O Estado português poderá vir a ser accionado judicialmente, ainda este ano, caso não providencie na resolução do problema da subida da lampreia, no açude-ponte de Coimbra, afirmou ontem o líder da Confraria da Lampreia, Eustácio Flórido, durante a apresentação do XI Fim-de-semana da lampreia, que começa amanhã e termina no domingo, em Penacova.
Trata-se de uma antiga reivindicação das populações daquela região e dos apreciadores daquele prato sazonal, sem solução à vista, assunto que já andou pela Assembleia da República.
Este ano são 13 os restaurantes aderentes à iniciativa, à espera dos sete milhares de pessoas previstos para a referida data, provenientes de todo o país.
Cada lampreia terá um custo de 60 euros e a dose ficará pelos 20 euros.
Maurício Marques, presidente do município, destaca, uma vez mais, a importância da "escada da lampreia", em Coimbra, mas garante a qualidade e quantidade do produto, apesar de tudo.
Por outro lado, afirmou que foi graças ao festival que se recuperou a doçaria regional conventual.
A quem almoçar ou jantar em Penacova, durante este fim de semana, a Edilidade oferecerá um pastel de Lorvão ou Nevada, além da água de Penacova.
Como inovações, Maurício Marques apontou a junção do arroz carolino do Vale do Mondego com a lampreia e a oferta de ementas bilingues e personalizadas, com informação turística do concelho, aos restaurantes locais.
O comércio aderiu à iniciativa, praticando horários especiais, a par do lançamento da "Rota saberes & sabores", com a venda de produtos artesanais e tradicionais, ao longa das ruas da vila, sobretudo ligados ao rio Mondego, além de variada animação.
Simultaneamente, decorrerá na "Capital da Lampreia" o V Capítulo da Confraria da Lampreia, com a consequente reunião dos maiores gastrónomos do país, a fim de provarem o "prato nobre" de Penacova.
Um comentário:
Ao menos a lampreia não é importada do Chile nem se vende no talho da mana.
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