Os “amigos do alheio” visitaram o Santuário do Mont´Alto, localizado a escassos três quilómetros da vila de Arganil, e causaram estragos que ultrapassam as várias centenas de euros. Desolado, o cónego Manuel Martins que os assaltantes arrombaram as três portas do edifício, nomeadamente a porta da torre, a porta lateral - usada para o serviço habitual do Santuário, - e a porta da sacristia, que dá para o exterior do templo, tendo as duas últimas ficado totalmente inutilizadas.
Já no interior do edifício, os assaltantes tentaram abrir duas caixas de esmolas, tendo retirado de uma delas todo o dinheiro, mas que segundo Manuel Martins não deveria ser muito, uma vez que «ainda na segunda-feira anterior tinha tirado o dinheiro que lá estava». Por isso, em seu entender, «no máximo levaram cerca de 50 euros», esclarece. O reitor de Arganil sublinha ainda que os larápios, que concretizaram o assalto na noite de sábado para domingo «remexeram em tudo», mas «não tocaram nos santos, nem em qualquer imagem ou objecto. Só levaram mesmo aquele dinheiro».
O cónego refere que já não é a primeira vez que o Santuário do Mont´Alto é assaltado, porém, «com esta violência nunca aconteceu», afirma, sublinhando que «a ideia que nos deixam ficar é a de que, quem quer que seja, quer estragar tudo o que lhe aparece pela frente». «Parecem pessoas que têm instintos de malvadez e que não respeitam nada nem ninguém», adianta Manuel Martins.
A Igreja Matriz de Arganil também já foi assaltada, o mesmo acontecendo com a residência paroquial, mas, «com aquela violência e vontade de partir tudo é que nunca tinha acontecido nada por aqui», reforça o cónego.
Os prejuízos são «enormes», refere ainda e como a Fábrica da Igreja Paroquial, proprietária do Santuário do Mont´Alto, não tem o dinheiro disponível para fazer face a essas despesas, o reitor de Arganil afirma que só poderão contar «com a boa-vontade das pessoas que nos possam ajudar e tentarmos angariar a verba necessária para suportar as reparações». Entretanto, a situação das portas vai para já ser resolvida, de forma provisória, para mais tarde, mal seja possível, ser solucionada de forma definitiva.
“Isto toca a todos”
Manuel Martins, assume que é «muito desmotivante» investir naquele espaço, tendo em conta que «estes actos desmobilizam, nem dá vontade de trabalhar para ver as coisas bem, pois estamos sempre sujeitos a fazer hoje e a ver destruído amanhã. O “investimento” que se faz não é “rentabilizado”», conclui.
A localização do Santuário, um sítio recôndito a cerca de três quilómetros de Arganil, segundo o reitor, também dá «um à vontade maior aos assaltantes para fazerem aquele trabalho». «Bastante triste» com esta situação, em termos pessoais, Manuel Martins sublinha que toda a população arganilense é afectada. «Penso que toda a comunidade está chocada com este acto. Isto toca a todos nós, mesmo aos não católicos, pessoas que não tenham muita ligação com a fé mas que gostam de ver o Santuário bem. Ninguém se pode sentir contente com o que aconteceu», afirma, acrescentando que o Mont´Alto é um local «convidativo para toda a gente, para fazer um passeio ou até para repouso», obviamente para além das motivações de religiosidade.
A terminar o reitor afirma ser importante «encontrarmos forma de desmotivarmos essa gente que só aparece para destruir», muito embora considere que são os problemas sociais que «estão a provocar esta onda de assaltos, que sempre servem para ir buscar uns trocos».
O assalto foi participado ao Destacamento da GNR da Lousã, que fez deslocar uma equipa ao local, para recolher eventuais indícios e está a investigar o caso.
Um comentário:
Vila Nova de Poiares, vive da chanfana e prá chanfana, nada mais interessa.
Destacamento da GNR para Arganil, Hospital para Lousã ou Miranda do Corvo,ligação da A1 via Condeixa, Penela, Miranda, Lousã à estrada da Beira vai dar à Ponte Velha.
Poiares não tem um hotel que se preze para não prejudicar o negócio da D. Elvira e outras chafaricas do género.
Ah! a ideia das cabras pintadas, foi de génio. Só mentalidades pequeninas é que podiam ter a genialidade de tal ideia.
Assim, vou deixar de ser ateu, e vou passar a rezar a todos os santos e santinhos para que procurem no google onde fica Vila Nova de Poiares e façam alguma coisa por esta terra que já é só uma terreola perdida na serra.
Ainda me lembro de quando era azeiteiro/petrolino, e Poiares era referenciado como terra de mixordeiros e zaragateiros.
Fico aparvalhado quando digo que sou de Poiares e tenho que dizer a seguir que fica entre Lousã,Gois e Penacova, porque ninguém conhece esta terra. Um Poiarense de Couchel
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