sábado, abril 16, 2005

PSD ainda acredita na conquista de câmaras

O PSD acredita na conquista de mais duas câmaras no Distrito de Coimbra.
Jaime Soares quer fazer acreditar nisso os militantes PSD, mas não explica quem vai para Poiares. Até ja se fala em coisas feias.
Com um scoore de 12 câmaras, o PSD parte para as eleições de Outubro confiante na conquista de mais duas autarquias.
É absolutamente possível, garante o presidente da Distrital social-democrata, Jaime Soares

Com os socialistas em guerra pela escolha de candidatos, o PSD tem feito um processo tranquilo e, em ?velocidade de cruzeiro?, tem definidos os nomes que vão encabeçar as candidaturas à liderança das 17 câmaras do distrito. Com 12 câmaras garantidas no acto eleitoral de Dezembro de 2001, os social-democratas acreditam na conquista de mais duas autarquias em Outubro próximo. Jaime Soares, presidente da Comissão Política Distrital, está confiante num bom resultado e eleva a fasquia para 14 câmaras. Todavia, e porque ?o segredo é a alma do negócio?, como faz questão de sublinhar, escusa-se a avançar com qualquer indicação relativamente aos concelhos que, neste momento, se posicionam com uma postura favorável à liderança laranja. Lacónico, Jaime Soares limita-se a dizer que temos candidatos ganhadores, mas a verdade é que Arganil se posiciona como uma aposta de mudança. Ricardo Pereira Alves é o candidato, que se vai defrontar com António Simões, do PS. Num concelho onde a cor rosa tem sido dominante, o PS surge, este ano, com algumas fragilidades. Rui Silva, o presidente da autarquia, não se recandidata e também o ?vice?, Mário Vale, filho do ?histórico Fernando Vale?, está ?fora da corrida. Como candidato, já apresentado ao eleitorado, o PS escolheu o empresário António Simões.
Ricardo Alves, adjunto do governador civil, Fernando Antunes, beneficiou claramente dessa posição, na medida em que lhe permitiu um contacto muito directo com a população. Arganil, concelho de onde é natural, foi, de resto, um dos palcos privilegiados da sua presença, não ?falhando? qualquer evento. A jogar duplamente em casa, Ricardo Pereira Alves recebeu um segundo ?input? com a candidatura de Fernando Antunes à Assembleia da República, porquanto assumiu as funções de governador civil em exercício, o que lhe granjeou mais e maior visibilidade.
Com 28 anos, este engenheiro químico, que antes de entrar de forma mais activa na vida política trabalhava numa empresa do ramo alimentar, precisamente em Arganil, onde era responsável pelo controlo de qualidade, tem uma pós-graduação em engenharia da qualidade e outra em gestão autárquica. Jovem, disponível e com uma grande paixão pela ?coisa pública?, Ricardo Pereira Alves encara esta candidatura como sendo «para ganhar».Isto tudo em contraste com o candidato por Poiares, velho, indisponivel para dialogar e tratar das coisas a serio,e com grande paixão so para mandar como quer e já com 25 anos de atraso nas ideias .Estamos a apostar tudo, afirma, com entusiasmo o ex-governador civil de Coimbra. A apresentação da candidatura de Ricardo Pereira Alves está marcada para o próximo dia 30, num jantar a realizar no restaurante ?O Parque?, em Sarzedo e, muito embora Jaime Soares não ?levante o véu?, esta será, com toda a certeza, uma das autarquias em que o PSD aposta em roubar a Câmara ao PS.
Góis poderá, eventualmente, ser outra das apostas social-democratas. Com o eleitorado do PS potencialmente dividido entre Girão Vitorino e José Cabeças, ou seja, entre a candidatura ?oficial? do PS e a mais que provável candidatura independente do presidente da Assembleia Municipal, o PSD pode querer tirar dividendos. Dentro do próprio PS já há quem tema que uma ?terceira via? pode ser determinante e quiçá beneficiar os social-
-democratas. Diamantino Garcia, vice-presidente da autarquia de Góis e dado como certo na lista de Vitorino, alertou, há dias,para essa possibilidade, sublinhando que esta ?guerra? prejudica o PS e pode beneficiar o PSD.
Jaime Soares não abre o jogo, nem embarca em facilitismos pois não sabe se a castanha lhe vai estalar na boca em Poiares, sem tecer quaisquer considerações relativamente à divisão interna dos socialistas, apenas garante que o nosso candidato em Góis é um candidato para ganhar, mantendo o nome no segredo dos deuses.

Convenção autárquica para apresentar candidatos

O presidente da Distrital garante que os 17 nomes para encabeçar as listas de todo o distrito já existem e serão, de resto, tema em debate na reunião da Comissão Política Distrital alargada, marcada para segunda-feira. Sem, mais uma vez, avançar com nomes, Jaime Soares adianta que estes estão todos definidos e serão dados a conhecer em breve, numa convenção autárquica, cuja data ainda não está definida, e para a qual o presidente da Distrital está empenhado na presença do líder do partido.
A Distrital de Coimbra dá como certa a linha mestra definida com Marques Mendes, no início da semana, relativamente à recandidatura dos actuais presidentes de câmara. «Queremos recandidatar todos os presidentes que tenham essa disponibilidade», afirma Soares, situação que é válida para 10 das 12 autarquias de liderança social-
-democrata.
A saber: Coimbra e Figueira da Foz ? onde Carlos Encarnação e Duarte Silva, ambos em cumprimento do primeiro mandato se encontram numa posição confortável, reforçada por recentes sondagens, encomendadas pelo PS -, Penacova (Maurício Teixeira Marques), Oliveira do Hospital (Mário Alves), Mira (Mário Maduro), Pampilhosa da Serra (Hermano de Almeida), Mirando do Corvo (Fátima Ramos), Montemor-o-Velho (Luís Leal) e Vila Nova de Poiares (Jaime Marta Soares). Relativamente a Soure, Jaime Soares garante a recandidatura de João Gouveia pelo PSD. O nome do autarca foi recentemente alvo de um conjunto de boatos que apontam para a sua adesão ao PS. O nosso camarada João Gouveia é um homem de palavra e não muda de camisola», afirma o responsável da distrital ?laranja?. Sem dar crédito aos boatos, considera-os sinal do desespero do PS por não ter candidato em Soure ou ter um candidato que não lhe dá garantias e por isso inventam tudo, mas isso não tem qualquer sentido. João Gouveia é o nosso candidato e um candidato ganhador, remata.
As duas excepções à regra da recandidatura dos actuais presidentes são também já conhecidas e já têm ?substitutos? «à altura», no entender de Soares. Falamos de Cantanhede, onde Jorge Catarino, por razões de carácter pessoal e familiar, muito embora com alguma mágoa, como o próprio confessou, não se vai recandidatar. Em seu lugar está um nome com «créditos firmados»: João Pais de Moura.
A segunda excepção é Penela, onde depois de mais de 20 anos sob presidência de Fernando Antunes, actual deputado, a Câmara ficou nas mãos de José Carlos Reis, número três na autarquia, com a indigitação do presidente para o Governo Civil. José Carlos Reis não é o candidato do PSD de Penela, que apostou no presidente da concelhia local e ?homem forte? da Marcopolo, Paulo Júlio.

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