As máquinas já estão, de novo, no terreno, a trabalharem na ampliação do Parque Eólico de Vila Nova. Mais três torres vêm reforçar a produção de energia.
O parque eólico de Vila Nova já está a ser ampliado. As máquinas entraram nos terrenos na passada semana para prepararem a instalação, de mais três torres. Satisfeito está, sem dúvida, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova, bem como toda a população, que desde o início se empenharam a sério na concretização de uma obra que, em seu entender, é uma mais?valia capaz de dinamizar a terra.
José Godinho é um autarca (eleito pelo Partido Socialista) que não gosta de grandes discursos, mas quando se fala da freguesia a que preside há vários anos, não esconde a satisfação e o empenho com que abraçou projectos como o do parque eólico.
Processos demorados
E foram precisos vários anos para chegar a esta segunda fase de ampliação do parque que já é, como faz questão de sublinhar, um lugar de visita obrigatória para todos quantos sobem à serra. Conhecida, também, por ter sido uma das freguesias onde Miguel Torga exerceu a medicina - e a placa lá está na casa onde viveu -, a freguesia de Vila Nova vai abraçando todas as oportunidades possíveis para melhorar as condições de vida da população.
E são projectos como este, com todas as contrapartidas que nos trouxe, que é possível melhorar a vida das nossas populações, reconhece José Godinho que não esquece o longo percurso de contactos - e alguns precalços até - para a construção do parque eólico.
Os primeiros contactos com a Enernova, a empresa do grupo EDP que instalou o parque, começaram em 1996.Em Dezembro de 98, a junta decide levar moradores das 24 aldeias da freguesia ao Parque de Pena Suar (Marão) para que pudessem ver o funcionamento de uma infra?estrutura como aquela que iria ser instalada na freguesia. Nesse dia é assinado o protocolo para a execução do Parque Eólico de Vila Nova.
E a mostrar, que estes processos são bem demorados, está o facto de só em outubro de 2003 se terem iniciado os trabalhos de construção. Uma obra para mais de 23 milhões de euros e que teve direito a uma comparticipação comunitária de mais de 2,5 milhões de euros.
Um parque eólico não se faz em dois ou três anos. Ele depende de muitos aspectos teóricos, burocráticos e técnicos, explicou José Godinho, reconhecendo que valeu a pena o esforço, as noites mal dormidas e as subidas, vezes sem conta, à serra.
Contrapartidas...bem utilizadas
Quanto aos apoios... o autarca não faz grandes ondas. Reconhece que a Câmara Municipal de Miranda do Corvo se limitou a licenciar o projecto e a dar uma ajuda nas negociações das propostas feitas pela empresa. E enaltece o apoio incondicional dos responsáveis da Enernova, o autarca sublinhou o facto deste projecto só ser possível mediante as contrapartidas económicas que já permitem concretizar obras muito importantes para a freguesia. É o caso da ampliação do cemitério de Vila Nova, que já está a ser feita e que obedece a todas as regras exigidas pela Comunidade Europeia.
O Observatório Astronómico e um heliporto, para além de outros projectos que o autarca prefere divulgar mais tarde.
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