O embate de um camião contra uma grua instalada no meio da ponte da Ponte de Mucela, na E. N. 17, que liga Coimbra à Guarda, está a gerar polémica devido a alegadas falhas na sinalização das obras em curso naquela travessia. Por causa do aparatoso acidente, a estrada ficou cortada nos dois sentidos. Ontem de manhã chegou de Lisboa uma grua de 200 toneladas para desobstruir a via.
A Direcção de Estradas de Coimbra solicitou ao presidente da câmara de Poiares para que autorizasse o desvio do trânsito de pesados pelas estradas municipais do concelho. O edil impôs condições: "eu autorizaria caso garantissem, por escrito, os prejuízos nas estradas". Pelo tipo de exigência, não obteve resposta e nunca mais foi contactado sobre o decorrer dos trabalhos.
Tudo aconteceu na ponte da Ponte de Mucela da EN17 na terça-feira. O pesado, conduzido por Arlindo Cavadas, circulava no sentido Coimbra/Guarda, quando colidiu numa grua que ocupava 75 por cento da estrada.
"Isto só num país do terceiro mundo! Comecei a buzinar, ainda tentei passar, mas bati na grua. Porque não estava a GNR a desviar o trânsito dos pesados? Agora, depois do acidente, onde por sorte não morremos todos os que estavam na ponte, já estão os agentes da GNR a fazer isso". O motorista foi socorrido pelos Voluntários de Poiares, primeiro transportado para o centro de saúde local, depois para os Hospitais da Universidade de Coimbra.
O manobrador da grua, António Gomes, saltou e escapou com vida: "Comecei a gritar para toda a gente fugir, pensei que o camião nos matasse a todos". O operador da máquina assegura que tinha autorização para ocupar a estrada: "se for preciso, em tribunal, tenho provas disso", dispara António Gomes.
Na altura do acidente, a grua descarregava betão que operários mergulhadores colocavam na base dos pilares da ponte sobre o rio Alva. A ponte pertence metade ao concelho de Poiares e outra ao de Arganil.
Após o sinistro, agentes da GNR de um e de outro concelho vigiavam a ponte de cada lado.Acidente corta ponte em obras e lança polémica sobre sinalização.
Mais de 24 horas depois do acidente, a ponte continuava ontem cortada ao tráfego. Contactada a GNR de Coimbra não foi possível apurar quando é que a via ficaria transitável em tempo útil.
O presidente da autarquia de Poiares, Jaime Soares, criticou a escassa sinalização no local, dizendo que "uma máquina de grandes dimensões ocupar a quase totalidade do tabuleiro da ponte merecia um reforço de sinalização, a distância e visibilidade adequadas". Jaime Soares assegura que foi contactado, antes do início das obras, por responsáveis da Direcção de Estradas de Coimbra para que autorizasse o desvio do trânsito de pesados pelas estradas municipais do concelho. O edil impôs condições: "eu autorizaria caso garantissem, por escrito, os prejuízos nas estradas". Jaime Soares garante que não obteve resposta e que nunca mais foi contactado sobre o decorrer dos trabalhos.
7 comentários:
E agora? Mais uma brincadeira de mau gosto.Qual a responsabilidade de um homem da segurança deste país. A quem é que se queria atirar quando fez exigências sobre o desvio do transito? A Dir. de Estradas para desviar o transito teria de o fazer por 3 concelhos: Poiares (Sabouga -Vilarinho), Arganil ( Vilarinho-Fronhas)e Penacova ( Vale-Tronco-Paradela).
Só Poiares fez exigências? Para justificar ou para que alguem pagasse as condutas de agua nos ramais de Mucela e de Sabouga que se encontram podres?. Com o desvio por um dia e com os 20 camions7dia que circulariam nesses ramais, seria previsivel tais estragos?
Aqui ha gato. Mais uma guerra comprada e quem se lixa é o mexilhão. Ainda vamos ver o Jaime Soares a lavar as mãos e a dizer que a culpa foi dos outros.
Esperem pelas proximas noticias e vamos ver se não vai ser assim.
Razão tinha o condutor do camião ao dizer que isto só num país do 3º mundo.
Cortar o trafego so porque um individuo lhe deu na cabeça que só autorizaria a passagem pelas estradas municipais com uma exigência de consequências previsiveis. Sujeitando os trabalhos mais melindrosos de segurança do que é o reforço tecnico duma ponte antiga no seu concelho. Estas coisas não podem esperar nem ser adiadas. Quando se cortou durante tempos a EN 17 nas Medas, por onde passou o transito? Foi feito requerimento? ou teria sido por causa das asneiras cometidas aquando da recuperação do Parque de Merendas pelo engº da Uni. da avessada?
jaime soares como presidente de câmara não é digno de um país do 3º mundo?
Foram efectuadas obras na Estrada da Beira esse senhor fez um grande alarido após a conclusão das obras, até lá nada.
Esse senhor só fala após os acontecimentos.
É tempo deste tipo de gente ser anulada, os competentes têm de voltar a ter voz.
Expliquem-me qual o desenvolvimento do Concelho de Vila Nova de Poiares?
O abastecimento de água, e o saneamento básico chega a que percentagem da população das freguesias limítrofes?
A cruz é muito bonita e eu pergunto, para quê? dá vista não é sr. presidente?
jaime qlq dia sofres um atentado e vais desta para melhor..é k ja ning aguenta..
Vós ides pregar mesmo um prego no caixão? P'la parte de baixo no "trazeiro" par ele se satisfazer, ou p'ro cima nas tábuas com medo de ele fugir? P'ro cima não vale a pena, pois os juízes e a PJ vêem buscá-lo. P'ro baixo aquilo deve ser só porcaria, já não deve prestar p'ra nada. Não se ralem muito, quem ele já só anda com as "pilhas", se elas não são "duracel", está aqui está a cair aí ao vossos pés.
Cuidado não o pisem!...
Millôr Fernandes
Poesia Matemática
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável!
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs -Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais
Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como aliás, em qualquer
Sociedade.
Postado por zé do telhado . piolhodasolum
oh Ze do Telhado e se fosses dar banho ao cao? Gosto mais do João Brandão que era beirão e andou ca nas nossas terras.
Postar um comentário