O Ministro da Agricultura lamenta os 50 por cento de taxa de execução dos projectos
Reflorestação a meio gás. Cerca de metade dos projectos de reflorestação aprovados em Portugal não está a ser posta em marcha, comprometendo as verbas destinadas a apoiar aquele tipo de acções. O ministro da Agricultura pediu que “façam o favor de plantar, porque a verba está lá”. O ministro da Agricultura alertou ontem para o facto de apenas 50 por cento dos projectos aprovados de reflorestação estarem executados, durante o arranque de uma acção de plantação de 20 mil árvores na Lousã. “Quando fui à Assembleia da República apresentar os resultados da época de incêndios dei um grito de alerta, dizendo que tinha algumas acções no programa Agris com projectos aprovados, a verba comprometida, e estavam com percentagens de execução de 50 por cento”, referiu Jaime Silva, frisando que “mantém o alerta” e pedindo a quem tem projectos aprovados que, “a partir do momento em que houver condições propícias, façam o favor de começar a plantar, porque a verba está lá”.
De acordo com o governante, “depois do projecto aprovado temos de gastar as verbas no prazo de dois anos, e apenas temos 50 por cento de execução”. Afirmou ainda que o novo quadro comunitário de apoio, em vigor até 2013, vai disponibilizar 100 milhões de euros por ano para a floresta, “assim haja projectos”. O ministro da Agricultura falava na Lousã, distrito de Coimbra, onde ontem um grupo de cerca de 150 pessoas oriundas de várias zonas do País, que incluía pais e filhos, deu início ao processo de reflorestação de uma área de nove hectares, junto à serra. Os 150 voluntários concentraram-se no Centro de Técnicas e Operações Especializadas da Lousã, e depois da cerimónia de abertura, que foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, lançaram mãos ao trabalho, com a supervisão de técnicos especializados. Até final do mês 500 voluntários pretendem plantar 20 mil espécies folhosas numa área de pinhal, paredes-meias com o aeródromo da Lousã, ameaçada pela doença vulgarmente conhecida por anéis vermelhos e pela proliferação de acácias, árvores invasoras. No âmbito do projecto «Floresta Unida», que aposta na intervenção em zonas infestadas por pragas, doenças ou espécies infestantes e na dinamização de acções de prevenção, formação e apoio no combate aos incêndios, a iniciativa é financiada pelo Barclays Portugal, banco que oferece as árvores e as ferramentas necessárias. “A Zona Barclays Verde será um espaço propício ao desenvolvimento do ecossistema local, numa aposta de floresta sustentável a longo prazo”, referiu o presidente da instituição bancária em Portugal, Peter Mottek. Neste e nos próximos dois fins-de-semana, os voluntários plantarão cinco mil sobreiros, seis mil carvalhos, duas mil cerejeiras bravas, cinco mil castanheiros e dois mil cedros do Buçaco. Com o sol forte e o pó fino a entranhar-se no corpo, entregam-se à tarefa de plantar árvores em valas previamente abertas. Pais e filhos participam na iniciativa, porque estão preocupados com as alterações climáticas, e também para terem um dia diferente.
Espécies invasoras. Sustentabilidade florestal. O responsável pelo projecto Floresta Unida, David Lopes, explicou à Agência Lusa que a reflorestação pretende “criar uma zona de compasso apertado entre as árvores, permitindo que, depois, a sua sombra incida sobre as espécies invasoras, e evite a sua propagação”.
Explicou igualmente que, “durante os primeiros três ou quatro anos, iremos proceder a uma acção mecânica (abate) das acácias que não prejudique as árvores plantadas, para que mais tarde a sombra resultante do crescimento das novas espécies não permita o crescimento das invasoras”. O projecto conta com o apoio técnico da Direcção-Geral de Recursos Florestais, da empresa Fire Paradox e do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro da GNR, entidades consideradas como os “os três pilares para a sustentabilidade florestal”.
3 comentários:
Não estamos a ver ninguem em Poiares a querer apoiar este tipo de iniciativas. Se fosse para actos de folclore e de macacada de certeza que o artista ca da terra ja teria apresentado candidaturas. Agora para trabalhar no duro está quieto oh preto.Um Concelho que ficou quase destruido ha 2 anos pela incuria e comando ca do artista não ha candidatura. Porque será? Quem é que não quererá reflorestar as nossas serras? Que freguesias é que boicotam a reflorestação?
O povo de poiares, só quer festas e chanfanadas, porque se assim não fosse já traziam o pseudo, supra sumo ditador a guardar gado, mas tinham de ser cabras velhas, porque ele já não pode berrar, nem correr muito. Assim sendo teriamos os terrenos todos limpos e não havia nada para arder. quanto aos projectos agris e outros só são para os chanfaneiros, porque se um pobre quiser mandar fazer um projecto desses é logo decapitá-do á nascença.
Mais uma acção pseudo-verde. Mas alguém acha que são acções deste tipo que resolvem o problema da floresta, das espécies invasoras, do buraco do ozono ou do aquecimento global? Tretas, só tretas para consumo dos "midia". Resta saber de quem são os cinco hectares de terra. É que naquela zona têm valor e não me parece que os eu proprietário os mantenha incultos. A não ser que sejam do estado, o mesmo relapso de sempre.
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