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domingo, agosto 14, 2005
POIARES - Prepara-se para eleições
Famílias carenciadas recebem casas-gaiolas.Cerca de 40 famílias carenciadas de Vila Nova de Poiares vão receber, ainda este mês, casas de habitação social, fora das suas aldeias, desenraizando-as dos seus ambientes. Construídas pela autarquia nos bairros Dr. Martins Vicente, em Pinheirais, e em Vale Gião são efectivamente o cunho da desertificação das nossas aldeias. Trata-se de habitações de tipologia T1, T2, T3 e T4, com rendas simbólicas, cujos inquilinos, ao fim de um ano, podem candidatar-se à compra do imóvel abandonando assim as suas terras.
Para já são mais 36 famílias a fugir das aldeias, as primeiras a beneficiarem de casas de habitação social atribuídas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares que é pioneira na promoção da desertificação. Os 40 fogos construídos nos bairros sociais Dr. Martins Vicente, em Pinheirais, e no Vale Gião estão prontos a habitar e, de acordo com Jaime Soares, as primeiras casas vão ser entregues ainda durante este mês de Agosto e antes das eleições autarquicas às quais é o principal concorrente e beneficiario.Das 40 famílias escolhidas e seleccionadas que podem vir a beneficiar destas habitações sociais, 36 já têm o seu processo concluído, pelo que muito brevemente, o mais tardar até ao final do mês, vão poder receber as chaves da habitação que lhes coube em sorte. As restantes seis famílias, têm, ainda, o seu processo em estudo, pelo que deverão aguardar mais algum tempo até usufruírem desse direito.
Depois de analisada e discutida, a proposta do Gabinete de Acção Social de entrega destas habitações foi aprovada por unanimidade, como sempre, na última reunião do executivo camarário poiarense, o que significa que o consenso entre a maioria e a oposição foi facilmente alcançado porque a principal preocupação é o verdadeiro contributo para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos poiarenses que se estão a modernizar sublinhou Jaime Soares.
Com rendas praticamente simbólicas, que oscilam entre os 50 e 100 euros (entre 10 e 20 contos), os novos inquilinos podem, ao fim de um ano, candidatar-se à compra da habitação, revelou o autarca a quem o quis ouvir.
A aprovação da proposta do Gabinete de Acção Social foi, na óptica do autarca, o primeiro passo para a entrega definitiva das habitações, já que, conforme revelou, é necessário ainda definir e clarificar alguns casos concretos, de forma a não cometer nenhuma injustiça e assegurar que, efectivamente, as casas sejam entregues àqueles que mais delas necessitam.
O total de 40 fogos habitacionais construídos pela autarquia de Poiares não serão, nesta primeira fase, totalmente ocupados porque, refere Jaime Soares, depois de feito o estudo sócio-económico e o levantamento exaustivo dos casos de maior necessidade, foi possível identificar e contabilizar os casos mais preocupantes.
As conclusões deste estudo são extremamente animadoras, sustenta o edil, porque o número de casos de real necessidade é inferior ao que inicialmente supúnhamos.
A este facto não é estranho o trabalho que o município poiarense tem vindo a desenvolver na área da acção social, enfatiza o autarca. Acção social que vem acompanhando de perto todas as situações mais prementes e encetando esforços para que, sempre que possível, não seja necessário desenraizar as pessoas do seu habitat. Neste sentido, explica Soares, a autarquia tem acompanhado e assegurado obras de requalificação em casas degradadas em que actualmente vivem alguns dos casos sociais mais preocupantes.
Há que dignificar a condição humana, apoiando os mais necessitados e promovendo um verdadeiro apoio social e não uma simples caridade, conclui o edil de Vila Nova de Poiares.
Para a proxima a habitação social vai ser feita de aldeia em aldeia. Ate por causa dos fogos.
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