Defender o medronho, o medronheiro e os seus produtos, bem como as suas virtudes e promovê-los enquanto símbolo e identidade de uma região, que sejam tratados no alambique, na cozinha e na mesa com a dignidade e exaltação correspondentes.
Esta é a base da Confraria do Medronho, que realizou o se primeiro capítulo no passado domingo, dia 14 e onde cerca de quinze confrades foram entronizados. O objectivo é, assim, potenciar o desenvolvimento de acções de produção, transformação e comercialização do medronho, do medronheiro e seus derivados, defendendo ainda o património paisagístico e tradições ligadas à vida rural e aos sistemas agro-florestais.
O Mordo-mor, Vasco de Campos, sublinhou que pretende-se que a Confraria não se limite ao aspecto “mais folclórico”, mas que seja efectivamente um meio para defender o medronho e os seus produtos . “O medronheiro é tradicionalmente da nossa região e tem um papel extremamente importante na floresta”, informou, dando conta ainda de que começa a ser pago a 1 euro o kilo. Havendo “muita margem de manobra”, a intenção é que no próximo ano se faça a destilação para aguardente, doces e compotas, ajudando dessa forma os proprietários florestais do concelho. “Se de hoje a um ano já tivermos aguardente da Confraria do Medronho, já atingimos uma parte dos nossos objectivos”, expressou.
Ivo Portela, presidente da autarquia é o grão-mestre da mais recente colectividade gastronómica da região, que se mostrou honrado por pessoas que estão dispostas a defender uma causa “extraordinária” que fomenta o desenvolvimento rural, os costumes e a ancestralidade do concelho. “O medronho sempre constituiu par a população um meio de subsistência”, disse, sublinhando que o medronheiro é uma árvore que representa a região. “Com a constituição da Confraria do Medronho sobressai o valor económico”, acrescentou, agradecendo a Vasco de Campos pela criação da colectividade e à Caule (Associação Florestal da Beira-Serra ), entidade que dirige, pela preservação da floresta.
Indo de encontro à máxima da Confraria do Medronho, Madalena Carrito, presidente da Federação das Confrarias Gastronómicas, destacou a importância da entidade dar valor às questões rurais e económicas, tanto que a gastronomia tradicional portuguesa está assumida como património cultural do país.
Além de receber novos confrades, a Confraria foi presenteada com um cabaz e um livro por parte das confrarias madrinhas, a Confraria do Bucho, de Arganil, e Confraria do Queijo Serra da Estrela, de Oliveira do Hospital.
E a de Poiares com a Chanfana, não pôs lá os pes?
2 comentários:
Para quando a confraria dos confrades?
Essa dita está em todas!
Confraria dos tachos!!!!!
Ela ainda se lembrará que um dia foi uma pseudoprofessora?
Haja paciência e haja que aja!(eu já fiz a minha parte). Com o meu voto nem para confraria dos desamparados!
Postar um comentário