segunda-feira, outubro 27, 2008

Mario Ruivo venceu em POIARES

Victor Baptista vence por quase 700 votos
Do universo de aproximadamente sete mil votantes socialistas em condições de votar foram às urnas 3430, cerca de 50%.
As contas saíram favoráveis a Víctor Baptista, que conquistou 2054 votos e 13 dos 17 concelhos. Já Mário Ruivo, com 1376 votos, venceu nos concelhos de Oliveira do Hospital, Poiares, Mira e Arganil.
No entanto, Vítor Baptista pondera «impugnar as eleições na secção de Mirae Coja ( Arganil), onde houve militantes a votar sem as quotas em dia».
O vencedor considerou que «houve uma boa afluência às urnas» e que durante a campanha adoptou sempre «um comportamento responsável, de modo a não criar mais divisões». «Mas a campanha foi agressiva a todos os níveis, com calúnias, e eu lamento que algumas pessoas tenham tido coragem de dizer o que disseram», continuou.
Para Víctor Baptista, a derrota de Mário Ruivo é «uma derrota daqueles que não deram o seu rosto». «Mas eu conheço esses comandantes», completou. O vencedor não esqueceu de agradecer a confiança dos militantes. «Não é a primeira vitória que tenho, são muitas vitórias eleitorais», concluiu.

Mário Ruivo vai estar atento
Em reacção ao resultado negativo, Mário Ruivo saudou o novo presidente. Contudo, após ressalvar que «ganhar e perder faz parte da democracia», garantiu que vai continuar atento na defesa dos valores políticos». Ao considerar que a maioria não aceitou um projecto de maior debate político e de reorganização do partido em Coimbra, Ruivo revelou-se disponível para, daqui a dois anos, voltar a protagonizar uma candidatura à federação distrital. l

Campanha complicou futura coesão.
Foi, no mínimo, uma campanha deselegante na recta final, com ambos os candidatos a acusarem-se mutuamente. Mário Ruivo falou em situações que «são indignas do PS» e revelou que ia fazer uma exposição ao secretário-geral do partido, José Sócrates, a revelar alguns actos, alegadamente, praticados pela lista de Victor Baptista, como a inclusão de nomes de pessoas na lista de apoiantes do seu opositor, que não terão dado autorização para tal.
Victor Baptista retorquiu e rebateu o que considerou uma «pura mentira» e aludiu a manobras do opositor, designadamente colocando como seus apoiantes pessoas que tinham apenas sido convidadas para debates.
No escrutínio, venceu Baptista, mas ambos terão perdido qualquer coisa com os ataques recíprocos, ficando mais difícil a sempre badalada coesão na família partidária.

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