sexta-feira, abril 30, 2004

Semide comemora 850 anos da Carta de Couto


A comunidade paroquial de Semide realiza hoje à noite, no Mosteiro de Santa Maria, uma sessão comemorativa dos 850 anos da entrega da Carta de Couto ao abade João por D. Afonso Henriques

Faz hoje precisamente 850 anos que D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, atribuiu a Carta de Couto ao Mosteiro de Semide, dotando-o de autonomia administrativa e financeira.
A efeméride é hoje assinalada com pompa e circunstância pela comunidade paroquial. «Não podíamos deixar passar esta data em claro», frisa Pedro dos Santos, padre da freguesia, lembrando que o documento foi entregue em 1154 ao abade João que era o superior do convento beneditino de Semide.
Segundo o pároco, «o couto dotava o mosteiro de autonomia administrativa e política sobre as povoações que foram crescendo à sua volta». Mais tarde, em 1514, Semide foi concelho através de foral concedido por D. Manuel I, tendo sido extinto em 31 de Dezembro de 1853.
A cerimónia será aberta pelo padre António Pedro dos Santos, por volta das 21 horas, seguindo-se a apresentação da carta de couto por Carlos Rodrigues Ventura, professor aposentado do Liceu José Falcão.
Antes da actuação do Coro Feminino Vox Aetherea e Coro D. Pedro Cristo, ambos de Coimbra, o doutor Manuel Augusto Rodrigues, professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, fará uma exposição histórica sobre o assunto.
Para esta cerimónia a comunidade paroquial de Semide nomeou uma Comissão de Honra que é constituída pelo Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, governador civil, Fernando Antunes, abade do mosteiro de Sinsverga, D. Luís Aranha, presidente da Câmara de Miranda, Fátima Ramos, presidente da Câmara de Meda, João Mourato, e presidente da Junta de Semide, João Carvalho.

sábado, abril 24, 2004

Pousada da Juventude da Lousã pronta no próximo ano


A Lousã terá uma Pousada da Juventude com 62 camas, anunciou o secretário de Estado da Juventude, Hermínio Loureiro, na inauguração do V Fim-de--Semana da Juventude, que está a decorrer no parque municipal de exposições. A obra vai custar mais de dois milhões de euros e deverá estar concluída no final do próximo ano

O secretário de Estado da Juventude, Hermínio Loureiro, anunciou na Lousã aquilo que já era esperado há algum tempo: a construção da Pousada da Juventude. A garantia foi dada durante inauguração da V Fim de Semana da Juventude da Lousã, numa cerimónia específica para a apresentação do projecto e das suas características.
O edifício vai nascer nos terrenos do desactivado parque de campismo e terá capacidade para albergar 62 pessoas, distribuídas por seis quartos duplos com sanitários privados, seis núcleos de dois quartos múltiplos com. Será dotado de sala polivalente para convívio e reuniões com bar, refeitório, esplanada e cozinha de albergue.
A obra será lançada a concurso no próximo mês de Junho, com o preço base de 2.361.106,00 euros, e, segundo Hermínio Loureiro, deverá estar concluída no final do próximo ano. «A pousada é já uma realidade virtual que vai passar a realidade efectiva», afirmou o presidente da Movijovem, entidade responsável pela rede nacional do turismo juvenil.
A construção da Pousada da Juventude da Lousã integra-se no «Plano Estratégico 2002-2006» que contempla a construção de 13 novas pousadas e a remodelação de outras tantas.
O presidente da Câmara, Fernando Carvalho, considerou a obra extremamente bonita, frisando que a Lousã é um concelho jovem que cresceu na última década quase 20%. «Temos tido muitas preocupações com a juventude e feito um enorme esforço na área da educação», afirmou.
Hermínio Loureiro realçou também a beleza arquitectónica do projecto, considerando que a secretaria de Estado da Juventude aposta na qualidade destes espaços, de modo «a torná-los vivos, dinâmicos e abertos».
Garantiu ainda que o Governo está profundamente empenhado em dar condições aos jovens e lembrou o recente programa aprovado que vai envolver 25 mil jovens na formação para as novas tecnologias.
O governante anunciou também a introdução de alterações ao Plano de Apoio ao Associativismo Juvenil (PAAJ) de modo a permitir mais oportunidades e possibilidades às associações de obter apoios.

quinta-feira, abril 22, 2004

Durão Barroso de mãos abertas




O primeiro-ministro inaugurou ontem a nova escola EB 2,3 Prof. Dr. Ferrer Correia, no Senhor da Serra, e anunciou várias obras para o concelho de Miranda do Corvo. Entre elas, destacam-se o arranque da construção de uma nova José Falcão, a continuação dos trabalhos de recuperação do Convento de Semide e a instalação da Agência para a Prevenção de Fogos Florestais. Mas do metro de superfície nem uma palavra disse

Durão Barroso foi ontem recebido em Miranda do Corvo, na Câmara Municipal, debaixo de protestos do Sindicato dos Professores da Região Centro que responsabilizaram o executivo pelas elevadas taxas de desemprego em Portugal entre os trabalhadores docentes.
O primeiro-ministro deslocou-se ao concelho, acompanhado pelos ministros da Educação e das Obras Públicas, para inaugurar a Escola EB 2,3 Prof. Dr. Ferrer Correia, no Senhor da Serra, uma obra iniciada e concluída no seu mandato, que representa um investimento superior a quatro milhões de euros.
«É um momento muito significativo inaugurar uma escola com o nome do saudoso e distinto jurista Ferrer Correia», sublinhou.
Depois de uma visita pelas novas instalações, acompanhado da presidente da Câmara, Fátima Ramos, e do presidente do Conselho Executivo, José Manuel Simões, o chefe do Governo anunciou uma série de investimentos para o concelho.
A começar pelas obras de remodelação na Escoala José Falcão, no centro da vila, que deverão arrancar ainda este ano. Trata-se de um investimento superior a quatro milhões de euros que permite acabar com os actuais pavilhões pré-fabricados.
Durão Barroso anunciou também um subsídio de 300 mil euros para a Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional construir uma residência assistida para 42 deficientes.
Garantiu ainda que durante este ano serão relançados os trabalhos de recuperação no convento de Semide, tendo para isso já reservados 650 mil euros.
A surpresa estava reservada para a parte final do discurso. No âmbito da descentralização de serviços, implantado pela coligação PP/PSD, Durão Barroso anunciou a instalação em Miranda do Corvo da Agência para a Prevenção de Fogos Florestais.
A instalação do metropolitano de superfície na linha da Lousã não mereceu nenhum comentário do primeiro-ministro, embora a presidente da autarquia, Fátima Ramos, tenha exigido a modernização do ramal ferroviário que liga Serpins e a estação de Coimbra B.
Recorde-se que há dois anos, Durão Barroso anunciou que a implantação do metro ligeiro de superfície na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã era uma das prioridades do Governo no domínio dos transportes terrestres.

quarta-feira, abril 21, 2004

Uma mão cheia de obras em Miranda do Corvo

Miranda do Corvo vai acolher a Agência para a Prevenção de Fogos Florestais.

Este foi um dos presentes que Durão deixou no Senhor da Serra. Mesmo a calhar.
Numa altura em que a contenção tem limitado o lançamento de algumas obras por parte da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, as novidades ontem anunciadas por Durão Barroso para o concelho funcionaram como um verdadeiro balão de oxigénio. E não foram poucas. Miranda vai acolher a sede da Agência para a Prevenção de Fogos Florestais, vai receber quatro milhões de euros para os trabalhos de recuperação da Escola José Falcão, 650 mil euros para a reabilitação do Convento de Semide e ainda 300 mil euros para a construção, por parte da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), de uma unidade residencial para pessoas deficientes.
As promessas foram feitas durante a inauguração da escola Ferrer Correia, no Senhor da Serra, e depois da presidente da Câmara de Miranda do Corvo, a social democrata, Fátima Ramos, ter feito uma série de reivindicações ao governante. Pediu investimentos na modernização do ramal ferroviário entre Lousã e Coimbra, a recuperação da escola José Falcão, e a conclusão da reabilitação do convento de Semide. Aos pedidos, o primeiro ministro só não respondeu á questão do futuro metro de superfície (ver caixa). “Não posso prometer mais nada, se não a presidente da câmara não teria outras reivindicações a fazer”, gracejou Durão Barroso.

sábado, abril 17, 2004

PENACOVA - Confraria entroniza sócios

A Confraria quer promover a lampreia e todos os pratos que fazem parte da ementa tradicional

Penacova acolheu o 1.º capítulo da Confraria da Lampreia. Um ritual de tradição, saber e sabor que vai ser apreciado por confrarias de todo o país e de Espanha.
A vila de Penacova vai ser invadida, hoje logo pela manhã, pelo colorido das confrarias portuguesas e espanholas. Trata–se do primeiro Capítulo da Confraria da Chanfana de Penacova que vai oferecer a todos os convidados - e curiosos - um programa recheado de surpresas.
A “festa” começa às 09H30 com um encontro no terreiro de Penacova e prossegue, pelas 10H00, com a tomada de posse dos órgãos sociais da confraria nas instalações da Escola Profissional Beira Aguieira.
Depois de apreciados alguns aperitivos, os participantes no evento seguem em desfile para a Igreja Matriz onde, pelas 11H30, o padre Joaquim - que esteve em Lorvão durante muitos anos - celebrará a eucaristia acompanhado pelo coro local. Um desfile que será marcado pelos trajes e estandartes próprios das diversas confrarias participantes.
Finda a missa, por volta das 12H30, terá início a cerimónia da entronização dos sócios–fundadores da Confraria da Lampreia. Uma cerimónia, que vai decorrer na Casa do Povo, e que vai obedecer a um ritual próprio onde não irá faltar o juramento dos sócios, a partilha (da lampreia, claro), e um brinde à confraria. Depois de tanta cerimónia e ritual, os convidados poderão sentar–se à mesa onde os espera uma ementa rica e natural e onde, como manda a tradição, a lampreia vai ser a rainha.
O repasto vai ser servido nas piscinas municipais e vai oferecer, ainda, peixinhos e enguias fritas, sopa e sobremesa do concelho. Apreciados os sabores, vamos à animação. E aqui, vai imperar o fado de Coimbra e a leitura de dois poemas à confraria e a Penacova. Quanto aos saberes, não há nada que enganar. A Confraria da Lampreia de Penacova tem como principais objectivos promover o convívio “porque a vida também é a arte do encontro”; divulgar os sabores e saberes tradicionais; promover e apoiar acções sobre os mais diversos aspectos ligados à restauração e turismo, como é o caso da formação profissional que é, segundo Manuel Flórido, “uma lacuna a nível nacional”.
“Nós vamos a restaurantes onde a cozinha até é muito boa, mas onde o atendimento deixa muito a desejar”, explicou, adiantando que é necessário sensibilizar os proprietários e os funcionários para a importância do serviço e não só. “É importante, por exemplo, que um empregado de mesa saiba dar sugestões sobre os melhores vinhos para os pratos escolhidos”, acrescentou.

Levar “a escada” até à assembleia da república

À formação e à valorização da gastronomia tradicional, a Confraria da Lampreia junta também outras preocupações cujas soluções são fundamentais para a preservação da tradição. Manuel Flórido aponta a questão da ponte–açúde em Coimbra onde se exige a instalação de uma escada que permita a subida da lampreia pelo Mondego até Penacova.
“Iniciámos, em conjunto com a Associação de defesa do Mondego e Afluentes e com os restaurantes do concelho, a recolha de assinaturas para usar o direito de petição e levar o assunto ao presidente da Assembleia da República para que seja discutido no Parlamento”, explicou.
Mas as iniciativas prometem não ficar por aqui. A confraria gostaria, também de promover fins–de–semana ou sábados gastronómicos durante todo o ano privilegiando as ementas tradicionais do concelho, como a lampreia, o arroz de míscaros, a chanfana, os peixinhos do rio fritos.
“E também avançar com a certificação da lampreia à moda de Penacova”, confessou.

sexta-feira, abril 16, 2004

Cancelado evento sobre Protecção Civil

O seminário “A Protecção Civil e os municípios”, organizado pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, agendado para ontem, no Centro de Artes e Espectáculos, foi cancelado, alegadamente por não ter havido entendimento com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra e presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, Jaime Soares, defendeu que “a oportunidade do seminário era nenhuma, já que o Presidente da República estava a levar a cabo uma iniciativa do género”.
Por outro lado, defendeu que a realização deveria ter sido articulada com as autarquias. “Mas tal não aconteceu, uma vez que, nas reuniões, só uma parte falou, o SNBPC, que sempre tentou ditar as regras do jogo”, afirmou.
Sabe–se ainda que a citada associação municipal sugeriu à organização que o evento tivesse lugar num concelho flagelado pelos incêndios florestais do Verão passado, tendo inclusive indicado a Sertã, mas Paiva Monteiro, presidente do SNBPC, terá insistido na Figueira da Foz.
Sem uma “imprescindível” articulação com as autarquias, “eu e o presidente da ANMP (Fernando Ruas) dissemos logo que não estaríamos presentes”, revelou Jaime Soares. Até porque, disse ainda, “não se tratava de um espaço onde as pessoas podiam discutir todos assuntos relacionados com o tema, como os municípios pretendiam fazer”.

Sensibilidade e bom senso
Com o cancelamento do referido seminário, opinou Jaime Soares, “prevaleceu o bom senso, por parte da organização”, notando, todavia, falta sensibilidade: “É preciso muita sensibilidade para se dirigir um serviço que envolva a sociedade civil, e eu penso que o general Paiva Monteiro não a tem, porque, agora, não está a comandar tropas...”, explicou.
Segundo Jaime Soares, Paiva Monteiro tem de proceder a uma “total descentralização, sem medo”. Por outro lado, exorta-o a escolher entre “lutar sozinho contra moinhos de vento ou contar os 45 mil bombeiros do país”.
Acerca dos motivos que levaram ao cancelamento do seminário, foi-nos avançado, contudo, que apenas foi adiado e que será realizado em data e local a determinar.


terça-feira, abril 13, 2004

Câmara de Miranda do Corvo candidata-se a novo GTL


A Câmara Municipal de Miranda do Corvo aprovou ontem por unanimidade uma proposta de candidatura para a criação de um novo Gabinete Técnico Local (GTL) para preservação das áreas envolventes ao Convento de Semide e ao Santuário do Senhor da Serra

A autarquia mirandense deliberou ontem apresentar ao Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas (PRAUD) uma candidatura para constituição de um GTL para a recuperação e salvaguarda dos núcleos habitacionais, históricos e culturais do Senhor da Serra e de Semide.
«Ambas as aldeias do Senhor da Serra e de Semide possuem núcleos habitacionais históricos e culturais com monumentos nacionais, designadamente o Santuário do Divino Senhor e o Mosteiro de Santa Maria», refere a candidatura.
Acrescenta ainda que existem naqueles locais «habitações com características arquitectónicas interessantes e ruas que pelo seu conjunto constituem um valor histórico-arquitectónico que interessa preservar, assim como paisagens envolventes de ocupações humanas de cariz cénico, histórico e cultural, em que se pretende a conservação da natureza e da paisagem».
A criação do GTL de Semide/Senhor da Serra tem como objectivo a elaboração de Planos de Pormenor e Salvaguarda e projectos de reabilitação de espaços comuns e recuperação de edifícios.
De acordo com a Câmara Municipal, é de grande importância a preservação do património existente, uma vez que se verifica acentuada degradação nos edifícios e precárias condições de habitabilidade nos referidos núcleos, «integrados num município de carácter rural, com fracos rendimentos».
As bases da candidatura apoiam-se na necessidade de estancar a desertificação destas zonas e assegurar melhores condições de vida da população, tendo em consideração o enquadramento paisagístico.
A candidatura a apresentar ao PRAUD prevê a constituição de uma estrutura com três arquitectos, um engenheiro civil, um desenhador, um jurista, um historiador, um assistente social, um topógrafo, um desenhador e um assistente administrativo.
Neste momento funciona em Miranda do Corvo um GTL que termina a sua actividade no final do ano. Criado em Dezembro de 2002, tem como objectivo intervir na zona histórica da vila, nomeadamente nas áreas degradadas e dar apoio técnico à autarquia noutras intervenções projectadas.

sábado, abril 10, 2004

FUTEBOL - Apuramento pintado em tons de vermelho

Poiares 3

Gonçalo, Tó, Marco (cap), Ricky, Pimpão, Miranda, Joel, Vítor, Carlão, Asdrúbal e José Júlio.
Substituições: Vítor por Armando (56m), Nuno Miranda por Telmo (56m) e Tó por Pedro Simões (73m).
Suplentes não utilizados: Dani, Bico, Rui Miguel e Tavares.
Treinador: Arlindo Marcelino.

Vigor 1

Galante, Jorge Marques (cap), Quirino, Quim Gonçalves, Zé Miguel, André Correia, André Santo, Luís Ramos, Cristoph, Lima e Bartolomeu.
Substituições: Bartolomeu por Gonçalo (66m), Telmo Paraíso por Cristoph (76m) e Luís Ramos por Lapão (83m).
Suplentes não utilizados: Telmo, Caló, João Rodrigues e Luís Jorge.
Treinador: Pedro Ilharco.
Campo Fernando Lima, em Vila Nova de Poiares.
Assistência: cerca de 200 espectadores.
Árbitro: Rui Silva.
Auxiliares: Carlos Salgueiro e Ricardo Silva.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: José Júlio (15m), Lima (16m), Marco (65m) e Pimpão (95m).
Acção disciplinar: cartão amarelo para André Santo (15m, 38m), Nuno Miranda (28m), Lima (48m), André Correia (51m, 97m), Tó (52m), Luís Ramos (83m), Gonçalo (85m), Pimpão (86m). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para André Santo (38m)
e André Correia (97m). Cartão vermelho directo para Lima (94m).

O Poiares garantiu ontem o apuramento para a final da AFC, ao receber e vencer o Vigor por 3-1. No entanto, a equipa de Fala causou muitas dificuldades aos visitados, sobretudo durante os primeiros 38 minutos de jogo, fase onde causou algumas ocasiões de perigo. Curiosamente, foi o conjunto orientado por Arlindo Marcelino o primeiro a marcar, por intermédio de José Júlio, mas Lima, imediatamente a seguir, restabeleceu a igualdade.
A expulsão de André Santo, aos 38 minutos, provocou um volte-face na contenda, com os poiarenses a assumirem por completo o domínio do encontro.
Esta tendência manteve-se após o período de descanso, pelo que foi com alguma naturalidade que se assistiu a novo tento dos locais, com Marco a dar o melhor seguimento a um pontapé de canto.
Os forasteiros procuraram reagir, mas a expulsão de Lima, aliada ao terceiro golo do Poiares, apontado por Pimpão, colocou um ponto final da questão.
No final do encontro assistiram-se a algumas cenas lamentáveis entre adeptos da formação local e dirigentes do clube de Fala, mas que felizmente, não tiveram consequências de maior.
Desta forma, o Vigor, pelo terceiro ano consecutivo, despede-se da Taça nas meias-finais, ao passo que o Poaires, brilhante segundo classificado da Divisão de Honra, irá discutir com o Marialvas a conquista da segunda competição mais importante do calendário desportivo da AFC.
O trio de arbitragem pecou no aspecto técnico embora disciplinarmente tenha estado em bom plano.

segunda-feira, março 29, 2004

Bispos reclamam meios para prevenir incêndios .....

O perigo de incêndios no próximo Verão e a falta de estratégia para os evitar é uma das preocupações dos bispos católicos da zona Centro, que emitiram uma mensagem sobre esta matéria.
«Um novo Verão se aproxima e não podemos deixar de manifestar a nossa preocupação em relação ao futuro», consideram os bispos, salientando que «os incêndios não são um fatalismo» mas «as desgraças depressa se esquecem, os novos cuidados podem retardar e as mentalidades de muitos, marcadas pela rotina, mudam vagarosamente».
Os bispos apelaram aos párocos para que «esclareçam as populações e as incentivem a estar atentas e colaborantes», recomendando ainda a «sua inscrição nas associações dos bombeiros locais e noutras que defendem o património em todas as suas expressões e riqueza».
Após uma reunião, os prelados das Dioceses de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria-Fátima, Portalegre e Castelo Branco e Viseu manifestaram a sua preocupação sobre a situação do país.
Grande parte destas dioceses «foi de novo atingida e martirizada pelos numerosos e violentos incêndios que assolaram o país» no Verão passado, salientaram os bispos, embora elogiando «os gestos de solidariedade» depois desta vaga de fogos.
Para os prelados, as «precauções desejadas e procuradas, têm de chegar a tempo, ser operativas e envolver, de modo responsável, os proprietários das florestas, os serviços do Estado com os seus técnicos e mais formas de apoio, as associações de bombeiros, as populações, as autarquias e outras instituições do meio».
Nesse sentido, os bispos do Centro subscrevem as propostas de maior organização dos proprietários florestais, promovendo uma melhor gestão do território e a «limpeza das matas» ou a «abertura de caminhos», em acções que poderão «evitar ou minimizar o risco de novos incêndios».
«Há causas conhecidas e condições propícias aos incêndios, que se podem acautelar e precaver, em tempo próprio. É um dever fazê-lo sem demora», referem os prelados.
No combate às chamas, os bispos defendem uma articulação das autoridades com a população local em harmonia, com respeito dos conhecimentos práticos e técnicos de cada um.
«A resposta de acções técnicas, meios adequados e medidas legislativas, compete aos poderes públicos, que não a podem retardar», nota o documento.
«Prevenir os incêndios, promover a florestação e defender a floresta é contribuir para o bem das pessoas, das populações, do país e da humanidade».

sábado, março 27, 2004

Câmara de Penacova procura investidores para o Parque Eolico na Serra da Atalhada


Depois de gorada uma primeira tentativa, a autarquia de Penacova está empenhada na instalação de um parque eólico na Serra da Atalhada. Uma aposta na energia verde para a qual a Câmara Municipal procura novos interessados

A instalação de um parque Eólico na Serra da Atalhada, em Penacova, volta ao ponto de partida. A autarquia penacovense rescindiu o protocolo estabelecido com a empresa que iria proceder à instalação do parque, alegando que a dita empresa, nunca fez nada para que a obra pudesse vir a ser uma realidade. Actualmente a Câmara Municipal está à procura de novos interessados.
O processo remonta a 1996, altura em que a Câmara Municipal de Penacova estabeleceu um protocolo com a AMACO, empresa de Lisboa, que viria instalar o Parque Eólico na Serra da Atalhada. Mas desde então, essa empresa «nunca fez nenhum investimento», conforme explicou ao nosso jornal Maurício Marques, presidente da Câmara Municipal de Penacova. Insatisfeita com o arrastar da situação a autarquia decide fazer algumas consultas, contactar eventuais interessados no investimento e romper com o protocolo com a AMACO. «Havia datas previstas para a obra, conforme o protocolado», justificou o edil, salientando que a realização do projecto estava a cargo desta empresa, o que nunca veio a acontecer. Por parte da empresa ainda veio uma reivindicação por eventuais direitos que tinha, mas ainda assim, edilidade decidiu avançar com o processo de rescisão.
Actualmente a autarquia está à procura de novos investidores, entre os quais a própria AMACO que já foi contactada no sentido de apresentar nova proposta, que, caso interesse aos responsáveis da empresa, terá de concorrer em pé de igualdade com outros interessados.
Em cima da mesa estão já algumas propostas que estão a ser analisadas, para saber quais as «contrapartidas» para o concelho. A escolha da empresa também vai depender do projecto apresentado já que, segundo Maurício Marques «as soluções apresentadas são diferentes». «Há empresas que apresentam um tipo de gerador, de maiores dimensões, o que implica um menor número de torres a serem instaladas. Por outro, lado há quem opte por geradores de menores dimensões que têm de ser em maior número», explicou o edil.
Contrapartidas e soluções estão em análise, mas à partida uma coisa parece estar já garantida: uma percentagem dos lucros do Parque Eólico reverte para a Câmara Municipal, como previsto por lei, conforme adiantou o presidente.
O Parque Eólico da Serra da Atalhada reveste-se de grande importância para o concelho de Penacova, desde logo pelos benefícios em termos de receitas para o município. Além disso, sublinha o edil, «este é o nosso contributo para a obtenção de energia verde, energia renovável». Quanto a prazos, ainda não há datas para a sua conclusão, já que nesta altura decorre ainda o processo de escolha da empresa que vai levar avante o projecto.

Comentarios cá do je.......

E será que Poiares tambem não se candidatou?
Esta serra pertence aos 2 concelhos.
Não ha duvida que a autarquia de Penacova tem os olhos mais bem abertos.
Talvez na antiga lixeira fosse sitio para tal...ou na Serra do Bidoeiro.

quinta-feira, março 25, 2004

Confraria da Cabra Velha apresenta-se em Maio ...em Miranda do Corvo


A Real Confraria da Cabra Velha apresenta-se ao público no dia 8 de Maio, depois da realização da segunda edição da iniciativa “Miranda – Capital da Chanfana”. Em assembleia geral realizada na última quarta-feira, os confrades aprovaram ainda o traje e o brasão

Constituída em 29 de Outubro com o objectivo de promover e preservar a gastronomia do concelho, particularmente a chanfana, os negalhos e a sopa de casamento, a Real Confraria da Cabra Velha reuniu quarta-feira ao final da tarde para aprovar, entre outras coisas, o traje e o brasão.
Por decisão dos confrades, a apresentação pública, designada por cerimónia da entronização, vai decorrer no dia 8 de Maio com a realização de uma missa na igreja matriz e um almoço no convento de Semide, para a qual serão convidadas outras confrarias.
O traje aprovado baseia-se no vestuário usado pelos monges beneditinos da ordem que professou no mosteiro de Semide, em tom castanho, imitando a cor da chanfana e a generalidade dos pratos cozinhados a partir da carne de cabra.
Por seu turno, o brasão assenta sobre um monograma de Miranda do Corvo, debruado a negro e com as cores da bandeira nacional, com um medalhão ao centro com a imagem de uma cabra. Em volta desse medalhão apresenta uma moldura amarelo-dourado onde figura a inscrição «Non vestra sed nostra», cuja expressão significa «não vossa mas nossa».
No símbolo da Real Confraria da Cabra Velha figura também uma folha de videira, aludindo ao vinho (tinto) que é um ingrediente indispensável na confecção da chanfana.
Segundo uma brochura a editar, «a Real Confraria da Cabra Velha vem homenagear a nobreza da gastronomia mirandense, assente na carne de cabra velha criada em pastos do domínio eclesiástico, confeccionada pelas monjas de Semide em caçoila de barro das olarias do Carapinhal, num regime conjuntural marcado pela pobreza».
Entretanto, a Câmara Municipal vai organizar, entre 24 de Abril e 2 de Maio, a segunda edição de «Miranda – Capital da Chanfana, com a participação dos restaurantes do concelho.

Comentarios ca do je..............

Ainda matam as cabras todas. Por isso é que ja não se vê nenhuma cabra nas serras.
Daqui a uns dias ainda se vão plantar cabras na serra em vez dos eucaliptos.
Para quando a Confraria do Eucalipto?

terça-feira, março 23, 2004

Dia Mundial da Floresta comemorado com espantalhos .........

Dia Mundial da Floresta comemorado com espantalhos
Para comemorar o Dia Mundial da Árvore, a Escola Ferrer Correia, do Senhor da Serra, colocou a comunidade educativa a construir espantalhos. Uma forma de associar esta tradição à floresta

Para além da tradicional plantação de árvores, a Escola Ferrer Correia apostou este ano numa iniciativa diferente para assinalar o Dia Mundial da Floresta que se comemora a 21 de Março. Ontem, toda a comunidade educativa construiu espantalhos que foram espalhados pelo recinto.
«É uma forma diferente de assinalar este dia e de restaurar e recuperar uma tradição popular que está ligada aos campos e à floresta», referiu José Manuel Simões, presidente do agrupamento vertical do Senhor da Serra.
Realizaram-se ainda ateliers de pintura relacionados com a floresta e foi exibida uma peça de teatro intitulada «O espantalho solitário», representada pelos alunos do segundo ano do 1.º ciclo do ensino básico. As cerca de três dezenas de espantalhos construídos pela comunidade educativa vão estar em exposição até à inauguração oficial da escola que, segundo José Manuel Simões, deverá acontecer no próximo mês de Abril. Em quase todas as escolas do concelho de Miranda do Corvo os alunos plantaram árvores, num gesto simbólico.
Jovens subiram
à serra da Lousã

No âmbito de um protocolo intermunicipal de cooperação, as autarquias de Lousã, Góis e Castanheira de Pêra, promoveram ontem no Santo António da Neve um encontro de aproximadamente um milhar de estudantes do 2.º e 3.º ciclos, oriundos dos três concelhos. Neste ponto de confluência, os jovens realizaram várias actividades ao ar livre, designadamente desportos radicais e assistiram a demonstrações dos Sapadores da Aflopinhal (Lousã) e dos Sapadores da Associação Florestal de Góis e da Assembleia de Compartes da Castanheira de Pêra.

Comentarios cá do je.....

Em Poiares comemorou-se com a chanfana...........matando-se os animais que limpavam as florestas.

quarta-feira, março 10, 2004

ADIP uma instituição de Solidariedade Social

Alguns Poiarenses atentos,solicitaram-nos o NIPC da ADIP para consignarem 0,5% do Imposto Liquidado do IRS.

Como consultaram o site da ADIP que se encontra muito desactualizado e não tem a sua devida identificação, não vão assim comparticipar com os tais 0,5% para esta instituição de Solidariedade Social.

Este site está já desactualizado desde Abril de 2003 Site da ADIP

Como se vê não são só os Poiarenses residentes que têm interesse em colaborar com a sua terra.

Se alguem souber, que o indique nos comentários deste post.

domingo, março 07, 2004

Festival do Arroz e da Lampreia termina hoje em Montemor o Velho...........


Alguns milhares de pessoas visitaram durante os últimos dez dias, a Vila de Montemor-o-Velho, para participarem no II Festival do Arroz e da Lampreia, uma iniciativa que hoje chega ao fim e que foi «a confirmação do êxito» do evento lançado em 2003, como nos disse Luís Leal, presidente da autarquia

O Festival do Arroz e da Lampreia está lançado e a procura nesta segunda edição veio confirmar o interesse que as pessoas têm pela gastronomia tradicional que, no caso concreto de Montemor-o-
-Velho e todo o Baixo Mondego que rodeia a vila, são ricos em sabores ancestrais, com especial destaque nesta época do ano, para o arroz de lampreia.
Foram dez dias de verdadeiro festival de bem comer, com a maioria dos restaurantes do concelho a participarem na mostra gastronómica, que tinha também uma vertente mais doce, onde não faltaram os pasteis de Tentúgal e as queijadas, ente outras especialidades conventuais a região.
Para além das tasquinhas, também o folclore e a música popular assim como algumas reconstituições culturais, a cargo das colectividades do concelho, contribuíram para a animação do espaço e enriquecimento da iniciativa. O artesanato local e os postos de venda de doçaria regional e de arroz, foram mais um complemento importante neste conjunto de actividades.
Depois do encerramento do II Congresso de Orizicultores do Baixo Mondego, conforme fizemos referência na nossa edição de ontem, o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Bianchi de Aguiar, acompanhado por Luís Leal e outros autarcas de Montemor-o-Velho, visitaram o Festival do Arroz e da Lampreia e petiscaram algumas delícias ali apresentadas.