Assembleia-geral da Metro Mondego adiada

A Assembleia-geral da Metro Mondego foi adiada para o dia 12 de Abril. O representante do accionista Estado não deu explicações para o adiamento. Na ultima reunião devia ter sido analisada a proposta de orçamento da empresa. A assembleia-geral da Metro Mondego, marcada para ontem, e que devia analisar a proposta de orçamento da empresa, foi adiada para 12 de Abril por proposta do accionista Estado, revelaram os presidentes das Câmaras de Coimbra e da Lousã. Segundo os autarcas de Coimbra de da Lousã, Carlos Encarnação e Fernando Carvalho, respectivamente, que remeteram explicações sobre o adiamento para o representante do accionista Estado, a reunião foi marcada para as 10h30 de 12 de Abril. Da agenda da assembleia-geral fazia parte a análise de uma proposta de orçamento para 2007 de 8,9 milhões de euros e a eleição dos corpos sociais da sociedade anónima para o triénio 2007- 2009. À saída da sede da empresa, o quadro da Direcção-Geral do Tesouro que representou o accionista Estado escusou-se a explicar aos jornalistas a razão da proposta de adiamento da reunião. O presidente do conselho de administração da Metro Mondego, Machado Mariz, também não quis prestar declarações. Há cerca de um ano, em Março de 2006, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, anunciou em Coimbra um metropolitano ligeiro de superfície para a cidade e para o ramal da Lousã, a funcionar em 2011, designado “tram-train”. O “tram-train” substitui o anterior projecto do metropolitano ligeiro de superfície, cujo concurso público lançado em Fevereiro de 2005 pelo anterior Governo, se extinguiu em Maio do mesmo ano, pelo facto de as Câmaras de Miranda do Corvo e Lousã não terem assinado protocolos indispensáveis ao desenvolvimento do processo. De acordo com o calendário apresentado em Março de 2006 pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, a intervenção deveria iniciar-se no primeiro semestre de 2007, no ramal da Lousã, com a instalação definitiva da bitola europeia entre Serpins e Coimbra/Parque.Até ao momento não houve anúncio do lançamento do concurso público, mas fonte do gabinete de imprensa do Ministério garantia sábado, no jornal Público, que “o projecto de execução para mudança da bitola estará concluído em Junho, mantendo-se os prazos apresentados”. A intervenção no ramal da Lousã deveria ficar concluída no final de 2008, representando um investimento de 52 milhões de euros. Caso a obra avance, o ramal da Lousã deverá encerrar parcialmente a partir deste ano, para alteração da distância entre os carris (bitola).