terça-feira, setembro 28, 2004

Batalha do Buçaco comemorada a rigor


A Região Militar do Norte celebrou ontem dia 27,o 194.º aniversário da Batalha do Buçaco. Nas comemorações participaram dezenas de militares fardados à época e munidos das peças de artilharia utilizadas no combate. A população juntou-se em peso às cerimónias, a que assistiu com grande entusiasmo

Centenas de militares subiram ontem a um dos pontos mais altos do Buçaco, o Obelisco, para reviverem a batalha que nessa encosta se travou há 194 anos.
Num ambiente de paz, às comemorações de mais um aniversário, que já se tornaram uma tradição (celebrado há mais de 100 anos), juntaram-se centenas de pessoas, entre elas algumas individualidades, nomeadamente da vida militar, destacando-se o adido militar do Reino Unido, que fez questão de estar presente no aniversário de uma batalha de onde saíram vitoriosas as tropas do seu país.
As comemorações decorrem no seguimento de uma tradição iniciada no reinado de D. Manuel II e pretendem homenagear o esforço português para libertar o território nacional da ocupação francesa e a sua participação nas guerras napoleónicas entre 1808 e 1814.
"Esta é uma data bastante importante na nossa história, que marca uma vitória grandemente apoiada pelo exército inglês e pela própria população. Foi uma batalha difícil, mas que provou a perfeita simbiose entre as forças armadas e o povo", revelou fonte da Região Militar do Norte.
Na verdade, a Batalha do Buçaco é algo que "faz parte da memória colectiva deste concelho, tendo deixado marcas", frisou o presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral. É uma página da história que "orgulha as pessoas" e, por isso, acrescenta, "é uma data festiva (que até aos anos 20 foi feriado municipal), que todos vivem com muito respeito".
Como é tradicional, as comemorações na Serra do Buçaco tiveram como ponto alto um cortejo histórico- -militar e religioso, com soldados envergando fardas da época, num percurso entre o museu e o terreiro do Obelisco, concluído em 1873 para evocar a batalha.
Após uma palestra alusiva às comemorações, seguiu-se uma visita ao Museu Militar, criado em 1910 para assinalar o primeiro centenário da batalha. Por fim, decorreu um almoço nas Portas de Coimbra.
A Batalha do Buçaco teve lugar na terceira invasão francesa, a 27 de Setembro de 1810, altura em que Napoleão destacou 70 mil homens para ocupar Portugal. Causou pelo menos 3 mil feridos, além de 1.500 mortos.
Na altura, as tropas luso-britânicas comandadas pelo duque de Wellington venceram os franceses, superiores em número e artilharia, valendo-se da sua táctica e do conhecimento perfeito do terreno.
As comemorações deviam-se alargar ao vizinho concelho de Poiares, pois na fuga da batalha as tropas francesas em debandada pernoitaram a 1ª noite na Ponte da Mucela onde destruiram os olivais existentes para fazerem fogueiras quer para se aquecerem quer para fazerem a comida e na 2ª noite ficaram na Serra de Sta Quiteria.
Um dos oficiais franceses ferido, de nome Sierra refugiou-se e ficou em terras da Ponte de Mucela onde mais tarde constituiu família.Dele eram descendente as familias Serra da Ponte de Mucela. ( Juiz Desembargador Jaime Serra ?? ).

Um comentário:

Anônimo disse...

A família Serra da Ponte da Mucela tem origem num oficial francês de nome Sierra??

Mas que aldrabice tão rebuscada!!!

Os Serras da Ponte da Mucela existem desde meados do Sec XVII quando Francisco Rodrigues Serra, de Vale do Espinho casa com uma das filhas de Bento da Cunha, estalajadeiro da Ponte da Mucela, e se estabelece aí. A partir dessa data TODOS os SERRAS descendem desse casal e não de nenhum François Sierra!!!! ((Tudo pode ser comprovado pela consulta dos registos paroquiais da freguesia de São Martinho da Cortiça, freguesia a que pertence Ponte da Mucela, que aliás não regista nenhuns filhos ou netos de nenhum francês!!!!)

João Caldeira