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domingo, agosto 01, 2010

Fogo cortou circulação no IP3 durante três horas

Chamas começaram junto à Livraria do Mondego, pouco antes das 16h00, e rapidamente galgaram a serra. Às 22h30, 208 “combatentes” estavam distribuídos pelas três frentes de fogo

Incêndio deflagrou às 15h45 e rapidamente se agigantou, tomando conta de toda a encosta e transformando a Serra da Atalhada num imenso inferno de chamas. Algumas povoações chegaram a estar sob ameaça, mas a concentração de esforços dos bombeiros conseguiu evitar que o pior acontecesse.
Ontem à noite, cerca das 22h00, António Simões, comandante dos Bombeiros de Penacova, assumia, com frontalidade, não haver prognóstico relativamente ao controle das chamas, que prosseguiram em duas frentes distintas, uma na zona de Miro, outra na zona de Laborins, Parede e Beco, depois de ter atravessado o rio Alva.
O incêndio começou junto à Livraria do Mondego, “paredes meias” com o IP3, obrigando ao corte quase imediato da via. Com efeito, o Destacamento de Trânsito da GNR de Coimbra interditou este itinerário à circulação a partir das 16h00 e só às 19h20 o tráfego foi restabelecido. Ao longo de três horas, o trânsito foi desviado, na zona da Espinheira, no sentido Coimbra – Viseu, enquanto quem vinha de Viseu em direcção a Coimbra se viu “obrigado” a dirigir-se para Mortágua.
Medidas de prevenção ditadas pela violência das chamas. «É uma encosta muito íngreme, com uma inclinação muito razoável», sublinha António Simões, que refere a “ajuda” do vento, bastante forte que se fazia sentir, e transformou a encosta num mar de chamas. António Simões considera que a situação que ontem se viveu na Serra da Atalhada «é semelhante à de 2003».
O fogo galgou a serra, prosseguindo em direcção às povoações de Ramiro, Vale Maior, atravessou o rio Alva e seguiu, com uma frente, em direcção às localidades de Beco, Parede e Laborins. A outra “desenvolveu-se para a zona de Miro. Ao final da tarde, de acordo com o comandante António Simões, as chamas chegaram a estar demasiado perto de algumas povoações, como Vale Maior e Outeiro, «localidades encravadas na serra», onde arderam mesmo «algumas casas velhas». Todavia, a barreira de defesa criada pelos bombeiros impediu que as chamas se propagassem em direcção às povoações.

sexta-feira, março 27, 2009

Há mais incêndios em anos eleitorais

"VAMOS TER UM VERÃO DIFÍCIL"

Este ano, muito provavelmente, "vamos ter um Verão difícil" a nível de incêndios. Quem o admite é o próprio secretário de Estado das Florestas, Ascenso Simões, que ontem esteve em Faro na tomada de posse da Comissão Distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

O governante confirmou, a par da governadora civil de Faro, que "há estatísticas que indicam que há mais incêndios em anos de eleições". A nível de prevenção, Ascenso Simões alertou para o facto de a GNR não poder "andar a fazer autuações a proprietários e as autarquias a olharem para o lado".

Quando há eleições legislativas ou autárquicas, nesse ano registam-se mais fogos florestais e a área ardida é maior do que a média. Uma análise aos dados sobre os incêndios, desde 1980, permite ainda concluir que os anos em que se escolhe o Governo são os piores.

Jaime Soares, da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, já tinha noção desta realidade. "São momentos de maior instabilidade e emocionalidade, que contribuem para essa situação", explica ao CM. Uma opinião idêntica à de outros responsáveis pela Protecção Civil e autarcas.

Em 27 anos (1980-2007) houve sete eleições autárquicas. Nestes períodos, os fogos florestais foram superiores à média em 6,68% e a área ardida também cresceu (4,54%). Nos nove anos em que foram escolhidos os governos, a área ardida subiu (16,8%), mas o número de ocorrências desceu (2,86%). E os anos de 1985 e 2005, em que as duas eleições coincidiram, foram dos piores de sempre – com 146 254 e 312 829 hectares de área queimada, respectivamente.

Para Jaime Soares, também presidente da Câmara de Poiares, estes dados "não significam, obviamente, que haja um envolvimento dos partidos ou dos políticos. O que acontece é que há pessoas mal formadas, que por desavenças ou maldade" decidem incendiar as florestas e muitas vezes porque os candidatos berram muito e insultam os adversarios, digo eu .

Os dados mostram que nos anos de eleições se registam, na maioria dos casos, mais incêndios – e, em metade das situações, maior área destruída do que nos anos imediatamente anteriores. Uma tendência reforçada este ano, já que vão realizar-se os dois escrutínios e a área ardida já é superior à do mesmo período de 2008.

sexta-feira, junho 20, 2008

O Governo percebeu

O Governo percebeu que não podia olhar para a floresta sem uma abordagem integrada»,
afirmou José Miguel Medeiros na Lousã, durante uma visita ao Centro de Meios Aéreos, no aeródromo da Chã do Freixo, no âmbito da Semana Distrital da Defesa da Floresta Contra Incêndios.
José Miguel Medeiros, natural de Ansião, recordou que na sua infância, neste concelho do Pinhal Norte, distrito de Leiria, “havia uma economia em torno da floresta e a floresta estava limpa”.
«Se o território estivesse ocupado como quando eu era miúdo, não havia fogos», disse.
O secretário de Estado da Protecção Civil, ex-governador civil de Leiria, salientou que a «sangria populacional» das áreas florestais do Centro, nas últimas décadas, potenciaram a deflagração e propagação dos incêndios.
«Conheço hoje mais gente de Pampilhosa da Serra em Lisboa do que a viver no seu concelho, onde vai de vez em quando de visita ou para passar férias, chegando a organizar as festas das suas aldeias», afirmou.
Há algumas décadas, na Pampilhosa e noutros municípios da região, «havia toda uma economia de subsistência que permitia acudir à floresta»
«Houve clarividência do ministro António Costa», sublinhou, lembrando que o antigo titular do MAI, actual presidente da Câmara de Lisboa, decidiu então que «não podia continuar» a anterior atitude do Estado perante os problemas da floresta.
O Governo Civil de Coimbra, em colaboração com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), promoveu hoje, na Lousã, a terceira e última sessão distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios, visando «a sensibilização para a necessidade de coordenação intermunicipal e a troca de informação entre agentes de protecção civil e entidades com responsabilidades nestas áreas»
«Aprende-se com a experiência dos outros, com o que corre bem e com o que corre mal»,

Na fase Bravo, de 15 de Maio e 30 de Junho, o dispositivo operacional de combate a incêndios no distrito de Coimbra compreende seis equipas de intervenção permanente (30 elementos).
Inclui ainda 17 equipas de combate a incêndios (85 elementos), 12 equipas logísticas de apoio ao combate (24 elementos), um grupo de reforço a incêndios florestais (32) e três comandantes às operações de socorro.
Quanto a meios aéreos, a fase Bravo no distrito dispõe de um helicóptero ligeiro e um avião «Dromadair», no Centro de Meios Aéreos da Lousã.
Mais dois «Dromadair» estão também em Cernache (Coimbra) e Coja (Arganil), além de um helicóptero na Pampilhosa da Serra.
disse o governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, ao intervir na sessão, ao início da tarde, no auditório do Centro de Operações e Técnicas Florestais (COTF) da Lousã.