Na antiga escola primária de Chãs d’Égua foi inaugurado o Centro Interpretativo de Arte Rupestre, que deverá também funcionar, no futuro, como Centro de Acolhimento para visitas guiadas a diversos núcleos de arte rupestre.
Coordenado por Paulo Ramalho, o Centro Interpretativo de Arte Rupestre de Chãs d’Égua, na freguesia do Piódão, que é também uma iniciativa da Câmara de Arganil, surgiu na sequência de diversas campanhas de levantamento arqueológico de arte rupestre na zona, realizadas em colaboração com a equipa técnica do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Até ao momento foram descobertas 100 rochas gravadas, em duas áreas distintas, no vale de Chãs d’Égua e zonas de cumeada e meia encosta viradas para o Rio Ceira, correspondentes, respectivamente, ao período entre o fim do Neolítico e o Bronze Final e o período entre o Bronze Final e a 1.ª Idade do Ferro.
O conjunto descoberto constitui “a mais importante concentração de arte rupestre” conhecida até ao momento no território entre o Tejo e o Douro/Baixo Côa”. De acordo com o coordenador do projecto, os próximos passos passam por promover visitas guiadas em Chãs d’Égua e existe a possibilidade de uma “ligação em rede” entre diversos centros interpretativos na Serra do Açor.
Agradecendo aos populares de Chãs d’Égua pela sua colaboração, bem como à União Progressiva de Chãs d’Égua, Associação de Compartes do Piódão e à Pinus Verde, entre outras entidades envolvidas, Paulo Ramalho considerou, na inauguração de sábado, que o Centro “vai ter sucesso porque a arte é muito significativa”.
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