terça-feira, julho 21, 2009

Um corpo de bombeiros não apaga apenas fogos

Impuseram-se insígnias, condecoraram-se bombeiros, destacou-se o mérito de quem dá diariamente o melhor de si em prol das populações. O normal em qualquer celebração de aniversário de bombeiros. Mas ontem, nas comemorações do 79.o aniversário dos Bombeiros Voluntários de Penacova, a corporação quis também prestar o seu reconhecimento aos bombeiros que fazem as pequenas coisas do dia-a-dia da associação.

Mostrou-se assim que uma associação de bombeiros «não apaga apenas fogos». Aliás, como diria o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, essa vertente corresponde «apenas a 7%» do trabalho dos bombeiros.
Mas aniversário significa também pagar salários «pelas muitas centenas de serviços por ano», recordou o comandante. As medalhas, de cinco, 10 e 15 anos, são esse pagamento e foram ontem entregues aos bombeiros. Depois, o reconhecimento à Câmara de Penacova, em especial ao presidente Maurício Marques, «pelo apoio sempre prestado» reconhecido através da atribuição da medalha de serviços distintos em grau ouro. Da Liga de Bombeiros Portugueses também chegaram distinções: medalhas de serviços distintos em grau prata e em grau ouro e, a terminar, o crachá de ouro da Liga entregue ao segundo comandante, Luís Amaral, o mais antigo elemento da corporação e o segundo em toda a história dos Bombeiros de Penacova a receber tal condecoração.
Viaturas novas também foram benzidas. Duas – uma ambulância e uma viatura de combate a incêndios – apadrinhadas pelos presidentes de Junta, que representam as populações, e por alguns dos mais antigos elementos da corporação, já que são eles quem diariamente utiliza todo o material disponível no socorro.

Respira-se saúde
Com um corpo activo de 130 homens e mulheres e uma frota com mais de 30 viaturas, a corporação de Penacova orgulha-se da sua experiência e trabalho.
«Não conseguiria encontrar palavras para dizer mal dos Bombeiros de Penacova», reconheceu o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, enaltecendo também todos os restantes bombeiros do distrito, «os melhores em termos de organização». Uma organização, ainda assim, ameaçada pelo poder político que Jaime Soares tanto critica. Ontem voltou a fazê-lo, ao falar na «legislação avulsa» e na «burocracia que nos faz lembrar para pior os anos antes do 25 de Abril», bem ao estilo «pidesco». Recordou números: os 7% correspondentes a actividade de combate a incêndios e os 93% de outros serviços, nomeadamente socorro a acidentes e, sobretudo, transporte de doentes, «resolvendo problemas que outros não querem resolver», criticou, numa alusão ao encerramento dos serviços de urgência.
O presidente da direcção dos Bombeiros de Penacova, António Miranda, preferiu, por seu lado, destacar as situações que «estimulam» o trabalho dos soldados da paz, como seja o apoio dos empresários e da população que hoje «já se faz espontaneamente».
Por isso, hoje a associação «respira saúde», como disse o presidente da autarquia. E congratulou-se por actualmente a corporação ter todo o concelho representado, com elementos das 11 freguesias. «Nem sempre assim foi», recordou.

sábado, julho 18, 2009

POIARES - Outra vez pela negativa

Poiares acaba por ficar a ser conhecido pela terra do arruaceiro.

Mais uma arruaça.

A Liga dos Bombeiros Portugueses “LBP” e o Ministério da Saúde chegaram ontem a uma plataforma de entendimento sobre o protocolo para o transporte de doentes em ambulância, admitindo-se que o mesmo possa ser assinado pelas duas partes na próxima semana.

Mantêm-se assim a suspensão do Conselho Nacional que esteve previsto para Vila Nova de Poiares bem como, quaisquer posições de força que chegaram a ser avançadas e que seriam decididas no mesmo encontro.

quinta-feira, julho 09, 2009

Jaime Soares mais uma vez em Tribunal

Ja estamos cansados de ter um presidente assim, dizem os Poiarenses que se envergonham.

O presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares (PSD), considera que as deduções de acusações a autarcas contribuem para “desviar as atenções” de outros problemas e para os absolver.

Trata-se, na sua esmagadora maioria, só de alguns , “homens e mulheres de bem”, alega o edil, que já foi absolvido várias vezes e, por isso, considera-se vítima de algumas “denúncias falsas” e de outras verdadeiras escapadelas pelo morosidade da justiça.

Quem tem bons advogados e pacientes é que vai escapando, mas só ate um dia.

Ao invocar a existência de diferentes «pesos e medidas», Jaime Soares alude a “contornos delicados, por força do poder”, e garante que, “se os mesmos forem descobertos, deixarão a sociedade portuguesa estupefacta”. Lá isso é verdade . Não haverá quem feche as prisões.

“Há ligações espúrias que, em muitos casos, funcionam sob uma espécie de véu que as branqueia”, sustenta e bem.

Eleito em 1976 e reconduzido oito vezes, o presidente da Câmara Municipal de Poiares fez tantas e tantas a amigos e inimigos politicos e agora que esta de pes para a cova, queixa-se de tentarem destruí-lo “com calúnias”.

Mas a uma mumia destas quem o quer agora destruir?

A reacção do autarca prende-se com a próxima ida a julgamento, acusado de eventual prevaricação no âmbito de um processo relacionado com a emissão de licenças de habitabilidade (vide a nossa edição de 25 de Junho de 2009).

“As sucessivas absolvições deixam-me satisfeito e de consciência tranquila”, acentua, aguardando escapar mais uma vez a esta.

Jaime Soares, estranhando a recente dedução de acusação de que foi objecto, alega que a emissão de tais licenças foi feita com base em declarações de técnicos alheios à Câmara poiarense pois nem deu por ela, despachando os assuntos da Camara de pe e aos berros nem se apercebeu.

No âmbito de um inquérito, aberto pela Polícia Judiciária em 2007, o arguido encontrava-se sob suspeita de ter acatado a emissão de licenças de utilização de várias casas apesar de, alegadamente, as obras estarem por concluir.

Segundos fontes auscultadas pela Imprensa, terá havido emissão de licenças respeitantes a fogos entregues por um empresário ao Banco Português de Negócios como forma de pagamento de uma dívida. Neste contexto, terá sido o BPN a concluir as obras em casas inacabadas.

Ora vejam como este pessoal está todo inocente. Ainda vão presos os homens da PJ.

“A minha única intervenção foi no sentido de recomendar aos serviços camarários para conferirem o normal andamento ao processo”, assinala o edil, com certeza, tudo dentro da normalidade habitual.

Ao abrigo do artigo 64º. do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), a concessão de licença de utilização não depende de prévia vistoria municipal, mas o presidente de Câmara pode determinar a realização da mesma caso a obra não tenha sido inspeccionada no decurso da sua execução. Há ainda lugar a vistoria se dos elementos constantes do processo ou do livro de obra resultarem indícios de que a mesma foi executada em desconformidade com o respectivo projecto e condições da licença ou com as normas legais e regulamentares que lhe são aplicáveis.

A emissão de licenças de habitabilidade é tida, hoje em dia, segundo as juristas Maria José Castanheira Neves, Fernanda Paula Oliveira e Dulce Lopes, como um “acto consequente”.

O artigo 65º. do RJUE estabelece que as conclusões da vistoria são obrigatoriamente seguidas na decisão sobre o pedido de licenciamento ou autorização de utilização.

Segundo a doutrina perfilhada pelas referidas juristas, a realização de vistoria é encarada pelo artigo 64º. do RJUE como um cenário eventual, “sempre dependente de um juízo de oportunidade da responsabilidade do presidente de Câmara”.

Maria José, Fernanda Paula e Dulce Lopes assinalam que o RJUE transfere para os técnicos (em primeira linha para o responsável pela direcção técnica da obra) o ónus de efectuar todas as diligências necessárias a instruir e fundamentar a declaração que lhe é exigida.

Em comentário ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, as autoras defendem que a legislação devia ser mais exigente neste ponto.


quarta-feira, julho 01, 2009

A Festa vai Começar...

Jaime Soares ja se deve estar a preparar pra Farra..... Virão ai os seus tempos de antena com os Fogos Florestais.

Combate aos incêndios sem meios adicionais. Dez mil operacionais, 2196 viaturas e 56 meios aéreos. Dispositivo semelhante ao de 2008

Começa esta quarta-feira a fase mais crítica do combate a incêndios florestais - a fase Charlie -, que durante três meses mobilizará quase 10 mil operacionais. Bombeiros dizem que o dispositivo está a consolidar-se, mas que há muito a fazer.

Até 30 de Setembro, o país estará na fase Charlie no que diz respeito ao combate a incêndios florestais, o período mais crítico do ano. Durante os próximos três meses, cerca de 9800 operacionais de diferentes estruturas, apoiados por 2196 viaturas, 56 meios aéreos e 236 postos de vigia, estarão prontos a intervir ao mais pequeno sinal de alarme.

Um dispositivo em tudo semelhante ao utilizado no ano passado, em que a área ardida se saldou em menos de um quarto da de 2007, e que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garante ser a resposta necessária para que o país possa "sentir-se tranquilo" nesta fase.

Este ano, de modo a evitar situações controversas do passado, a Autoridade Nacional de Protecção Civil elaborou o "Manual Operacional - Emprego de Meios Aéreos em Operações de Protecção Civil", distribuído por corporações de bombeiros e câmaras municipais. O documento define a utilização e intervenção de aeronaves nos teatros de operações, "permitindo uma melhor coordenação com os meios no terreno e uma base única e uniformizada de trabalho para os pilotos".

Embora considerando que o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais está "numa fase de consolidação", o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses refere que este ainda não foi submetido a um teste importante: o da simultaneidade de incêndios. "Os anos de 2007 e de 2008 foram atípicos no que diz respeito às condições meteorológicas que caracterizam o Verão português", diz Duarte Caldeira.

Jaime Soares ja se deve estar a preparar pra Farra..... Virão ai os seus tempos de antena com os Fogos Florestais.

De acordo com o presidente da Liga, há ainda falhas a colmatar ao nível da eliminação de riscos."Muitos dos locais fustigados pelos grandes incêndios em 2003 e 2005 ainda não foram intervencionados", explica. "Este é um processo cultural e difícil, mas é este que deve ser o caminho".

Também Fernando Curto, presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, sublinha que é preciso "apostar na planificação e na prevenção", nomeadamente através dos Comandantes Operacionais Municipais. "Infelizmente, nem todas as câmaras cumprem ainda a lei", diz.

Jaime Soares, vice-presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, afirma que as responsabilidades não podem ser assacadas às autarquias. "Para se fazer o ordenamento da floresta é preciso fazer o emparcelamento e Portugal ainda não tem o cadastro nacional elaborado", lembra. Além disso, acrescentou, "é preciso não esquecer o grande apoio financeiro que os municípios têm dado aos corpos de bombeiros".

quinta-feira, junho 25, 2009

"Estradas do Pinhal Interior podem avançar nesta legislatura"

Paulo Campos na Lousã

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Secretário de Estado das Obras Públicas, que recebeu medalha de Mérito do Município, disse
que as propostas para a concessão rodoviária serão analisadas "nas próximas semanas"

O presidente da Câmara da Lousã, Fernando Carvalho, tinha prometido que o governante que «tivesse a coragem de executar a Variante a Foz de Arouce (ligação da Lousã à EN17) ficaria na história do concelho» e ontem cumpriu a promessa.

Numa sessão solene nos Paços do Concelho, a autarquia atribuiu ao secretário de Estado Adjunto e das Obras Públicas, Paulo Campos, a Medalha de Mérito do município por ter concretizado um «anseio de várias décadas».

«Encontra-se em obra o maior investimento individual alguma vez executado no concelho em termos de volume financeiro e em termos de importância nas acessibilidades rodoviárias concelhias», referiu Fernando Carvalho, a propósito da variante de Foz de Arouce que deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2010.

Na sua intervenção, o autarca socialista enumerou um extenso rol de obras executadas nos últimos anos, salientando que o executivo tem trabalhado «com determinação para que as necessidades e aspirações sejam feitas, de forma que o concelho consolide a sua atractividade social e económica e seja um território de preferências em termos concorrenciais».

Os números, segundo o edil, demonstram que o aumento demográfico de 19,3 por cento, entre 2001 e 2007, reflecte que «a aposta tem sido ganha». Fernando Carvalho frisou ainda o trabalho de Paulo Campos no sentido de concretizar dois projectos que «cuja resolução é fundamental para desencravar» vários concelhos do Pinhal Interior Norte – o IC3 e a nova EN 342, que ligará a Lousã a Góis, Arganil, Coja e ao IC6.

Na cerimónia, o secretário de Estado das Obras Públicas considerou que «esta medalha é essencialmente para todos aqueles que têm trabalhado em prol do desenvolvimento e progresso da Lousã e para todos aqueles que defendem o investimento nas regiões do interior, em nome dos valores da justiça e da coesão social e, sobretudo, neste caso concreto, da coesão territorial».

«Portanto, esta distinção é para todos aqueles que de alguma forma sabem ouvir as vozes de gentes do interior que, muitas vezes, os políticos de Lisboa têm alguma dificuldade em ouvir», referiu.

Concessão do Pinhal Interior
com quatro propostas

Quatro propostas para a Concessão de Estradas do Pinhal Interior foram ontem entregues para análise, disse na Lousã, em primeira mão, o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, que admitiu avançar ainda com as obras nesta legislatura.

Aos jornalistas, o governante revelou que foram apresentadas propostas pelos consórcios liderados pela Edifer, Mota Engil, Brisa e Soares da Costa, que vão ser avaliadas «nas próximas semanas». «Já estamos na fase final do processo. Estimo que isto será uma questão de algumas semanas até que a avaliação possa estar concluída e estejamos em condições de poder perceber qual é a melhor proposta», referiu Paulo Campos.

Salientando que «esta concessão vai entregar a construção, operação e manutenção de cerca de 565 quilómetros de estradas nesta região», dos quais apenas 84 km serão em auto-estrada, o governante destacou que se trata de «vias fundamentais para se poder chegar às 22 sedes de concelho que estão envolvidas».
Questionado se o Governo não estará a deixar este pacote de lado devido às dúvidas colocadas sobre a viabilidade de muitas obras públicas, Paulo Campos foi peremptório: «retardar esta decisão é atrasar o investimento em toda esta região, em várias acessibilidades absolutamente fundamentais».

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quarta-feira, junho 24, 2009

Jaime "o acordado"

Na entrevista que deu ao Diário As Beiras, Jaime Soares queixou-se, entre outras coisas, que a ligação de Poiares ao IP3 ainda não é uma realidade devido, sobretudo, ao silêncio de Penacova sobre a matéria. Segundo ele, o município de Penacova “tem dormido sobre o assunto”, o que para os penacovenses não é novidade, pois não será somente sobre esse assunto que o município tem adormecido. O que, na minha modesta opinião, o edil de Vila nova de Poiares tentou dizer foi que, a ligação ao IP3, iria “responder às necessidades das populações da Lousã, Arganil, Miranda do Corvo e de Vila Nova de Poiares” e que essa ligação seria feita “a partir da Ronqueira, com uma nova ponte na zona de Vila Nova, para a rotunda da Barca” e que tais anseios estariam prejudicados com a posição adoptada por Penacova.
A solução proposta por Jaime Soares poderá agradar aos seus munícipes mas não agradará certamente aos penacovenses que, penso eu, não desejariam ver uma ponte a atravessar o Rio Mondego, com direcção à Rotunda da Barca, na zona de Vila Nova. Já bem basta a que atravessa o rio Mondego junto a Entre-Penedos e que destruiu irremediavelmente um local que jamais deveria ter sido alvo de qualquer intervenção que fosse. Obviamente que não me preocupa a opinião de todos os penacovenses relativamente à possível solução para o problema do município de Vila Nova de Poiares, até porque a solução já existe desde a Catraia dos Poços até ao Alto das Lamas, o que me preocupa, isso sim, é a posição silenciosa que, segundo aquele edil, os responsáveis pelo município de Penacova decidiram adoptar e, como bem sabemos, quem cala consente, nada garantindo portanto que se tal travessia for equacionada, o silêncio não permaneça e que as obras comecem a realizar-se sem que depois nada mais haja a fazer, à semelhança do que aconteceu com a construção do açude em Louredo.
De qualquer forma, e partindo do desejado princípio de que, com as eleições autárquicas que se aproximam, o executivo camarário de Penacova irá mudar de protagonistas, só espero que Penacova não continue no “rumo certo” que a trouxe até à situação em que se encontra e que, de uma vez por todas, o desejo de Jaime Soares não se concretize, sob pena de, mais uma vez, se ficar a rir da modorra dos nossos autarcas.

Do Pedro Viseu

sexta-feira, junho 19, 2009

O que Jaime Soares disse...

Jaime Soares – De Coimbra ao futuro político

Deseja um "distrito forte" e gostava que Coimbra fosse efectivamente a capital da região. Deseja entrar na lista do PSD à Assembleia da República (AR), mas mantém o espírito de missão: "Poiares sempre".

“Coimbra é a nossa marca e devia ter criado um distrito forte, como capital da região que não é”, afirma Jaime Soares.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares confessa "que tem conhecimento disso há muitos anos" e que por diversas vezes "tentou dar a volta a isso, de modo a que Coimbra fosse inquestionavelmente a capital da região". A realidade, porém, é bem diferente e, agora, "andamos a chorar sobre leite derramado quando esta ou aquela estrutura abandonam Coimbra, esquecendo que ninguém em tempo útil foi capaz de levantar a voz". Jaime Soares recusa o auto-elogio, mas recorda os "combates" por causas que deviam ser de todos, independentemente da cor política.
Tem um "respeito muito grande" pela Universidade de Coimbra e "curva-se respeitosamente" perante o valor intelectual e científico, mas, como maior universidade do país, "devia ter promovido o debate em torno de várias matérias", contribuindo para que Coimbra "fosse efectivamente a capital da região". Polémico e irreverente, Jaime Soares garante que "pensa bem" aquilo que diz, "não retirando uma vírgula" à apreciação que faz da realidade: "o nosso distrito podia ser muito mais forte se tivesse existido por parte do espaço mãe a criação de dinâmicas que envolvessem o colectivo", leia-se, todos os concelhos que integram o distrito de Coimbra.
Temos assim, "uma questão de liderança" para resolver num distrito em que os autarcas "não têm muito o sentido do associativismo", optando pelo "salve-se quem puder", o que leva Jaime Soares a questionar a utilidade das associações de municípios. "Nas associações onde estou procuro mudar mentalidades, nomeadamente na Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte, que, se não defender um conjunto de propostas que contribuam para o desenvolvimento da região do ponto de vista das dinâmicas colectivas, não sei se terá alguma razão para existir", considera. E prosseguiu: "se for unicamente para fazer a gestão do QREN no que respeita às verbas contratualizadas, então seria preferível que se deixassem estar os GAT e as CCDR. Tem de ser mais do que isso. Enquanto uns definem um plano estratégico para a região, outros andam a passar a mão pelas costas ao secretário de Estado ou ao ministro para garantir a estradinha que passa à porta, não efectuando uma análise de conjunto".
O julgamento do povo "chegará um dia" e o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares "não tem pena nenhuma" do que poderá acontecer a quem "não altera as mentalidades". E vai mais longe: "há uma corrupção mental e intelectual que é necessário expurgar de uma vez por todas de pessoas que são eleitas pelas populações. No passado, acredito que tudo tivesse de funcionar desta maneira, porque ninguém tinha nada e todos queriam ter, mas neste momento é necessário dividir o bom pelas aldeias".

Estrada da Beira deve ser recuperada

Recorda a presença da Estrada da Beira na convenção internacional de ligações prioritárias para criticar a evolução dos tempos. "Ninguém se preocupou em recuperar esse estatuto. Uns preocupam-se com o Metro de Superfície, outros com as variantes à Estrada da Beira. Basta lembrar o aumento dos custos na 342, na ligação Lousã, Miranda do Corvo, Lamas, que inicialmente era de dois milhões de contos e que já ultrapassou em muito esta verba. E para quê?", questiona.
Se o dinheiro fosse investido na recuperação da Estrada da Beira "teria sido bem melhor", afirma, lembrando o apoio na Assembleia da República à construção da ligação da Lousã à Estrada da Beira. "Uma grande avenida para entrar... numa estrada de carros de bois! Isto é que é planeamento?! É com isto que se defende uma região?".
As acessibilidades continuam na ordem do dia e Jaime Soares não desarma nas convicções: "uns são de primeira e outros de segunda? E esses, os de primeira, são mais produtivos? Basta comparar o investimento da Câmara de Poiares no Parque Industrial e o rendimento que daí resulta...". Quais são os riscos? "Vila Nova de Poiares poderá sofrer os problemas do passado caso não resolva o problema das acessibilidades". Mas o concelho, demonstra o autarca, depende de outros para chegar a porto seguro: "Há anos que tentamos efectuar a ligação de Poiares a Penacova e o projecto não avança. Não é importante ligar o Pinhal Interior Norte ao IP3?". O acesso ao Porto da Figueira da Foz e ao Porto de Aveiro ficaria facilitado, pelo que Jaime Soares não compreende a opção "pelas pequenas coisas".
A qualidade de vida está à vista em Vila Nova de Poiares, "sem guetos" e com condições ímpares.

Área Metropolitana "era só para alguns"

Elogia a decisão do Governo de acabar com a Área Metropolitana de Coimbra que, "da forma como estava a evoluir, seria só para alguns. "Foi tudo tratado à dimensão do umbigo de cada um e não dos interesses globais. Aliás, não está ainda resolvida a questão da distribuição das verbas que pertencem a todos e que não sei onde estão ou como estão", afirma.
Jaime Soares não desiste das obras na Estrada da Beira, que assegurem "a resposta às necessidades das populações da Lousã, Arganil, Miranda do Corvo e de Vila Nova de Poiares", e promete manter na ordem do dia a ligação de Poiares ao IP3. "Espero que a Câmara de Penacova, que tem andado adormecida, tente efectuar com Vila Nova de Poiares a ligação ao IP3, a partir da Ronqueira, com uma nova ponte na zona de Vila Nova, para a rotunda da Barca".
Na reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates, na Quinta das Lágrimas, o autarca defendeu o aproveitamento das concessões da auto-estrada Coimbra-Viseu para o alargamento, com características de auto-estrada, do IP3 desde Trouxemil a Penacova. "Só eu é que levantei a voz e fiquei à espera que Penacova tomasse idêntica atitude, mas Penacova ficou num silêncio total. São situações que não se podem admitir".
Por outro lado, Penela, Miranda do Corvo e Lousã, que vão ser servidos pelo IC3, "deviam ter assumido uma atitude de força para que fosse construído um túnel que ligasse a Portela a S. Frutuoso". Mas a realidade foi outra: "passa à minha, então o problema está resolvido".

Vila Nova de Poiares “é a minha paixão”

Quem dá a recandidatura de Jaime Soares como certa está... "a adivinhar". Nesta entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, Jaime Soares garantiu que "nada está decidido" e que, acima de tudo, "são os órgãos do partido que se pronunciarão na altura própria".
O autarca considera que "não tem necessidade de dizer" se é ou não candidato à presidência da câmara, ainda que a decisão pela negativa, a ser tomada, seja comunicada ao partido em tempo útil. No rol de cenários há ainda uma outra possibilidade.
Confrontado com os resultados das eleições europeias e o possível triunfo do PSD nas legislativas, Jaime Soares confessa que, no caso da recandidatura, "este será o último mandato como autarca" e que mesmo com a convicção de que "muito ainda poderei dar, o meu espaço de tempo a nível local está esgotado". Mesmo assim, se a recandidatura ocorrer, "irá assumir a presidência como sempre fiz", colocando na balança nas decisões um desejo: "quero ser candidato a deputado, porque o estatuto de deputado permitirá, quando fizer a opção, a entrada na Assembleia da República, deixando espaço aberto para quem se irá seguir, porque o PSD tem grandes responsabilidades políticas neste concelho", pelo que pretende "dar a entender aos poiarenses quem são as pessoas melhor colocadas para o exercício do cargo". Assim, no caso da recandidatura, Jaime Soares incluirá na lista "as pessoas que possam vir a ocupar a presidência, se essa for a vontade dos poiarenses". Na prática, o actual presidente promete sair de cena para que os poiarenses efectuem uma "escolha acertada, como aliás tem feito ao longo dos anos". E que não haja dúvidas: "quando sair, como diz o povo, saio teso. Fico feliz por isso. Podem acusar-me de tudo, mas a minha vida é transparente. Gostaria de terminar a minha vida política na Assembleia da República, mas não farei imposições. Isto é um desabafo sério. Estou disponível para servir Vila Nova de Poiares, a minha paixão, e também o meu País".

Nas Beiras Onlineem 17 Junho

terça-feira, junho 16, 2009

Cavaco Silva inaugura quatro obras de vulto em POIARES

Hoje em Poiares

Cavaco Silva visita hoje Vila Nova de Poiares, onde presidirá à inauguração de várias obras em infra-estruturas municipais, nomeadamente a remodelação e requalificação do edifício dos Paços do Concelho, a reconversão do quartel dos bombeiros em Centro Cultural, o mas recente edifício da ADIP e o nova sede dos Bombeiros Voluntários, que também goza da denominação de Centro Municipal de Protecção Civil.

Trata-se, na óptica do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova e Poiares, Jaime Soares, de infra-estruturas pensadas a longo prazo, «50 anos pelo menos», tendo em conta que estão dimensionadas para o dobro da população agora existente.

O Centro Cultural será uma das mais emblemáticas, pela imponência do edifício, onde até agora funcionava o quartel dos Bombeiros Voluntários, mas também pelas valências que dá ao concelho, com a criação de um auditório com capacidade para 600 pessoas, mantendo o actual cine-teatro com 300 lugares, um museu, salão de festas e a biblioteca, construída no âmbito da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e que já se encontra em funcionamento desde o ano passado.

Esta última, que custou 750 mil euros, custeados “a meias” entre a autarquia e o Estado, enquadra-se na tipologia BM1, que enquadra as bibliotecas públicas em concelho com menos de 20 mil habitantes.

De acordo com as especificações do projecto, está dotada de uma secção para leitores adultos, com 10.400 volumes para empréstimo e 6.300 para leitura no local, onde existem 24 lugares sentados. Estão ainda disponíveis 4.180 documentos áudio, vídeo e multimédia, assim como 1.400 periódicos.

Na secção infanto-juvenil, estarão disponíveis 3.640 volumes para empréstimo e 22 lugares sentados, assim como 2.000 documentos áudio, vídeo e multimédia. Para o Centro Cultural, que hoje será visitado e inaugurado pelo Presidente da República, Jaime Soares ainda um projecto em mente e que passa pela reconversão da actual parada num jardim, para usufruto dos utilizadores da infra-estrutura.

Tendo em conta que o quartel dos Bombeiros Voluntários foi reutilizado na criação do Centro Cultural de Vila Nova e Poiares, houve necessidade de construir um novo edifício, que também hoje será inaugurado pelo chefe de Estado.

Centro Municipal de Protecção Civil
Funcionando também como Centro Municipal de Protecção Civil, ocupa um espaço de 11 mil metros quadrados, sendo que destes, cerca de sete mil foram destinados à parada e heliporto.

O investimento de cerca de 1,5 milhões de euros traduziu-se na construção de três edifícios contíguos. Num deles fica instalada a direcção da corporação, o comando, centro de comunicações, secretaria, salão nobre, camaratas, balneários, refeitório e bar, enquanto que noutro, estarão as viaturas pesadas, uma casa-escola e um centro de formação. O último vai albergar a lavandaria, estação de serviço e os equipamentos especializados.

A visita de Cavaco Silva inicia-se com a inauguração das obras de ampliação e remodelação do edifício dos Paços do Concelho, cujo objectivo foi criar melhores condições para os funcionários e maior qualidade de serviços para os munícipes.

O imóvel, que mantém a fachada, ainda que limpa e pintada, foi inteiramente remodelado no seu interior, tendo sido acrescentado um piso no local onde estava o sótão e que passa agora a funcionar como Arquivo Municipal. Se os serviços com mais procura por parte dos munícipes foram concentrados no rés-do-chão, o edifício ganhou ainda uma cave, onde fica instalada a Polícia Municipal.

Novo edifício da ADIP aumenta valências
A visita do Presidente da República inclui ainda a inauguração e visita ao novo edifício da Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares (ADIP), que entrou em funcionamento recentemente, dando a possibilidade à IPSS de alargar o âmbito das suas valências. Assim, a ADIP dispõe agora de melhores condições para prestar os serviços de creche, ATL, Centro de Dia e Lar de Idosos.

Cavaco Silva chega a Poiares às 12h00, sendo recebido nos Paços do Concelho. Pelas 12h45, inaugura o Centro Cultural, seguindo-se uma sessão solene, com intervenções do chefe de Estado e de Jaime Soares.

Cerca de 20 minutos depois, o edifício sede da ADIP é formalmente inaugurado, seguindo-se, às 13h20, o descerrar da placa da praxe no novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova e Poiares.

Do DC

domingo, junho 14, 2009

É Preciso ter Lata



Jaime Soares acredita que Cavaco Silva vai voltar a credibilizar a política.

Representantes distritais das restantes candidaturas assumem derrota.
O presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD, Jaime Soares, com a lata que lhe é habitual veio considerar que os portugueses fizeram a melhor opção ao elegerem Cavaco Silva como Presidente da República.
Foi feita a opção possivel para afirmar a credibilidade e auto-estima de muitos portugueses, disse Jaime Soares que nunca acreditou nem acreditava nem acredita em Cavaco Silva
Jaime Soares definiu a vitória do candidato apoiado pelo PSD como a demonstração de um sentimento arreigado dos portugueses para fazer voltar ao de cima a credibilização da política que anda muito em baixo, essencialmente nas autarquias.
Cavaco Silva vai fazê-lo, acrescentou, e vai mandar espiolhar as contas das autarquias e dos autarcas como as do Isaltino ,da Felgueiras e tambem do Avelino. Estes foram os primeiros , agora vão ser umas centenas. Que se cuidem os mais distraidos.

Este post foi colocadao a 23 Jan 2006 e vale a pena ser recordado.

sexta-feira, junho 05, 2009

O seu Numero de Eleitor

Se já possui o Cartão de Cidadão , adquiriu um novo numero de Eleitor.

Consulte assim o seu numero de Eleitor neste site.
Se não se lembra já do seu numero consulte tambem ...

www.recenseamento.mai.gov.pt/Default.aspx

quinta-feira, junho 04, 2009

Camara de Poiares em dificuldades

Incumprimento de obrigações por parte do estado.

O grande volume de investimento no concelho de Poiares, por parte da Câmara, tem associado a comparticipação estatal, mas as verbas até agora recebidas do Governo são exíguas e estão a causar dificuldades financeiras ao Município.

“É lamentável e vergonhoso”, diz o presidente da Câmara, a propósito do “incumprimento de obrigações por parte do Estado”, que coloca a autarquia “numa situação complicada”. “Este é um exemplo vivo de que se o Governo cumprisse, o Município estava a pagar a tempo e horas”, refere Jaime Soares, que acrescenta: “A Câmara está a fazer um esforço tremendo para colmatar a insuficiência financeira e prejudicar o menos possível os empreiteiros”.

Segundo o autarca, a construção do Centro Municipal de Protecção Civil e quartel dos Bombeiros não recebeu, até ao momento, nenhum financiamento, tendo a obra sido candidatada ao QREN, no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte.

Em relação a outras duas obras, dos 320.000 euros referentes à remodelação dos Paços do Concelho e dos 300.000 euros referentes ao Centro Cultural, a Câmara ainda só recebeu do Governo um total de 150.000 euros.

Apesar de tudo, os projectos e os investimentos no concelho de Poiares não param, com Jaime Soares a destacar uma “aposta forte” na ampliação da zona industrial, com mais duas zonas contíguas com um total de 1 milhão e 400 mil metros quadrados, que terá a designação de “Universal Parque”, já aprovada pela Assembleia Municipal.

Está também em fase de arranque a construção do Estádio Municipal, que terá piso sintético relvado e balneários, e em fase de acabamento a construção da pré-primária de S. Miguel. Vão igualmente arrancar três centros educativos, um investimento de 4 milhões de euros, em Santa Maria, Santo André e São Miguel.

Jaime Soares continua a lutar pela melhoria das acessibilidades a Poiares, apontando o “abandono” da Estrada da Beira (EN 17), uma das via mais importantes para o concelho, e a ligação ao IP3, que está em fase de projecto e é uma obra com um custo aproximado de 8,5 milhões de euros.

Ainda sobre a EN 17, o presidente da Câmara não poupa críticas ao “caricato do planeamento das Estradas de Portugal”, nomeadamente ao facto de “fazerem uma via de grande dimensão e de elevados custos para ligar a Lousã à Estrada da Beira”. “Saúdo o município lousanense por ter conseguido uma auto-estrada de 7 km, para depois se percorrerem 20 e muitos quilómetros numa estrada de carro de bois” – comenta Jaime Soares.

Fonte: Camp. Provincia.

Troca de sangue matou

Coimbra: Tribunal condena técnica de análises e uma enfermeira

Troca de sangue matou

Uma enfermeira e uma técnica de análises clínicas foram condenadas a penas de multa pela morte de um doente, internado nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), a quem foi feita uma transfusão com um sangue incompatível. A decisão, agora confirmada pelo Tribunal da Relação, é considerada justa pela viúva: "Elas merecem porque o mataram ao darem-lhe o sangue errado", disse ontem ao CM Fernanda Santos, acrescentando que "não há perdão para o que fizeram".

Mário Simões morreu em 2001, tinha 58 anos. O Ministério Público avançou com um processo e a Relação confirmou a decisão da primeira instância: 3360 euros de multa à técnica de análises clínicas e três mil à enfermeira por homicídio negligente.

Mário Simões foi internado depois de um acidente de viação, em Vila Nova de Poiares, onde residia. Para a operação a que foi submetido nos HUC, os médicos pediram sangue ao serviço onde trabalhavam as arguidas.

A técnica, com base num registo, de 1992, enviou para o bloco operatório sangue do tipo A+, quando o da vítima era O+. Apesar de terem sangue do doente, não efectuaram um teste que demora dois minutos. Por isso, foi administrado sangue errado. A autópsia concluiu que a morte se deveu à "transfusão de sangue incompatível".

PORMENORES

DEMITIDAS

Além de condenadas pelo crime de homicídio negligente, as arguidas, hoje com 61 e 41 anos, foram alvo de um processo disciplinar e demitidas.

PEDIDA A ABSOLVIÇÃO

As duas recorreram da sentença da primeira instância, pedindo a absolvição, mas os juízes-desembargadores mantiveram a decisão na íntegra.

FERIDO GRAVE

Mário Simões residia com a mulher em Vendinha, Vila Nova de Poiares. Foi internado com ferimentos graves na sequência do embate frontal entre o seu ciclomotor e outro veículo.

sexta-feira, maio 29, 2009

As 10 frases mais polémicas de Marinho Pinto (Bastonário da Ordem dos Advogados)

"Há pessoas que ocupam cargos de relevo no Estado português que cometem crimes impunemente"
DN, 27 Janeiro 2008

"Um dos locais onde se violam mais os direitos dos cidadãos em Portugal, é nos tribunais"
SIC Notícias, 27 Junho 2008

"98% dos polícias à noite estão nas suas casa. É preciso haver polícias na rua à noite fardados"
Público, 27 Junho 2008

"Há centenas ou milhares de pessoas presas [em Portugal] por terem sido mal defendidas"
Público, 27 Junho 2008

"Vale tudo, seja quem for que lá esteja, desde magistrados a outros juristas, não se pode falar em justiça desportiva, mas em prevalência manifesta de interesses e de poderes"
RTP, 08 Julho 2008

"Eu não discuto com sindicatos. Os sindicatos querem é mais dinheiro e menos trabalho"
RTP, 10 Julho 2008

"Alguns magistrados pautam-se nos tribunais portugueses como os agentes da PIDE se comportavam nos últimos tempos do Estado Novo"
RTP, 10 Julho 2008

"Estão-se a descobrir podres que eram inimagináveis há meia dúzia de meses. E não é por efeito da crise. É por efeito da lógica do próprio sistema. Parece que o sistema financeiro só funciona com um pé do lado de lá da legalidade"
JN, 28 Dezembro 2008

"Uma senhora que furtou um pó de arroz num supermecado foi detida e julgada. Furtar ou desviar centenas de milhões de euros de um banco ainda se vai ver se é crime"
JN, 28 Dezembro 2008

"Pelos vistos, nenhum banco pode ir à falência"
Público, 30 Dez 2008

Num país anestesiado como o nosso, onde criminosos, corruptos e corruptores, políticos e doutores, ricos e poderosos estão tão bem defendidos por leis feitas à sua medida, quase nada nos indigna ou choca por muito tempo e, depois de deixar de ser notícia até é esquecido.
Portanto, as 10 frases mais polémicas de Marinho Pinto agitaram as águas turvas durante uns dias, salpicaram uns limpinhos (?), ofenderam outros, mas depois voltou tudo ao mesmo.

Ghandi conseguia manter-se limpo e não se ofender. Era uma excepção!

Como dizia o Pitigrili, "salvo o leitor e eu, são todos uns filhos da puta".


PS: vou ter que mandar estes comentários "sem filhos da puta", numa linguagem mais contida, para pessoas putativamente mais suceptíveis.

Desculpe-me se, no seu caso, me enganei na versão.

sábado, abril 25, 2009

A Recordar