O Governo quer excluir da rede do metropolitano ligeiro de superfície o troço Lousã-Serpins, propondo uma solução rodoviária para aquele percurso. Mas o presidente da Câmara da Lousã, Fernando Carvalho, não aceita e garante lutar até às últimas consequências para impugnar a decisão que considera «um verdadeiro absurdo»
O presidente da Câmara Municipal da Lousã não aceita que o troço ferroviário Lousã-Serpins seja excluído da rede do metropolitano ligeiro de superfície (eléctrico rápido), conforme se anuncia numa nota conjunta das secretarias de Estado do Tesouro e Finanças e dos Transportes a que o Diário de Coimbra teve acesso.
O autarca considera esta decisão um «verdadeiro absurdo», acusando o Governo de Santana Lopes de a ter tomado para prejudicar a única Câmara socialista que integra a sociedade Metro Mondego.
É claramente uma decisão política, sublinhou, explicando que quando entraram para a Metro Mondego foi no pressuposto de o metropolitano abranger todo o ramal da Lousã.
Segundo o edil, a autarquia não teria embarcado nesta sociedade se este encurtamento do ramal estivesse previsto, lembrando que ainda recentemente fizeram um esforço financeiro para subscrever o aumento de capital.
O documento enviado pela tutela ao Conselho de Administração da Metro Mondego confirma que o Governo pretende excluir o troço Lousã-Serpins da rede de metro ligeiro de superfície, adoptando uma solução rodoviária complementar ao serviço ferroviário para o troço em causa.
Fernando Carvalho afiança que não vai aceitar esta decisão custe o que custar, colocando a hipótese de solicitar a impugnação do concurso público internacional pelas vias judiciais, para além de «pedir o apoio dos lousanenses para esta causa».
Já anteontem a vereação deliberou por unanimidade rejeitar a solução apresentada pelas secretarias de Estado do Tesouro e Finanças e dos Transportes.
Também o líder da concelhia da Lousã do Partido Social Democrata considera esta situação inaceitável. Qualquer decisão do projecto que não vá até Serpins é inaceitável, afirmou Pedro Curvelo, que defende inclusivamente o prolongamento da linha por mais 1.100 metros, aproveitando a plataforma aberta.
Em declarações disse que a confirmar-se esta decisão é um passo atrás no desenvolvimento do concelho. Nós temos que dar passos em frente e não para trás, referiu.
Pedro Curvelo considera que Serpins é uma freguesia bastante importante e que se desenvolveu muito na expectativa do metro, sendo necessário defender até às últimas consequências a manutenção da via férrea.
Salienta ainda que está a ser elaborado um Plano de Urbanização para aquela vila, contando com o caminho de ferro que, segundo disse, serve também muitas pessoas de Vila Nova do Ceira e de Vila Nova de Poiares.
José Mariz, presidente do Conselho de Administração da Sociedade Metro Mondego explicou que o sistema está garantido entre Coimbra e Serpins, estando, no entanto, em aberto várias possibilidades tecnológicas.
Há aqui uma grande confusão porque não existe nenhuma exclusão de troços, o que existe é a possibilidade dos concorrentes apresentarem alternativas, reiterou, adiantando que está tudo preparado para lançar o concurso público internacional.
Jaime Soares ainda não se manifestou, pois está dividido entre dois amores.Ou é a favor do troço ate Serpins para benificio dos Poiarenses e faz uma greve e pára o transito na EN 17 ou então prejudica o bom povo poiarense e alinha com Santana Lopes para recusar o metro ate Serpins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário