Poiarense que se preze deve-se envergonhar desta atitude e deste pensamento de um autarca que classifica os poiarenses de burros e analfabetos.É dos que acha que ser assim presidente de Câmara é um lugar divino, fazendo assim dos outros parvos.
As eleições autárquicas de 11 de Outubro marcarão a despedida de diversos "dinossauros" autárquicos, muitos dos quais no poder desde 1974 e que por imposição legal têm em 2009 a última oportunidade de concorrer à presidência da Câmara. O sufrágio local deste ano será a última possibilidade para diversos políticos concorrerem à presidência da autarquia antes de entrar plenamente em vigor a lei nº 46/2005, que limita os mandatos dos presidentes de Câmara e de Junta.
"Os senhores deputados não foram capazes de criar uma lei que também limitasse os seus mandatos, e alguns já estão lá há vinte e trinta anos. Não lhes dava jeito, não é?" - questiona.
Afirmando não compreender o porquê da lei de renovação sucessiva de mandatos abranger em exclusivo os governadores locais, o histórico líder da câmara de Poiares, hoje com 65 anos, compara a vivência de autarca, "uma honra muito grande", com os cargos políticos desempenhados por membros do Governo e da AR."Tomara muitos dos que estão na governação e na AR sentados a fazer leis terem a dignididade, a honra e a forma de estar na vida como efectivamente têm a maioria esmagadora dos presidentes de câmara deste país", referiu à agência Lusa.Já o presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), no cargo desde 1979, afirmou à Lusa "não ter o sentimento" de que a lei aprovada em 2005 seja "justa, correcta e adequada"."Acho que quem limita os mandatos das pessos é o povo", refere o autarca da CDU.António José Ganhão compara também a aplicação da lei a nível local e a sua não execução em termos de Poder Central: "os senhores deputados não têm qualquer limitação, podem ser deputados uma vida inteira. Não se percebe por isso por que é que pretendem retirar às populações o direito democrátido de poderem escolher [em quem votar]". Mesquita Machado (PS), presidente da Câmara de Braga, Mário Almeida (PS), autarca de Vila do Conde, e António Bugalho (CDU), presidente da autarquia de Sobral de Monte Agraço, são outros "dinossauros" do poder local que se despedem de cena com as eleições autárquicas de 11 de Outubro.
5 comentários:
A expressão de caciquismo não nasceu do acaso e sem propriedade quando se aplica aos autarcas. Eles tornam-se "donos" das concelhias partidárias, pagam quotas a militantes, angariam fundos de maneira expedita para as sedes nacionais, atinge-se uma democracia onde só medra quem queiram, anida assim numa sucessão designada e raramente decidida pelas bases partidárias. Depois sendo tão bons autarcas porque não passam ao escalão seguinte, sendo deputados e governantes? E quando passam, em fim de mandato, porque são nomeados para empresas onde o Estado tem "golden shares", porque perderam rendimentos? Conhece o Fernando Gomes e outros?
Assim, vejo nesta mudança mais potencialidades do que perturbações, pois a Democracia deveria ser de todos, com todos envolvidos desde a sua rua, até á cúpula da nação. Assim seriam destacados só os melhores e os mais competentes, aqueles que são oposto do caciquismo e das traficãncia que fizeram do nosso território o pior exemplo europeu onde tudo foi permitido. Será mentira isto?
Parabéns ....Eu acho que está na hora das pessoas de bem,se unirem,e começar a pensar em mudar este estado de coisas.Pois esta democracia já se esgotou.Chegou ao fim.Quem consegue entrar para esse clube de mafiosos;nunca mais sai de lá ;e se sair;já nunca sai pobre.A justiça;nunca descobre quase nada.Com algumas excepções.Mas infelizmente a corrupção está a acabar com este pobre país.
É LÓGICO...Se ninguém fizer nada para mudar as coisas,os donos do poder jamais irão levantar o cu da cadeira.Eles estão bem;nem tão nem aí.E´claro nós os eleitores e pagantes ainda posso contar com pessoas de boa índole aí no nosso país.....até á próxima..desta AMAZÓNIA AINDA VERDE....
O que torna esta questão grave não é a injustiça causada pela "lei penalizadora dos autarcas competente e honestos".
É sempre preferível justiça a injustiça, mas há injustiças bem mais graves do que esta.
O que é fundamentalmente grave aqui é o desrespeito pela liberdade de escolha dos eleitores, tomando-os por tontinhos que se deixam manipular por autarcas espertalhões.
E a ideia de que o bom juízo dos legisladores, dos jornalistas, dos comentadores, em suma, de pessoas mais educadas e ponderadas, pudesse fazer escolhas melhores do que as dos eleitores, e libertá-los das garras desses manipuladores.
É este raciocínio que está por trás de TODAS as ditaduras.
Deixemo-nos de tretas... Em consciência todos sabemos que boa parte do eleitorado é influenciável. E é aqui que se distingue o número de mandatos ou a limitação dos mesmos entre deputados e autarcas.
São funções completamente distintas. O grau de contacto e influência, de pressão e imagem de um autarca é muito maior para o eleitor do que propriamente o de um deputado.
O poder de autonomia e decisão de um autarca é completamente diferente, o seu peso sobre as contas, sobre o estado das coisas. Tudo isso molda e influencia quem o rodeia. Todos nós sabemos que isso conta. Existem realmente casos de tachismo crónico na assembleia mas no meu entender existem diferentes formas para a resolução desse problema, começando pelo voto secreto em assembleia.
Voltando ao ínicio da questão. 46/2005- Limitação de mandatos. Não posso deixar de estar de acordo com uma medida destas. Os argumentos que dizem que esta medida trata os eleitores como ignorantes e incapazes de decidir através da regra da simples democracia são bastante válidos mas não representam a realidade. Se, e passo a citar, o "desrespeito pela liberdade de escolha dos eleitores, tomando-os por tontinhos que se deixam manipular por autarcas espertalhões.
E a ideia de que o bom juízo dos legisladores, dos jornalistas, dos comentadores, em suma, de pessoas mais educadas e ponderadas, pudesse fazer escolhas melhores do que as dos eleitores, e libertá-los das garras desses manipuladores." fosse um argumento que apesar de não ser inválido estivesse adaptado à realidade então como se podem explicar situações que assistimos um pouco por todo o país. Se não somos tontinhos e se não existe um perigo ou uma pressão desconfortável para votar e eleger, se não existe desconforto em opinar... então porque opinamos em anónimo ou sobre nomes fictícios????
Isto não é uma crítica, apenas uma chamada de atenção à realidade. Entendo, compreendo e respeito o anonimato em muitas situações.
Em suma, se aceito esta lei de bom grado, como uma inovação?! Claro que não. No entanto ela é necessária, é um elemento regulador da governação, da transparência numa sociedade imperfeita. Se o mundo fosse tão cor de rosa como gostávamos (sem conotações políticas, especialmente sendo eu parte da JSD :) ) também não haveria necessidade da existência de establecimentos prisionais e correctivos, não existiria necessidade de orgãos e leis de regulação.
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