sábado, setembro 30, 2006

A CRISE DO ESTADO

O Estado está a rebentar pelas costuras. Abandonado anos a fio ao pasto de todos os interesses com total impunidade, revela-se agora sequestrado por eles aos vários níveis de decisão e de confusão de funções e de papéis institucionais dos titulares dos poderes.
Governado com base na regra da infinitude dos recursos, dá-se agora conta que não se pode gastar continuamente o dinheiro que não se tem e decidiu amputar despesa. Por todo o lado se ouve que há menos do que havia e que para o ano se vai ter de gastar menos do que se gastava.

Como se chegou aqui? Através da irresponsabilidade sucessiva de políticos despesistas, sem capacidade de reforma e sem vontade de arriscar um projecto nacional com o poder que democraticamente obtiveram. No íntimo todos os governantes sabiam que o paraíso não seria eterno. No cérebro tudo ajustavam para que tivesse de ser o sucessor de cada um a dar a notícia e, sobretudo, a cometer o delito de fechar a torneira. No interim, foram gerindo os interesses, o melhor que podiam e sabiam, para garantir a eleição para o partido e a sua sobrevivência pessoal num retiro dourado no futuro.
Não existe um sector da vida pública que viva à margem deste ambiente. Poder político, poder económico, poder judicial, poder desportivo, poder mediático, poder religioso. Todos eles estão em profunda crise, ou de credibilidade, ou de valores, ou económica. A novidade não está na crise, que sempre existiu de vez em quando. A novidade está na simultaneidade. A sociedade, que pode ser interesseira mas não é burra, percebeu a situação e retribui com a indiferença. A indiferença cívica de que muitos se queixam, mas que outros continuam a aproveitar para fazer negociatas, salvaguardar interesses privados, confiantes que passam por entre os pingos da chuva.

Subitamente, depois de termos sido preparados com método, ciência e paciência pelos socialistas ditos pragmáticos para anos a fio de tanga (?o pior está para vir? era o título de uma entrevista de José Sócrates, poucos meses atrás, no Expresso, lembram-se?), parece que lentamente se está a reinstalar nova fase da nova ilusão do oásis. Umas décimas aqui, umas décimas ali, e como por encanto parece que os problemas se dissolvem no papel de jornal que anuncia as estimativas e as projecções. Até o petróleo está a baixar. Fácil demais para quem mostrou tanto afã em anunciar dificuldades.
Eu não acredito que ?isto? já está resolvido. E o pior que podia acontecer ao país é que se convencesse disso. O perigo aumentará à medida que se for aproximando a data das próximas eleições. Mas a verdade é esta: nenhuma das causas da crise do Estado está resolvida.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Poiares ETAR - Abastecimento de água garantido em 2009

Em 2009 o abastecimento de água a Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã, Mealhada, Condeixa e Penela já será feito pelo Sistema Multimunicipal do Mondego. A Águas do Mondego aprova hoje o lançamento do concurso da obra que é a artéria principal do sistema. O Conselho de Administração da Águas do Mondego (AM) deverá formalizar hoje o lançamento do Concurso Público Internacional para aquela que é considerada a grande obra do Sistema Multimunicipal do Mondego que prevê, lá para 2009, o abastecimento de água a Coimbra e aos concelhos de Miranda do Corvo, Lousã, Mealhada, Condeixa e Penela.
Trata-se do coração, da artéria principal do sistema, , que envolve um investimento de cerca de 30 milhões de euros, permitirá ainda deixar a estrutura dimensionada para, mais tarde, vir também a servir os concelhos de Montemor e Soure.Em termos concretos, os trabalhos englobarão a construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas (ETA) na Boavista, que terá uma capacidade para 1,5 metros cúbicos de água por segundo; da construção de reservatórios (um central junto ao Pólo II), adutoras e estações elevatórias que virão melhorar as condições de abastecimento de água na cidade de Coimbra e servir a totalidade do município de Miranda do Corvo, e ainda a execução de troços que servirão os municípios da Lousã e Penela. No fundo, esta obra irá servir 370 mil habitantes, prevendo-se o abastecimento de 170 mil metros cúbicos de água por dia. Em Janeiro de 2007 a obra estará adjudicada e, uma vez que estão previstos dois anos e meio de trabalhos, lá para meados de 2009 todo o sistema estará pronto a funcionar.Convém frisar que o lançamento deste concurso não ficará prejudicado pela decisão do Governo de adiar todas as obras lançadas depois de Agosto deste ano. Uns 47% dos trabalhos serão financiados "pela tarifa", ou seja, pelos utilizadores do sistema, enquanto que 53% virão do Fundo de Coesão, uma quantia que virá contribuir para a redução das disparidades sócio-económicas entre cidadãos da União Europeia.Durante a reunião de hoje do Conselho de Administração da AM deverá igualmente ser formalizado o lançamento do concurso público para a concepção e construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vila Nova de Poiares. A obra, que deverá ser adjudicada em Janeiro de 2007, terá a duração de cerca de um ano e deverá vir a servir seis mil habitantes daquele concelho.Trata-se, segundo Joaquim Baptista, de uma obra de requalificação da ETAR já existente em Poiares que, adiantou, está subdimensionada para o número de habitantes daquele concelho. A nova ETAR terá sistema de tratamento de lamas activadas e incluirá desinfecção e reutilização do efluente para rega e águas de serviço.

terça-feira, setembro 26, 2006

ARGANIL - Dois dias para conhecer realidade do concelho

A tardia reabilitação da EN342, os arranjos nas acessibilidades na freguesia de Piódão e a intervenção na capela de S. Pedro são alguns dos problemas que o governador civil de Coimbra vai conhecer de perto na sua visita a Arganil.O governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, vai conhecer de perto o concelho de Arganil, palmilhando sete das 18 freguesias do concelho. Durante a sua visita, a decorrer hoje e amanhã, o presidente da autarquia vai dar a conhecer as potencialidades e problemas com que se depara o concelho, esperando da visita algum resultado junto da Administração Central, nomeadamente para a resolução de alguns problemas que teimam em não ser resolvidos. É uma oportunidade de aproximação do poder central à administração local e à comunidade, refere Ricardo Pereira Alves.Durante a visita, o edil de Arganil, espera dar a conhecer as potencialidades e os pontos fortes do concelho, mas espera, antes de mais, alertar para a necessidade de resolução de problemas que são da responsabilidade da Administração Central. No topo da lista de preocupações estão as acessibilidades no concelho, em especial a EN342, assunto que será debatido durante a visita à freguesia de Coja. A estrada que liga Lousã, Góis e Arganil que é um velho anseio das populações, não só de Arganil. Certa é também a abordagem à necessidade de ligação da EN342 a Coja, uma obra que, de resto, foi prometida por um governante e para a qual já se começou o estudo prévio que neste momento está parado. Os incêndios do ano passado e a enxurrada que em Julho destruiu parte da aldeia são motivos fortes para o autarca de Arganil pedir ajuda ? mais uma ? para resolver o problema das estradas de Piódão.O último ponto de passagem do governador civil será a Capela de S. Pedro, classificada como Monumento Nacional desde 1931. Será a última, mas não menos importante visita de Henrique Fernandes no concelho de Arganil. A intervenção é urgente, é da responsabilidade do Estado.
O período da tarde é reservado a uma visita às freguesias de Pomares e Piódão, esta tendo como temática a conservação/intempéries, a primeira com uma breve caracterização do turismo no concelho de Arganil. Um turismo que já se vai concretizando, mas que precisa ainda de ganhar algum potencial em oferta. É preciso, acima de tudo, «qualificar os espaços e estabelecer uma boa ligação entre esses espaços. Um circuito turístico importante será a ligação entre Benfeita (alvo de obras de requalificação no âmbito do Programa das Aldeias de Xisto), Piódão, Fraga Pena e Mata da Margaraça.
Amanhã a visita começa em Arganil, onde o edil vai dar a conhecer dois importantes projectos: o futuro Centro Empresarial e Tecnológico de Arganil, um espaço onde vai nascer uma incubadora de empresas e laboratório de cariz tecnológico, que neste momento está em estudo com a Universidade de Coimbra, e a piscina aquecida que deverá nascer na antiga Cerâmica Arganilense. Este será um espaço de turismo e lazer, um «projecto ambicioso de requalificação ambiental e paisagística» e para o qual há um estudo prévio «praticamente concluído», explica o autarca. Mais potência para central de biomassa, porque Arganil é um concelho com uma densa mancha florestal que importa explorar, a biomassa será o tema em destaque na visita a S. Martinho e Pombeiro da Beira, as duas freguesias localizadas na Barragem das Fronhas e para a qual o Governo deu luz verde para a instalação de uma central de biomassa. A matéria que temos justifica uma central, diz o autarca que sublinha, no entanto, que a voltagem permitida de três megawats é manifestamente insuficiente, logo, conclui, não é um investimento rentável. É por isso que vai aproveitar a visita do governador civil para ?reivindicar? cinco megawats para a central de biomassa que possa vir a ser erguida na Barragem das Fronhas.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Estrada entre pontes só abre no final do ano

A estrada entre a Ponte Rainha Santa Isabel e a Ponte da Portela, com ligação directa à Estrada da Beira, deverá ser aberta ao trânsito até ao final deste ano.Com um atraso de nove meses em relação à data prevista de conclusão de obras, anunciada aquando da adjudicação, o troço do IC3 - com uma extensão de 2,4 quilómetros em traçado paralelo ao Rio Mondego - revelou?se um ?bico de obra? face aos problemas que os engenheiros detectaram no terreno.
A conclusão da empreitada está prevista para o 4.º trimestre do corrente ano, estando a ser executadas as bacias de decantação, que devido às condicionantes físicas existentes originaram alteração da data prevista de abertura ao tráfego. Na realidade, desde o início dos trabalhos, a cargo da construtora Teixeira Duarte, que se temiam dificuldades em ultrapassar a pouca consistência das terras das margens por onde passa a estrada, acompanhando a curva do leito do rio naquele local. Aliás, por isso mesmo, todas as intervenções realizadas durante a construção deste lanço do IC3 foram sendo monitorizadas pelo Ministério do Ambiente, como anunciou, em Maio do ano passado, a entidade adjudicante. Este tipo de empreendimentos passa por um crivo muito apertado do MA devido à proximidade do leito do rio e por estar integrado numa zona verde.O traçado contempla, não só duas faixas de rodagem em cada sentido com separador central, como também vias colectoras de um único sentido, sobreelevadas em relação à estrada principal, para acesso local. Orçado em 17 milhões de euros, todo o traçado tem uma cota superior aos terrenos da beira?rio, uma vez que a infra?estrutura viária nasceu em leito de cheia, como confirmaram os próprios técnicos. As ligações viárias previstas contemplam - além dos acessos às pontes Rainha Santa e Portela - oito outras ligações ao Pólo II da Universidade e à Urbanização da Quinta da Portela que está em desenvolvimento acelerado.Do lado Poente, como foi necessário conciliar o projecto da estrada com a estrutura de captação de água da Boavista, foi escavada uma galeria com cinco metros de profundidade, onde foi instalada uma nova conduta de abastecimento, dirigida às urbanizações do Pinhal de Marrocos e parte da Quinta da Portela. A escavação desta galeria revestiu?se de alguns cuidados técnicos porque, embora o solo seja rochoso, não foi possível utilizar explosivos, devido às captações de água existentes.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Cinco concelhos recebem incentivos



Cinco concelhos do distrito de Coimbra vão receber a ajuda do Estado para concretizarem projectos de âmbito local. Os contratos-programa foram assinados ontem. Pampilhosa da Serra, Montemor-o-Velho, Cantanhede, Góis e Mira. Cinco concelhos vão poder contar com o apoio financeiro do Estado para a concretização de projectos necessários para o desenvolvimento regional e local. Os contratos-programa de cooperação técnica e financeira foram assinados ontem ? na Pampilhosa, em Coimbra e em Mira ? em cerimónias que contaram com a presença do secretário de Estado adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita e do Governador Civil de Coimbra, Henrique Fernandes.Os contratos-programa, que traduzem um investimento elegível de 8,7 milhões de euros, representam uma comparticipação estatal de mais de três milhões de euros.A maior fatia do bolo foi para Pampilhosa da Serra, para a reabilitação de estradas municipais, destruídas pelos incêndios que assolaram o concelho no ano passado. O investimento elegível para a reabilitação de 29 estradas ? em três anos ? acende a mais de 3,7 milhões de euros, sendo a comparticipação do Estado de 1.882.672 mil euros.Equidade A intervenção, em curso, no espaço urbano na Carapinheira, em Montemor-o-Velho ? cujo investimento elegível ascende a um milhão e 100 mil euros ? vai receber uma comparticipação estatal de cerca de 275 mil euros. Por seu turno, Góis vai ter que investir até 750 mil euros para requalificar os Paços do Concelho, mas conta com um incentivo de 375 mil euros. Quanto a Cantanhede, quer construir um recinto para a realização da feira quinzenal. A obra ascende a um investimento de 639. 769 mil euros, com 159.942 mil euros de participação do Estado.Estes contratos-programas foram os primeiros a serem assinados desde que o secretário de Estado adjunto e da Administração Local assumiu funções (há 18 meses). Eduardo Cabrita lembrou que, quando chegou ao cargo, detectou que tinham já sido assinados 81 contratos-programa, 65 por cento dos quais eram da mesma cor política do então Governo . Ontem, o governante garantiu uma criteriosa distribuição dos fundos públicos. "Tem que haver uma visão nacional estratégica e equidade de tratamento entre as autarquias".

terça-feira, setembro 19, 2006

Miranda do Corvo - Desistir do metro será uma ofensa



A presidente da Câmara de Miranda do Corvo disse ontem que será uma ofensa aos cidadãos se o Governo excluir das grandes opções de 2007 o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que abrange o Ramal da Lousã. O sistema, apresentado em Março pelo Governo, prevê um comboio eléctrico ligeiro que pode circular em linhas suburbanas e mesmo dentro das cidades. Há vários anos que o projecto é apresentado como uma cura para as doenças de mobilidade da região, tratamento esse que vem sendo sistematicamente adiado, afirmou Fátima Ramos (PSD). A autarca social?democrata comentou desta forma o despacho da Direcção?Geral do Orçamento, que suspende vários projectos de obras públicas na região centro, entre eles a instalação do SMM, de acordo com a imprensa local. Faço votos para que a cura de emagrecimento que o Governo está a fazer não mate o país e a região, frisou Fátima Ramos, que criticou os ?cortes cegos? do executivo socialista de José Sócrates. Referindo que ?uma gestão rigorosa deve perceber que há áreas onde se pode e deve poupar e outras onde se deve continuar a investir?, a autarca considera que, se o Governo não incluir o projecto nas grandes opções de 2007 é ?uma ofensa às pessoas da região?. O primeiro concurso público para a instalação do metro ligeiro de superfície foi lançado em 2005 pelo Governo de Santana Lopes, tendo a sua extinção sido confirmada, em Maio desse ano, pelo Governo de José Sócrates, depois de os municípios da Lousã e Miranda do Corvo terem recusado avalizar o projecto, que previa o encerramento do troço ferroviário Lousã - Serpins e uma alternativa rodoviária a ligar estas duas localidades. No dia 7 de Março de 2006, o ministro Mário Lino apresentou em Coimbra um projecto diferente - o SMM -, que optava pelo ?tram?train?. A solução agradou aos presidentes das Câmaras Municipais de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.

segunda-feira, setembro 11, 2006

POIARES - passará a ser o Santoinho das Beiras

Jaime Soares quer baptizar Poiares de Santoínho das Beiras.
Depois dos epitetos que foi criando para Poiares lembrou-se agora deste.
No Pavilhão Multiusos, estiveram cerca de 200 artesãos, vindos de norte a sul do país, muitos a trabalhar ao vivo as suas peças. Depois de apreciar os valores artísticos, e atravessando a estrada para o Mercado Municipal, há copo e bucha para toda a gente. A Mostra de Gastronomia ganhou este ano um novo ?palco?, com o qual se tem congratulado. No recinto do mercado, agora reestruturado e reequipado, cabem 12 ?restaurantes? e muitos mais stands de pastelarias e petiscos. Ao todo, segundo o autarca, cabem no local 500 pessoas sentadas. O espaço dispõe ainda de um palco para actuações musicais e outros eventos culturais, que foi estreado já ontem. A ideia de Jaime Soares é transformar o Mercado Municipal num palco de gastronomia, aberto a festivais e encontros à volta da mesa - "um festival de tripas à moda do Porto, um festival de marisco e cerveja, por exemplo. Mas, mais do que isso, o autarca quer ver ali realizados arraiais em tudo semelhantes aos do Santoinho. Daí que também já tenha baptizado o local de "Santoinho das Beiras" ou a " Quinta da Malafaia das Beiras ".

Ponte de MUCELA -- Acidente mata motociclista

Motociclista da Ponte de Mucela perdeu a vida em colisão na Estrada da Beira.
Era militar com 22 anos e morreu ontem à tarde na Estrada da Beira em S. Miguel de Poiares, numa colisão entre a moto em que seguia e um veículo ligeiro. O acidente ocorreu cerca das 16h15, na zona de S. Miguel de Poiares, no sentido de Coimbra.O condutor do motociclo, Joaquim Pereira Ferreira, que era militar de carreira e residia na Ponte de Mucela, no concelho de Poiares, é a vítima mortal.
O jovem foi prontamente assistido pelos bombeiros, mas apresentava graves fracturas externas, O jovem ainda foi transportado com vida aos Hospitais da Universidade de Coimbra pelos Bombeiros de Poiares, acompanhado por uma equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação, mas viria a falecer logo a seguir

domingo, setembro 10, 2006

Estrada da Beira - Aplaude-se a retirada dos semáforos

Este Blog rejubilou com as notícias sobre a possibilidade de retirar a sinalização semafórica da Estrada da Beira. Em causa está quase um tira-teimas com a Direcção de Estradas e um empurrão nas costas do culpado das obras mal feitas que se fizeram nesta estrada.Os semáforos de controlo de velocidade foram colocadas. As estruturas estão montadas, o equipamento instalado e só falta mesmo accionar o botão para que o vermelho, amarelo e verde passem a colorir a Estrada da Beira e acompanhar a rotina da viagem que quem ali circula.
Todavia, a Direcção de Estradas está, a equacionar a possibilidade de proceder à retirada deste equipamento, desistindo da activação dos semáforos de controlo de velocidade, entre a Ponte da Portela e S. Miguel de Poiares. Tudo porque os objectivos pretendidos, em termos de segurança de circulação e redução da sinistralidade, foram conseguidos com a situação actual, ou seja, traços contínuos e passeios. De acordo com aquele organismo, a inviabilização das ultrapassagens perigosas, bem como o efeito psicológico dos passeios, ao indiciarem a possibilidade de circulação de peões, têm funcionado como factores de gestão eficazes, sem necessidade de recorrer à sinalização semafórica. A avaliação ainda está, todavia, a ser feita.
Jaime Soares, paladino e mentor desta Estrada da Beira, manifesta-se agora mais satisfeito porque alguem vai corrigir as asneiras que provocou. O autarca de Poiares que prejudicou os seus colegas da Lousã, de Miranda do Corvo, de Gois e ate mesmo da Pampilhosa, que queria fazer deste troço uma pista de Formula 1 sempre se assumiu frontalmente contra a sinalização horizontal, vertical e semaforização. A Direcção de Estradas é que não foi na conversa e não podia. Ha legislação hoje em dia que é para cumprir. Com a fortuna que se já gastou naquela estrada há que aplicar-lhe todas regulamentações de segurança. Foram as maluquices de Jaime Soares que transformaram esta estrada numa "via de subdesenvolvimento", pois para percorrer 22 quilómetros chega a demorar-se mais de 60 minutos, entre S. Miguel de Poiares e Coimbra, ou vice-versa.
Depois das asneiras, só quer agora soluções equilibradas e ajustadas à realidade em vez de lutar por um novo traçado entre a Ponte Velha e Coimbra pela Serra.
Traçado que toda a gente defendia excepto este autarca e por isso é acusado pelos seus colegas das outras autarquias como o grande culpado em provocar um atrazo de mais de 20 anos á região.
Ainda anda a carpir os 8 Kms de terceiras vias. Havia de ser bonito...como naquele dia que em Ceira se interrompeu a estrada com aqueles kms de filas.
Nem vê que ficam quase tão caras e morosas, como um novo traçado entre a Ponte Velha e Coimbra.

sábado, setembro 09, 2006

POIARES - Jaime Soares sem sorte

O presidente da Câmara de Poiares aproveitou ontem a inauguração d a XVII edição da Feira Nacional de Artesanato - Poiartes 2006 e da VII Mostra de Gastronomia para criticar a oposição.
Há quem esteja na política para servir e fazer coisas como eu, mas há outros que só existem para criticar as asneiras que faço. Não tenho tido a sorte ao longo de muitos anos, de ter uma oposição que fosse capaz de me convencer a demitir e de apresentar alternativas. À informal inauguração seguiram-se as palavras de Jaime Soares, mais de agradecimento e de reconhecimento aos artesãos ? em particular aos da terra ?, às instituições de solidariedade e associações. O grande valor e a grande riqueza do concelho estão nas suas instituições, que sabem exercer bem o seu papel, fazem- -no de forma brilhante apesar das dificuldades.
Jaime Soares deu como exemplo a proposta que apresentou na Câmara Municipal, para a atribuição à Confraria da Chanfana . "uma das maiores de Portugal e da Universalidade que em meia dúzia de anos tem entronizado personalidades de vários sectores da vida nacional, disse do estatuto de instituição de utilidade pública, e que teve votos contra de quem não entende o que é entronizar confrades". Além da XVII edição da Feira Nacional de Artesanato - Poiartes 2006, Vila Nova de Poiares acolhe a VII Mostra de Gastronomia, o XII Festival de Folclore e, no ponto alto das festas, o V Capítulo da Confraria da Chanfana, com a entronização de mais 25 confrades.

sexta-feira, setembro 08, 2006

POIARTES 2006


Começou mais uma Poiartes, Feira de Artesanato e Mostra de Gastronomia de Vila Nova de Poiares.
Os visitantes sempre podem vir à Capital Nacional do Artesanato e Capital Universal da Chanfana, provar esse delicioso prato - Chanfana - e deliciarem-se com o "Poiarito"...No final, nada melhor do que um passeio pela Feira de Artesanato.

quarta-feira, setembro 06, 2006

PENACOVA-Filme holandês passa por Penacova

Foi o deslumbramento pela paisagem que levou o realizador holandês Erik Bruyn a escolher Penacova para gravar algumas cenas de ?Nadine?. As filmagens decorreram anteontem e ontem toda a equipa partiu rumo a Setúbal, para continuar o trabalho"Nadine". Assim se chama a mais recente produção do realizador holandês Erik Bruyn. A película está ainda em fase de filmagem e um dos locais escolhidos para rodar cenas do filme foi Penacova. Anteontem, durante todo o dia, uma equipa composta por cerca de 50 pessoas, entre equipa técnica e artística, esteve em Penacova a gravar algumas cenas do filme. Entre elas nomes conhecidos do panorama cinematográfico português, mas também figurantes locais a quem o realizador entendeu dar a oportunidade de participar, agradecendo desta forma a excelente colaboração da autarquia de Penacova na realização do filme.
O realizador achou por bem imortalizar Penacova numa obra dele, explicou Teresa Sampaio, uma das técnicas portuguesas envolvidas nesta co-produção entre a Holanda, Bélgica e Portugal
A ponte de Penacova, o Largo do Terreiro e o Hotel Palacete do Mondego foram os locais seleccionados por Erik Bruyn para rodar. A vila de Penacova foi escolhida entre um vasto leque de localidades visitadas pelo realizador. A escolha, explicou Teresa Sampaio, teve tão só a ver com o facto da paisagem ser deslumbrante» Mas nem só em Penacova se rodaram cenas. A equipa já passou por Manteigas e Seia e ontem a partida fez-se rumo a Setúbal, para, posteriormente seguir para Aljezur onde tem lugar o final do filme.A passagem por Portugal marcou o arranque das filmagens, apesar de ser aqui que o filme termina. Esta foi uma opção do realizador que, do nosso país parte depois para a Holanda e Bélgica.Monic Hendricx é Nadine, a personagem principal do filme com o mesmo nome. A ela juntam-se vários actores internacionais, mas também alguns nomes portugueses, como Ricardo Pereira, Isabel Ruth, Beatriz Batarda, Nuno Melo e Frederico Baeta. Nadine é uma mulher que sempre pôs a sua carreira acima de qualquer interesse. Aos 42 anos depara-se com a morte dos pais, o que a põe em estado de depressão, chegando à conclusão que nunca foi verdadeiramente mulher. Um dia encontra um ex-namorado com um filho. Nadine rapta o bebé e é aí que Portugal começa a entrar no filme. Nadine foge com medo da polícia e passa por locais como Manteigas, Seia, Penacova, Setúbal e Aljezur, onde fixa alugando uma casa de férias a uma mulher de quem se tornou amiga. Em Aljezur travou também amizade com uma outra mulher. Até ao dia em que está na praia, com o bebé a dormir, e assiste a uma discussão da sua amiga com o vendedor dos gelados. Tentando ajudar, Nadine vai em auxílio da amiga, pedindo a um casal que olhe pelo bebé que dorme. O casal vai á água e a outra amiga, chegando à praia e vendo o bebé só, leva-o para casa. Nadine julga tratar-se de um rapto, tal como ela fez ao seu ex-namorado. Sentiu a dor da perda de alguém que se ama, por isso resolve devolvê-lo aos pais. Segundo Teresa Sampaio, o filme deverá ser montado este ano, esperando que em 2007 possa chegar às salas de cinema.

ARGANIL - cumpre tradição do Mont?Alto

Começam hoje em Arganil cinco dias de festa. A XXV Ficabeira e a Feira do Mont?Alto são um espaço de encontro e de entretenimento que os arganilenses já não dispensam. Este ano o certame realiza-se na zona do Sub-Paço.
A sessão solene de abertura da XXV Ficabeira realiza-se hoje, pelas 18h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, seguindo-se a inauguração do certame, às 19h00. O recinto do Sub-Paço receberá, pela primeira vez, a Ficabeira e a Feira do Mont?Alto, com os representantes do sector industrial, comercial e agrícola, a mostra gastronómica, espectáculos musicais e actividades recreativas a fazer a festa de todos os arganilenses até domingo.Organizada pela Câmara Municipal de Arganil, a Ficabeira assume-se como espaço privilegiado de encontro e entretenimento para muitos arganilenses, bem como dos turistas e visitantes que, por esta altura, se deslocam ao concelho. De acordo com a autarquia, este é já um certame de grande tradição no município, comemorando-se este ano a sua XXV edição com a transferência de local para aquela que será uma das zonas nobres da vila, o Sub-Paço. Este ano a Ficabeira contará com a presença de 64 expositores, 48 dos quais são empresas ligadas a diferentes áreas dos ramos industrial, comercial e agrícola - oriundas na sua maioria do concelho de Arganil e dos concelhos limítrofes ?, que partilham o espaço com algumas instituições e colectividades apostadas em dar a conhecer o trabalho que desenvolvem.Como complemento, e procurando valorizar o certame, a Ficabeira integrará uma mostra de artesanato com um total de 16 stands. «Nesta mostra, em que procuramos privilegiar o trabalho ao vivo e a diversidade dos ofícios tradicionais, estarão presentes artesãos inscritos a título individual e outros em representação de associações e juntas de freguesia do concelho», revela a autarquia em comunicado.O certame deste ano contará também com tradicional feira, animação musical, um inovador espectáculo de comédia, espectáculos piro-musicais, eventos culturais, provas desportivas ? a serem realizadas noutros locais - e uma mostra gastronómica nas tasquinhas devidamente instaladas no recinto da Ficabeira. São sete os restaurantes do concelho que aderiram à Mostra Gastronómica que integra a Ficabeira e a Feira do Mont?Alto: o Charles, O Telheiro, o Ti Zé dos Leitões, o Mont?Alto?, o Lagar do Alva, o Fontinha? e o Piódão XXI?. Com tasquinhas instaladas no recinto da feira, cada um mostrará o melhor da gastronomia regional. Não faltarão a sopa de castanhas e a sopa à lavrador, o cabrito, a chanfana, o bucho recheado, o bacalhau à moda da serra, os torresmos, o leite-creme, o arroz doce, o pudim de abóbora, os coscuréis, os sequilhos e a tigelada.