A força do artesanato fez escola em Vila Nova de Poiares e exigiu um certame que fizesse justiça a esta pujança. Razão para o nascimento da POIARTES, que há 16 anos se afirma como uma mostra de excelência e uma referência incontornável na Região Centro e mesmo no País. O certame abre hoje as portas, mostrando, uma vez mais, Vila Nova de Poiares como Capital do Artesanato
Arranca hoje a XVI edição da POIARTES, Feira Nacional de Artesanato e Mostra de Gastronomia de Vila Nova de Poiares, prolongando-se até à próxima segunda-feira.
Este certame de grande importância no contexto nacional nasceu fruto da grande quantidade de artesãos que Vila Nova de Poiares possui, e aos quais deveria ser dado um espaço onde pudessem afirmar o seu valor, afirma o presidente do artesanato Jaime Soares.
Agora, 16 anos passados, o autarca acredita que se trata de uma aposta ganha. Criámos níveis de desenvolvimento e de adesão em todo o país que torna esta feira numa das mais credíveis a nível nacional.
Fruto deste desenvolvimento inegável, um dos grandes objectivos da Câmara Municipal é a criação de um Pavilhão Multiusos, «que poderá albergar a POIARTES assim como outras actividades. Poderá ainda potenciar a Mostra Gastronómica e simultaneamente acolher uma Feira Comercial e Industrial paralela à Feira de Artesanato.
Jaime Soares afirma que os poiarenses sãoambiciosos, mas têm que o ser em defesa dos interesses do nosso concelho. Mas acima de tudo, esta ambição está naquilo que sentimos com a participação de dezenas de artesãos, e que nos levam a que tenhamos de estar atentos criando infra-estruturas à dimensão do desenvolvimento que esta Feira de Artesanato está a ter.
Um dos grandes trunfos da POIARTES passa pela genuinidade do artesanato que é exposto durante os quatro dias do certame. É exactamente à genuinidade do artesanato que damos mais importância na nossa feira, refere o edil, acrescentando que não queremos uma feira comercial de venda de produtos artesanais. Queremos artesãos genuínos, e é por isso que a maior parte deles ? é mesmo uma imposição ? estão a trabalhar ao vivo. Pretendemos um artesanato puro e verdadeiro, e é por essa razão que apostamos na sua credibilidade e na sua certificação como artesanato popular, feito pelos próprios artesãos ao vivo, para que todas as pessoas que nos visitam possam constatar essa realidade.
Comércio e indústria de mãos dadas com o artesanato
Como já foi referido, um dos grandes projectos futuros passa pela criação do Pavilhão Multiusos que, paralelamente à Feira de Artesanato e Mostra de Gastronomia, poderá albergar uma Poiartes virada também para o Comércio e Indústria.
Jaime Soares refere que um dos objectivos é transformar Vila Nova de Poiares num dos vértices do triângulo de desenvolvimento do distrito: Coimbra tem a ACIC, Cantanhede a EXPOFACIC, e Vila Nova de Poiares a POIARTES. Estamos num local estratégico, na fronteira com o Alto Distrito, e com certeza poderemos fazer vir até nós muita gente do litoral e onde o interior se reveja.
É certo que a Feira de Artesanato deve manter as suas características de genuinidade em termos de artesanato, mas atendendo ao crescente impacto da Mostra de Gastronomia e à grande expansão que temos vindo a ter a nível nacional, mas também já a nível internacional, com o investimento que esta feira tem, a sua montra de produtos deve ser aumentada. Essa variedade poderá passar por produtos de âmbito comercial e industrial, como equipamentos, maquinarias, enfim, tudo o que estiver ligado ao desenvolvimento da região.
Jaime Soares lançou mesmo o desafio: Porque não criar uma sociedade anónima com os empresários que queiram aderir? Temos uma associação, a Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares (ADIP) que pode fazer convergir à sua volta um conjunto de empresários com sentido inovador.
Aliás, a ADIP é já uma das entidades responsáveis pela preservação do artesanato poiarense: A Câmara tomou a iniciativa da constituição e fundação da ADIP, que hoje tem toda a autonomia. É uma associação que tem vindo a fazer um trabalho fantástico na área da formação. Por exemplo, quando já começavam a ser poucas as pessoas que faziam os barros pretos ou os palitos em flor, a ADIP preocupou-se em fomentar e incrementar o nosso artesanato.
Jaime Soares não se coíbe de afirmar que Vila Nova de Poiares é, sem sombra de dúvida, a Capital Nacional de Artesanato. É uma afirmação que já existe há muitos anos. Nós vamos já na 16.ª edição e poucas feiras de artesanato havia no Distrito de Coimbra. Aliás, nem sei se houve alguma antes da nossa. Assumimo-lo conscientes do título que estávamos a querer ostentar, conscientes da nossa responsabilidade. É também por isso que estamos preocupados com a criação de infra-estruturas que permitam que isso não seja um slogan barato, mas antes uma afirmação inequívoca daquilo que é a realidade de Vila Nova de Poiares e do seu artesanato. As provas estão à vista, e para quem tiver dúvidas basta percorrer os locais e ver o que estamos a fazer pelo artesanato.
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