quinta-feira, novembro 24, 2005

LÕUSÃ ? Novos trilhos para o turismo

Profissionais e estudantes do sector estão reunidos numa vila que começa a apostar no turismo de montanha.

As jornadas de turismo que a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) está a promover ontem e hoje, na Lousã, ultrapassaram as expectativas da organização. A professora Rosário Campos mostrou?se muito satisfeita pela adesão de alunos e técnicos do sector a esta iniciativa que está decorrer no Hotel Mélia Palácio.
O curso superior de Turismo leccionado pela ESEC é um dos poucos no nosso país que tem a certificação da Organização Mundial de Turismo , através da Fundação Thémis. Por isso, os 220 alunos que estão a frequentar o curso têm elevadas expectativas de realização profissional.

Planeamento turístico embrionário
Muitos minicípios têm potencialidades que justificam uma aposta mais forte nesta área, como é o caso da Lousã. Andreia Moura e Maria João Lopes identificaram, ao longo do seu estágio curricular, enormes potencialidades turísticas das Aldeias de Xisto localizadas na Serra da Lousã. Reconhecendo que ?foi feito um grande esforço na recuperação das infra?estruturas das aldeias, falta pôr em prática um guia turístico que promova passeios pedestres ou de jipe, executados de forma ambientalmente responsável?, explica Maria João Lopes, a trabalhar actualmente na área da consultoria e formação ambiental numa empresa de Lisboa.

Solares com patine

As casas senhoriais da Lousã são mais um motivo de interesse para visitar a vila. A começar pelo palácio que alberga actualmente o Hotel Meliá, passando pela Casa dos Salazares e terminando nos solares da pequena povoação de Fiscal, há diversos imóveis brasonadas no concelho.
Rosário Campos, docente da ESEC apresentou ontem, durante as jornadas de turismo, um estudo onde é destacada a sua origem e relevância para o turismo. A investigadora realça que a Lousã constitui um núcleo raro a nível arquitectónico. Na origem deste fenómeno esteve o "enriquecimento significativo" de diversas famílias detentoras de latifúndios que, ao longo do século XVIII, beneficiaram da disseminação da lucrativa cultura do milho. O dinheiro ganho foi aplicado na construção de casas que chegaram aos nossos dias com a patine do tempo. Ontem decorreram, também, comunicações que colocaram em destaque o regime jurídico dos empreendimentos turísticos, o papel da Região de Turismo do Centro e a parceria público?privada na recuperação do património.

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