segunda-feira, outubro 13, 2003

Futebol - Taça da AFC

A ADPoiares segue em frente.........

Com o condão de lutador e de indomável insurreição. A ADPoiares foi uma equipa atrevida, aterradora, resoluta e não entrou em danças macabras.


A.D.Poiares 2 - Meruge 1


Poiares



Gonçalo, Tó, Carlão, Miguel, Joel, Tavares, Chelito (cap.), Armando, Ricky, Simões e Pimpão.
Substituições: Miguel por Asdrúbal (20m), Chelito por Miranda (46m) e Tavares por Telmo (75m).
Suplentes não utilizados: Dani, Bico, Marco e André Pimpão.
Treinador: Marcelino.

Campo Fernando Lima, em Poiares.
Assistência: cerca de 80 espectadores.
Árbitro: Fernando Baptista.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Sócrates (57m), Pimpão (85m) e Miranda (95m).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Artur (49m), Pimpão (68m), Bobo (90m), Asdrúbal (94m) e Marco (95m).

Com o condão de lutador e de indomável insurreição. O Poiares foi uma equipa atrevida, aterradora, resoluta e não entrou em danças macabras. Sofrimento e espírito de sacrifício em prol de um rosário de paciência aglutinador que muitas dores de cabeça deu ao Meruge que não mexeu uma palha do seu “palheiro”.
Na primeira parte, muita cabeça no ar e saliva gasta em seco com o Poiares a assumir as despesas do jogo e a não dar tréguas a um Meruge que pretendia tirar partido do erro opositor e desmanchar a cadeia bem presa dos pensamentos do Poiares. Estavam reunidas as condições para a reflexão da insaciável vontade dos locais e a submissão dos forasteiros.
De vistas largas e de profundo amanhar de terreno, o Poiares começava a montar a tenda junto das areias doces do Meruge e, aqui, as equipas davam início a um vaivém de operações sem prenúncios de perigo. De um lado, o Poiares com um futebol rendilhado e de visão aguçada; do outro o Meruge mergulhado em ideias acidentadas espalhadas ao acaso. Promessas de manutenção de meios mais consequentes eram um desafio para depois do descanso.
No segundo tempo, o balançar das equipas ganhou mais ritmo e poder de síntese. Nesta fase, o Poiares dispôs da oportunidade de uma grande penalidade e desperdiçou com Rui a travar o remate de Simões. A semente da persistência ficou no ar e o tempo era suficiente para desfavorecer o protagonista.
Contra a corrente, Sócrates, aos 57 minutos, abre o marcador e “põe os pontos no is” ao Poiares. Um golo com amargura e angústia lançou os “bons” da casa para uma figura de peito feito e de relativo crescendo a trabalhar alucinadamente. Recorria-se a uma chamada de melhor concentração para atingir um Meruge que, segundo a segundo, estava preso por arames. E, de uma golpe de insubmissão, o Poiares fez a reviravolta no marcador quando, aos 85 e 94 minutos, Pimpão e Miranda, de castigo máximo, permitiram aos donos da casa seguir em frente na competição.
Arbitragem arrojada.


in Diario de Coimbra -João Ventura

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