terça-feira, fevereiro 24, 2004

Máquina esmagou trabalhador na Lousã.............

Um homem de 50 anos morreu ontem de manhã esmagado por uma máquina numa serração de madeiras, na zona industrial do Alto do Padrão, Lousã

O ambiente ontem de manhã era de grande consternação na serração Manuel Dias e Filhos, situada na zona industrial do Alto do Padrão, Lousã, pela morte de um operário que manobrava uma máquina de descascar rolos de madeira.
O acidente, que ocorreu por volta das 9h45, logo a seguir ao pequeno almoço, vitimou Arlindo Mendes, de 50 anos, funcionário da empresa desde 1995.
O malogrado trabalhador foi apanhado pelo tapete rolante da descascadeira e esmagado pela máquina. Os colegas só se aperceberam da situação quando se depararam com o corpo desfigurado.
«Acho incrível como é que ele entrou na máquina juntamente com um rolo», refere Mário Oliveira Dias, de 52 anos, colega de trabalho e amigo, ainda incrédulo com o sucedido.
Afirmou ainda que a vítima era um trabalhador experiente e que «tudo se passou sem que ele soltasse um grito», acrescentando que quando se aperceberam do sucedido já era tarde de mais.
«Ouvimos um barulho correspondente a um esforço maior da máquina e o meu ajudante em tom de brincadeira perguntou-me se o Arlindo tinha posto dois rolos ao mesmo tempo, mal imaginava o que estava a suceder», contou Mário Dias.
O óbito foi confirmado no local pela equipa do VMER, tendo o corpo sido removido pelos Bombeiros Municipais da Lousã para o Instituto de Medicina Legal, onde foi autopsiado durante a tarde.
Fonte da empresa Manuel Dias e Filhos confirmou que o funcionário se encontrava no local de trabalho a manobrar uma máquina de descascar rolos de madeira de que era operador há vários anos.
A mesma fonte adiantou que não se sabe o que se passou, referindo que na altura do acidente as máquinas ainda não estavam em pleno funcionamento e que o operário não terá gritado por auxílio.
A morte de Arlindo Mendes provocou grande consternação na localidade de Vila Flor, freguesia de Vila Nova, Miranda do Corvo, de onde era natural e residente. Era casado com Maria Manuela Ferreira e deixa três filhos menores, duas meninas com 14 e quatro anos e um rapaz de oito.
Na aldeia era tido como uma «pessoa simples, recatada e bastante trabalhadora», frisou Palmira Bento Bacalhau, vizinha da vítima.

Nenhum comentário: