A Câmara de Miranda do Corvo não se conforma com a extinção da Agência de Prevenção de Incêndios Florestais, anunciada pelo Governo e ontem aprovou, por unanimidade, uma moção que defende a continuidade daquela estrutura no concelho, cujo encerramento foi recentemente anunciado pelo ministro da Agricultura.
«Defendemos que a APIF não seja encerrada e se mantenha sediada em Miranda do Corvo, na Zona do Pinhal, próxima da Universidade de Coimbra e equidistante de Lisboa e do Porto», refere o documento apresentado pela presidente, Fátima Ramos. A autarca social-democrata considera que «Coimbra e a região Centro ficam ainda mais pobres com este encerramento», afirmando que «a medida só se compreende numa lógica centralista».
Para além de reclamar a manutenção da agência, Fátima Ramos defende ainda que este organismo «veja alargada as suas competências e que dependa directamente do primeiro-ministro ou da presidência do Conselho de Ministros».
A moção aprovada será enviada ao primeiro-ministro, ministros da Administração Interna e da Agricultura e aos líderes parlamentares dos partidos representados na Assembleia da República.
As competências da APIF serão transferidas para a Direcção-Geral de Recursos Florestais, no âmbito da reestruturação do ministério da Agricultura.
A agência foi criada pelo Governo de Durão Barroso em Abril de 2004, tendo iniciado funções em Agosto do mesmo ano com a missão de concertar estratégias, compatibilizar intervenções e orientar e desenvolver acções de prevenção e protecção da floresta contra incêndios.
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