A mais importante empresa de Miranda do Corvo, a Isidoconstruções ? Empresa de Obras Públicas e a maior empregadora do concelho, está em guerra declarada com a Câmara Municipal e com a presidente Fátima Ramos. Tudo porque a autarquia não autorizou a construção de estaleiros e oficinas na zona industrial a esta empresa, e deixou construir armazéns no mesmo local, mesmo sem licenças. «A Câmara pactua com ilegalidades», desabafou o administrador da Isidoconstruções, António Gama
A guerra é longa e dura desde 1998. Fátima Ramos herdou o problema do anterior executivo camarário, mas de acordo com o administrador da Isidoconstruções ? Empresa de Obras Públicas de Miranda do Corvo, António Gama, a autarca «tem agravado as divergências» e, pior ainda, «tem pactuado com eventuais infractores».
A história conta-se de uma penada e baseia-se, essencialmente, na pretensão desta empresa em alargar os seus negócios e, consequentemente, aumentar o seu quadro de pessoal que ronda, nesta altura, mais de uma centena de funcionários.
Nesta perspectiva [e depois de ter comprado o respectivo terreno], solicitou à autarquia de Miranda para construir, na zona industrial, «oficina, estaleiros e escritórios/sede da empresa», explica António Gama. A resposta veio através de uma vereadora, que o informou que tal «não era possível», uma vez que a área pretendida «estava numa zona de protecção da própria zona industrial», ou seja, «fora do loteamento industrial».
António Gama não se conformou, mas salienta que era capaz de aceitar ?a nega? da Câmara, não fosse o que veio a suceder a seguir: «Há cerca de um ano começaram a aparecer construções no mesmo local, e tomei a iniciativa de avisar o vereador Reinaldo Conceição, que não tomou nenhuma medida», acusa o empresário, sublinhando que, como resposta, ouviu do vereador: «Vocês têm sempre a mania de que são as vítimas».
Face a esta alegada discriminação, António Gama entendeu pedir esclarecimentos a Fátima Ramos, «no dia 26 de Maio», ouvindo da boca da autarca que «a Câmara tinha pleno conhecimento de que aquelas construções eram ilegais», e que a Assembleia Municipal «tinha o mesmo conhecimento».
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