Mais do que justificado.........
Depois da Mealhada do distrito de Aveiro, agora Mortágua do distrito de Viseu.
A futura Grande Área Metropolitana de Coimbra (GAMC) deverá agrupar 450 mil habitantes de 16 concelhos, disse ontem o presidente da Câmara de Coimbra, após uma reunião de autarcas.
A GAMC – a única, para já, na região Centro – integrará 14 dos 17 concelhos do distrito (de fora ficam Pampilhosa da Serra, Arganil e Oliveira do Hospital), Mealhada (Aveiro) e Mortágua (Viseu).
No final de uma reunião com autarcas dos municípios fundadores da GAMC, ontem realizada em Coimbra, o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, manifestou-se convicto de que a nova estrutura está “em vésperas de agrupar 16 concelhos (contando com Tábua) o que, a acontecer, significa cerca de 450 mil habitantes”.
Carlos Encarnação encara com naturalidade o facto de três concelhos do distrito optarem por ficar de fora da GAMC e de dois de outros distritos aderirem, tendo em conta “os fluxos e interesses conexos” dos vários municípios aderentes.
“Compreendo o princípio de liberdade de decisão, ninguém adere àquilo que não quer e não me compete fazer pressão sob quem quer que seja para aderir”, disse. Segundo o autarca de Coimbra, o pedido para formalização, em escritura pública, da GAMC, já foi formalmente efectuado e falta apenas as assembleias municipais de sete municípios ratificarem a adesão.
Sobre quem recairá a presidência da futura GAMC, Encarnação disse que “essa questão não se coloca nem foi discutida. Partem todos (os municípios) em pé de igualdade”.
GÓIS EM DEFINITIVO
O presidente da Câmara de Góis, José Girão, garantiu, por sua vez, que “está decidida” a adesão do seu concelho à GAMC, considerando ultrapassada uma controvérsia gerada entre o executivo municipal e o presidente da assembleia municipal, José Cabeças, que defendia a integração do concelho na Comunidade Intermunicipal da Beira Serra e Pinhal.
“Desde Dezembro de 2002 que pedimos a adesão a Coimbra, só podíamos voltar atrás com autorização da assembleia municipal, que, com 16 votos a favor e duas abstenções (um deputado do PS e outro do PSD), já ratificou a adesão”, sublinhou.
Contrariamente à posição assumida por José Cabeças, José Girão defende que Góis “apesar de ser um concelho pequeno, só tem a ganhar com a integração na GAMC”. Confrontado com o facto de concelhos vizinhos, como Arganil e Oliveira do Hospital, preferirem a Comunidade Intermunicipal da Beira-Serra e Pinhal, José Girão afirma “nada ter contra” e que as relações de Góis com esses concelhos “continuam a ser as mesmas”.
Até agora, Coimbra é a única Grande Área Metropolitana definida na Região Centro. Há uma semana, o presidente da Câmara de Viseu disse que faltavam apenas quatro mil habitantes para que Viseu atingisse os 350 mil habitantes necessários à constituição de uma Grande Área Metropolitana. Se tal não acontecer, ficará como Comunidade Urbana.
Tabuenses querem... Coimbra
Os três concelhos do distrito de Coimbra excluídos da GAMC preparam-se para formar a Comunidade Intermunicipal da Beira-Serra e Pinhal, conjuntamente com Castanheira de Pêra, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos (Leiria) e Sertã (Castelo Branco).
Tábua oscilava entre aquela comunidade intermunicipal, a Comunidade Urbana de Viseu e a GAMC. Porém, no próximo dia 27, a assembleia municipal deverá ratificar a integração na GAMC, após uma sondagem encomendada pela autarquia que conclui ser esse o desejo de 70 por cento da população, confirmou a Agência Lusa junto do gabinete de apoio ao presidente.
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