Um homem de 56 anos morreu ontem esmagado, em Vale de Vaz, pelo próprio veículo que reparava.
Américo dos Reis Ribeiro, de 56 anos, estava a proceder a uma reparação, debaixo de uma carrinha, quando esta começou a mover-se, esmagando-o com um dos rodados.O acidente ocorreu pela 10h15, em Vale de Vaz, junto ao posto de abastecimento Alves Bandeira.
Segundo os Bombeiros de Poiares, o alerta foi recebido às 10h20 e o socorro estava no local cerca de três minutos depois porque foi ali pertinho. «O homem estava consciente e falou com os nossos bombeiros, que o estabilizaram, avançando imediatamente para os HUC».
O indivíduo teria lesões internas, pelo que os tripulantes de uma VMER do INEM, que foi ao encontro da ambulância, «já nada puderam fazer», tendo sido declarado o óbito.
Com a desgraça deste homem,Jaime Soares aproveitou a ocasião para tecer algumas críticas à forma burocrática como estas questões são tratadas, considerando «desagradável» que, «numa situação em que existe o óbito, sabe-se a origem do acidente e não há suspeitas de crime, os bombeiros tenham que esperar mais de uma hora pelas autoridades» Os policias municipais não servem?.
«Estando uma equipa médica no local, porque não seguiu logo para o Instituto de Medicina Legal?», questiona, revelando que já aconteceu ter a ambulância e respectiva tripulação parada «três e quatro horas».
Trata-se de uma situação que se considera «poder vir a colocar em perigo outras vidas, por falta de socorro», ameaçando-se que, «da próxima vez, as ambulâncias ficarão lá e os bombeiros vão buscar a guarnição».
«Não tem justificação as pessoas estarem ali a fazer o velório», bastando «já ter de estar à espera das macas nos hospitais, numa situação em que os impostos de todos nós subsidia os Bombeiros e estes subsidiam o Estado, quando deveriam ser as unidades de saúde a dispor do equipamento suficiente para fazer a transferência do doente».