quinta-feira, dezembro 20, 2007

Autarcas do Centro elegem administrador para o QREN

Os autarcas da região Centro elegem o presidente da Câmara de Tomar como administrador executivo da respectiva Unidade de Gestão do QREN uma vez que Alberto Santos renunciou ao lugar para o qual tinha sido escolhido em Setembro.
A confirmar-se o voto maioritário em António Paiva, o autarca terá de suspender o seu mandato uma vez que este lugar não é compatível com a liderança do Executivo municipal. Jaime Soares, presidente de Poiares, quis gerir este dossier e será o já velho autarca do PSD a apresentar hoje o nome de
António Paiva, aos outros, em reunião a realizar na Ass. Nac.de Municípios.
«Jaime Soares esteve reunido com representantes das várias regiões e foi contactando os que não queriam estar presentes e assim foi fácil chegar ver quem queria o lugar», o autarca como sempre não deixou de criticar quem não alinha com ele, neste caso Alberto Santos, que é administrador executivo da ERSUC, por se ter demitido.
Alberto Santos tinha sido escolhido por unanimidade, em Setembro, pelos autarcas para ocupar aquele lugar executivo na unidade que vai gerir os fundos comunitários, mas como não tinha mais paciência para os aturar, já estava saturado.

Mais um que não alinhou.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ai o Alberto Santos não alinha com os vira-latas?... Este proposto pelo Barbas imundas, será um lambe-botas?... É esperar para ver!...

Anônimo disse...

`´E tão certo... como estarmos aquí !...

Anônimo disse...

DOMINGO, JANEIRO 06, 2008

a gente do costume
" De uma desgraça privada o caso do BCP passou pouco a pouco a uma desgraça pública. Enquanto se tratou só da direcção do banco, de um grupo de accionistas (com direito a voto) e em geral dos depositantes, todo aquele enredo (de resto, nada edificante) não fez mais do que demonstrar a incompetência e a fraqueza do capitalismo português. Com a intervenção de Vítor Constâncio começou a suspeita de que, para lá da inanidade à vista, havia trapalhada grossa. A esperteza saloia tinha entrado na história de faca e alguidar. Caiu o segundo presidente, Filipe Pinhal, dias depois de eleito, e apareceu em cena a gente do costume: antigos ministros (das Finanças, claro), antigos secretários de Estado e antigos gestores de empresas públicas, que desde o fim do PREC se apropriaram colectivamente dos 'grandes negócios'.
Nasceram no I Governo constitucional e cresceram atá agora na maior tranquilidade. Andaram pelo 'soarismo', pelo 'cavaquismo' (que os promoveu muito), pelo 'guterrismo' (que os deixou à solta), pelo fugitivo Barroso e mesmo por Santana (que protegeram e guiaram). são do PSD, mas muito amigos do PS; ou do PS, mas muito amigos do PSD. O que não quer dizer que sejam o 'centrão'. O 'centrão' é a cozinha dos partidos para a pequena gente: para o funcionalismo, para as câmaras, para os subsídios. Com outra envergadura ( e outro apetite), este 'clube' vive de amizades particulares, de confiança mútua, de exclusividade. Rodam e voltam a rodar. Cá fora tudo muda, eles nunca mudam. Basta ver os nomes dos que se fala para o BCP e a Caixa. Não os conhecem?
Esta espécie maligna é um sintoma do famoso domínio do poder económico sobre o poder político? Não é. É a consequência natural da participação do Estado nos 'negócios'. Se o Estado saísse da PT, da EDP e da Galp e, principalmente, se vendesse a Caixa Geral de Depósitos, ficava com a autoridade e a distância para fiscalizar e regular a actividade dos privados. Como sócio ou concorrente, está metido no meio do barulho e 'politiza' inevitavelmente qualquer incidente em que lhe aconteça tocar. como no BCP. A mistura leva sempre à irresponsabilidade e à dependência. A separação presume a independência e a responsabilidade. Num país normal não concorreriam à administração do maior banco privado duas listas 'partidárias': uma 'do Governo' e uma 'da direita'. Num país normal, há coisas que simplesmente não sucedem e pessoas que simplesmente não existem."
(Vasco Pulido Valente, jornal 'público')