José Cabeças assume a presidência da Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER) há uma década. Confiante no valor do mundo rural, garante que o futuro do país passa pelo desenvolvimento local.
A ADIBER nasceu há 10 anos. Fundada por uma dezena de homens que acreditavam - e talvez ainda acreditem, com algumas desilusões pelo caminho - que o desenvolvimento local se faz com as pessoas. Presidente da direcção desde o início, José Cabeças faz um balanço positivo mas vai confessando que terá havido muita utopia (da sua parte) em alguns projectos que apoiou para a região da Beira Serra. Criada para Góis, mas alargada a Tábua, Arganil e Oliveira do Hospital, na altura em que assumiu a gestão do Leader II, os homens da Adiber começam, passado uma década, a fazer contas ao futuro. É que, se a Comunidade Europeia fechar a torneira dos fundos e o Estado português não encontrar uma alternativa, a maioria das associações de desenvolvimento local correm sérios riscos de desaparecer.
A ADIBER nasceu em 1994, pela união de um grupo de pessoas que percebeu que no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio havia ajudas substanciais para entidades não públicas que poderiam drenar, na altura, para o concelho, um conjunto de apoios que tinham a ver com a parte infra?estrutural no âmbito do desenvolvimento local e que era a melhoria das profissões ligadas ao artesanato, aos produtos endógenos e das potencialidades locais. Decidimos - os nove fundadores - constituir uma associação de desenvolvimento para tentar ir buscar esses apoios onde a Câmara, como entidade pública não podia, e que se destinavam a apoiar projectos que elas próprias pudessem apresentar no âmbito da valorização das potencialidades locais e também dos recursos humanos.
Por outro lado, havia a possibilidade também de captar um conjunto de técnicos que pudessem ser importantes para desenvolver um projecto integrado, na altura com a Câmara.
Nem a Grande Área Metropolitana, nem as CCDR?s vão resolver nada porque elas vão continuar a gerir?se pelos mesmos princípios e que é o de resolver os problemas dos locais onde está muita gente.
O interior ficará sempre esquecido porque somos menos e porque temos tendência a sermos cada vez menos e temos menos força.
Só há uma altura em que o interior é importante, é nas autárquicas porque para os partidos tanto vale uma câmara de um grande centro urbano como de um pequeno concelho. Mas este interior só tem futuro garantido quando Coimbra se preocupar com ele. Porque é que Coimbra se preocupa tanto com as ligações à Figueira da Foz, é para empurrar mais pessoas para lá?
Porque é que não se preocupa com o interior e decide empurrar as pessoas para o verde, para a montanha, para o lazer e ajudar os cidadãos da grande cidade a combater o stress e as doenças nervosas?
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