A partir de hoje eu quero é unir o partido
O líder reeleito da Federação de Coimbra do PS, Victor Baptista, afirmou ontem que está motivado para «promover a concórdia e a unidade do Partido Socialista».
«Esta é uma vitória da verdade, da tolerância, da seriedade e do trabalho», acrescentou, numa conferência de imprensa que serviu para fazer o rescaldo do acto eleitoral.
Victor Baptista conquistou 2054 votos e 13 concelhos, contra os 1376 votos e quatro concelhos de Mário Ruivo. Ontem, o deputado acrescentou que a sua lista elegeu directamente 468 delegados para o congresso local, agendado para 9 de Novembro, contra 224 delegados do projecto derrotado.
O reeleito líder distrital considerou que a afluência às urnas foi «grande», «talvez a maior dos últimos anos», realidade que considerou ser motivadora. «Houve uma aproximação de militantes que já não votavam há muitos anos.
Agora o partido está preparado e mobilizado para, em 2009, assumir o seu desígnio na procura de três vitórias - nas europeias, legislativas e autárquicas», afirmou.
No sábado, depois dos resultados das eleições serem revelados, Victor Baptista admitiu impugnar as eleições na secção de Coja (Arganil) por considerar que ali «votaram onze militantes sem as quotas em dia, inclusive o secretário-coordenador da secção». Mas ontem o responsável abdicou da ideia. «Em nome do prestígio do PS não apresentarei nenhum recurso», explicou.
“Que Mário Ruivo tenha a humildade de pedir desculpa”
A recta final da campanha eleitoral no PS ficou marcada por uma troca de acusações entre Victor Baptista e Mário Ruivo. Ontem, o presidente reeleito recordou que «para trás ficaram atitudes, gestos e processos indignos da nobreza exigida à actividade política». «E fica mal a um perdedor, na noite da derrota, já estar a levantar a bandeira da guerra outra vez», afirmou, referindo-se à disponibilidade de Mário Ruivo para voltar a protagonizar uma candidatura à federação distrital daqui a dois anos.
«Registo os parabéns que me foram endereçados mas gostava que ele tivesse humildade para pedir desculpas públicas por aquilo que disse durante a campanha», concluiu Victor Baptista.
in D.Coimbra
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