terça-feira, outubro 24, 2006

MIRANDA DO CORVO - Enxurrada destruiu acesso a Lobazes

A passagem provisória em terra batida sobre o Rio Dueça que dá acesso à localidade de Lobazes em Miranda do Corvo foi destruída ontem de manhã por uma enxurrada, obrigando as populações da outra margem a percorrerem vários quilómetros para apanharem a automotora. A destruição da passagem obriga agora os moradores de Porto do Rio, Morada, Casais de S. Clemente, Urzelhe e Cerdeiras a percorrem uma distância superior a oito quilómetros para embarcarem na estação de Miranda do Corvo, se quiserem ir para Coimbra ou Lousã.
Pior ainda estão as pessoas que vivem no Porto do Rio, a escassos metros da travessia destruída, que para se deslocarem a Lobazes, onde têm família e terrenos, vão ter de percorrer entre 10 a 12 quilómetros.A passagem cedeu esta manhã (ontem) pouco depois das 9h00, as manilhas não conseguiram escoar tanta água e arrastaram a terra. Os pilares do pontão começaram a ser construídos em Maio, mas o empreiteiro em Julho, Agosto e Setembro pouco fez. Pontão deveria estar concluído desde Março .A travessia em terra batida, com manilhas a assegurar a passagem das águas, tinha sido improvisada por causa das obras de construção de um novo pontão sobre o Rio Dueça, cujo prazo terminou em Março, contando já com uma prorrogação concedida pela autarquia.Esta obra de arte insere-se na empreitada de rectificação e pavimentação da estrada que liga Lobazes a Urzelhe, na freguesia de Lamas, que tinha um prazo de execução de 180 dias.
A presidente da Câmara Municipal, Fátima Ramos, disse que está agendada uma reunião para amanhã com o empreiteiro para o pressionar a executar o pontão o mais rápido possível».Numa das últimas sessões da autarquia, a vereação deliberou multar a empresa Redevias, responsável pela obra, por causa dos atrasos verificados na execução da empreitada.

domingo, outubro 22, 2006

IP3 é um atentado à segurança dos condutores

O IP3 é uma estrada criminosa, porquanto não oferece garantias de segurança a quem ali circula. O Observatório de Segurança de Estradas e Cidades concluiu agora um estudo que prova isso mesmo. A organização não governamental quer tirar daí todas as ilações e responsabilizar quem de direito. Por isso, esta semana vai avançar com uma participação criminal junto da Procuradoria Geral da República
Por norma entende-se que, num qualquer acidente, a culpa é do(s) condutor(es). Distracções ou outro tipo de situações anómalas, mas sempre directamente ligados a quem vai sentado ao volante, são os culpados dos acidentes que se verificam nas estradas. Por princípio esquece-se um facto que o Observatório de Segurança de Estradas e Cidades considera fundamental, ou seja, aquilo que são as estradas em si mesmas. Isto porque a construção/sinalização das vias é, em muitos casos, um factor preponderante na ocorrência de acidentes de viação.
Quando a estrada provoca acidentes, não significa só que os condutores tenham culpa, mas também tem a ver com os defeitos da estrada. E é precisamente isso que, se verifica com o IP3.Tendo em conta a incidência de sinistralidade verificada neste itinerário, sobretudo entre Coimbra e Penacova.
O IP3 representa um acumulado de erros técnicos, que limitam a margem de segurança e transformam a circulação naquela via numa verdadeira aventura. Ou seja, bons condutores e carros topo de gama são os que correm menos riscos. Tudo o resto representa um desafio, pois a estrada tem um traçado muito perigoso.
A probabilidade de haver acidentes, nomeadamente despistes, é muito grande naquela zona.
Nas curvas, com raios muito apertados e distância de visibilidade de paragem muito reduzida, a situação agrava-se e o condutor sente-se enganado. Por isso, ou se é muito bom condutor e consegue controlar a viatura, ou tem um veículo de gama alta, o que facilita o controlo do carro, ou a possibilidade de ocorrer um acidente é bastante grande. Com condições atmosféricas mais adversas, nomeadamente piso molhado, a situação agrava-se significativamente e a margem de segurança reduz-se em conformidade.
Um IP para uma velocidade de 60/70 km/hora é muito mais barato que um IP para velocidades de 100km/hora. Para além das diversas curvas, também a afamada descida do Botão mereceu uma particular atenção dos engenheiros responsáveis pelo estudo. Localizamo-nos no quilómetro 51,30, no sentido Viseu ? Coimbra, e encontramo-nos perante outro dos pontos negros. As pessoas já não morrem aqui, mas continua a haver choques e feridos.
Os separadores de betão acabaram por salvar vidas. Em causa está uma descida com 1.900 metros e uma inclinação de 8% que, de acordo com as normas técnicas, afirmam os responsáveis, nunca poderia ter uma extensão superior a 300 metros. Ficamos com 1.600 metros em excesso, o que motiva grandes velocidades. Com duas vias era uma matança.
Com a superação da segunda via, as velocidades são menores, mas os despistes continuam, embora com menor gravidade.
Ainda sobre as curvas do traçado do IP3 entre Coimbra e Penacova, quase todas estão sinalizadas para uma velocidade de 100 km/hora, o que exigiria que a construção respeitasse um raio superior a 700 metros, o que não acontece, bem pelo contrário, a média cifrar-se-á num raio de 300 metros.
Se as curvas respeitassem este raio nunca aqui teria morrido ninguém, a não ser por culpa dos condutores. Não havia um passado triste do IP3 se tivesse sido bem construído.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Puxar pela região Centro enquanto produto turístico


Pouco mais de um mês depois de ter tomado posse, Pedro Machado está apostado em revolucionar o conceito de Turismo na região Centro. Dentro de meio ano estará pronto o Plano Estratégico. Para já atraem-se autarcas e privados para a nova estratégia.É preciso pôr o turismo a mexer e puxar pela região Centro nesta área. É com este dinamismo e também confiança nas potencialidades turísticas desta zona do país que Pedro Machado encara o desafio que aceitou há pouco mais de um mês, quando tomou posse como presidente da Região de Turismo do Centro (RTC). Consciente das deficiências ? a falta de campos de golfe ou de unidades hoteleiras suficientes, a ausência de um aeroporto a menos de 60 quilómetros de Coimbra ou alguma falta de protagonismo que a região tem tido nos últimos tempos são apenas algumas ? Pedro Machado acredita que a região Centro tem atractivos e atributos suficientes para ir mais longe e capacidade para ombrear com outras regiões do país».Temos de acabar com o discurso miserabilista, dos coitadinhos entalados entre Lisboa e Porto. A região Centro deve assumir a sua relevância porque ela tem o que de melhor que existe a nível nacional», afirmou. O presidente da RTC transmitiu, durante um encontro informal no Hotel Astória, e é isso mesmo que pretende dizer aos autarcas dos 24 municípios que compõem a Região de Turismo do Centro, no decorrer de reuniões que tem marcadas com o objectivo de convidar cada um dos autarcas para serem parceiros estratégicos do novo desígnio» que pretende para o Turismo da Região Centro.
Os encontros arrancam hoje, com três concelhos do distrito de Viseu (Carregal do Sal, Mortágua e Santa Comba Dão) e continuarão no próximo dia 18 com visitas a Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, do distrito de Leiria. Ainda antes do final deste mês, Pedro Machado deverá reunir também com os autarcas do distrito de Coimbra.Plano estratégico em seis meses. Há que reconhecer a enorme importância que os autarcas têm, quer para a promoção da marca, quer para o desenvolvimento do turismo na região Centro, preparando-se para levar aos presidentes de câmara um conjunto de novidades preparadas pela RTC.Um dos projectos mais importantes é a criação de um Plano Estratégico para o Turismo. O papel dos presidentes das autarquias, mas também dos privados (nomeadamente unidades hoteleiras e restaurantes, com os quais Pedro Machado reunirá na próxima sexta-feira) é fundamental para a concretização dos objectivos da nova RTC. Por isso, a Região de Turismo do Centro criou um Gabinete de Apoio ao Investimento a que municípios e investidores poderão recorrer para saber como, onde e em que moldes investir, com que apoios e com que lucros.Está também criado um plano de formação, desenvolvido pela Região de Turismo do Centro, onde será possível melhorar a qualificação» das pessoas que trabalham nesta área, especialmente nos Postos de Turismo, onde a informação é determinante para as escolhas do turistas. Para além disso, a RTC disponibiliza o seu pessoal técnico para ajudar autarquias e privados a normalizar a imagem gráfica dos suportes de promoção turística distribuídos na Região Centro. Uma aposta forte no Turismo, até porque, considera Pedro Machado, esta é a única área que pode ser uma salvação para muitos concelhos da Região Centro.

ARGANIL - Livros e música animam

Os livros conjugam-se com a animação e convidam a uma deslocação à Praça Simões Dias. Arranca hoje em Arganil a XIII edição da Feira do Livro, um evento da responsabilidade da Câmara Municipal, que congrega cerca de 20 editoras, incluindo as livrarias locais, nomeadamente a ?Comarca de Arganil? e o ?Jornal de Arganil?. O evento, que se prolonga até domingo, conta também com uma vertente de animação e vai decorrer em frente à autarquia, numa tenda preparada especialmente para o efeito.O objectivo do certame, que conta com a colaboração dos Agrupamentos de Escolas de Arganil e Coja, através das suas bibliotecas escolares, passa sobretudo, por "agitar e provocar as pessoas no bom sentido, criar movimento na vila, incentivando em especial os jovens à leitura". O evento é também constituído por uma vertente de animação, que conta com a presença de António Fontinha, José Craveiro e Isabel, na noite de sexta-feira em sessões de contos e música pelo grupo cojense "Ensaios da Noite". No sábado e a fechar a noite de domingo há poesia com ?poetas da nossa terra?.
Na ocasião vai ser oferecido aos alunos do 9.º, 10.º, 11.º e 12.º ano um "Roteiro do Centro Histórico de Arganil". Trata-se de uma obra da autoria do Amândio Galvão, que a viúva, Maria Celeste Galvão, em memória do marido, decidiu oferecer aos alunos do concelho de Arganil.

Sete mil assinaturas contra encerramento dos SAP

Reunidas durante mais de hora e meia com representantes da ARS Centro, comissões de utentes de cinco concelhos do distrito receberam a garantia de uma nova audiência com Fernando Regateiro. Contra o encerramento dos SAP, reclamam por alternativas Representantes de comissões de utentes de saúde dos concelhos de Cantanhede, Condeixa, Montemor-o-Velho, Soure e Tábua entregaram ontem na Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro um abaixo-assinado com sete mil assinaturas, contra o encerramento dos SAP (Serviço de Atendimento Permanente).Depois de uma reunião de cerca de hora e meia com dois vogais do Conselho de Administração da ARS, os representantes das comissões saíram com a garantia de que, provavelmente, na próxima semana serão convocados para uma outra reunião, mas dessa vez com a presença de Fernando Regateiro, presidente da Administração Regional de Saúde.Anabela Sotaia, de Condeixa, diz que, no futuro, o abaixo-assinado poderá ter repercussões na decisão do Governo.
no futuro, as populações estarão a movimentar-se para que lhes seja devolvido aquilo que lhes foi retirado: um bem precioso, que é o direito à saúde de proximidade.
Não há articulação entre todas as medidas, os municípios, os centros de saúde... parece que estão todos de costas viradas.
Recorde-se que a comissão de utentes de Penacova entregou um abaixo-assinado em Junho, subscrito por cerca de três mil pessoas. Em Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra estão também a ser preparados documentos idênticos.

terça-feira, outubro 10, 2006

LOUSÃ - Avalanche de BTT serra abaixo


Quase mil bicicletas a descer a Serra da Lousã ao mesmo tempo justifica bem o nome que a organização atribuiu à iniciativa que ontem teve lugar: Avalanche.

Ao atingir a sua 6.ª edição, a prova beneficiou da experiência adquirida em anteriores certames e da adesão de atletas - para além de centenas de meros amadores e curiosos -, que não quiseram perder a oportunidade de participar na maior prova de downhill que tem lugar no país.
Pedro Vilanova, do Montanha Clube, mostrou-se muito satisfeito, no final, pela forma como a prova decorreu, destacando o facto de não terem acontecido acidentes graves, para além de pequenos ferimentos, que sempre acontecem. Neste capítulo garantiu que foi dada a maior atenção às questões de segurança, com a presença de mais de 50 pessoas da organização nos controlos, ao longo dos trilhos, para além da GNR e bombeiros.
O principal responsável pela organização afirma que esta prova já é incontornável no panorama europeu da modalidade, tendo beneficiado dos apoios financeiros do Programa Comunitário das Aldeias do Xisto e do Licor Beirão, que permitiu o acompanhamento aéreo da jornada, com filmagens em simultâneo para o canal televisivo XTreme Sport.
Sendo uma prova sui generis no panorama competitivo ? até porque todos podem participar ?, é também motivo de ?convívio entre os atletas de downhill e free-ride, que andam toda uma época no picanço, mas chegam aqui com outro estado de espírito?, explicou Pedro Vilanova. Mesmo assim, houve quem se empenhasse a fundo para atingir os primeiros lugares. Foi o caso de espanhol Tomás Misser (1.º lugar), André Beato e Nuno Silva, ambos da Lousã, tal como Carina Padilha e Leonor Bandeira, melhores classificadas entre as mulheres. A demonstrar a heterogeneidade dos participantes, oriundos de vários pontos do país, está o facto da diferença horária entre a chegada à meta do primeiro e do último ter ultrapassado as duas horas.

domingo, outubro 08, 2006

COIMBRA mais uma vez posta de lado

Guimarães começa segunda-feira a preparar candidatura a Capital Europeia da Cultura 2012
"Temos gente, estruturas, ideias e projectos. Precisamos agora de saber qual a programação do evento, qual o entendimento do Governo sobre o projecto e qual o pacote financeiro", afirmou António Magalhães, frisando que "Guimarães tem provas dadas quer na organização de eventos quer no cumprimento de prazos de obras".António Magalhães comentava o anúncio hoje feito pela ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, de que Guimarães será Capital Europeia da Cultura em 2012, considerando que "reúne as características que a colocam numa boa posição para ser a escolhida".O autarca adiantou que o município vai criar uma estrutura permanente, liderada por uma personalidade local ligada à cultura, cujo nome será escolhido ainda este ano."Teremos alguém que se responsabilize quer pelos projectos culturais quer pelas obras em infra-estruturas e de recuperação urbana que forem necessárias", declarou, garantindo que, "quando o evento arrancar as ruas da cidade-berço não serão estaleiros". António Magalhães salientou que Guimarães é, desde 2001, Património Mundial da Humanidade, galardão que, acentuou, "tem sabido manter através de uma postura irrepreensível de manutenção do património existente, e que a Unesco conhece".O autarca não põe de parte a possibilidade de virem a ser construídas algumas infra-estruturas de raiz para o evento, mas sublinha que "nos últimos anos foi feito uma grande investimento em estruturas, como é o caso do Centro Cultural Vila Flor e em eventos culturais".A cidade dispõe, para além das diferentes valências do Centro Cultural situado no palácio aquele nome, de um pavilhão multiusos - apto a receber espectáculos - de uma sala-estúdio do Teatro "A oficina", do Complexo Multifuncional de Couros, e de auditórios na Universidade do Minho.Tem ainda dois museus relevantes, o Alberto Sampaio e o Martins Sarmento e diversos espaços ao ar livre, usados para fins culturais, como os da "colina sagrada" do Castelo onde nasceu a nacionalidade portuguesa.Conta também com outros edifícios utilizáveis para concertos como os do Paço dos Duques de Bragança, as duas Pousadas nacionais, e a Citânia de Briteiros, um grande povoado do tempo da chamada "cultura castreja", ainda muito bem conservado.
In: O Publico

quinta-feira, outubro 05, 2006

ARGANIL - Centro de Saúde integra rede nacional de Serviços de Urgência

O Centro de Saúde de Arganil deverá integrar a Rede Nacional de Serviços de Urgências, de acordo com uma proposta agora divulgada, passando assim a ter uma posição de referência na saúde dos concelhos vizinhos.
Durante o mês de Outubro estará em consulta pública a Proposta de Rede de Urgências, que confere ao Centro de Saúde de Arganil a responsabilidade pela resposta a casos urgentes e emergentes em grande parte da Beira Serra.O documento, da autoria da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências, propõe o encerramento, no distrito, da urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, mas promove a criação de outras, num pressuposto de uma melhor distribuição geográfica que possibilite o acesso dos utentes a este tipo de serviço, no espaço máximo de uma hora.
Será esta a resposta que o Ministério da Saúde pretende dar ao encerramento de vários Serviços de Atendimento Permanente (SAP), a exemplo do que deverá acontecer em Oliveira do Hospital e, provavelmente em Tábua, concelhos que irão dirigir os seus doentes urgentes para Arganil.Com um edifício novo (inaugurado em Fevereiro de 2004), o Centro de Saúde de Arganil está dotado dos necessários meios de diagnóstico, como sejam a radiologia, ecografia e laboratório de análises clínicas, assim como as valências de mamografia e internamento.De acordo com a proposta tornada pública pela comissão, a criação de um Serviço de Urgência Básico em Arganil é justificada pela distância e tempo do trajecto até à urgência mais próxima (Hospitais da Universidade de Coimbra), assim como pelo facto de ter uma média de 30 mil atendimentos anuais no SAP.
Em relação à área de influência que irá ter o Serviço de Urgência do Centro de Saúde, Carlos Teixeira, clínico refere que, para além de Arganil, serão recebidos utentes oriundos de Tábua e Góis, assim como de parte dos concelhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra.A comissão que elaborou esta proposta preconizou a criação de três tipo de Serviços de Urgência (SU), nomeadamente os Polivalentes (SUP), apenas em hospitais de fim de linha, os Médico-Cirúrgicos (SUMC) e os Básicos (SUB), como é o caso de Arganil.Esta proposta estará em consulta pública durante o mês de Outubro, devendo o Governo tomar uma decisão definitiva em Dezembro, depois de auscultar a Associação Nacional de Municípios, câmaras municipais, ordens dos Médicos e Enfermeiros, associações sindicais e associações de utentes devidamente constituídas.
Nota:in Diario Coimbra

segunda-feira, outubro 02, 2006

SUFOCO ...

O Governo divulgou a lista das 70 câmaras que perdem capacidade de endividamento.Governo e Associação Nacional de Municípios (ANMP) estão em guerra aberta por causa da proposta de revisão da Lei de Finanças Locais. Um dos pontos que tem inflamado os ânimos prende-se com o endividamento autárquico.
Segue-se a lista das 70 câmaras que o Governo diz que vão perder capacidade de endividamento.A ANMP, citando um estudo da Deloitte, diz que, com as novas regras de cálculo, haverá 204 câmaras, entre as 308 do País, que ficarão impedidas de recorrer ao crédito até 2014.Como a futura Lei impõe que todos os anos as câmaras reduzam 10% o excesso de endividamento, isto significaria que as câmaras se vejam "amputadas"de 304 milhões de euros por ano, até 2014.O Governo desmente peremptoriamente estes números, e diz que são apenas 70. E divulga a lista das câmaras em causa, assumindo os seus números.
Municípios: percentagem utilizada do limite proposto:

ALPIARÇA: 157%
AMARES: 171%
ANSIÃO: 112%
ARMAMAR: 170%
AVEIRO: 216%
BARREIRO: 117%
CALHETA (SÃO JORGE): 196%
CARRAZEDA DE ANSIÃES: 169%
CASTANHEIRA DE PÊRA: 181%
CASTELO DE PAIVA: 195%
CELORICO DA BEIRA: 181%
CHAMUSCA: 109%
CONDEIXA-A-NOVA: 108%
COVILHÃ: 227%
ESPINHO: 101%
FARO: 101%
FIGUEIRA DA FOZ: 147%
FORNOS DE ALGODRES: 137%
FUNDÃO: 168%GOUVEIA: 161%
GUARDA: 136%
LAJES DAS FLORES: 205%
LISBOA: 158%
MACHICO: 198%
MAIA: 180%
MANTEIGAS: 120%
MARCO DE CANAVESES: 267%
MESÃO FRIO: 104%
MOIMENTA DA BEIRA: 104%
MONÇÃO: 124%
MONCHIQUE: 117%
MONDIM DE BASTO: 175%
MONTEMOR-O-VELHO: 173%
MOURÃO: 177%
MURÇA: 120%
NAZARÉ: 107%
ODIVELAS: 157%
OLIVEIRA DE AZEMÉIS: 133%
OLIVEIRA DE FRADES: 107%
OURÉM: 110%OURIQUE: 178%
OVAR: 101%
PAREDES DE COURA: 122%
PORTALEGRE: 115%
PORTO MONIZ: 113%
POVOAÇÃO: 107%
REGUENGOS DE MONSARAZ: 119%
RIBEIRA GRANDE: 116%
RIO MAIOR: 125%
SANTA COMBA DÃO: 150%
SANTARÉM: 159%
SÃO PEDRO DO SUL: 194%
SÁTÃO: 127%
SEIA: 164%
SEIXAL: 121%
SESIMBRA: 130%
SETÚBAL: 131%
SINES: 192%
SOURE: 112%
TAROUCA: 102%
TORRE DE MONCORVO: 114%
TORRES NOVAS: 144%
TRANCOSO: 124%
VALE DE CAMBRA: 185%
VELAS: 180%
VILA DA PRAIA DA VITÓRIA: 131%
VILA DO CONDE: 164%
VILA FRANCA DO CAMPO: 194%
VILA NOVA DE POIARES: 172%
VOUZELA: 147%

Os anéis já foram. Sobram os dedos...

domingo, outubro 01, 2006

Cinco acidentes em menos de duas horas tornam IP3 um caos



Cinco acidentes em menos de duas horas tornam IP3 um caos. Seis acidentes no IP3 só no período da manhã, cinco dos quais registados em menos de duas horas (das 8h15 às 9h50) e todos eles entre Penacova e Souselas, levaram, ontem, a confusão àquele itinerário principal.Apesar do aparato e das viaturas envolvidas ( 12 ), não terá havido mais do que três feridos ligeiros.No entanto, um dos acidentes foi suficiente para causar filas de quilómetros e, nalguns casos - quando não foi possível adoptar uma alternativa viária - horas de espera. Tratou-se de um despiste de um veículo pesado, pelas 9h15, na chamada descida do Botão, que provocou o corte da estrada nos dois sentidos, embora a circulação se fosse fazendo, com várias paragens e alguns constrangimentos - só passavam ligeiros - no sentido Coimbra -Viseu.No sentido contrário, por onde circulava o camião, o tráfego esteve cortado durante seis horas: entre as 10h30 e as 16h30. Deste acidente resultou, ainda, o derrame de gasóleo, que tornou demorado o processo de limpeza do pavimento. "Há de tudo. Despistes, dois capotamentos e até choques em cadeia", afirmou, ao telefone, o comandante dos Bombeiros de Penacova, numa altura em que parecia não ter mãos a medir.O primeiro acidente, uma colisão entre dois carros, ter-se-á verificado pelas 8h15, no Alto das Lamas. Seguiram-se, às 9h15, o despiste do pesado; às 9h45, também no Botão, outro desiste, de um ligeiro de mercadorias; à mesma hora, na Livraria do Mondego, mais um despiste; às 9h50, outra vez no Botão, uma colisão entre três ligeiros; e às 12h10, no nó da Espinheira, um choque em cadeia, que envolveu quatro automóveis.Dez viaturas e 40 homens dos Bombeiros de Penacova, além de três viaturas e de mais 15 homens (dos sapadores e dos voluntários de Coimbra e dos voluntários de Brasfemes) foram os meios envolvidos no socorro e na limpeza. Segundo a BT, que teve todas as patrulhas no exterior, além dos seis acidentes no IP3, ontem de manhã, verificaram-se mais dois na EN 1 e outros tantos na auto-estrada.