quinta-feira, dezembro 10, 2009

Arre que não descola....

No decurso do Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), realizado em Viseu nos dias 4 e 5 de Dezembro, cujo lema foi “Investir nas Pessoas, desenvolver Portugal”, coube ao Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, em representação da Direcção da Associação, uma intervenção alusiva às relações internacionais, mais especificamente referentes à questão da Lusofonia e da Cooperação com os países da CPLP. António Rodrigues informou os congressistas de que o Foral CPLP (Fórum das Autarquias Locais) irá propor ao Governo Português que todo o tipo de cooperação directa, levada a efeito pelo tecido empresarial português, deverá ser abrangido pela Lei do Mecenato. Na opinião do autarca torrejano e seus pares, “a cooperação inserida num contexto de diálogo intercultural e da manutenção dos valores da Lusofonia, não deixa de ser, por si só, um acto de cultura de importância estratégica para os países envolventes, países que se assumem e identificam como parceiros ligados por uma história e língua comum. Esse é um capital determinante para as políticas de desenvolvimento de cada nação”.
Neste congresso, no passado Sábado, o Presidente da Câmara de Torres Novas foi eleito membro efectivo para o Conselho Directivo da ANMP, tendo como seu suplente o Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca. De referir que ao PSD e PS coube a nomeação de oito elementos, de cada partido, e à CDU um elemento. Assim, compõem o Conselho Directivo da ANMP os Presidentes das seguintes autarquias: Viseu, que assume a presidência, Boticas, Fundão, Albufeira, Ponta Delgada, Vila Nova de Poiares e Ílhavo, em representação do PSD. Pelo PS, Melgaço, Castelo Branco, Cabeceiras de Basto, Torres Novas, Vila Franca de Xira, Portimão, Lagoa (Açores) e Santo Tirso. Benavente representa a CDU.
No dia seguinte, 6 de Dezembro, também em Viseu, na reunião magna do Foral – CPLP – Câmaras, procedeu-se à eleição dos membros da Assembleia Geral desta organização lusófona, tendo o Presidente da Câmara de Torres Novas sido eleito Vice-Presidente daquele órgão, em representação de Portugal. Preside à Assembleia Geral o Presidente da Câmara de Matola, Moçambique, e completam aquele órgão os autarcas de Manaus (Amazónia – Brasil), Bissau (Guiné), S. Domingues (Cabo Verde), Mé-Zochi (S. Tomé e Príncipe) e Porto Amboim (Angola).
O Foral CPLP foi recentemente criado em Lisboa, mais concretamente em Março do corrente ano, e visa a implementação de políticas transversais a todos os países que o compõem, na lógica da cooperação, aplicação de políticas de defesa da Lusofonia e, muito em particular, da promoção da interacção entre as comunidades dos países envolventes, com especial relevo para o papel dos investimentos empresariais.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Viveiros Florestais Sequestrados

Infelizmente não há maneira de poder divulgar notícias que nos animem. A fileira do pinheiro e consequentemente todos nós que somos o país, vê agravada a sua situação porque o Ministério da Agricultura não está suficientemente atento ao que se passa no mundo rural e, consequentemente não toma as medidas indispensáveis para prevenir a propagação de doenças que afectam o pinheiro bravo.

A floresta que é uma riqueza nacional e que contribui significativamente para a melhoria do ambiente e para economia do país, merece menos atenção do que o “automóvel eléctrico”. Desde ontem que as televisões, a rádio e os jornais nos saturam com este salvador do ambiente e não vi, até agora, referência da mesma dimensão a mais uma praga que põe em sério risco a sobrevivência de grande parte do nosso mundo rural.

viveiros florestais sequestrados

Numa altura em que o sector florestal em Portugal se encontra extremamente fragilizado pelo alastramento do Nemátodo da Madeira do Pinheiro, surge mais uma prova de fogo à floresta de pinho nacional, o Cancro Resinoso do Pinheiro.

Desde 2006 que esta doença tem merecido especial atenção por parte da Comissão Europeia, que estabeleceu medidas de emergência contra a introdução e a propagação da Gibberella circinata Nirenberg & ODonnell, na Comunidade. Atenta à questão e já em 2008, a ANEFA alertou, por diversas vezes, as autoridades portuguesas, tendo mesmo chegado a elaborar um documento em que reuniu informação relativa à temática, questionando, inclusivamente, as consequências da falta de acção em tempo útil e alertando para que não se ignorasse o problema até já nada haver, senão a destruição e corte massivo de plantas.

A verdade é que, mais de um ano depois, esta é a realidade. A Autoridade Florestal Nacional (AFN) não encarou a situação com a importância devida e a falta de controlo atempado levou a uma situação limite, estando hoje os viveiros como que sequestrados, impedidos de comercializar todas as espécies de Pinus.

Proprietários querem reunir com ministro da Agricultura

A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais alertou há dias, que a doença do nemátodo está a “avançar de forma drástica” e criticou o sistema de distribuição de verbas pelas associações e tambem a postura dos responsaveis locais.

O presidente da associação afirma que, “dentro de poucos anos, Portugal não terá pinheiro bravo” e diz que solicitou uma reunião ao novo ministro da Agricultura, António Serrano. “Não vale a pena estarmos com coisas, a doença está a avançar de forma drástica e é de impossível controlo, o que se pode é atenuar os efeitos”, considerou Vasco Campos.

O dirigente, que é também presidente da CAULE – Associação Florestal da Beira Serra, afirma “não ter dúvidas” de que “o pinheiro bravo vai acabar em Portugal” e, na região da Beira Serra, “das mais afectadas do país”, registar-se-á uma “redução drástica dentro de cinco a 10 anos”, sublinha. “Os pinheiros deviam estar a ser marcados e abatidos e não estão a sê-lo”, sustentou, justificando que “a situação foi mal avaliada (pela tutela) e as verbas mal distribuídas” pelas associações florestais para combater a doença.

Se há associações florestais com “muito a fazer mas sem dinheiro”, outras “têm as verbas guardadas mas nada para fazer” no que toca a combater o nemátodo. “O que não foi correcto foi a avaliação das verbas a (atribuir) a cada uma das associações, foi distribuído o mesmo dinheiro, por exemplo, para Pampilhosa da Serra, onde ardeu tudo, e Tábua, que tem milhares de pinheiros”, frisou.

E Poiares ? O que foi feito em Poiares, ou o que não foi feito?

Como temos ca uma pessoa que quer ser responsavel por tudo e tal como bom cheira cus, mete-se em tudo e não faz nada.

Aos anos que está à frente desta Câmara o que é que já fez pela Floresta do concelho?

Absolutamente nada. Não fez não faz e nem deixa fazer. Somos realmente pobres e mal agradecidos.

Que candidaturas ja apresentou? Que iniciativas tomou? Onde param as cabras para roçar os matos? Onde estão os viveiros para promoverem novas plantações? Onde estão os esclarecimentos a prestar ás populações?

Qual quê ?

Festas de chanfana, de cabritos, e andar para tras e para a frente sem fazer nada. E os desgraçados que se lixem.

E vão ser mais 4 anos a fazer o quê? -Nada

Querem apostar que não se mete nisso durante este tempo todo.Então mas o que anda cá a fazer?A ocupar o lugar de outras pessoas muito mais validas e com muito para dar a Poiares.Este ja deu o que tinha a dar e só estorva.

Como diz o blogue de alveite
[P.S.: O que sei, é que é de uma tristeza enorme ver o pinheiro bravo a desaparecer aos poucos da nossa floresta, então aqui no concelho de Vila Nova de Poiares, principalmente em S. Miguel de Poiares, Alveite Grande...]

Jaime Soares apela ao diálogo entre bombeiros e Protecção Civil


Jaime Soares, ainda Presidente da Federação diz que bombeiros do distrito estão «totalmente
disponíveis» para colaborar e critica criação de estruturas não necessárias.
Mostrou-se ontem aberto ao diálogo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil para a defesa dos interesses dos bombeiros. «Os bombeiros do distrito estão totalmente disponíveis para colaborar lado a lado com tudo aquilo que compete à Autoridade Nacional de Protecção Civil», afirmou , durante a cerimónia comemorativa do 32.o aniversário dos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova.
Dirigindo-se directamente ao comandante operacional distrital, Ferreira Martins, Jaime Soares até admite que se cumpra a lei que envolve os bombeiros, que tantas e tantas vezes critica, mas afirma que há muita coisa que pode ser feita «conjuntamente» e a Federação a que ainda preside tem «um papel importante em todo o processo». Afirma mesmo que Ferreira Martins «terá a vida mais facilitada com diálogo franco e aberto com a Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra».
Como sempre e sem saber bem o que diz, o também ainda comandante dos Bombeiros de Poiares lembrou que uma associação de bombeiros funciona como um todo, envolvendo corpo activo, comando e direcção, onde todos são voluntários. «Mas há muita gente que anda a querer confundir isto». Mais, considerou ainda , as estruturas dos bombeiros voluntários continuam a não ser devidamente apoiadas. Ao invés, «estão a fazer-se gastos de que um dia a sociedade vai arrepender-se», considerou, afirmando também que estão a ser criadas estruturas «não necessárias», que «não melhoram a capacidade de resposta».
Que o melhor é apagar fogos com os ramos de pinheiro à moda antiga e nada de modernices.Que aqueles estudos da Universidade de Coimbra, são modernices desnecessarias .
Continuando a “apontar o dedo”, abordou a temática da formação dos bombeiros, considerando que esta é da responsabilidade do comandante. «Mas já se andam a vislumbrar alguns modernismos que complicam o que não é complicado», atirou, afirmando que a escola dos bombeiros «é o seu quartel» e o seu responsável «é o comandante» onde tambem se pode aprender a jogar à sueca e a contam anedotas.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Sera que é desta que vão presos.....

Autarcas contra suspeição lançada por dados oficiais

Governo decidiu divulgar investigações da IGAL nas vésperas do congresso dos edis.
O Governo revelou, ontem, que já recebeu 536 queixas de ilícitos praticados em autarquias. A revelação caiu mal junto dos autarcas a poucos dias de começarem o seu congresso e preferem denunciar a fraca execução do QREN.

"Acho lamentável. O Governo ainda não percebeu que os autarcas são o seu principal parceiro. Continua a ver-nos como maus da fita", desabafa o presidente da Câmara do fundão, Manuel Frexes, reagindo à divulgação dos dados.

A Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) recebeu este ano 536 queixas de ilícitos praticados em autarquias, que seguem para o Ministério Público quando se verifica que são de natureza criminal.

Citado pela agência Lusa, o gabinete do secretário de Estado da Administração Local, que tutela o organismo, revela que no ano passado o número chegou às 971 queixas, das quais 37 constituíram matéria crime, "incluindo crimes que se incluem no tema 'corrupção', como sejam, falsificação, prevaricação e abuso de poder".

"Não creio que o Governo ande bem quando atira com esses números na semana do congresso", adianta Frexes ao JN, argumentando que é defensor de "inspecções regulares às autarquias superiores a uma vez por mandato (de quatro anos)". "Deveríamos evoluir para auditorias rotineiras", declarou.

As queixas que chegam à IGAL provêm de entidades ou cidadãos, que usam quer a queixa electrónica na página Internet da Inspecção-Geral, quer o fax, telefone ou correio. A IGAL, que vai ter mais vinte inspectores no próximo ano, tem um plano anual de inspecções às autarquias. Quando as denúncias indicam "ilegalidade manifesta", a Autarquia em causa é alvo de um inquérito.

Para Jaime Soares, presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares e membro da direcção da Associação Nacional de Municípios (ANMP), há "temas mais relevantes para o congresso, como a lei de Finanças Locais, o QREN, a Administração do Território e a reivindicação da ANMP de fazer parte do Conselho de Estado".O autarca lembra que foi por recomendação da ANMP que se passou a fazer uma inspecção por mandato às autarquias. "Estamos de consciência tranquila porque assumimos abertamente a defesa da honestidade e da transparência na actividade autárquica", disse.

terça-feira, dezembro 01, 2009

FUTEBOL - Divisão de HONRA


DIVISÃO DE HONRA - JORNADA 9
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Este foi um fim-de-semana repleto de resultados inesperados na Divisão de Honra. O Oliveira do Hospital, a jogar em casa, não foi além de uma igualdade a uma bola com o Cova Gala, lanterna vermelha do campeonato. A equipa azul e branca vê agora a liderança ainda mais distante, isto porque o Nogueirense foi a Praia da Leirosa e cumpriu a sua “obrigação” ao vencer por 2-0, aumentando a série de vitórias seguidas para nove. Outro resultado que surpreende é a vitória do Moinhos em Miranda do Corvo por 2-1 num derby bem disputado, também o União FC se deixou surpreender, em sua casa, pelo penúltimo Poiares que assim alcançou a primeira vitória da temporada e logo por 3-0. Em Cantanhede o jogo entre Marialvas e Lousanense teve cinco golos, venceram os homens da casa por 3-2 regressando assim as vitórias. Em Tábua o Penelense não foi além de uma igualdade a uma bola, desperdiçando uma boa oportunidade em chegar à terceira posição, o mesmo se passando com a Académica SF que perdeu por 2-0 com o Carapinheirense, uma equipa que está em crescente na tabela classificativa.
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Resultados:
.União FC 0-3 Poiares
Padreco, David Matado e Zé Miguel
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Classificação:

sexta-feira, novembro 27, 2009

Lembrando uma Grande Figura - Dr. Fernando Valle


O Dr. Fernando Valle

Fez ontem quatro anos que morreu o Dr. Fernando Valle.
Faleceu aos 104 anos, portanto se fosse vivo teria agora 108.
Médico de profissão, deu-se de corpo e alma aos outros.
Empobreceu, imaginem! como médico, pois não só cuidava carinhosamente da saúde das pessoas, como repartia o que tinha com os mais necessitados.
Contemporâneo, e grande amigo de Miguel Torga, que era médico tambem, valorizava muito estes encontros e uma boa conversa.
Segundo o poeta Miguel Torga o Dr. Fernando Valle “teve tempo para ser no mundo a imagem paradigmática do jovem irreverente, do bom chefe de família, do amigo leal, do médico devotado, do político isento, do governante capaz, do cidadão exemplar”.
Foi um Homem Grande que foi exemplo de vida, e por isso, eu hoje quero recordá-lo aqui.
Creio que todos os Homens e Mulheres Grandes devem ser sempre recordados, para que sejam honrados, e continuem presentes, e possam assim influenciar e ser exemplo e modelo de vida.
Num tempo tão complexo e confuso que vivemos, onde há tanta falta de valores, de moral e de ética, e onde aparentemente, escasseiam os Homens Grandes, será bom que olhemos para este Homem e meditemos na sua vida.

«Convicção, clareza e frontalidade eram algumas das características de Fernando Baeta Cardoso do Valle, natural da Cerdeira, concelho de Arganil, nascido a 30 de Julho de 1900. Filho do dr. Alberto da Maia e Cruz do Valle e de D. Maria Adelaide da Costa Cardoso do Valle.
Coja, a Princesa do Alva, foi a vila eleita pelo médico do povo para passar alguns momentos da sua vida na sua casa solarenga com vista sobre o rio Alva.

Foi presidente honorário do Partido Socialista e um lutador nato pelos ideais da Revolução Francesa: liberdade, fraternidade e igualdade deixando registado os seus ideias de vida através de um desejo “o facto de a determinante de toda a minha vida ter sido o lutar pela libertação do homem, no sentido de se conseguir efectivamente, um regime de direito em que seja possível, de facto, a paz, a liberdade e a justiça social”.
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segunda-feira, novembro 23, 2009

VR Sto Antonio - avança para Museu do Atum

Vila Real de Santo António vai ter em breve um Núcleo Museológico com base no atum.
Segundo adiantou este fim-de-semana o presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, a cidade vai avançar para a criação de um Museu do Atum.
A decisão foi anunciada durante o discurso que proferiu na cerimómia de entronização dos membros da Confraria do Atum, que decorreu na cidade pombalina e na qual Luís Gomes foi entronizado "Confrade Honorário".
Segundo Luís Gomes, o Núcleo Museológico será instalado na antiga zona industrial conserveira, na frente ribeirinha do norte da cidade, integrando um conjunto de peças de arquelogia industrial e sendo uma das componentes do projecto de requalificação de toda a zona. O concurso público -disse - será lançado nos próximos seis meses.
A cerimónia de entronização decorreu no Centro Cultural António Aleixo, com a presença de treze confrarias gastronómicas oriundas de vários ponto do país e na qual também usaram da palavra a Confraria da Chanfana, e os presidentes da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, da Confraria dos Gastrónomos do Algarve e da Confraria do Atum.
O evento contou com ainda com um desfile de cerca de um quilómetro pelas principais artérias do centro da cidade até ao Centro Cultural António Aleixo.
A jornada culminou com um jantar de confraternização, onde foram degustadas dezenas de iguarias confeccionadas com base no atum.
Para além da Confraria do Atum, estiveram representadas as Confrarias dos Gastrónomos do Algarve, Baccus, do Queijo da Serra da Estrela, da Chanfana de Poiares, do Bucho Raiano, do Melão de Almeirim, do Velhote, da Madeira, do Queijo da Ilha de S.Jorge, da Lampreia de Penacova, do Bacalhau e do Azeite do Fundão.

Segundo o Presidente da Confraria do Atum, Luís Camarada, a jornada teve como objectivos "a promoção do atum e da cidade e a confraternização entre organizações congéneres".

segunda-feira, novembro 16, 2009

Ainda a missa do dia 11 de Outubro....

Ainda a proposito daquelas entrevistas de Jaime Soares e que ninguem entendeu....

É lamentável este facto, porque ele aconteceu e pela sua falta de verdade.
Estive presente na missa do dia 11 de Outubro, dia de eleições, desde o inicio da celebração.
O celebrante que presidiu à Eucaristia não disse nada do que o presidente da Câmara afirma. Primeiro, o padre em questão, homem de notável integridade moral e cultural, fez uma homilia enquadrada nos textos liturgicos do dia. Apenas referiu que por vezes em algumas Câmaras as pessoas têm que usar meios de "suborno", para obter o que precisam e lhes é de direito ter. Nunca se referiu à Câmara de Poiares ! No entanto até pediu desculpa, pelo que disse, dado que se estava em dia de eleições.
Todos nós "vemos, ouvimos e lemos" como diz a canção, porquê ignorar e armarmo-nos em falsos moralistas? Não é submetendo o Povo ao medo que se consegue encobrir seja o que for e onde quer que seja, tudo tem o seu limite e seu tempo para que as leis universais se cumpram, mais dia menos dia.
Segundo, oito dias antes, aquando da sua primeira homilia em Poiares, os elementos do Conselho Económico da Paróquia (CEP) convidaram o referido padre para uma almoço de cortesia, não o deixando ir para Coimbra sem terem uma atenção, normal quer para não crentes e muito mais normal para crentes.
Não houve qualquer campanha política e quem conhece esse presbitero, sabe que ele jamais aceitaria tal envolvimento !
Por coincidência foi almoçar no mesmo restaurante o candidato da oposição que ao ver a mesa onde se encontrava o padre com os elementos do CEP foi apresentar cumprimentos, um gesto de simpatia.
Resumindo, o Presidente da Câmara mentiu no seu discurso da toma da de posse no dia 31.
Terceiro, se o presidente de Câmara fosse católico jamais utilizaria as palavras que utilizou, ou mentiria, ou envolveria outras pessoas que professassem da mesma fé.
Católicos contra católicos?
O acto desabrido do presidente da Câmara só prova à saciedade que ele não é católico nem assume os princípios cristãos, mesmo que não católicos. Se ele tivesse uma noção correcta da separação de poderes e/ou soubesse qual é a missão da Igreja na Terra, jamais tomaria a posição que tomou querendo amedrontar tudo e todos como é sua prática, sem qualquer respeito pela dignidade e privacidade de outras pessoas.
É lamentável este facto, a todos os títulos!!
Sou uma testemunha da verdade dos factos e não me envolvo com apreciações de outras referências feitas pelo presidente da Câmara.
É fundamental saber gerir conflitos se os houver e não gerar conflitos, querendo surgir como vitima aos olhos do Povo. Práticas bem conhecidas da ciência política!
É preciso serenidade, seriedade, decoro e bom-senso quando se desempenham certas funções !!
Martins Miguel num comentario.

Foi em Almancil que isto aconteceu


É uma história digna de um filme de comédia. Em Almancil, no Algarve, um homem de 23 anos tentou assaltar esta noite um supermercado, mas ao entrar por uma pequena janela acabou por ficar entalado toda a noite, só sendo descoberto de manhã.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Converse com os Autarcas

Caro cidadão,

Tem ao seu dispor a plataforma autarquias.org.

Com o autarquias.org os cidadãos podem alertar os municípios para as mais variadas situações, desde de Lixos na via pública, postes de iluminação que não o funcionam, buracos na via pública, equipamento danificado, problemas nos abastecimentos, ou outros tipos de problemas, que muitas das vezes as Câmaras Municipais não tem conhecimento.

Os cidadãos podem acompanhar as respostas das autarquias aos alertas apresentados por outros cidadãos, como também participarem nesses mesmos alertas adicionando comentários.

O autarquias.org permite também a criação de debates por cidadãos que pretendem discutir assuntos que lhes pareçam pertinentes com outros cidadãos e com o próprio município ou questionar a autarquia sobre um assunto do interesse de todo o município., como também a abertura de petições.

Participe neste projecto.

www.autarquias.org

quinta-feira, novembro 05, 2009

Com esta Justiça, Jaime Soares torna a escapar

O Ministério Público (MP) admitiu, hoje, no Tribunal de Penacova, que tenha havido falta de produção de prova para condenar o presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares, por alegada autoria de dois crimes de prevaricação.
O edil, várias vezes julgado e sempre absolvido, acaba de responder ao abrigo de um processo relacionado com a emissão de licenças de habitabilidade.
No âmbito de um inquérito, aberto pela Polícia Judiciária, ao abrigo do qual foi deduzida acusação pelo MP, o arguido estava sob suspeita de ter acatado a emissão de licenças de utilização de fogos por concluir.
Ao abrigo do artigo 64º. do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), a concessão de licença de utilização não depende de prévia vistoria municipal, mas o presidente de Câmara pode determinar a realização da mesma caso a obra não tenha sido inspeccionada no decurso da sua execução. Há ainda lugar a vistoria se dos elementos constantes do processo ou do livro de obra resultarem indícios de que a mesma foi executada em desconformidade com o respectivo projecto e condições da licença ou com as normas legais e regulamentares que lhe são aplicáveis.
Embora creia que houve ilegalidade, um magistrado do MP admitiu a insuficiência da prova produzida em audiência de julgamento, razão por que o princípio de tolerância em caso de dúvida poderá ditar a absolvição do arguido.

Rodrigo Santiago, advogado constituído por Jaime Soares, alegou a inocência do autarca.

terça-feira, novembro 03, 2009

Poiares continua a ser noticia...e pelos piores motivos

A Igreja e Jaime Soares de candeias às avessas

Tentaram transformar a igreja em sede político-partidária

“Tentaram transformar a igreja em sede político-partidária segundo Jaime Soares

Num discurso escrito, contrariando os seus hábitos, Jaime Soares fez questão de dizer «tudo» o que lhe ia «na alma e no coração», dizendo «aos poiarenses o que eles têm necessidade e obrigação de saber». E têm «obrigação de saber» que, «no dia das eleições, na missa de um baptizado, realizada ao meio-dia, em Vila Nova de Poiares, um senhor padre de ocasião, durante a homilia, considerou que os serviços da Câmara funcionavam através de “luvas”». O presidente, eleito para o seu último mandado, explicou ao Diário de Coimbra que o sacerdote em causa, designado pela Diocese para substituir o padre Natário, se referia «ao funcionamento dos serviço da Câmara, onde os processos se atrasam indefinidamente, mas se formos lá com o dinheirito tudo se revolve». Afirmações proferidas na altura em que o autarca entrava na igreja para assistir à cerimónia. Mas não foi este o único incidente que marcou a campanha eleitoral em Vila Nova de Poiares. Sem usar a expressão “terrorismo político”, Jaime Soares deixou-a bem evidente no discurso crítico e inflamado que proferiu, na noite de sábado, perante um salão «nobre cheio de poiarenses. «Tentaram envolver, ou envolveram mesmo, pequenos grupos ligados à Igreja Católica, tentando transformá-la em sede de campanha político-partidária, não respeitando minimamente os seus valores morais e éticos. Felizmente que a maioria esmagadora dos poiarenses que professam a religião católica os ignoraram», disse ainda o autarca.
Jaime Soares, o único presidente eleito depois do 25 de Abril que Vila Nova de Poiares conheceu quer saber «como é possível que, em plena campanha eleitoral, se afaste o padre Natário, um dos melhores párocos que passou pelo nosso concelho?». Um afastamento ditado pelo bispo, D. Albino Cleto, independentemente da idade avançada do sacerdote e dos seus problemas de saúde, uma vez que, entre outras doenças, é diabético, estando, inclusivamente, já cego de um olho, para não falar dos problemas de locomoção de que tem padecido. «Será que é por ser amigo do presidente da Câmara?», questionou ainda Soares. «Desde quando é que isso é pecado?», enfatizou, recordando que o mesmo padre Natário «esteve em Condeixa e foi amigo do Jorge Bento e esteve em Mortágua e foi amigo do Afonso Abrantes». «Isso é pecado?», quer saber. Em seu entender, os “pecados” estão noutros espaços e noutras atitudes. E, por isso, perguntou «como é possível mandar padres substitutos para que, oito dias antes do acto eleitoral, se façam almoços de confraternização e estes se passeiam por lugares públicos, com os candidatos do PS?». «Claro que não é proibido, mas é eticamente reprovável», entende Soares, que considera «reprovável» a substituição do padre Natário, «que todos os poiarense admiram e respeitam, para em seu lugar colocar um substituto em part-time».
“Cristo não quer estes comportamentos”
Afirmando-se católico, e considerando a igreja um «espaço de princípios, de valores, de fé e amor ao próximo», observou que «alguns tentam destruir» essa «Igreja da solidariedade e do humanismo que Cristo pregou», «presumivelmente com a conivência do principal responsável da Diocese», acusou. Por isso, defende que se «faça uma rápida e profunda reflexão, antes que piores males possam suceder». «Cristo não quer estes comportamentos, porque desrespeitam os princípios e valores da Igreja que Ele fundou», disse ainda.
Mas o “apontar o dedo” não se ficou por aqui, uma vez que se repetiram as atitudes de «baixa política»,«não olhando a meios para atingir os fins». E deu o exemplo de «quem, a coberto da noite distribuiu dezenas e dezenas de panfletos e comunicados anónimos, a insultar e ofender gravemente pessoas honestas e dignas, só porque não comungam das suas opções». «Sabemos a sua origem e quem é o seu autor», disse ainda Jaime Soares. «Aguardaremos calmamente que a Justiça cumpra a sua função».
O autarca fez ainda saber que deu conhecimento ao mandatário da candidatura do PS, - «também ele um destacado líder da Igreja local» - «das “anomalias” verificadas durante a campanha. Todavia, este «nada fez para o evitar, não assumindo – a tempo e em tempo – os valores do respeito, da moral, da ética política a que estava obrigado». É, pois, considera Jaime Soares, «co-responsável em todo o processo».
Mas, apesar de todas estas “anomalias e interferências”, «o povo votou, decidiu e disse clara e inequivocamente quem quer para governar o município de Vila Nova de Poiares e quem não quer para governar o município de Vila Nova de Poiares», disse e repetiu o autarca, que deu início ao seu último mandato, prometendo continuar «a trabalhar, a trabalhar muito» para o desenvolvimento do concelho que, disse com orgulho, «continua em boas mãos». Relativamente aos que «cometeram tantas irresponsabilidades, que Deus faça a sua Justiça», disse, sugerindo à oposição «claramente derrotada», que faça a «sua leitura democrática» e assuma «uma postura ética e política que permita, de hoje em diante, uma discussão séria das propostas, de forma que a estabilidade e paz social sejam uma constante na governação do nosso município».


Do Diário de Coimbra