quinta-feira, abril 28, 2005

Presidência aberta contempla IP3


O Presidente da República Jorge Sampaio vai visitar um dos pontos negros do IP3.
A visita, no âmbito da Presidência Aberta sobre sinistralidade rodoviária, vai decorrer no próximo domingo, em Oliveira do Mondego, altura em que a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 aproveita para reclamar medidas consideradas urgentes para a redução da sinistralidade neste itinerário

O fatídico quilómetro 69,2 do IP3, em Oliveira do Mondego será o palco para a visita de Jorge Sampaio. A iniciativa presidencial conta com o apoio da Associação de Utentes e Sobreviventes (AUS) do IP3, que entra na Presidência Aberta como convidada dos serviços presidenciais. É sinal que os a nossa voz chegou à Presidência da República. Notaram que, de facto, ao fazerem uma Presidência Aberta sobre este assunto, este local não podia ser esquecido, manifestou Eduardo Ferreira, da AUS.
De facto, e segundo este responsável, o nó de Oliveira do Mondego carece de medidas urgentes com vista a reduzir a sinistralidade neste que é considerado um dos maiores pontos negros do IP3. As pessoas têm de atravessar constantemente o IP3 a pé e de carro, de um lado ao outro, alertou.
O Presidente da República será confrontado com números de mortes, de feridos graves e ligeiros neste ponto, mas também naqueles que a associação considera como mais preocupantes, nomeadamente em Santa Comba Dão e na intercepção com o IC6. A apresentação, pedida à AUS pelos próprios Serviços da Presidência, será «provavelmente» feita através de cartazes ou outras formas de teatralização com o objectivo de demonstrar as vítimas que já fez o IP3. A lista de acidentados já foi feita pela AUS com base em recortes de jornais e cruzamento de informação dos Bombeiros e da GNR. Os números não são coincidentes, mas, ainda assim, concluiu Eduardo Ferreira, a sinistralidade diminuiu visivelmente nos pontos onde se tomaram medidas, ainda que provisórias, nomeadamente com a colocação de separador central que permitiu evitar as colisões frontais. Uma medida para a qual contribuiu a pressão exercida pela associação que, defende contudo que é uma solução de remedeio.
O alargamento do IP3 para quatro faixas continua a ser a nossa luta, disse Eduardo Ferreira, salientando que o separador, ainda que provisório, evitou muitas mortes. Prova disso mesmo é a redução de acidentes nos locais alvo de colocação de separador desde 2001, «que deixaram de ser notícia. Demonstra que fomos conseguindo apagar os pontos negros, concluiu este responsável.
A visita de Jorge Sampaio começa pelas 17h30, no nó de Oliveira do Mondego, e, meia hora depois, está prevista uma sessão debate, no Centro Cultural e Social de Oliveira do Mondego, presidida por Jorge Sampaio e onde intervirá a AUS, a Brigada de Trânsito da GNR e outras entidades convidadas pela Presidência da República.
No final haverá ainda tempo para Sampaio se dirigir ao povo no Largo da Escola, em Oliveira do Mondego.
Iremos debater as causas da sinistralidade. Nós vamos defender o nosso ponto de vista, disse Eduardo Ferreira em relação ao que vai ser a intervenção da AUS no debate. Temos a esperança de fazer ver aos responsáveis que é necessário fazer melhorias importantes no IP3, continuou, elegendo o problema do nó de Oliveira do Mondego, o alargamento da via para quatro faixas e a resolução dos lençóis de água como prioridades da associação.

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