Três IC?s a um passo da gaveta
As declarações do secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas desencadearam uma onda de descontentamento nos autarcas da Beira Serra.
Os autarcas da Beira Serra (Arganil, Tábua, Oliveira do Hospital, Seia e Gouveia) não gostaram nada das últimas declarações do secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas sobre o IC7 (Vendas de Galizes?Celorico da Beira), IC6 (Covilhã?Coimbra) e IC37 (Seia?Viseu).
Jorge Costa revelou na semana passada em Gouveia que o Governo está a reanalisar os projectos destes itinerários. Aquele membro do Governo foi mesmo mais longe e disse que estes IC?s se encontram "muito próximos uns dos outros e têm que ser revistos" no âmbito do Plano Rodoviário Nacional.
No entender do secretário de Estado, "parece?nos que para uma região tão pequena, em termos de dimensão de território, são IC?s a mais". Acrescentando que estas acessibilidades têm que ser reequacionadas, para definir os traçados que melhor servem os interesses da região e avançar para os projectos definitivos, porque os meios financeiros à nossa disposição são escassos, há estudos ambientais a ter em conta, assim como a A23 e o facto da A25 ficar pronta em 2006.
Para os autarcas desta região, isto poderá significar que o governo se prepara para colocar na gaveta estas vias que têm vindo a reivindicar há muito tempo.
Para além destes autarcas, também o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto (PSD), deixou claro que o IC6 tem que avançar o mais rapidamente possível. O edil da outra margem da Serra da Estrela está com os autarcas do lado de cá da montanha e quer até o IC6 com perfil de auto?estrada. Isso mesmo já reivindicou junto do primeiro?ministro, Santana Lopes a quem enviou recentemente uma carta solicitando a abertura do concurso público para a construção desta via.
Tentou-se ouvir o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, mas Mário Alves (PSD), que tem sido também um dos mais reivindicativos na questão do IC6, tendo inclusive já ameaçado com uma marcha lenta na EN 17 se o troço do itinerário não fosse construído entre Catraia dos Poço (Arganil) e Vendas de Galizes (Oliveira do Hospital), não quis fazer comentários sobre as declarações do secretário de estado.O autarca não terá ficado muito contente com a opinião apontada.
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