quinta-feira, abril 22, 2004

Durão Barroso de mãos abertas




O primeiro-ministro inaugurou ontem a nova escola EB 2,3 Prof. Dr. Ferrer Correia, no Senhor da Serra, e anunciou várias obras para o concelho de Miranda do Corvo. Entre elas, destacam-se o arranque da construção de uma nova José Falcão, a continuação dos trabalhos de recuperação do Convento de Semide e a instalação da Agência para a Prevenção de Fogos Florestais. Mas do metro de superfície nem uma palavra disse

Durão Barroso foi ontem recebido em Miranda do Corvo, na Câmara Municipal, debaixo de protestos do Sindicato dos Professores da Região Centro que responsabilizaram o executivo pelas elevadas taxas de desemprego em Portugal entre os trabalhadores docentes.
O primeiro-ministro deslocou-se ao concelho, acompanhado pelos ministros da Educação e das Obras Públicas, para inaugurar a Escola EB 2,3 Prof. Dr. Ferrer Correia, no Senhor da Serra, uma obra iniciada e concluída no seu mandato, que representa um investimento superior a quatro milhões de euros.
«É um momento muito significativo inaugurar uma escola com o nome do saudoso e distinto jurista Ferrer Correia», sublinhou.
Depois de uma visita pelas novas instalações, acompanhado da presidente da Câmara, Fátima Ramos, e do presidente do Conselho Executivo, José Manuel Simões, o chefe do Governo anunciou uma série de investimentos para o concelho.
A começar pelas obras de remodelação na Escoala José Falcão, no centro da vila, que deverão arrancar ainda este ano. Trata-se de um investimento superior a quatro milhões de euros que permite acabar com os actuais pavilhões pré-fabricados.
Durão Barroso anunciou também um subsídio de 300 mil euros para a Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional construir uma residência assistida para 42 deficientes.
Garantiu ainda que durante este ano serão relançados os trabalhos de recuperação no convento de Semide, tendo para isso já reservados 650 mil euros.
A surpresa estava reservada para a parte final do discurso. No âmbito da descentralização de serviços, implantado pela coligação PP/PSD, Durão Barroso anunciou a instalação em Miranda do Corvo da Agência para a Prevenção de Fogos Florestais.
A instalação do metropolitano de superfície na linha da Lousã não mereceu nenhum comentário do primeiro-ministro, embora a presidente da autarquia, Fátima Ramos, tenha exigido a modernização do ramal ferroviário que liga Serpins e a estação de Coimbra B.
Recorde-se que há dois anos, Durão Barroso anunciou que a implantação do metro ligeiro de superfície na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã era uma das prioridades do Governo no domínio dos transportes terrestres.

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