domingo, janeiro 28, 2007

Carta Aberta de Francisco Andrade

Carta aberta ao presidente da Câmara de Poiares.
Uma carta de Francisco Andrade, o competente e importante Presidente de Junta de Freguesia de Santo Antonio dos Olivais em Coimbra.
Não faria qualquer comentário à entrevista do senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, de quem sou amigo há muitos anos, se não fora o não poder dissociá-lo do lugar que ocupa como Presidente da Distrital do Partido. Eu sei que o raciocínio do senhor Presidente tem a lógica de quem governa uma autarquia que cabe num bairro da minha Freguesia, e como tal, analisa o trabalho das mesmas a essa dimensão, mas isso não justifica tudo...É natural que dado a realidade de Vila Nova de Poiares, onde o Senhor está a fazer boa obra, necessite de mais poder no Município. Poder financeiro, já que em relação às competências que cabem às suas Freguesias, não é credível que lhe estejam a roubar qualquer protagonismo.Quero acreditar que as pessoas que o leram não compartilharão da opinião que tem sobre o papel que as Freguesias desempenham. Principalmente aquelas que diariamente recorrem aos seus serviços, para verem resolvidos os problemas do seu quotidiano, ou para que estas os consigam levar a quem de direito para serem resolvidos. O Povo sabe bem onde encontra uma porta aberta e um rosto, assim como sabe dar valor às dificuldades que encontram sempre que pretendem expor os seus problemas e deparam com Secretárias, Assessores ou quejandos, ou quando os espera uma resposta programada vinda de um qualquer atendedor automático. As Freguesias não serão nunca um contra – poder dos altos interesses das Câmaras, mas bem pelo contrário uma desburocratização da máquina complexa de muitas delas e um serviço permanente em prol das populações. Não será pois, através da lógica da evolução tecnológica, que se possa justificar a sua extinção, até porque muitas já aderiram a esse bem. O contacto personalizado e directo entre eleito e eleitor, terá sempre o seu procedimento por excelência. Numa sociedade onde se está a perder a noção dos valores e dos direitos, numa fuga para a frente, é triste que mais uma vez se pretenda tirar do Povo aqueles que lhe estão mais próximos.
Permita-me senhor Presidente que o questione: Como reagiria Vª Exª, se na sua lógica do efeito tecnológico, onde assenta a sua tese, o Governo utilizasse o mesmo raciocínio e defendesse a substituição das Câmaras ou da sua anexação, sempre que os seus concelhos não tivessem um determinado número de habitantes?
Reafirmo a amizade que lhe tenho, mas não me leve a mal dizer-lhe que na vida há momentos infelizes e o senhor teve um deles...É que, como Presidente da Distrital, ficou em muito maus lençóis para num futuro próximo, lutar pela conquista dessas autarquias. Assumi com muita honra a presidência da maior Freguesia do Distrito de Coimbra e das maiores do País e orgulho-me da proximidade e do desempenho que prestamos à população de sessenta mil habitantes, sem que algum dia tivesse prejudicado as competências da Câmara Municipal de Coimbra.

LOUSÃ - Avião não tripulado com tecnologia portuguesa

Uma aeronave não tripulada, destinada a missões de vigilância e transmissão simultânea de dados, é a “estrela” da III Semana da Ciência e Tecnologia a decorrer na Lousã.O SkyGu@rdian é um pequeno avião com 2,1 metros de comprimento e 4,3 metros de envergadura que nasceu de uma parceria entre o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), a Universidade da Beira Interior (UBI) e a empresa Plasdan, sediada na Marinha Grande e especializada em moldes.
O objectivo do projecto foi desenvolver, ao longo dos últimos quatro anos, uma aeronave não tripulada para observação aérea, com aplicações práticas nas áreas da vigilância de incêndios, da costa marítima, reconhecimento militar, investigação de fenómenos atmosféricos, comunicação rádio ou fotografia aérea. A ponte estabelecida entre a investigação feita nas instituições de ensino superior e as empresas envolvidas representa também a atenção dada à necessidade de que o produto final tenha aplicação prática e que seja economicamente viável. Estas aeronaves revelam ser mais económicas e operacionalmente mais flexíveis – através de mecanismos de automação –, do que os aviões tripulados. No caso concreto, a aeronave tem capacidade para transportar uma carga útil de 4,5 quilos, correspondente a equipamento fotográfico ou de vídeo, de transmissão e controlo. Sendo assim, integra sistemas de telecomunicações e gestão de dados, estando em fase final de desenvolvimento.A III Semana da Ciência e Tecnologia, promovida pela Câmara Municipal da Lousã, é um certame de carácter pedagógico que pretende apoiar a actividade experimental das ciências. A iniciativa teve início na segunda-feira passada, essencialmente com a realização de colóquios, e decorre até sábado com a presença de várias instituições de ensino na Nave de Exposições da vila. No stand ocupado pelo IPL, a Escola Superior de Tecnologias e Gestão apresenta alguns projectos em curso na instituição, entre os quais o referido avião, em que estão envolvidos os departamentos de Engenharia Electrotécnica, Mecânica e Informática.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

POIARES - Floresta Contra Incêndios

Poiares recebeu a última reunião do Conselho de Representantes da Floresta Contra Incêndios.
O Conselho de Representantes da Defesa da Floresta Contra Incêndios reuniu em Poiares, num encontro que serviu para fazer o ponto da situação relativamente ao plano nacional, bem como à acção dos municípios em prol da defesa da floresta.De acordo com os dados apresentados, até dia 19 de Janeiro estavam constituídos 198 gabinetes técnicos florestais, entregues 215 planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, concluídos 158 planos operacionais municipais e constituídas 258 comissões municipais de defesa da floresta contra incêndios.
O encontro, que reuniu todas as entidades ligadas à problemática da defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Instituto de Conservação da Natureza, Instituto de Meteorologia, Estado Maior do Exército, da Força Aérea e da Armada, comando da GNR, Polícia Judiciária e Associação Nacional de Municípios, serviu ainda para analisar a preparação do Programa de Apoio do Fundo Florestal Permanente, o segundo relatório da Comissão Eventual para os Fogos Florestais da Assembleia da República e o Plano de Sensibilização.
No final da reunião, Paulo Mateus, presidente do Conselho de Representantes e também sub-director da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, fez um balanço que considerou «muito positivo» do encontro, defendendo que «nestas reuniões todos os representantes têm oportunidade de expor os seus pontos de vista e, esta em concreto, foi pródiga nesse sentido», afirmou. Aquele responsável adiantou ainda que «o sistema nacional de defesa contra incêndios é um sistema holístico, todas as peças têm de funcionar e é nesse sentido que estamos a trabalhar, coordenando e organizando o trabalho de cada uma das entidades».
Em representação da (ANMP), Jaime Soares, também enfatizou o carácter profícuo do encontro, onde «se procurou encontrar as melhores soluções para resolver os problemas da floresta».
Sublinhou a importância do Conselho de Representantes porque, «tudo o que diz respeito à floresta passa por este organismo» e, «não tendo o poder de decisão, podemos ter uma posição forte, através dos relatórios que saem das nossas reuniões, os quais a administração central não pode ignorar, nem desvalorizar», daqui «saem as linhas força de orientação para uma estratégia de futuro da floresta portuguesa».
A reunião de Poiares, realizada na passada quarta-feira, contou, também, com a presença de um investigador especializado em incêndios florestais.
Hermínio Botelho, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, apresentou um documentário sobre o tema “O fogo contra o fogo”, no qual focalizou e desmistificou alguns paradoxos. «O fogo nem sempre é mau e pode ser usado como uma ferramenta para combater os incêndios», afirmou, enaltecendo o papel que o fogo ocupa na gestão da floresta. «Temos de saber viver com o fogo», defendeu, explicando que é necessário equacionar «outras formas de o combater».Hermínio Botelho apresentou um projecto comunitário, o único na área dos incêndios, intitulado “Paradoxo do fogo”, que «os portugueses estão a coordenar, em conjunto com 32 equipas de 13 países diferentes», através do qual se pretende demonstrar que «há outras formas de gerir as florestas, de gerir os incêndios, através do próprio fogo». Trata-se, defendeu o investigador, de «uma nova filosofia relativamente ao que temos andado a fazer nos últimos anos, não só em Portugal como em toda a Europa».
Hermínio Botelho defendeu ainda como fundamental e urgente a «reconversão da nossa floresta, retirando algumas espécies mais inflamáveis e introduzindo espécies autóctones, bastante mais resistentes ao fogo».
Note:in Diario Coimbra

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Marsilop ganha obra da Águas do Mondego

A empresa Águas do Mondego, concessionária do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Baixo-Mondego e Bairrada, adjudicou o concurso público que visa a concepção-construção da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) do Caneiro à Marsilop – Sociedade de Empreitadas, por 219 mil euros.A unidade, cujo prazo de execução é de 19 meses, estará dimensionada para uma população equivalente de 300 habitantes no ano horizonte do projecto (2027), incorporando um nível de tratamento secundário (processo de lamas activadas em arejamento prolongado, em unidade compacta).A empreitada abrange construção, pré-arranque e arranque da infra-estrutura. Prevê-se também a execução do caminho de acesso à ETAR, numa extensão de 40 metros.
O sistema multimunicipal do Baixo Mondego-Bairrada, é um dos mais recentes do País, tendo sido criado para melhorar a qualidade da água para consumo público e aumentar os níveis de tratamento das águas residuais de cerca de 427 mil habitantes.
A integração, reabilitação ou ampliação das infra-estruturas são as medidas propostas pela empresa para melhorar a qualidade de água abastecida aos municípios de Ansião, Arganil, Coimbra, Condeixa, Góis, Leiria, Lousã, Miranda do Corvo, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares. A empresa prevê investir, até 2039, 138 milhões de euros e conta com um financiamento de 21 por cento do Fundo de Coesão.

domingo, janeiro 21, 2007

Jaime Soares quer acabar com as Freguesias


Autarca contra o fim das freguesias que Jaime Soares defende.
Alberto Cadima da Lajeosa opõe-se a Jaime Soares da Risca Silva. As recentes declarações públicas de Jaime Soares, presidente da Câmara de Poiares e tambem intitulado presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD, em defesa da extinção das juntas de freguesia, no sentido de dar mais poder aos municípios, não caíram bem no seio da autarquia de Lajeosa, no concelho de Oliveira do Hospital.Já Francisco Andrade da Freguesia de Sto Antonio dos Olivais se lhe referiu. É que Poiares, cabe num dos bairros dessa Freguesia de Coimbra, mas enfim....

"Fico estupefacto ao ler tais afirmações. Num país moderno só se consegue ter bons municípios se as freguesias rurais tiverem um bom desempenho na aplicação das verbas transferidos pelo Estado", afirmou Alberto Cadima. Jaime Soares sugeriu, numa recente entrevista a um jornal regional, que nos espaços onde hoje existem as juntas de freguesia sejam criadas estruturas de desenvolvimento, através das novas tecnologias que permitam ao cidadão resolver os seus problemas no local de residência. Na sua opinião, "as verbas seriam mais úteis se centralizadas na estrutura do município, pois dariam melhor resposta às necessidades das populações". Neste sentido, defende a criação de mais 70 municípios e a extinção das juntas de freguesia. Alberto Cadima lamenta que as declarações do líder distrital do PSD "não tenham abonado em nada o parente pobre do poder local".

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Câmara de Poiares encerra bar em Vale de Vaz

A Câmara de Poiares encerra bar por causa do barulho nocturno. A autarquia de Poiares ordenou o encerramento de um café, depois de ter detectado a falta de licenciamento. Paralelamente, o gerente pretende ver o “nome limpo”, depois de denúncias que apontavam para um quadro de prostituição no local O “Bar do Freddy”, antes chamado “Escorpião”, em Vale de Vaz, Vila Nova de Poiares, deverá ser hoje encerrado por ordem da autarquia, depois de terem sido verificadas ilegalidades ao nível do licenciamento e excesso de barulho nocturno, de acordo com o presidente da câmara.
Soares informou que se trata de um quadro de «ilegalidade e ruído que só agora foi detectado pela Câmara, pelo que o estabelecimento tem que ser fechado».
O café «tem espectáculos de karaoke, mas não tem insonorização» afirmou o edil, frisando que «não estão a ser respeitados os horários de descanso das pessoas, que depois vêm aqui à câmara queixar-se de que não conseguem dormir».
Freddy Figueiredo, gerente do bar há cerca de três meses, diz que vai fechar o estabelecimento, aceitando as razões invocadas, nomeadamente a falta de licenciamento. «Não me emitem licença de obras porque o prédio está ilegal há já 30 anos e a senhoria não quer apresentar o projecto» exigido pela autarquia. Soares confirma que «a câmara já solicitou, várias vezes, que apresentassem tudo o que é necessário para legalizar, mas fazem tábua rasa, pelo que agora terá que encerrar».O gerente quer o “nome limpo”. Embora insatisfeito com o facto de ter que encerrar o café, Freddy Figueiredo está mais indignado com algumas denúncias que conotaram o estabelecimento com a indústria do sexo, o que, segundo diz revoltou a maioria da clientela.«O meu café foi difamado por uma senhora, em como seria um bar de strippers e prostituição», afirma, dizendo-se apoiado pela maioria da clientela, que já subscreveu, inclusive, um abaixo-assinado contra estas acusações. Alegadamente, terá tido conhecimento destas denúncias através da Polícia Municipal, que se deslocou ao local para averiguar as queixas e terá questionado o gerente. «Ficámos escandalizados com as acusações», diz, sublinhando que é uma casa de respeito».Também Soares recusa que a decisão de encerrar o estabelecimento tenha a ver com qualquer suspeita de actos de prostituição. «Está ilegal e causa ruído, pelo que tem que fechar», resume. Revelando que o estabelecimento funciona das 7h00 à 1h00 da manhã, podendo entender-se um pouco mais ao domingo, Freddy Figueiredo disse que vão famílias inteiras ao karaoke e matinés, sustentado o bom ambiente do local.«Os clientes estão revoltados e pediram-me para ligar para os jornais», afirmou, sublinhando que, «se me fecharem a porta eu vou sair, mas quero limpar o nome».

terça-feira, janeiro 16, 2007

LOUSÃ - Pinhal interior em busca de fundos

Catorze municípios,de Coimbra e Leiria, constituem hoje a Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte.
Na mira investimentos comunitários em projectos intermunicipais. “Esta associação tem como objectivos articular investimentos municipais de interesse intermunicipal”, explicou à agência Lusa o presidente da Câmara da Lousã, Fernando Carvalho, concelho onde é celebrada, hoje, a assinatura da escritura pública.
A Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte é constituída pelos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares (distrito de Coimbra). A associação pretende contratualizar a gestão de programas comunitários e articular investimentos municipais de interesse intermunicipal, através da gestão de programas comunitários, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para o período 2007/2013. Segundo os estatutos, para a articulação dos investimentos municipais de interesse intermunicipal, a associação pode ainda criar e explorar serviços associativos próprios, participar em empresas regionais e em outras empresas de interesse público e celebrar contratos de concessão de serviços. No final da escritura pública, que terá lugar no salão nobre da Câmara da Lousã, pelas 15H00, serão eleitos os elementos dos corpos sociais.
In: As Beiras

segunda-feira, janeiro 15, 2007

ARGANIL - Discussão acabou à navalhada

Três indivíduos envolveram-se numa acesa discussão, que acabou com dois feridos e o terceiro, autor das agressões, detido pela GNR. Aconteceu na madrugada de domingo, no Sarzedo, concelho de Arganil.
Ciúmes terão estado na origem da discussão, que começou com palavras mais acesas, envolveu uma cena de pancadaria e acabou com dois indivíduos feridos com uma navalha. Aconteceu durante a madrugada de domingo, à porta de um café, no Sarzedo.O alegado agressor estaria no interior do café e as vítimas, que se encontravam no exterior do estabelecimento, chamaram- -no. A resposta foi pronta e, já no espaço frontal do café, por volta da uma da madrugada, estalou a discussão.Na base da contenda estará, tudo indica, uma mulher, com quem o alegado agressor, um indivíduo de 36 anos, que será oriundo do vizinho concelho de Oliveira do Hospital, teve, em tempos, uma relação. Razões que só o coração conhece ditaram a separação do casal, mas o homem, motorista de longo curso, não aceitaria bem a separação, tanto mais que existe um filho do casal, e pontualmente desloca-se ao Sarzedo e procura a mulher.Todavia, a senhora, que actualmente se encontra em situação de desemprego e está a frequentar uma acção de formação, não veria com bons olhos esta insistência, tendo inclusive refeito a sua vida afectiva com uma das vítimas, natural de Folques.Terá sido esta conjuntura afectiva que terá ditado a discussão, que acabou com o motorista de longo curso, alegadamente, a desferir vários golpes, com uma navalha, nos seus dois “interlocutores”, de 24 e 36 anos. Um, de acordo com informação da GNR, foi atingido no abdómen, enquanto o outro sofreu golpes no peito e numa perna.
A GNR deslocou-se ao local, para averiguar os acontecimentos, tendo procedido à detenção do suspeito por volta das 6h00 da madrugada de domingo. O detido foi conduzido às instalações do posto da GNR de Arganil e foi ontem, durante a manhã, presente a tribunal para primeiro interrogatório. O processo vai agora avançar para inquérito e o indivíduo ficou em liberdade, mas com termo de identidade e residência.

domingo, janeiro 14, 2007

POIARES - Câmara “má pagadora”

Câmaras “más pagadoras” denunciadas em lista

Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz, Maia, Guarda, Vila do Conde e tambem Vila Nova de Poiares fazem parte de uma extensa lista de autarquias que pagam às empresas de construção com prazos superiores a 12 meses. De acordo com o inquérito de Outono da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o "crónico e penoso" atraso situa-se em média nos 7,6 meses, atingindo o máximo já registado desde a Primavera de 2004. Segundo a AICCOPN, que ontem divulgou a informação, mais de 95 por cento dos pagamentos efectuados pelas autarquias não cumprem, por isso, o que a lei estabelece, uma vez que o prazo de pagamento que esta determina é de dois meses.
Na lista dos "piores" pagadores (com prazos superiores a 12 meses) encontram-se, por ordem alfabética, Alijó, Amares, Aveiro, Cabeceiras de Basto, Celorico da Beira, Coimbra, Figueira da Foz, Guarda, Lamego, Lousã, Maia, Melgaço, Mira, Oliveira de Azeméis, Penafiel, Santa Maria da Feira, São Pedro do Sul, Vila do Conde e Vila Nova de Poiares.
A pagar entre 9 e 12 meses, estão as autarquias de Arcos de Valdevez, Ílhavo, Lisboa, Ovar, Paredes de Coura, Tabuaço, Trofa, Vagos e Viana do Castelo. Águeda, Alfândega da Fé, Bragança, Cantanhede, Espinho, Fafe, Felgueiras, Guimarães, Miranda do Corvo, Miranda do Douro, Monção, Montalegre, Montemor-o-Velho, Paços de Ferreira, Resende, Tarouca, Tondela, Trancoso, Valpaços, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar e Vila Verde são o grupo de municípios que paga entre os 6 e 9 meses.
A cidade do Porto, por sua vez, aparece num grupo de 18 autarquias que salda as suas dívidas relativas a obras públicas num prazo entre os três e os seis meses. Neste grupo aparecem também no inquérito de Outono da AICCOPN, as câmaras municipais de Albergaria-a-velha, Barcelos, Boticas, Castro Daire, Chaves, Esposende, Estarreja, Macedo de Cavaleiros, Murtosa, Penacova, S. João da Madeira, Valença, Vila Nova de Famalicão, Vila-Real, Vimioso e Viseu. Segundo a AICCOPN, este agravamento do incumprimento dos prazos legais por parte das autarquias tem tido consequências "muito gravosas" para as empresas de obras públicas, provocando-lhes dificuldades financeiras acrescidas num ano "já de si complicado" face ao aumento da taxa de juro de referência em 1,25 pontos percentuais por parte do Banco Central Europeu. Dívidas liquidadas em mais de um ano. De acordo com os dados recolhidos junto das empresas de construção e obras públicas, a AICCOPN concluiu ainda que cerca de cinco por cento das dívidas das autarquias são liquidadas num prazo superior a um ano, após emissão das facturas. No mesmo sentido, acrescenta, os prazos de pagamentos mais curtos, ou seja, os cinco melhores prazos declarados revelam uma degradação, sendo actualmente em média de 4,3 meses, o que denota, de acordo com a AICCOPN, um agravamento sistemático nos últimos três anos, já que se situava nos 3,3 meses no Outono de 2004. A lista da AICCOPN relativa aos municípios "bons pagadores" (com prazos até três meses) integra as autarquias de Almeida, Amarante, Anadia, Braga, Gondomar, Matosinhos, Oliveira do Bairro, Paredes, Ponte de Lima, Sabugal e Vila Nova de Cerveira. A AICCOPN refere, a propósito destes dados, que dos 80 municípios que é possível citar expressamente, apenas 14% cumprem os seus compromissos financeiros para com os construtores num prazo inferior a três meses, enquanto 23% liquidam as suas facturas em prazos superiores a um ano. A associação salienta ainda que o número de câmaras com prazo médio de pagamento superior a um ano tem aumentado "significativamente".

sábado, janeiro 13, 2007

POIARES a reboque das dificuldades

Jaime Soares aproveitou as comemorações do Dia do Município de Poiares para lançar duras críticas ao Governo, o que ja vem sendo habito, sobretudo no que respeita à nova Lei das Finanças Locais.O presidente garantiu, no passado sábado, que o município não vai deixar de lutar e de mostrar as suas convicções, apesar prever que em 2009 muitas autarquias - inclusive aquela a que preside - possam passar por momentos difíceis. Já se parece com Alberto João Jardim .Em causa está a Lei das Finanças Locais, uma lei “cega e autista que visa a desertificação do espaço interior para transportar as pessoas para os grandes centros” e que representa a “descaracterização total de um país que se orgulha da pátria que é”, sustentoue perguntou o que quer dizer autista?. Para Jaime Soares, a nova lei “é um crime de lesa-pátria que vai começar a funcionar na plenitude total em 2009” . O que é lesa-patria?. “Mas isso não nos fará deixar de sentir cada vez mais a força das nossas convicções”, o que são convulsões?, prometeu. Durante a sessão solene comemorativa dos 109 anos da restauração definitiva do concelho de Poiares, o autarca lembrou que a nova lei vai colocar em causa os pequenos municípios, “funcionalizando o sistema e esmagando os municípios portugueses”. Ao aludir aos 30 anos do poder local -”um dos valores da revolução” - Jaime Soares mostrou ainda a sua mágoa pelo facto do 25 de Abril não ter trazido “o sentido da responsabilidade por aquilo que é, efectivamente, a vontade do povo”. Qual é a vontade do povo?. “Temos que acompanhar o ritmo e ver o que é mais importante para as populações, construindo uma pátria melhor e com progresso”, disse o autarca. Para tal, voltou a defender uma reforma administrativa que extinga as juntas de freguesia, de forma a conferir mais poder aos municípios. “Temos que ver que tipos de autarquias queremos para o futuro de Portugal”, referiu, ao lembrar que o poder local - “o maior valor de Abril de 74” - está a ser “destruído pela megalomania e pelo autismo de alguma governação”. Exemplos disso são, nas palavras do presidente de Poiares, o encerramento das urgências do Centro de Saúde, das escolas, das maternidades ou a redução dos “dinheiros dos municípios”. “Tirem-nos tudo, que não nos tirarão a força de lutar”, garantiu. Porque - acrescentou - “a raça poiarense é uma raça forte de pessoas que souberem construir um município que hoje atinge índices de desenvolvimento que é dos maiores há na região Centro e até no país”. Jaime Soares não deixou, então, de referir as muitas obras que estão em curso no concelho como a remodelação total do Paços do Concelho (que deve começar dentro de poucos dias), a ampliação para Norte do parque industrial, a intervenção no Mercado Municipal de Poaires, tornado-o polivalente, aberto a novas actividades culturais e gastronómicas, a reconversão do actual quartel dos bombeiros na futura biblioteca municipal, museu, salão de festas e cine-teatro ou a intervenção em Louredo, junto ao rio Mondego, onde serão instalados o Açude, a praia fluvial e o parque de campismo, que será para fazer pirraça a Penacova. “Poiares é uma autêntica locomotiva no reboque das dificuldades para as ultrapassar em crescimento, em progresso, em riqueza”, disse, por fim, o autarca. No entanto ha quem tenha outras opiniões, sendo que Poiares com Jaime Soares já é uma carroça com as rodas todas podres.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Miranda do Corvo - Montaria ao veado lança polémica

Um praticamente de downhill terá sido alegadamente agredido por um responsável da caçada ao veado, realizada sábado na Serra da Lousã. A organização nega qualquer agressão e fala em atitudes provocatórias.
Tudo poderá não passar de um mal-entendido, mas a verdade é que um atleta do MCV Bike Clube, de Miranda do Corvo, afirma que, na tarde de sábado, entre as 15h30 e as 16h00, se encontrava na pista de downhill localizada junto ao parque eólico de Vila Nova e foi «insultado e agredido por um membro da organização da caçada ao veado». O membro do clube, que prefere manter o anonimato, afirma que «a pista não estava guardada e a um/dois quilómetros decorria a caçada». Sublinhando a não existência de elementos da GNR ou da polícia florestal no local, o atleta diz que se dirigiu para a pista, onde foi «abordado por um elemento da organização» que o «insultou e agrediu fisicamente».
Uma situação que já foi apresentada à GNR, refere, muito embora ainda não tenha sido formalizada queixa, na medida em que, afirma o betetista, ainda está a diligenciar no sentido de obter a identificação do alegado agressor, cumprindo um conselho da autoridade policial. Afirmando nada ter contra as caçadas, que afirma serem legais, o atleta, de Miranda do Corvo, critica, isso sim, a organização, que reputa de «menos boa», na medida e que não tomou as devidas providências em termos de segurança. O presidente da Associação de Caçadores do Vale do Arinto, entidade promotora da caçada de sábado, em parceria com a Federação Portuguesa de Caçadores, nega a existência de quaisquer insultos ou agressões e admite, ao invés, uma atitude provocatória por parte daquele membro do MCV Bike Clube. Com efeito, de acordo com José João Jesus, «o senhor que afirma isso fez circular, no dia 5, via Internet informação a alertar os praticantes para não irem para a serra, pois iam para lá os “matadores”».
Depois disto, no dia seguinte, data da caçada «foi para lá com uma viatura de tracção às quatro rodas e quis entrar dentro da mancha». Aquele responsável garante que elementos da organização o «aconselharam a não entrar na mancha, porque estavam ali pessoas armadas com carabinas, cujos tiros atingem uma distância de dois quilómetros». Uma advertência relativamente à qual o desportista não terá reagido da melhor forma. «Quem é o senhor para me impedir de entrar?», terá questionado, de acordo com o presidente da associação.
in Diario de Coimbra

SEMANA DA CHANFANA


Semana da Chanfana de 12 a 21 de Janeiro
Poiares prepara-se para receber nos próximos dias milhares de amantes da boa mesa e da gastronomia tradicional. Com a adesão de seis restaurantes do concelho, a Semana da Chanfana começa amanhã e prolonga-se até ao dia 21, conjugando na perfeição com as comemorações da restauração em definito do concelho, que se assinala a 13 de Janeiro, feriado municipal.
O dinamismo da Confraria da Chanfana com a drª Madalena Carrito à frente, está imparável.
Vai haver chanfana para todos.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

MIRANDA DO CORVO - Águas do Mondego na Casa do Gaiato

A Casa do Gaiato faz 67 anos. Sábado recebeu a solidariedade da empresa Águas do Mondego. Ontem assinalou a efeméride em festa.Cerca de 160 pessoas juntaram-se ao almoço, na Casa do Gaiato de Miranda do Corvo. A iniciativa foi da empresa Águas do Mondego. Para os rapazes da instituição, o momento de calor humano foi uma surpresa agradável. Para a obra do Padre Américo, lembranças como esta são sempre bem-vindas. Para a administração, funcionários e prestadores de serviços da empresa, a solidariedade natalícia é já um hábito, depois de, há um ano, terem decidido escolher a Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis, em Coimbra.
Os gaiatos eram, naturalmente, o alvo de todas as atenções. À timidez dos mais pequenos, que ali vivem e se formam para a vida, contrapôs-se a felicidade dos antigos internos, que, um por outro, não perdem oportunidade para voltar à casa.