quarta-feira, janeiro 05, 2005

FLORESTA - Lousã é "zona crítica"



Uma portaria governamental de 2004 classifica grande parte do concelho da Lousã como "zona crítica" de risco de incêndio. Entidades públicas e privadas mobilizam-se.

A prevenção e combate aos fogos florestais é um assunto que está "à margem da turbulência política"?, afirmou na Lousã, o ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, Carlos Costa Neves.
O governante falava na cerimónia de assinatura do Fundo Florestal Permanente, que foi aprovado na sequência de uma candidatura da autarquia local, e que prevê uma verba de 74 mil euros para gastar em campanhas de sensibilização até Setembro de 2008.
A Câmara Municipal da Lousã promoveu, entretanto, a criação da Oficina de Segurança (dirigida à população jovem) e de uma comissão de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI), de que fazem parte representantes dos organismos públicos do sector, a Associação Florestal do Pinhal (Aflopinhal), juntas de freguesia, bombeiros e representantes dos baldios. Através de um trabalho coordenado entre todos, e com o dinheiro agora atribuído, vão realizar?se várias acções de alerta sobre os riscos de incêndio. Fenómeno que se coloca com especial aquidade neste concelho, considerado pela portaria n.º 1056/2004 como "zona crítica".

Metade do concelho é floresta
A imensa área florestal que cobre cerca de metade do território concelhio engloba 5.105 hectares, metade dos quais é propriedade privada, enquanto os restantes estão integrados em baldios. A Serra da Lousã caracteriza?se por haver diversas zonas de muito díficil - quase impossível - acesso, existência de acácias em grande número e áreas mal geridas ou abandonadas. Estes são pontos negativos, que potenciam o risco de fogo. Só um trabalho profundo e continuado junto das populações e um efectivo plano orientador de prevenção poderá conter a investidas das chamas.
Na realidade, nos dois últimos anos, "não se registaram fogos florestais na Lousã", congratulou?se ontem o presidente da câmara, Fernando Carvalho. Para tal, muito contribuiu o Verão húmido de 2004, mas também a acção de diversos agentes de vigilância e prevenção, onde se incluiu a colaboração de 1.500 homens destacados pelo Ministério da Defesa.

1,4 milhões de euros até 2008
Desde o ano passado que também já está no terreno parte da estrutura de prevenção montada com os financiamentos comunitários obtidos através do Programa Agris 3.4.
Está previsto um investimento de um milhão e 400 mil euros ao longo de cinco anos. Foram contemplados 450 mil euros para infra-estruturas (tanques de água, rede viária, sinalização e parques de lazer), 300 mil euros para vigilância móvel e 660 mil euros para silvicultura preventiva. A Aflopinhal assume a plantação de espécies indicadas em redor das aldeia serranas e nas bermas das faixas de rodagem. Para isso, funciona já uma equipa de sapadores florestais de cinco homens e uma viatura todo?o?terreno, que faz diariamente a roça de matos, limpeza de povoamentos e queimadas controladas.

Um comentário:

Anônimo disse...

a lousa e uma zona tao critica que estao em vias de acabar com 2 equipas de limpesa florestal e de primeira intrevencao nos incendios.
em vez de aproveitar-mos as condicoes naturais da lousa para dar emprego faz-se o contrario , manda-se gente para o desemprego...