sábado, junho 05, 2010

FOGOS FLORESTAIS -Dez mil operacionais preparados para combate

A Festa está quase pronta a começar. Jaime Soares já começou a pedir tempo de antena.

Ou muito nos enganamos ou vai aparecer agora todas as semanas a chatear sobre os Fogos Florestais.
O pior é se lhe relembram o fogo de Agosto de 2005 e lhe perguntam quem foi responsavel por não ter dominado o fogo ainda no concelho de Poiares.

A época de fogos florestais teve início na passada terça-feira, mas deveria ter começado a 15 de Maio, pelos menos de acordo com o planeamento apresentado aos bombeiros pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Todavia, dois dias antes dessa data, foi a própria ANPC que – de acordo com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira – enviou dezenas de SMS aos comandantes dos bombeiros a dizer que a entrada em vigor do dispositivo passava para 1 de Junho, o que deixou grande parte dos dirigentes das federações distritais muito desagradados.


São Pedro tem sido amigo - “Foi uma sorte porque, até agora, São Pedro tem sido nosso amigo”, ironiza Jaime Soares, presidente da Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra. A decisão teve também implicações na organização interna das corporações dos bombeiros, que já tinham marcado férias e organizado a vida dos seus efectivos e voluntários de acordo com o esquema definido. Por isso, Jaime Soares desabafa que “a forma como a situação foi tratada é demonstrativa de como a Autoridade trata as principais estruturas de combate aos incêndios”.
Se é verdade que as condições climatéricas do ano ajudaram a que não se tivessem registado, até agora, grandes incêndios em mato, a verdade é que o próprio secretário de estado da Protecção Civil, Vasco Franco, disse na passada quarta-feira, em Leiria, que não se espera um ano fácil devido às condições climatéricas, pois a “chuva aumentou o material combustível” e a “possibilidade de mais ignições”.
Este temor levou o governante a fazer um “apelo a todas as entidades para adoptarem medidas preventivas, como a limpeza das bermas das estradas e das áreas onde passam os cabos das transportadoras elétricas, para evitar que haja ignições nestas áreas”.
Mesmo assim, segundo o governante, Portugal está preparado para o combate aos incêndios.

Meios aéreos duplicam na segunda quinzena - Quanto a meios aéreos, o número de aviões e helicópteros que estão no terreno desde 1 de Junho (17 aeronaves) é metade daquilo que está contemplado na Directiva Operacional Nacional, de Janeiro de 2010, do Dispositivo Oficial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF). Vasco Franco garantiu, todavia, que a partir de 15 de Junho estarão disponíveis os 34 meios previstos, uma dezena dos quais são aviões. Na Fase Charlie (Julho/Agosto) ficam operacionais 30 helicópteros e 16 aviões.
No terreno propriamente dito, as forças de combate, durante a Fase Bravo (a decorrer), envolvem 6.651 operacionais e 1.528 veículos dos vários agentes presentes no terreno. Na Fase Charlie serão mobilizados até 9.985 elementos, e até 2.177 veículos. Na Fase Delta, no final do Verão, o número de efectivos é reduzido para cerca de metade: 5.460 elementos e até 1.230 veículos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Não conhecendo essa situação do fogo de Agosto de 2005, não pretendendo ser advogado de defesa de Jaime Soares, aliás ele sabe defender-se muito bem, mesmo assim entendo dever lembrar ao autor do blogue que nesse ano e especialmente nesse mês, infelizmente para todos nós, foram batidos todos os recordes acerca do número de ignições simultâneas que obrigaram à dispersão de meios como acontece sempre nestes casos. E quando isso acontece, há sempre um fogo ou outro, por falta de meios, que escapa e toma dimensões alarmantes. Não sei se terá sido o caso. Mas admito que algo parecido se possa ter passado.
Quanto à época dos fogos deste ano, ainda é muito cedo para fazer conjecturas. Mas de facto o S.E.P.C. tem toda a razão em estar preocupado na medida em que as limpezas das bermas das estradas, do espaço que rodeia muitas habitações e especialmente do interior das matas não tem sido feita o que é deveras preocupante. O que não compreendo é que seja agora que o senhor esteja a fazer apelos para a limpeza daquilo que já devia estar limpo. Agora com as temperaturas elevadas até é proibido queimar esses produtos da limpeza, a não ser que a mesma possa ser feita em alguns dias mais frescos mas sempre acompanhada de todas as medidas cautelares que a lei e o bom senso impõem.
Mas se o ano vier a ser tão mau como alguns profetas já anunciam, o certo e sabido é que vão acontecer incêndios que vão escapar ao ataque inicial se ele não for musculado como se pretende. É bom que se lembre que nunca nenhum fogo começou grande. Começam todos pequenos e se forem combatidos energicamente nos primeiros minutos, nem sequer vêm no jornal porque foram apagados à nascença como é a esmagadora maioria dos casos. Mas outra coisa também é certa. Nunca nenhum fogo ficou por apagar.

Anônimo disse...

É verdade é verdade, o fogo nasceu muito pequenino e com gente por perto.
Lá defender, defende-se sempre e as pessoas cruzam os braços.

Anônimo disse...

Se este ano houver ca na zona um fogo e se ele crescer muito a culpa sera de quem? Do Socarates, do Inem, do Ministro, do Secretario ?
Va digam la outro para colocar aqui antes que o Jaime descubra outro qualquer.
Ja deve haver algum na calha.

Anônimo disse...

A culpa é dos helicopetros!
É que Poiares ainda não tem um ou dois!

Não,a culpa é do tempo!
É que choveu muito e a vegetação cresceu e os proprietários não limparam!

Mas será do tempo ou dos proprietários???!!!