terça-feira, novembro 29, 2005

Indemnizações dos Incêndios Florestais


Técnicos da Câmara Municipal de Coimbra voltam hoje (pela terceira vez) ao Governo Civil para tentar apurar, finalmente, quais as comparticipações do Estado para as vítimas dos incêndios deste Verão no concelho. O encontro tem sido constantemente adiado, por dificuldades permanentes de agenda politica, mas Jorge Gouveia Monteiro esclareceu, na reunião do executivo camarário de segunda-feira, que ao contrário do que tem sido tornado público, há muito tempo que o Departamento de Habitação tem todas as situações averiguadas.
Para nós, as pessoas estão primeiro que a agenda política, afirmou o vereador responsável pelo Departamento de Habitação, mostrando-se insatisfeito por uma reunião tão importante para as pessoas que viram os seus bens serem destruídos pelos incêndios estar constantemente a ser adiada», quando a iniciativa tem de partir do Governo Civil, em conjunto com o INH.
Gouveia Monteiro confirmou que são dois os casos de destruição total de casas de habitação, uma nas Carvalhosas e outra em S. Furtuoso. Estas duas enquadram-se claramente no que está legalmente estabelecido pelo Governo para a atribuição de apoios. A estas acrescenta-se um caso de destruição total de uma barraca, no Pinhal de Marrocos que, continuou o vereador, encontrou enquadramento no Prohabita.
Convém não esquecer que para estes dois casos de perda total de habitação, a comparticipação do Estado é de apenas 25 mil euros (12.500 euros para cada caso).
Carlos Encarnação, também no decorrer da sessão de câmara, aproveitou as palavras de Gouveia Monteiro para reafirmar que discorda «em absoluto» que o Fundo Europeu de Solidariedade não tenha sido accionado em consequência dos incêndios deste Verão. Para além disso, considera que «a câmara fez um trabalho de levantamento dos prejuízos muito significativo», que está concluído e foi entregue a 27 de Setembro, apontando para um milhão e 100 mil euros de prejuízos.
«Uma vez entregue o documento no Governo Civil, este deveria ter feito a investigação para saber se as informações eram correctas ou incorrectas.
O autarca criticou, por isso, o facto de pelo menos duas das reuniões marcadas pelo governador civil terem sido desmarcadas e mostrou-se preocupado com o imenso número de prejuízos para os quais não existem respostas.
Entretanto, para colmatar estes prejuízos, a Câmara Municipal de Coimbra e o Banco Espírito Santo SA (BES) assinam hoje, às 12h00, um protocolo que tem precisamente como objectivo apoiar a população afectada pelos incêndios do passado Verão no concelho. O contributo desta instituição bancária será no valor de 15 mil euros.
Pensa-se agora que a Camara vai mandar roçar os matos todos à volta da cidade, como é sua obrigação, para que não a acusem de nada fazer e tambem de estar só à espera de subsidios.

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