Eis agora por força da nossa incapacidade para gerir os nossos bens, nos é imposto pela TROIKA, e num curto espaço de tempo (até Abril de 2012 segundo a imprensa) o redimensionamento da nossa estrutura administrativa, supressão de algumas dezenas e quem sabe mais de uma centena de municípios e de mais de um milhar de freguesias, nada que não soubéssemos, mas algo que nunca quisemos fazer por um único motivo “a mesquinhez das capelinhas”, isto nada tem de interesse nacional, o facto é que tivemos desde a aprovação da primeira constituição em 1976 até hoje (35 anos), a possibilidade de aplicar o que constitucionalmente está definido no artigo 256 da Constituição da República “As regiões administrativas são criadas simultaneamente, por lei, a qual define os respectivos poderes, a composição, a competência e o funcionamento dos seus órgãos, podendo estabelecer diferenciações quanto ao regime aplicável a cada uma”.
Ora são 35 anos em que tivemos a possibilidade de aplicar a lei, não o fizemos, se o tivéssemos feito atempadamente muitos concelhos não teriam sido promulgados e foram-no apenas para contentar clientelas, e com a implementação das regiões surgiria uma nova abordagem à redefinição de concelhos e à sua supressão e integração noutro, mas isto deveria ter sido feito em nome do supremo interesse nacional e não das capelinhas como atrás referi.
Pois agora o que não fizemos em trinta e cinco anos, vamos fazê-lo em pouco mais de um ano e o novo modelo (este sim sem apelo e sem necessidades de mais estudos, análises, etc.,) será porventura aplicado já nas próximas eleições autárquicas em Outubro de 2013, portanto, daqui a dois anos.
Sem dúvida que esta medida era e é necessária, não há necessidade de continuarmos a ter freguesias com menos de cem eleitores e com áreas ridículas, á uma necessidade de agrupar freguesias, reduzir custos com eleitos e aumentar a capacidade de resposta das novas freguesias aos anseios das populações.
Quanto aos municípios, o factor história, terá de ser ultrapassado, hoje é inevitável que temos em Portugal freguesias com 50.000 habitantes que recebem menos de 20% daquilo que um concelho com 5.000 habitantes recebe, nesta perspectiva temos que nos habituar à ideia de que tudo mas mesmo tudo vai mudar, não fomos capaz de trilhar o nosso caminho, outros o abriram, e agora impõem-nos a caminhada qui’ça bem mais difícil, daquela que poderíamos e deveríamos ter trilhado.Do Jornal Arganil
2 comentários:
Ha tantos anos como Jaime Soares tem de Câmara.
Nem de proposito.
Durante este tempo todo teve a oportunidade de mostrar trabalho e efectuar uma integração dos municipios do interior do Distrito de Coimbra.Se não o fez foi por não quis nem lhe einteressava.
Tambem os anos que esteve na Distrital de Coimbra do PSD lhe permitiriam ter uma visão de futuro.
Por não o saber e não ter categoria, deixou-se andar ate correrem com ele.
Se o municipio desaparecer sem soluções satisfatorias para os poiarenses , queremos ver então a tal raça poiarense da chanfana, a lutar por melhores dias na região.
A justiça tarda mas aparece.
O que vale é que ja o tem para a reforma. Os outros que vierem a seguir que se lixem.
Fica com reforma mas fica sem amigos.
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