quinta-feira, abril 28, 2005

Presidência aberta contempla IP3


O Presidente da República Jorge Sampaio vai visitar um dos pontos negros do IP3.
A visita, no âmbito da Presidência Aberta sobre sinistralidade rodoviária, vai decorrer no próximo domingo, em Oliveira do Mondego, altura em que a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 aproveita para reclamar medidas consideradas urgentes para a redução da sinistralidade neste itinerário

O fatídico quilómetro 69,2 do IP3, em Oliveira do Mondego será o palco para a visita de Jorge Sampaio. A iniciativa presidencial conta com o apoio da Associação de Utentes e Sobreviventes (AUS) do IP3, que entra na Presidência Aberta como convidada dos serviços presidenciais. É sinal que os a nossa voz chegou à Presidência da República. Notaram que, de facto, ao fazerem uma Presidência Aberta sobre este assunto, este local não podia ser esquecido, manifestou Eduardo Ferreira, da AUS.
De facto, e segundo este responsável, o nó de Oliveira do Mondego carece de medidas urgentes com vista a reduzir a sinistralidade neste que é considerado um dos maiores pontos negros do IP3. As pessoas têm de atravessar constantemente o IP3 a pé e de carro, de um lado ao outro, alertou.
O Presidente da República será confrontado com números de mortes, de feridos graves e ligeiros neste ponto, mas também naqueles que a associação considera como mais preocupantes, nomeadamente em Santa Comba Dão e na intercepção com o IC6. A apresentação, pedida à AUS pelos próprios Serviços da Presidência, será «provavelmente» feita através de cartazes ou outras formas de teatralização com o objectivo de demonstrar as vítimas que já fez o IP3. A lista de acidentados já foi feita pela AUS com base em recortes de jornais e cruzamento de informação dos Bombeiros e da GNR. Os números não são coincidentes, mas, ainda assim, concluiu Eduardo Ferreira, a sinistralidade diminuiu visivelmente nos pontos onde se tomaram medidas, ainda que provisórias, nomeadamente com a colocação de separador central que permitiu evitar as colisões frontais. Uma medida para a qual contribuiu a pressão exercida pela associação que, defende contudo que é uma solução de remedeio.
O alargamento do IP3 para quatro faixas continua a ser a nossa luta, disse Eduardo Ferreira, salientando que o separador, ainda que provisório, evitou muitas mortes. Prova disso mesmo é a redução de acidentes nos locais alvo de colocação de separador desde 2001, «que deixaram de ser notícia. Demonstra que fomos conseguindo apagar os pontos negros, concluiu este responsável.
A visita de Jorge Sampaio começa pelas 17h30, no nó de Oliveira do Mondego, e, meia hora depois, está prevista uma sessão debate, no Centro Cultural e Social de Oliveira do Mondego, presidida por Jorge Sampaio e onde intervirá a AUS, a Brigada de Trânsito da GNR e outras entidades convidadas pela Presidência da República.
No final haverá ainda tempo para Sampaio se dirigir ao povo no Largo da Escola, em Oliveira do Mondego.
Iremos debater as causas da sinistralidade. Nós vamos defender o nosso ponto de vista, disse Eduardo Ferreira em relação ao que vai ser a intervenção da AUS no debate. Temos a esperança de fazer ver aos responsáveis que é necessário fazer melhorias importantes no IP3, continuou, elegendo o problema do nó de Oliveira do Mondego, o alargamento da via para quatro faixas e a resolução dos lençóis de água como prioridades da associação.

terça-feira, abril 26, 2005

PODER LOCAL ? Dia da Liberdade para inaugurações e protocolos

No triângulo geográfico formado pelos municípios de Lousã, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, as comemorações dos 31 anos da Revolução de Abril foram assinaladas com pompa e circunstância. Inaugurações e protocolos constituíram o "forte" das iniciativas programadas para o dia festivo.

Em Miranda do Corvo foi inaugurada a Fonte da Cruz Branca. Situada numa das principais rotundas da vila, a nova fonte é um marco evocativo do 25 de Abril, naquilo que ele representa de respeito pelas pessoas e instituições, disse a propósito, a presidente da autarquia, Fátima Ramos.
Como a fonte foi considerada um equipamento de requalificação urbana, logrou obter financiamento de 50 por cento de fundos comunitários. As iniciativas do Dia da Liberdade em Miranda?do?Corvo coincidiram com a semana da Capital da Chanfana que está a decorrer até 1 de Maio.
Neste período, transversal aos feriados do 25 de Abril e 1º. de Maio, vários restaurantes sedeados no concelho aderiram ao roteiro gastronómico. Também a música preencheu parte do dia, com um concerto da Filarmónica Mirandense e um concerto de música pop durante a tarde. A parte desportiva do programa foi preenchida por um torneio non?stop de futsal que durou 12 horas.

Em Vila Nova de Poiares, a abertura oficial das piscinas municipais marcou o dia feriado. Jaime Soares, apesar de ter o mandato suspenso de presidente do município, apareceu sem ninguem o chamar para presidir - mesmo assim - à sessão solene,não se sabendo em que qualidade. Se na qualidade de deputado da Assembleia da República, se na qualidade de chefe dos bombeiros se na qualidade de chefe do PSD, se na qualidade de chefe da ADIP, se na qualidade de presidir ``a Ass. Desp. de Poiares, se na qualidade de chefe de familia. Nas cerimónias participou a comitiva oficial da vila francesa de Douchy?Les?Mines, liderada pelo presidente da câmara, Michel Lefebvre. Em Poiares parece que a Presidenta em exercicio nem foi ouvida nem achada no meio disto. Alguem ainda saberá quem é ela, já que a Drª Teresa Carvalho não aguentou a pressão e deu de frosques?
Diversos cidadãos do município que se destacaram nas áreas da saúde, cultura e bons serviços, receberam medalhas de ouro e prata, com destaque para o juiz conselheiro António Políbio Henriques.

Na Lousã, um protocolo assinado entre a câmara municipal, as Páginas Amarelas S.A. e instituições de solidariedade social, permitiu que a empresa fizesse a atribuição de material informático e equipamento para idosos e deficientes do concelho. O presidente da edilidade, Fernando Carvalho, afirmou que tal "só foi possível porque a câmara tem um Plano de Desenvolvimento Social", condição essencial para se enquadrar nos parâmetros de mecenato traçados pela empresa. Num valor total de cerca de 15 mil euros, foi entregue diverso equipamento. Além de quatro computadores instalados em centro sociais, foi distribuído equipamento de apoio, como cadeiras de rodas, muletas e andarilhos, além de uma cama articulada. As instituições beneficiadas foram a Santa Casa da Misericórdia, a ARCIL e o Gabinete de Apoio à Infância e Juventude. A forma encontrada por este município para homenagear, a título póstumo, personalidades que se distinguiram em várias vertentes da sociedade, foi o descerramento de placas toponímicas. Na urbanização da Quinta do Palácio, por trás do novo hotel Meliá Boutique, as novas artérias adquiriram os nomes de dr. Fernando Vale, desembargador António Cardoso Faria Pinto e Aristides de Sousa Mendes.

sábado, abril 16, 2005

PSD ainda acredita na conquista de câmaras

O PSD acredita na conquista de mais duas câmaras no Distrito de Coimbra.
Jaime Soares quer fazer acreditar nisso os militantes PSD, mas não explica quem vai para Poiares. Até ja se fala em coisas feias.
Com um scoore de 12 câmaras, o PSD parte para as eleições de Outubro confiante na conquista de mais duas autarquias.
É absolutamente possível, garante o presidente da Distrital social-democrata, Jaime Soares

Com os socialistas em guerra pela escolha de candidatos, o PSD tem feito um processo tranquilo e, em ?velocidade de cruzeiro?, tem definidos os nomes que vão encabeçar as candidaturas à liderança das 17 câmaras do distrito. Com 12 câmaras garantidas no acto eleitoral de Dezembro de 2001, os social-democratas acreditam na conquista de mais duas autarquias em Outubro próximo. Jaime Soares, presidente da Comissão Política Distrital, está confiante num bom resultado e eleva a fasquia para 14 câmaras. Todavia, e porque ?o segredo é a alma do negócio?, como faz questão de sublinhar, escusa-se a avançar com qualquer indicação relativamente aos concelhos que, neste momento, se posicionam com uma postura favorável à liderança laranja. Lacónico, Jaime Soares limita-se a dizer que temos candidatos ganhadores, mas a verdade é que Arganil se posiciona como uma aposta de mudança. Ricardo Pereira Alves é o candidato, que se vai defrontar com António Simões, do PS. Num concelho onde a cor rosa tem sido dominante, o PS surge, este ano, com algumas fragilidades. Rui Silva, o presidente da autarquia, não se recandidata e também o ?vice?, Mário Vale, filho do ?histórico Fernando Vale?, está ?fora da corrida. Como candidato, já apresentado ao eleitorado, o PS escolheu o empresário António Simões.
Ricardo Alves, adjunto do governador civil, Fernando Antunes, beneficiou claramente dessa posição, na medida em que lhe permitiu um contacto muito directo com a população. Arganil, concelho de onde é natural, foi, de resto, um dos palcos privilegiados da sua presença, não ?falhando? qualquer evento. A jogar duplamente em casa, Ricardo Pereira Alves recebeu um segundo ?input? com a candidatura de Fernando Antunes à Assembleia da República, porquanto assumiu as funções de governador civil em exercício, o que lhe granjeou mais e maior visibilidade.
Com 28 anos, este engenheiro químico, que antes de entrar de forma mais activa na vida política trabalhava numa empresa do ramo alimentar, precisamente em Arganil, onde era responsável pelo controlo de qualidade, tem uma pós-graduação em engenharia da qualidade e outra em gestão autárquica. Jovem, disponível e com uma grande paixão pela ?coisa pública?, Ricardo Pereira Alves encara esta candidatura como sendo «para ganhar».Isto tudo em contraste com o candidato por Poiares, velho, indisponivel para dialogar e tratar das coisas a serio,e com grande paixão so para mandar como quer e já com 25 anos de atraso nas ideias .Estamos a apostar tudo, afirma, com entusiasmo o ex-governador civil de Coimbra. A apresentação da candidatura de Ricardo Pereira Alves está marcada para o próximo dia 30, num jantar a realizar no restaurante ?O Parque?, em Sarzedo e, muito embora Jaime Soares não ?levante o véu?, esta será, com toda a certeza, uma das autarquias em que o PSD aposta em roubar a Câmara ao PS.
Góis poderá, eventualmente, ser outra das apostas social-democratas. Com o eleitorado do PS potencialmente dividido entre Girão Vitorino e José Cabeças, ou seja, entre a candidatura ?oficial? do PS e a mais que provável candidatura independente do presidente da Assembleia Municipal, o PSD pode querer tirar dividendos. Dentro do próprio PS já há quem tema que uma ?terceira via? pode ser determinante e quiçá beneficiar os social-
-democratas. Diamantino Garcia, vice-presidente da autarquia de Góis e dado como certo na lista de Vitorino, alertou, há dias,para essa possibilidade, sublinhando que esta ?guerra? prejudica o PS e pode beneficiar o PSD.
Jaime Soares não abre o jogo, nem embarca em facilitismos pois não sabe se a castanha lhe vai estalar na boca em Poiares, sem tecer quaisquer considerações relativamente à divisão interna dos socialistas, apenas garante que o nosso candidato em Góis é um candidato para ganhar, mantendo o nome no segredo dos deuses.

Convenção autárquica para apresentar candidatos

O presidente da Distrital garante que os 17 nomes para encabeçar as listas de todo o distrito já existem e serão, de resto, tema em debate na reunião da Comissão Política Distrital alargada, marcada para segunda-feira. Sem, mais uma vez, avançar com nomes, Jaime Soares adianta que estes estão todos definidos e serão dados a conhecer em breve, numa convenção autárquica, cuja data ainda não está definida, e para a qual o presidente da Distrital está empenhado na presença do líder do partido.
A Distrital de Coimbra dá como certa a linha mestra definida com Marques Mendes, no início da semana, relativamente à recandidatura dos actuais presidentes de câmara. «Queremos recandidatar todos os presidentes que tenham essa disponibilidade», afirma Soares, situação que é válida para 10 das 12 autarquias de liderança social-
-democrata.
A saber: Coimbra e Figueira da Foz ? onde Carlos Encarnação e Duarte Silva, ambos em cumprimento do primeiro mandato se encontram numa posição confortável, reforçada por recentes sondagens, encomendadas pelo PS -, Penacova (Maurício Teixeira Marques), Oliveira do Hospital (Mário Alves), Mira (Mário Maduro), Pampilhosa da Serra (Hermano de Almeida), Mirando do Corvo (Fátima Ramos), Montemor-o-Velho (Luís Leal) e Vila Nova de Poiares (Jaime Marta Soares). Relativamente a Soure, Jaime Soares garante a recandidatura de João Gouveia pelo PSD. O nome do autarca foi recentemente alvo de um conjunto de boatos que apontam para a sua adesão ao PS. O nosso camarada João Gouveia é um homem de palavra e não muda de camisola», afirma o responsável da distrital ?laranja?. Sem dar crédito aos boatos, considera-os sinal do desespero do PS por não ter candidato em Soure ou ter um candidato que não lhe dá garantias e por isso inventam tudo, mas isso não tem qualquer sentido. João Gouveia é o nosso candidato e um candidato ganhador, remata.
As duas excepções à regra da recandidatura dos actuais presidentes são também já conhecidas e já têm ?substitutos? «à altura», no entender de Soares. Falamos de Cantanhede, onde Jorge Catarino, por razões de carácter pessoal e familiar, muito embora com alguma mágoa, como o próprio confessou, não se vai recandidatar. Em seu lugar está um nome com «créditos firmados»: João Pais de Moura.
A segunda excepção é Penela, onde depois de mais de 20 anos sob presidência de Fernando Antunes, actual deputado, a Câmara ficou nas mãos de José Carlos Reis, número três na autarquia, com a indigitação do presidente para o Governo Civil. José Carlos Reis não é o candidato do PSD de Penela, que apostou no presidente da concelhia local e ?homem forte? da Marcopolo, Paulo Júlio.

sexta-feira, abril 15, 2005

CONDEIXA - homenageia Fernando Namora



Na passagem do 86.º aniversário do nascimento de Fernando Namora, o escritor vai ser recordado na terra onde nasceu e viveu a sua infância. Uma iniciativa da autarquia de Condeixa, que organizou uma mostra de 12 retratos

Nasceu em Condeixa, em 15 de Abril de 1919, faz hoje precisamente 86 anos. Falamos de Fernando Namora, uma das figuras grandes da literatura nacional, que teve em Condeixa o «pátio de recreio da sua infância, onde brincou e cresceu na companhia de vizinhos e amigos, que lhe deixaram recordações sempre presentes ao longo da sua vida e muitas vezes referidas na sua obra».
A Câmara Municipal de Condeixa empenhou-se em assinalar a data, de forma condigna, com a inauguração de uma exposição intitulada ?Fernando Namora em Retrato?. Trata-se de uma mostra que integra um conjunto de obras da autoria do próprio Fernando Namora, Armando Bruno, Conceição Pires Coelho, Victor Palha, Lima de Freitas, Rogério de Freitas, Mário e Eduardo Gageiro.
Ao todo são 12 obras onde, sublinha a autarquia, «a fonte de inspiração foi um único homem: Namora retratado segundo diferentes perspectivas e técnicas, que vão desde a pintura à simples fotografia».
A inauguração da exposição está marcada para as 17h30, contando com a actuação do Orfeão Dr. João Antunes. Por seu lado, o Grupo Etnográfico da Pampilhosa vai proceder à leitura de poemas. No final assiste-se a um porto de honra em homenagem ao escritor.
A partir de 18 de Abril, segunda-feira, e até ao final da mostra, dia 12 de Maio, quem se deslocar à Casa Museu Fernando Namora poderá, também, assistir, sempre que tal seja solicitado, à apresentação da série ?Retalhos da vida de um médico?, bem como ao filme ?A noite e a madrugada?, cujos argumentos foram elaborados com base em obras do escritor de Condeixa.
A mostra, patente na Casa Museu Fernando Namora, pode ser visitada todos os dias úteis entre as 9h00 e as 12h30 e das 14h00 às 17h30.

Hotel de Charme abre no dia 15 as suas portas




O primeiro Meliá Boutique Hotel abre hoje ao público oficialmente na Lousã. Situado na zona histórica da vila, esta unidade hoteleira está classificada como ?5 estrelas? e vem preencher uma lacuna que existia na oferta de alojamento. Unidade que oferece toda a comodidade e serviços personalizados que se podem esperar de um hotel com este requinte

O desejo era antigo e a ideia concretizou-se.
A vila da Lousã não tinha uma unidade hoteleira que servisse os visitantes que frequentam esta região serrana, e o município tinha grandes dificuldades em fixar turistas. A partir de hoje tudo é diferente. Ao cabo de dois anos de intenso trabalho, o Palácio da Viscondessa do Espinhal transformou-se no primeiro Meliá Boutique Hotel em Portugal, e os responsáveis por esta transformação foram a família Mexia Santos, ao constituir a Sociedade Serra da Lousã Actividades Turísticas Hoteleiras SA, à qual se associou a autarquia, e avançaram com este projecto hoteleiro, depois de adquirir o imóvel.
Trata-se de uma unidade que se apresenta como um hotel onde o passado e o presente se ligam através de um novo edifício, moderno e minimalista, e uma casa de brasão, do século XVIII, onde a arquitectura da época foi mantida ao máximo.
Este Meliá Boutique Hotel, localizado na Rua Viscondessa do Espinhal, está equipado com 46 quartos (cerca de 80 camas), 23 no edifício antigo e outros tantos no edifício moderno ?geminado? ao palácio, um restaurante, bar, diversas salas de estar, salão de eventos sociais, salas de jantar, leitura, piano, reuniões, corte de ténis, piscina, healt club e parque de estacionamento privativo.
Quanto aos futuros clientes, a Sociedade Serra da Lousã, proprietária do hotel, conta com clientes de todos os segmentos, mas espera, sobretudo, clientes de turismo de lazer, de desporto e negócios, não só pela localização do empreendimento, mas também porque o hotel está dotado de salas moduláveis para reuniões, congressos ou eventos sociais, com capacidade para mais de meio milhar de pessoas.
Este Hotel Boutique da Lousã distingue-se, não apenas pelo facto de funcionar num edifício histórico, de valor patrimonial reconhecido, mas, sobretudo, devido ao envolvimento e ambiência que ali se criou e que constitui a característica dominantes destes ?hotéis de charme?. A nível exterior, o destaque vai para a piscina ?circundada? por jardins formais, healt club e ténis.
Uma equipa de cerca de 25 profissionais assegura os serviços desta unidade hoteleira e o director Jorge Fonseca, assegura que este vai ser um grande desafio da sua carreira, convicto, porém, que este hotel de charme vai ser um sucesso na Lousã.

segunda-feira, abril 11, 2005

GOIS - Cabeças ameaça concorrer como independente

Mais um a dar com os pes no grupelho da Distrital de Coimbra.

Vai ser bonito vai.... se Jorge Coelho não põe mãos nisto e não corre já com eles....ha-de assistir à derrocada na zona Centro.

José Cabeças quer que o PS se defina, em termos distritais e nacionais relativamente ao candidato à autarquia de Góis e, caso se mantenha o nome de José Girão Vitorino, está disposto a bater com a porta, abandonar o Partido Socialista e avançar com uma candidatura independente

No mesmo dia em que Girão Vitorino apresentou a sua recandidatura à Câmara Municipal de Góis, José Cabeças, presidente da concelhia socialista e também presidente da Assembleia Municipal local, esticou a corda e, no limite, ou o Partido Socialista, a nível concelhio, distrital e nacional toma posição relativamente a tudo isto ou Cabeças mostra-se com vontade de virar costas ao PS e disposto a avançar com uma candidatura independente à autarquia de Góis.
A candidatura ontem apresentada, à revelia da concelhia, presidida por José Cabeças, é uma das razões apontadas para este mal-estar.

Estou propositadamente alheado deste processo, afirma o candidato a candidato à Câmara de Góis, instado a disponibilizar-se para a autarquia pelo intitulado Movimento Cívico de Apoio à Candidatura de José Cabeças à Câmara Municipal de Góis, que ontem já tinha reunido 590 assinaturas num universo de 4.800 habitantes.

Se não houver uma reacção consentânea, de acordo com os princípios que defendo e dos princípios internos do partido, que a democracia interna funcione
, tenho de perceber por quem estou rodeado e se todo o processo continuar a ser conduzido à minha revelia, se, no limite, perceber que andei enganado, então não há partido algum que esteja acima da minha dignidade e vou-me embora, afirma José Cabeças.
Sublinhando que não tem dado passo algum sem ter dado prévio conhecimento à Federação Distrital, José Cabeças disse ontem que também o coordenador nacional das autárquicas, Jorge Coelho, já foi informado desta sua tomada de posição.
Sobre o acordo assinado em Fevereiro do ano passado relativamente à recandidatura de Girão Vitorino, Cabeças entende que pressupõe um conjunto e itens que não foram cumpridos «e não fui eu que os não cumpri», afirma, considerando que desse cumprimento estaria dependente o seu apoio à recandidatura do actual presidente, seu ?vice? no último mandado que cumpriu à frente da autarquia de Góis, de onde saiu para liderar a Administração Regional de Saúde do Centro. «Não estavam previstas perseguições aos vereadores, ou a instituições a que estou ligado, como a ADIBER e a Santa Casa da Misericórdia», afirma.
Crítico relativamente à actuação de José Girão Vitorino, Cabeças afirma que «a energia que move o presidente da câmara é a energia da perseguição e entende que o maior e mais poderoso sinal de vontade de mudar é protagonizado pela população que, do nada, fez nascer um movimento cívico que, num espaço de tempo recorde, reuniu quase 600 assinaturas de apoio à sua candidatura à Câmara.
Chegou-se a um limite e não há partido nenhum que esteja acima da minha dignidade e se perceber que andei enganado estes anos todo então saio, afirma peremptório.

Não posso acreditar que o partido aceite um projecto em que o número um anda zangado com o número dois e não falem com o número três.
Não posso aceitar que os partidos políticos simplesmente acolham indivíduos que pelas suas competências próprias nunca chegariam a estes lugares, adianta, cáustico, José Cabeças, que aponta o dedo ao actual presidente da autarquia, mas é ainda mais crítico relativamente ao vice-presidente, acusando-o de estar a destruir o PS.
Afirmando-se defensor dos valores da solidariedade, do desenvolvimento e de um partido ao serviço das pessoas e não de meia dúzia de pessoas e interesses instalados, José Cabeças equaciona abandonar o PS e avançar com uma candidatura independente suportada pelo Movimento Cívico.
Tanto quanto sei o movimento está a oficializar-se, tem uma comissão executiva e não vai parar», afirma. «Estou à espera de ver até onde vai o PS e se o PS não for até onde entendo que deve ir, tirarei as minhas conclusões», adianta Cabeças, sublinhando que «Jorge Coelho tem uma resposta para me dar».

Victor Baptista empenhado em demover Cabeças

Sou amigo pessoal de José Cabeças há muitos anos, tenho por ele o maior respeito, considero-o um bom quadro do PS, preparado para ocupar qualquer lugar, dentro do PS e não só, e espero ter a capacidade de o convercer a não fazer isso.
Palavras de Victor Baptista, a propósito da eventualidade de Cabeças avançar com uma candidatura independente em Góis.
Considerando que a questão de Góis é muito complexa e delicada, o presidente da Federação do PS de Coimbra lembra o acordo firmado em Fevereiro do ano passado, bem como o processo de avocação de candidaturas aprovado por larga margem pela Federação.
«Espero que esta tempestade passe e consiga convencer José Cabeças a não avançar para essa situação», disse ainda, crente que o responsável da concelhia do PS de Góis não falou com Jorge Coelho.
«Vou falar com José Cabeças e com Jorge Coelho», afirma, disposto a dar o ?tudo por tudo? no sentido de ultrapassar esta «radicalização de posições» por parte do também presidente da Assembleia Municipal de Góis. Ele esteve na Câmara enquanto quis e apoiou Girão Vitorino, então seu número dois. Não percebo o porquê de tudo isto, desabafa Baptista, que assume como linha mestra para as próximas autárquicas a necessidade do PS conquistar câmaras.
Em 2001 tínhamos nove câmaras e agora temos cinco, lembra, para sublinhar a necessidade de ganhar território e colocar os interesses do PS acima dos interesses pessoais.Logicamente e todos pensam que o PS não vai ganhar Câmaras com pessoas assim à frente como Victor Baptista. Em Coimbra vai ser um desastre se este se candidatar tambem.
Aceitarei todas as sugestões da direcção nacional e nunca colocarei em causa o que a direcção nacional entender ser melhor para o PS. Gostaria que os meus camaradas, presidentes de concelhias, aceitassem as regras do jogo e a regulamentação estatuária que está consagrada como eu aceito, disse ainda o presidente da Federação.

Mas será que a direcção nacional sabe exactamente o que se passa na distrital de Coimbra? Jorge Coelho anda muito distraido. Em Coimbra só a lei da vassourada resolverá os problemas do PS....e já agora, tambem os do PSD.