A autarquia mirandense inaugurou ontem o monumento ao oleiro, na Praça José Falcão, junto ao Posto de Turismo, em homenagem a uma actividade que teve (e ainda tem) grande expressão no Carapinhal.
A peça foi esculpida por Camarro, artista do Barreiro, que procurou captar a expressão do oleiro, talhando na pedra o artesão com o tradicional boné e o avental a moldar um pedaço de barro sob a roda.
Não podemos pensar na marca de Miranda sem pensar nos artistas do barro vermelho. Dado o carácter e a nobreza da actividade é legítimo que a estátua esteja na Praça José Falcão, que é a sala de visitas da vila.
A indústria da olaria de barro vermelho teve largo incremento nos séculos XVI e XVII. Na segunda metade do séc. XVII, os núcleos residuais dos oleiros na vila eram principalmente no Relego (a poente), nos Linhares (a noroeste), no Outeiro e Carvalhal (a norte), locais na periferia da povoação como era natural.
A partir do século XVIII a actividade começou a decair, tendo os oleiros deixado a vila, onde de início a indústria floresceu, para se abrigarem nos arrabaldes ? Bujos, Espinho e Carapinhal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário