A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) reagiu ontem com dureza às críticas feitas pela GNR sobre a forma como as autarquias punem a falta de limpeza das matas e de prevenção aos incêndios florestais. À denúncia da falta de seguimento dado aos autos levantados pelos militares da Guarda, Jaime Soares responde com números e adianta que a ANMP é a favor da dissuasão e não da repressão.
Este ano, de acordo com a informação de 210 municípios, foram levantados 4382 autos. Destes, 1182 resultaram em admoestações, 2366 estão em fase de instrução e 713 em coimas. Houve ainda 121 autos arquivados. Jaime Soares lembra que a lei não prevê apenas o pagamento de uma coima mas outras formas de sanção como a admoestação.
"A multa nem sempre faz sentido. Até porque há autos que são cegos. Por exemplo, deve-se punir alguém que estava a fazer uma queimada em dia de chuva?" questiona o responsável da ANMP com a pasta dos fogos. Jaime Soares garante que todos os autos são investigados mas que, nalguns casos, se justifica mais enviar uma carta a explicar ao notificado que não deve repetir o seu comportamento de risco do que multá-lo.
A ANMP defende até que seja criado um manual que dê instruções ao agente que preenche o auto, de modo a que este contenha mais informação que contextualize e ajude os presidentes de câmara a decidir como actuar e punir. Por exemplo, se a queimada foi feita num dia de chuva essa informação é relevante e deve constar do auto levantado.
"Aplicar a lei não passa só por multar toda a gente que é notificado. Há que ter um papel pedagógico nesta fase em que se opera uma mudança cultural deste tipo e tendo em conta que a lei ainda é recente", afirma.
A resposta dos autarcas vem na sequência das críticas feitas pelo segundo comandante da Guarda, Mário Cabrita. Na terça-feira, no balanço da época de fogos, o responsável da GNR acusou os autarcas de não aplicarem a lei, muitas vezes por questões eleitoralistas.
Jaime Soares responde no mesmo tom. "A GNR que faça o que tem a fazer, que nós, autarcas, fazemos a nossa parte. E deixem-nos em paz", afirmou, acrescentando que os autarcas não querem governar com o dinheiro das multas.
4 comentários:
Aqui o jaime esteve bem. Normalmente estes comandantes comportam-se piores do que um cabo de esquadra.
Esse comandante como muitos outros, nunca andou com um sacho nas mãos ou com uma roçadoura a cortar silvas. Estes renegam normalmente as origens e ate são descendentes de gente humilde, que roçou muitas silvas e que alombava com elas às costas para fazer a cama para os animais.Estes filhos agora têm vergonha dos pais que tiveram e que os ensinaram a ler e a escrever quando eles eram analfabetos.
A dignidade deles devia passar por entender o que se passa hoje em dia nas nossas aldeias e com as nossas gentes que não fugiram para a cidade á procura duma vida diferente.É realmente cobarde e desmedida este tipo de atitudes da GNR.Haja pedagogia para ensinar e entusiasmar as nossas gentes das aldeias assim como deve haver pedagogia para ensinar os "civicos" a conviver com a sociedade civil
Jaime agora defendeu uma boa causa.
ate propunha por os GNR nas horas de menos aperto a limpar as matas e as bermas das estradas. Era uma função digna e util que lhes daria uma boa preparação fisica.
O ficar sentado a dormir e a ressonar na secretaria ou na camarata, faz muito mal ao coração e eleva os niveis de colestrol e açucar no sangue.
aproveitem bem esse exercicio fisico que ate dignificaria a função. Não tenham vergonha.
Afinal de contas é ou não às autarquias que compete a limpeza das bermas das estradas? Vão por esse concelho fora e vejam a vergonha que se passa em alguns sitios, por exemplo na antiga estrada Ventosa / Lourêdo que está um autêntico depósito de lixo.
Quando é que volta a haver eleições, mesmo... ?
Se alguem quiser limpar as valetas e queimar esses restos e lixos, vem logo a GNR acorrer, mas não é para ajudar.
mas os bombeiros tambem não ajudam.
Se houver fogo fora do controle é que aparecem ou se alguem telefonar para lá.
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