o lanche e a partir das 16h00 começa a animação, com a confraternização entre participantes, e procede-se à entrega dos prémios e lembranças.
Aberta a todos os interessados, que apenas terão de se organizar em equipas de quatro elementos, os interessados apenas têm de pagar um preço de 15 euros por pessoa e possuir roupa e calçado desportivos e bicicleta.
Por cada inscrição, os participantes têm direito a uma refeição ligeira, transporte para as diferentes actividades, lanche no final, prémios e lembranças.
S. Martinho da Cortiça é uma freguesia que se situa a cerca de 45 km de Coimbra, e a realização destas iniciativas é, segundo Luís Paulo Costa «uma forma de proporcionar aos jovens do concelho, e não só, a participação em provas de desportos radicais».
A realização deste evento com a colaboração de cerca de 10 elementos, os que compõem a direcção a associação» e com a ajuda de uma empresa privada, com «grande experiência nesta área», explica Luís Paulo Costa. Porque a segurança é uma «das nossas grandes preocupações recorremos a uma empresa que nos auxilia na concepção de algumas provas», nomeadamente no slide e paintball, para que tudo «decorra em segurança», acrescenta o presidente da direcção.
Para mais informações e inscrições devem os interessados contactar o Projecto Radical ? Associação Juvenil, através dos telefones 239 455 624/725, 96 617 9997 ou visitando o site http:/trophy2005.no.sapo.pt.Orçada em cerca de 1500 euros, a VII edição do S. Martinho Trophy é uma organização do Projecto Radical, que conta com o apoio do Instituto Português da Juventude, Câmara Municipal de Arganil e Junta de Freguesia de S. Martinho da Cortiça.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Militares garantem vigilância da floresta



Os secretários de Estado da Defesa Nacional e da Administração Interna visitam hoje a partir das 10h00 a força do Exército Português estacionada junto ao aeródromo da Lousã, no âmbito do Plano Vulcano 2005. Esta operação está em marcha desde o dia 1 de Julho, envolvendo mais de uma centena de soldados no patrulhamento e vigilância da floresta, entre o concelho de Oliveira do Hospital e Figueiró dos Vinhos

Os secretários de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Manuel Lobo Antunes, e da Administração Interna, Ascenso Simões, efectuam uma visita de trabalho à força militar estacionada na Lousã, junto ao aeródromo, no âmbito do Plano Vulcão 2005, fazendo-se acompanhar do Chefe do Estado-Maior do Exército, do governador civil e do presidente da autarquia local.
Até ao dia 30 de Setembro um contingente de 131 soldados vão continuar a patrulhar um perímetro florestal que abrange os concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua, Arganil, Góis, Pampilhosa da Serra, Lousã, Vila Nova de Poiares, Penacova e Miranda do Corvo (distrito de Coimbra), Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria).
Trata-se de um plano que está em marcha desde o dia 1 de Julho, com o objectivo de prevenir, vigiar, detectar e fazer uma primeira intervenção no combate aos incêndios florestais em áreas sensíveis e de difícil acesso.
Esta operação desenvolve-se através da realização de patrulhas de reconhecimento, apeadas e motorizadas, permitindo simultaneamente o treino operacional das forças envolvidas.
A força militar envolve um pelotão de Operações Especiais, Comandos e Pára-quedistas. Em Arganil está sediada uma equipa de sapadores especiais prontos a iniciar o combate às chamas numa primeira intervenção.
Segundo o Exército Português, esta operação resulta no aumento da segurança da população e dos seus haveres, na medida em que o número de incêndios nas áreas patrulhadas são reduzidos, além da acção formadora e de esclarecimento que os militares proporcionam na sensibilização para os riscos de incêndio.
Em termos militares, estas acções contribuem para a preparação e aprontamento da componente operacional, enquadrando-se no treino operacional das forças envolvidas.
Por outro lado, permite ao Exército contribuir para a preservação da floresta como um bem estratégico nacional, em ligação da sociedade civil.
Para além dos 131 soldados, o contingente estacionado na Lousã conta com 25 viaturas, um Destacamento de Transmissões, um Destacamento de Apoio de Serviços e um Destacamento Sanitário.
Até ao dia 28 de Julho, os militares tinham executado 84 patrulhas apeadas, 24 motorizadas, duas operações de rescaldo e vigilância e detectados 25 focos de incêndio.

segunda-feira, agosto 08, 2005

LOUSÃ - fez a festa da Volta a Portugal



A Lousã foi o ponto de partida de uma das etapas mais duras da edição deste ano da Volta a Portugal. A azáfama começou bem cedo e foram muitas as pessoas que não deixaram escapar a oportunidade para darem uma vista de olhos aos bastidores de uma prova que, pelas suas características, assume contornos de uma verdadeira festa popular

Não foi preciso esperar muito tempo para que as ruas da Lousã começassem a registar um fluxo de movimento fora do comum. Camiões, veículos de apoio e dezenas de carros e motorizadas da organização invadiram aquela pacata vila do distrito de Coimbra, que há muito ansiava por receber a principal prova velocipédica que se disputa em solo da Volta a Portugal foi montado num ápice e rapidamente os mirones foram-se acercando da fun zone e dos expositores das entidades patrocinadoras da prova. Os mais novos deleitaram-se com os insufláveis que tinham ao seu dispor e também com as brincadeiras dos palhaços, que não deixaram ninguém indiferente.
Na zona vip, os convidados foram-se aglomerando, com as mediáticas Cinha Jardim, Ana Maria Lucas e Paula Coelho a cumprirem na perfeição o papel de relações públicas da prova. Também os ciclistas, não tardaram em surgir no horizonte, preparando-se da melhor forma, física e mentalmente, para a sempre difícil passagem pela Torre. Depois de assinarem o livro de presença, ritual que antecede cada etapa, alguns aproveitaram para dar um curto passeio (de bicicleta, naturalmente) pela localidade, enquanto que outros procuraram manter a leitura em dia, passando os olhos pelos jornais diários.
As atenções incidiram particularmente no camisola amarela, o colombiano Fidel Chácon, e no português Cândido Barbosa, mas nem por isso os restantes bravos do pelotão deixaram de receber palavras de apoio dos lousanenses, que mesmo com o intensificar do calor não arredaram pé, aguardando pacientemente o momento da partida.
A saída dos ciclistas foi consumada cerca das 13h15, com Fernando Carvalho, edil lousanense, a cortar simbolicamente a fita, logo após ter recebido uma lembrança, pelas mãos de Paula Coelho, da empresa que organiza o evento (PAD). O pelotão percorreu ainda algumas artérias da Lousã, sempre acompanhado por uma considerável moldura humana, que não poupou nas palavras de incentivo aos heróis que poucas horas mais tarde iriam subir ao ponto mais elevado de Portugal Continental.

quinta-feira, agosto 04, 2005

A Raça Poiarense..............




Por muitas vezes o Presidente evoca o espirito da raça poiarense e enalte-se-lhe os seguintes atributos.

Fracamente discordamos, pois nem todos os poiarenses viveram sempre em Poiares e já deixaram de:

Levar arroz de frango para a praia.
Comer chanfana na festa da aldeia.
Guardar aquelas cuecas velhas para polir o carro.
Ter tido a última grande vitória militar em 1385 e na Batalha do Buçaco.
Guiar como um maníaco na recta de S.Miguel e ninguém se importar com isso.
Levar a vida mais relaxada do Distrito, mesmo sendo dos últimos de todas as listas.
Ter sempre marisco, tabaco e álcool a preços de saldo.
Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda.
Por os máximos para avisar os outros condutores da polícia adiante.
Ter o resto do mundo a pensar que Portugal é uma província espanhola.
Exigir que lhe chamem "Doutor" mesmo sendo um Zé Ninguém.
Passar o domingo no "shopping"em Coimbra.
Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.
Axaxinar o Portuguex ao eskrever.
Ir comer o frango das Medas.
Ir à aldeia todos os fins-de-semana visitar os pais ou avós.
Gravar os "donos da bola" e ser do Sporting.
Ter diariamente pelo menos 8 telenovelas brasileiras na tv.
Já ter "ido à bruxa".
Filhos baptizados e de catecismo na mão mas nunca por os pés na igreja.
Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer.
Ter evacuado o Pavilhão no 11 de Setembro 2001.
Viver mal, e dizer que o Presidente da Camara é bom.
Gracas a Deus, não ser espanhol.
Lavar o carro no chafariz ou na fonte ao domingo.
Não ser racista, mas abrir uma excepção com os ciganos e com os pretos.
Levar com as piadas dos brasileiros, mas só contar anedotas dos alentejanos.
Ainda ter uma mãe ou avó que se veste de luto.
Viver em casa dos pais até aos 30.
Acender o cigarro a qualquer hora e em qualquer lugar sem quaisquer preocupações.
Ter bigode e ser baixinho(a).
Conduzir quase sempre pela faixa da esquerda.
Ter três telemóveis.
Jurar não comprar azeite Espanhol nem morto, apesar da maioria do azeite fabricado
em Poiares ser feito com oleo Espanhol.
Deixar a telenovela a gravar.
Organizar jogos de futebol solteiros e casados.
Ir à bola, comprar "pro pião" e saltar "prá central".
Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.
Super-bock, tremoços, caracóis e bifanas.
Cometer 3 infracções ao código da estrada em 5 segundos.
Gracas a Deus, não ser brasileiro.
Algarve em Agosto.
Ir passear de carro ao domingo até Coimbra.
Não conseguir fazer uma torrada na torradeira.
Dizer "prontos" no fim de cada frase, com os "há-des", os "há-dem" e os
"fizestes" pelo meio.

Para ser mais exacto, podes acrescentar.... e passar ao próximo...

segunda-feira, agosto 01, 2005

A política deixou de ser a já de si cínica arte do possível, para ser a arte do engano.



Os mais recentes actos eleitorais em Portugal estão repletos de provas disso: promessas não cumpridas, garantias desmentidas. A demagogia instalou-se e faz parte dos métodos de acção de todos os quadrantes políticos.

É cada vez mais evidente que um dos factores mais imobilistas e com maiores responsabilidades na incapacidade de funcionamento do sistema vem da ausência de uma reforma profunda na Administração Pública.
A função pública vale votos demais para poder ser tocada. A incapacidade em a reformar está directamente ligada à incapacidade em governar o país e em provocar mudanças estruturais.
Enquanto não se mudar a administração pública a despesa dificilmente diminuirá e o país não conseguirá progredir. Este ano teremos eleições autárquicas, o que é um outro mundo acrescido de clientelismo, o da administração local e todos os seus anexos.
Os autarcas gostam de se considerar os alicerces do regime, mas um estudo cuidado à realidade da gestão autárquica a nível nacional mostraria muito desperdício, muita obra feita para as feiras de vaidades pessoais dos presidentes de câmaras, provavelmente pouca obra social e demasiadas rotundas e construção civil. Os autarcas ? salvo raras e honrosas excepções - transformaram-se em loteadores, são sobretudo o apoio estratégico de construtores civis e especuladores imobiliários.
O retrato desenfreado da nova construção no país é prova disso mesmo. Confunde-se desenvolvimento com construção ? é a expressão da política do betão a nível autárquico. Em 35 anos o número de habitações em Portugal mais que duplicou. Teoricamente temos uma casa para cada duas pessoas e preferimos demolir e construir, a recuperar e conservar. O resultado está à vista na paisagem e não é bonito de se ver.
Nas autarquias os serviços prestados aos cidadãos são chocantemente maus e caros.
A burocracia é maior que na administração central, a ineficácia é gigantesca, o tráfico de influências e as alianças espúrias são correntes e as suspeitas de corrupção persistem. Não acredito na bondade dos políticos nem dos aspirantes a políticos. As obras públicas e as decisões urbanísticas são em grande parte o pagamento das campanhas eleitorais.

E, agora digam-me: com um quadro destes acham que os partidos e o sistema político, tal como hoje existem, podem alterar alguma coisa?
Cada vez mais a intervenção cívica apenas faz sentido fora dos partidos ? e frequentemente contra eles.
E por este andar a participação cívica faz mais sentido fora do quadro das eleições.
Vamos a eles.