Projecto em fase adiantada de estudo
É um dos mais pequenos concelhos do distrito de Coimbra, mas sonha ser grande, pelas gentes e pela obra, e não se escusa a avançar com projectos que marcam a diferença. Isso mesmo reconhece o presidente da autarquia, paladino e mentor da grande maioria dos projectos, uns mais originais do que outros. Original por excelência é a nova proposta que Jaime Soares acaba de “magicar” e que o executivo, agradado, aprovou por unanimidade.
«Poiares tem de se afirmar pela diferença», defende Jaime Soares, que quis, agora, que essa afirmação passasse por duas componentes que reputa de fundamentais: as crianças e jovens, por um lado, e o estudo e o conhecimento por outro. Conjugados os dois factores, o presidente da autarquia poiarense juntou-se um outro: algo «que fosse importante para Vila Nova de Poiares e aqui atraísse muita gente, nomeadamente das escolas e das universidades». A componente biológica, da vida, e a vasta tradição lusa ligada ao mar e aos rios fez o resto. «O mar está longe de Poiares, mas temos os rios» e a ideia de um aquário de água doce, que recriasse a vida dos grandes rios e testemunhasse a riqueza da fauna e da flora que os caracterizam, ganhou forma na mente do autarca.
«Temos o Aquário Vasco da Gama, com mais de 100 anos, o Oceanário e, em Mora, também existe um projecto, mas pensámos uma coisa diferente», um projecto mais envolvente, mais global, com uma componente lúdica, mas também direccionado para o estudo e para a investigação.

Motivado pelo sonho, o autarca de Vila Nova de Poiares resolveu munir-se dos necessários instrumentos técnicos, no sentido de começar a dar forma à ideia. Confessa, então, que visitou vários países, onde esteve em contacto com as estruturas e com a tecnologia que “enformam” o projecto. Acompanhado por engenheiros, arquitectos e outros técnicos, o autarca de Poiares visitou vários países, nomeadamente França, Espanha, Itália e Bélgica e o que viu cimentou-lhe mais as ideias e o projecto, que ainda está no “segredo dos deuses”, já começou a tomar forma, com a garantia de que os autores – arquitectos e engenheiros, são portugueses, mas a tecnologia será «do mais avançado que se faz na Europa».
«Será um orgulho para a região e para o país», afirma o edil, sublinhando o papel decisivo que, em termos futuro, este equipamento pode ter para o estudo da biodiversidade, para a preservação do meio ambiente e para o ensino/educação dos mais jovens. De resto, poderá encarar-se como uma estrutura complementar, esta centrada na vida dos rios, relativamente ao projecto que a autarquia pretende desenvolver na Serra do Carvalho, que quer transformar num parque lúdico, de lazer e de preservação as espécies autóctones, quer em termos de fauna, quer de flora.
O concelho que claramente tem uma “boa nota” em termos ambientais, pode e deve, no entender de Jaime Soares, fazer mais e melhor pela preservação das riquezas naturais e o aquário de água doce é, sem sombra de dúvida, o mais recente e também mais arrojado projecto. «Pretendemos criar, em Poiares, um grande centro de chamamento ao estudo e ao desenvolvimento de todas as espécies que têm nos rios o seu habitat natural», diz Jaime Soares.
A seu favor, para além das ideias, o concelho tem «condições naturais de excelência», refere o autarca, apontando ainda para a proximidade das universidades de Coimbra e de Aveiro, como elemento aglutinador em termos científicos, técnicos e de investigação. Sobretudo é «uma afirmação importante para o distrito».
O projecto está em fase avançada de estudo, reconhece o autarca, prometendo, que a breve trecho vai fornecer mais informações sobre o aquário de água doce.
Em principio e pela sua interioridade no concelho deve vir a ser criado no Rio Alva entre a Barragem das Fronhas e o Vimieiro numa grande extensão de percurso fluvial no concelho de Poiares. Na Rebordosa e com as infraestruturas lá existentes não haverá sossego para as especies em aquario natural. A zona oriental do concelho entre a Serra de S.Pedro Dias e o Rio Alva é um verdadeiro Santuario da flora e da fauna, onde existe a maior reserva de trutas autoctones.
Não deverá ser no Rio Mondego pois essa zona é muito mais de Penacova do que de Poiares. Adianta ainda que este projecto único e que se afirma pela diferença representa «um investimento absolutamente suportável», muito embora se escuse a avançar com valores, uma vez que, “o segredo é a alma do negócio”.
in DCoimbra
pikado do Blog da Moura Morta
Um comentário:
Ate que enfim que se poderá ver uma escolha acertada.
A freguesia das Lavegadas é uma das Fregueisas mais afastadas do concelho e emparedada entre a Serra da Atalhada e S.Pedro e o Rio Alva. Está nos limites mais pobres do concelho e mais longe de Coimbra.
Toda a Freguesia é uma verdadeira Reserva Ecologica.
Merece ser tratada como tal e devidamente apoiada. Foi centro da maior exploração aurifera em tempos de mouros e por isso a Moura Morta teve foral dado por D. Afonso Henriques.
Tambem nas invasões Francesas, teve papel importante com um celebre acampamento nos termos de Mucela e de Ponte de Mucela.
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