Um homem de 50 anos morreu ontem de manhã esmagado por uma máquina numa serração de madeiras, na zona industrial do Alto do Padrão, Lousã
O ambiente ontem de manhã era de grande consternação na serração Manuel Dias e Filhos, situada na zona industrial do Alto do Padrão, Lousã, pela morte de um operário que manobrava uma máquina de descascar rolos de madeira.
O acidente, que ocorreu por volta das 9h45, logo a seguir ao pequeno almoço, vitimou Arlindo Mendes, de 50 anos, funcionário da empresa desde 1995.
O malogrado trabalhador foi apanhado pelo tapete rolante da descascadeira e esmagado pela máquina. Os colegas só se aperceberam da situação quando se depararam com o corpo desfigurado.
«Acho incrível como é que ele entrou na máquina juntamente com um rolo», refere Mário Oliveira Dias, de 52 anos, colega de trabalho e amigo, ainda incrédulo com o sucedido.
Afirmou ainda que a vítima era um trabalhador experiente e que «tudo se passou sem que ele soltasse um grito», acrescentando que quando se aperceberam do sucedido já era tarde de mais.
«Ouvimos um barulho correspondente a um esforço maior da máquina e o meu ajudante em tom de brincadeira perguntou-me se o Arlindo tinha posto dois rolos ao mesmo tempo, mal imaginava o que estava a suceder», contou Mário Dias.
O óbito foi confirmado no local pela equipa do VMER, tendo o corpo sido removido pelos Bombeiros Municipais da Lousã para o Instituto de Medicina Legal, onde foi autopsiado durante a tarde.
Fonte da empresa Manuel Dias e Filhos confirmou que o funcionário se encontrava no local de trabalho a manobrar uma máquina de descascar rolos de madeira de que era operador há vários anos.
A mesma fonte adiantou que não se sabe o que se passou, referindo que na altura do acidente as máquinas ainda não estavam em pleno funcionamento e que o operário não terá gritado por auxílio.
A morte de Arlindo Mendes provocou grande consternação na localidade de Vila Flor, freguesia de Vila Nova, Miranda do Corvo, de onde era natural e residente. Era casado com Maria Manuela Ferreira e deixa três filhos menores, duas meninas com 14 e quatro anos e um rapaz de oito.
Na aldeia era tido como uma «pessoa simples, recatada e bastante trabalhadora», frisou Palmira Bento Bacalhau, vizinha da vítima.
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