sexta-feira, maio 27, 2005

FLORESTAS - Ainda só há dois helicópteros para combate aos fogos

O Governo ainda não sabe quais serão os meios aéreos com que vai contar para a "época de fogos", que está a decorrer desde meados deste mês.

Dromadair vão regressar à Lousã
Na segunda fase (Julho, Agosto e Setembro) deverão estar operacionais 47 meios aéreos, entre aviões e helicópteros. Quanto aos aviões, foi confirmado o regresso dos ligeiros Dromadair, dois dos quais ficaram sediados no aeródromo da Lousã.
Os três ramos das Forças Armadas vão colaborar na prevenção e combate aos fogos florestais, sendo que a Força Aérea dá apoio na vigilância e detecção de incêndios a partir de missões de voo normais. Além disso, disponibiliza as suas bases para apoio logístico e reabastecimento de aeronaves ao serviço da Administração Interna, bem como dois helicópteros Alouette III, para coordenação de operações e transporte de pessoal.
Quanto aos postos de vigilância, o coordenador da Circunscrição Florestal do Centro, José Gravato - que participou na reunião em Coimbra com o responsável da ANIF- adiantou que, através de "plano de contingência", já foram activados 31 postos de vigia na sua área de intervenção, nove dos quais no distrito de Coimbra. No entanto, criticou a existência de vários postos de vigia da região, designadamente os que funcionam na Figueira da Foz, Montemor?o?Velho e Penela, que "não se relacionam" com o CDOS de Coimbra.
Lamentando que estes postos "funcionem de forma desgarrada", José Gravato defendeu que eles venham a ser incluídos na rede nacional de postos de vigia do Ministério da Agricultura, que compreende 240 unidades do género de norte a sul do país.

PREVENÇÃO - A missão dos sapadores florestais

Na Circunscrição Florestal do Centro estão em acção 94 equipas de sapadores florestais, equipados com carros de primeira intervenção.
Existem actualmente 890 operacionais, número que aumentará no Verão para 1.679, apoiados por 343 viaturas, no âmbito do dispositivo especial de combate aos fogos, apresentado pelo Ministério da Administração Interna.
A maior parte destes trabalhadores estão ao serviço das organizações de produtores florestais, 25 por cento prestam serviço nos órgãos da administração de baldios e dois por cento às autarquias. Aveiro possui duas equipas de sapadores florestais, Castelo Branco 23, Coimbra 15, Guarda 25, Leiria 12 e Viseu 18.
A formação ministrada a estes profissionais tem a duração mínima de 110 horas, incidindo sobre caracterização florestal, operações e técnicas de silvicultura, actuação de equipas de sapadores e operações de apoio ao combate a incêndios.
O sapador é caracterizado como ?um trabalhador especializado, com perfil e formação específica através de acções de silvicultura preventiva, nomeadamente da roça de matos e limpeza de povoamentos, realização de fogos controlados, manutenção e beneficiação da rede divisional, linhas quebra?fogo e outras infra- estruturas?.Além disso, exerce funções de ?vigilância das áreas a que se encontra adstrito, apoio ao combate aos incêndios florestais, operações de rescaldo e sensibilização do público para as normas de conduta?.

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