quinta-feira, outubro 21, 2004

Utentes do IP3 ameaçam processar o Governo .

A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 ameaçou ontem responsabilizar judicialmente o Governo, por negligência, em todos os acidentes com consequências mortais que ocorram nos locais mais perigosos deste itinerário principal

Em nota à Imprensa, aquela associação lamenta a morte de um jovem no ponto mais negro do IP3 - A24, num acidente ocorrido segunda-feira de manhã no cruzamento de Oliveira do Mondego.
Recorda que em Julho deste ano enviou ao primeiro-
-ministro uma carta identificando os locais mais perigosos do IP3 e reclamando urgência na resolução dos principais problemas de segurança, nomeadamente a conclusão dos nós de Oliveira do Mondego, Cunhedo e Alto das Lamas; a conclusão e rectificação da descida do Botão; a rectificação da entrada e saída do IC7 e IC12 para o IP3; e alargamento para quatro faixas do troço entre Trouxemil e Viseu.
A associação refere ter alertado para o perigo que a chegada das primeiras chuvas representa nestes locais de risco, recebendo do primeiro-ministro a resposta de que o problema tinha sido submetido à consideração do Ministério das Obras Públicas.
No entanto, acrescenta, até hoje nada se fez e lamentavelmente aconteceu aquilo que esta associação não queria ver: mais um acidente trágico, com mais uma vida perdida, muito sofrimento e muitos custos para as famílias e para o Governo.
Começamos a ficar cansados de ver tantas mortes nestes pontos, cansados de alertar o Governo para estes problemas e para as suas promessas, diz a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3, adiantando que vai a partir de agora responsabilizar este Governo por negligência, por todos os acidentes que tenham consequências mortais que ocorram nestes locais, junto dos tribunais, em conjunto com os familiares das vítimas.
Anunciou também que vai realizar o mais breve possível algumas iniciativas de protesto face a estes problemas e à eventualidade de portagens nesta via.








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