sexta-feira, maio 28, 2004

Poiares recebe "Trilhos da Chanfana"


A quinta prova do Campeonato Regional de Ralis do Centro reúne uma excelente lista de inscritos, colocando a prova do Clube Motorizado de Poiares na rota de preferências dos pilotos. O Rali Trilhos da Chanfana com a participação de 44 equipas, sete das quais provenientes do ?Regional? Sul

É já no próximo domingo que vai para a estrada mais uma ronda do Campeonato Regional de Ralis do Centro promovida pelo Clube Motorizado de Poiares.
A entidade organizadora, no sentido de mobilizar o maior número de equipas, apostou claramente nos benefícios dos pilotos e reduziu o preço das inscrições, o que em muito contribuiu para a adesão em massa. Face a este desiderato, 44 equipas responderam positivamente aos anseios do Clube Motorizado de Poiares que, desta forma, recebe um "batalhão" de pilotos e maquinas provenientes de Norte a Sul do país.

Expo-Miranda abre com Xutos e Pontapés


É hoje inaugurada a XIV Expo-Miranda, certame que reflecte a actividade económica, industrial, agrícola, cultural, social e artesanal do concelho de Miranda do Corvo. À noite, os Xutos e Pontapés dão o mote para cinco dias de festa

Pelas 19h00 de hoje, o governador civil de Coimbra inaugura a XIV Expo-Miranda, que vai decorrer na Praça da Liberdade até ao próximo dia 1 de Junho, feriado municipal do concelho.
Para esta edição estão confirmados cerca de 170 expositores, número idêntico ao do ano passado e que não pode ser ultrapassado, uma vez que o espaço se tornou exíguo para esta realização.
Uma situação que a presidente da edilidade disse estar a tentar resolver mas que não será alterada a curto prazo. Segundo Fátima Ramos, já existem alguns locais em estudo, mas «dificuldades existentes ao nível do Plano de Urbanização têm impedido este processo de avançar na velocidade desejável».
No entanto, a Comissão Organizadora e a autarquia mostraram-se empenhadas em aumentar a qualidade do certame, estimulando os expositores a apresentar melhores stand's.
A novidade deste ano prende-se com a criação de uma secção de artesanato local, com artesãos a trabalhar ao vivo. «Haverá a participação de artesãos de olaria, latoaria e tecelagem numa clara aposta na defesa e divulgação destas actividades», garantiu a presidente da Câmara.

O certame encerra no dia 1 de Junho, feriado municipal do concelho, com a actuação do grupo Porquinhos da Ilda. Para este dia a Câmara preparou um programa de comemorações do qual se destaca a inauguração do cinema, construído em cooperação com a ADFP.

quinta-feira, maio 27, 2004

Lousã é capital do papel e do livro


Exposições, espectáculos, encontros com escritores e, acima de tudo, muito papel e livros, ou não fosse esta a ?Lousã - Capital do Papel e do Livro?. Na sua 4.ª edição, o certame vai dar a conhecer o património e cultura papeleira do concelho, não esquecendo toda a industria que fez da Lousã um grande centro produtor de papel

A vila da Lousã acolhe, de amanhã a 1 de Junho, a 4.ª edição da "Lousã - capital do papel e do livro", um certame que surge pela grande tradição papeleira no concelho.
Numa organização da Câmara Municipal, a feira pretende destacar o património industrial local e desenvolver vocações nos domínios científicos e tecnológicos. Nesta quarta edição, mais uma vez, os objectivos profissionais, industriais e comerciais das empresas vão associar-se aos objectivos pedagógicos, científicos e patrimoniais que a Lousã pretende dinamizar.
Assim, a autarquia vai promover a Rota do Papel, que dará a conhecer as indústrias da Lousã ligadas à produção de papel, nomeadamente matérias primas, produção de energia, produção/transformação de papel, produção do livro e produção de derivados de papel, empresas que fazem da Lousã um grande centro papeleiro. Refira-se que a tradição papeleira no concelho remonta a 1716, ano ao qual se atribui a instalação do "Engenho do Papel".
A decorrer no Parque Municipal de Exposições, a feira vai ter um vasto conjunto de actividades. O primeiro dia de feira começa pelas 10h00, altura em que se procede à abertura do certame, a que se segue um encontro com a escritora Isabel Jardim de Campos, para os alunos do ensino pré-escolar. Durante o dia o recinto será animado pela Escola Profissional da Lousã (EPL), e à noite, pelas 21h30 actuará, no recinto exterior da feira, a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Lousã.

quarta-feira, maio 26, 2004

ADIBER entregou equipamentos a 35 freguesias da Beira Serra


Sete tracto-carros, 13 tractores com reboque, 32 moto-serras, 35 moto-roçadouras, 35 kits de protecção individual entre muitos outros equipamentos foram entregues ontem de manhã no aeródromo de Coja, pela ADIBER, Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra a 35 juntas de freguesia

Em causa está o projecto ?Trato(r) Bem do Ambiente? desenvolvido no âmbito do programa Leader+ apresentado pela ADIBER às 59 freguesias da sua zona de intervenção, das quais aderiram 35: 12 de Oliveira do Hospital, 13 de Arganil, cinco de Tábua e as 5 freguesias do concelho de Góis.
O investimento ascende a mais de 400.000 euros tendo sido apoiado pelo programa Leader+ na ordem dos 260.000 euros e o restante da responsabilidade das juntas de freguesia aderentes .
Uma iniciativa que no entender de José Cabeças, presidente da ADIBER só foi possível «devido ao trabalho estabelecido entre esta associação, as juntas de freguesia e as câmaras municipais». O equipamento distribuído, de acordo com este responsável, constitui «o tratamento mais eficaz para responder aos problemas infra-estruturais que aqui estão instalados e que tardam em ver uma resolução definitiva». José Cabeças lembrou o flagelo dos incêndios . «Aproximamo-nos da época dos fogos e este é também um projecto para colocar ao serviço da prevenção, no âmbito da limpeza das florestas, mas também com complementaridade com as áreas do ambiente e turismo».
Este projecto afirma-se igualmente contra a desertificação, pois aposta em «criar emprego ao nível local, das próprias juntas de freguesia», procurando fixar as «populações mais jovens e activas». «Sem emprego não haverá fixação de jovens e mão de obra activa que tanto precisamos na S região», alertou o também presidente da Assembleia Municipal de Góis.
Álvaro Calinas, presidente da Junta de Coja e da Associação de Freguesias de Direito Público de Arganil (que integra 10 freguesias, todas aderentes ao projecto), congratulou-se por este plano, mas não se escusou de dizer que, apesar de ser uma grande ajuda, espera «não seja a ultima», pois «precisamos de mais, a máquina é uma forma, mas não esqueçamos que aqui faltam postos de trabalho aliciantes».

O valor das freguesias

Por seu turno Armando Vieira, presidente da ANAFRE, Associação Nacional de Freguesias, defendeu os valores do associativismo. «O caminho é por aqui», disse, apelando aos autarcas para que se associem. «Já imaginaram uma rede nacional de 4254 freguesia e o que isso representa em termos de exigência relativamente ao poder central?», questionou «Nessa altura seremos respeitados», enfatizou. Aos «colegas das juntas» Vieira disse anda que «a sociedade da informação e a modernização administrativa têm de ser uma realidade nas freguesias», bem como o cumprimento rigoroso da lei, o que na sua opinião, «não se consegue com a actual situação das freguesias, que precisam ter mais recursos e os seus eleitos melhor remunerados».
Bastante satisfeito com este projecto estava Mário Vale vice-presidente da autarquia arganilense, que considerou esta maquinaria fundamental para o trabalho a desempenhar pelas freguesias. «Tenho a certeza que os presidentes de junta vão trabalhar bem e fazer com que estas freguesias se vão projectando cada vez mais, gerando mais emprego e turismo», referiu. Para o autarca este foi um «dia de festa e alegria que vamos recordar amanhã.
Em representação do Governo Civil esteve Ricardo Alves para quem «as juntas desenvolvem um trabalho fundamental, por isso merecem todo o apoio, no sentido de responder às expectativas dos cidadãos». Aquele responsável defendeu um «espírito de trabalho conjunto», envolvendo «autarquias, administração central e associações de desenvolvimento naquilo que é um desígnio para todos: intervir bem na floresta» disse. A terminar Rui Baptista, presidente da Comissão Nacional do Leader+, considerou estar-se perante «um projecto importante que reflecte a filosofia de um programa Leader». E o espírito Leader, concluiu, pretende dar às populações expressão nas suas decisões, apela à cidadania de todos nós, precisamente o que foi feito aqui hoje», concluiu. No final assistiu-se à entrega dos equipamentos às 35 freguesias.

Comentários cá do je......

Nem uma freguesia do concelho de Poiares.
Será que está preparada alguma associação de freguesias que englobe alguma de Poiares?
Não nos parece.
É pena.
Os fogos podem vir à vontade que em Poiares ha bombeiros que não precisam que as populações os ajudem.
O pior é que quem se lixa é sempre o mesmo.
E Gois aqui tão perto.

domingo, maio 23, 2004

MIRANDA DO CORVO - Marques Mendes inaugurou Praça da Cruz Branca

Marques Mendes, o ministro dos Assuntos Parlamentares, esteve ontem em Miranda do Corvo, onde inaugurou a Praça da Cruz Branca, a mais recente obra de requalificação desenvolvida pela autarquia liderada por Fátima Ramos.
As chuvas torrenciais e a trovoada obrigaram a alterar o programa das comemorações, que incluíram momentos de música, dança e convívio na nova praça.
A cerimónia de inauguração propriamente dita teve de ser adiada um pouco além do previsto, mas os grupos folclóricos e os gaiteiros não deixaram de actuar, perante alguns habitantes e com a presença do ministro Marques Mendes.
Segundo Fátima Ramos, presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, trata?se de uma ?obra que se insere nos projectos para a requalificação da vila? e que trará ao centro uma nova dinâmica. De acordo com a autarca, o espaço oferece a possibilidade de lazer e recreio, integrando uma zona de estacionamento e um parque infantil.
Situada junto à linha do caminho de ferro, a Praça da Cruz Branca foi construída em terrenos que estavam votados ao abandono há alguns anos. Além desta obra, Fátima Ramos sublinhou ainda o empenho da autarquia na recuperação de outros espaços centrais da vila, nomeadamente na zona histórica e na sua área envolvente.
No que se refere à presença de Marques Mendes na cerimónia, a presidente da Câmara de Miranda, revelou que o ministro tem sido ?muito colaborante? com os projectos desenvolvidos por aquela autarquia seja ao nível das acessibilidades seja em novos e equipamentos.




sexta-feira, maio 21, 2004

Tecnologia ao serviço da prevenção de fogos



Três helicópteros e um dirigível, comandados à distância, e com funções de detecção e avaliação de incêndios florestais, estão a ser testados na Lousã. Cada um custa cerca de 30 mil euros mas os ideais para este trabalho de prevenção dos fogos custam mais
de 60 mil euros

O aeródromo de Chã do Freixo, na Lousã, serviu ontem de base aos ensaios de teste e demonstração do uso de meios aéreos robotizados para apoio à gestão de incêndios florestais. Três helicópteros e um dirigível equipados com câmaras de vídeo, fotográficas e sensores de detecção de infra-vermelhos levantaram voo e transformaram-se nos olhos dos bombeiros no ar. Mas, na prática, cada equipamento custa cerca de 30 mil euros, o que pode dificultar a sua adopção.
O cientista português responsável por este projecto europeu de aplicação de meios aéreos robotizados (comandados à distância) na gestão dos fogos florestais, Domingos Xavier Viegas, manifestou a necessidade de uma maior integração destas técnicas desenvolvidas cientificamente nas actividades operacionais dos organismos estatais e privados.
Este docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, especializado na análise do comportamento do fogo, que, no âmbito do projecto SPREAD financiado pela União Europeia, coordena cerca de 40 cientistas alemães, franceses, espanhóis e portugueses, considera que nos incêndios do ano passado foi sentida «a falta destes meios».

Aeronaves recolhem informações do fogo
Apesar de admitir estar pouco optimista, após uma demonstração do desempenho das aeronaves, Domingos Xavier Viegas disse esperar «poder aplicar estes meios, em breve, em Portugal com o apoio das autoridades». Isto porque, quer os helicópteros quer o dirigível, podem ser equipadas com câmaras de vídeo, máquinas fotográficas de alta resolução ou sensores de infra-vermelhos.
Estes acessórios das aeronaves robotizadas proporcionam a recolha de informações sobre o foco de incêndio florestal, a área onde lavra e a sua dimensão. De acordo com esses dados, entretanto transmitidos e analisados num centro de coordenação operacional, quem assume as funções de comando pode «decidir melhor sobre os meios que vai usar».
O dirigível, especificamente, está equipado com sistemas capazes de «desenhar um mapa da vegetação» de uma área de acesso impossível aos bombeiros, pelo que, de acordo com Domingos Xavier Viegas, também presidente da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), pode substituir «o homem e outros meios mais dispendiosos necessários ao batimento do terreno».
Depois dos ensaios de campo e da demonstração, cientistas e aeronaves robotizadas seguem hoje, sexta-feira, para a Serra da Lousã, concretamente para Gondramaz, no concelho de Miranda do Corvo, onde vão ser testados noutros ensaios de campo relativos ao combate de incêndios florestais. Integrados no projecto SPREAD, estes ensaios são feitos por investigadores de 25 instituições europeias.
Para a utilização prática destas aeronaves robotizadas, os cientistas debatem-se com algumas dificuldades, como o facto destes equipamentos não serem os mais adequados para o trabalho no dia-
-a-dia. Digamos que servem para estes ensaios e testes mas para o trabalho no terreno, segundo Domingos Xavier Viegas, seriam precisos «outros helicópteros com maior capacidade de carga, apropriados a outras condições atmosféricas», cujos preços partem dos 60 mil euros.



quinta-feira, maio 20, 2004

Câmara de Miranda do Corvo compra terrenos para parque de merendas



A Câmara vai construir no Senhor da Serra um parque de merendas para apoio aos romeiros do Divino Senhor. Trata-se de um espaço com cerca de dois mil metros quadrados que deverá estar a apto a utilizar antes do final do próximo ano

A autarquia de Miranda do Corvo adquiriu por 10 mil euros duas parcelas de terreno para a construção do parque de merendas do Senhor da Serra, uma velha aspiração da reitoria do Santuário do Divino Senhor.
Segundo o vereador Reinaldo Couceiro, trata-se de uma área de aproximadamente dois mil metros quadrados, próxima da fonte do Senhor, que confina com a estrada de acesso àquela localidade.
A falta de um local de lazer e de merendas para os romeiros que demandam ao Senhor ao Serra tem sido várias vezes apontada pelo pároco da freguesia, Pedro dos Santos, e presidente da reitoria do Santuário.
Todos os anos, por altura do dia 15 de Agosto, centenas de pessoas deslocam-se em romaria ao Divino Senhor, que é o único santuário da região Centro dedicado ao Redentor.
Fátima Ramos, presidente da autarquia, adiantou ao nosso Jornal que o município vai elaborar o projecto para depois o lançar a concurso.
A edil reconhece que esta é uma velha aspiração da povoação do Senhor da Serra e da reitoria do Santuário, adiantando que a obra ainda será executada neste mandato.
«Aquela zona merece ser revitalizada e valorizada, tanto em termos religiosos como turísticos», sublinhou, acrescentando que a Câmara anda em negociações com outros terrenos para construir infra-estruturas de apoio.
Em declarações ao Diário de Coimbra, José Baptista, da Associação Recreativa Cultural e Desportiva do Senhor da Serra, mostrou-se bastante satisfeito com o «passo da autarquia».
«É uma óptima notícia, há muitos anos que acalentávamos o desejo de construir uma zona para apoio aos peregrinos», disse, lembrando que todos os anos «as pessoas notam a falta de um parque de merendas». Apesar das tentativas, não nos foi possível obter a reacção do padre Pedro dos Santos.

Populares surpreendem violador

Tentou abusar de uma senhora e acabou por ser alvo da chacota da população. Apanhado sem qualquer peça de roupa, não teve outro remédio senão fugir nu. Aconteceu em Penacova e, depois do castigo popular, foi detido pela Polícia Judiciária

Poderá considerar-se que estamos perante uma situação de um ?violador frustrado? que, não fora alguma violência exercida sobre a vítima e a debilidade desta, quase poderia ser considerada uma história divertida.
O caso passou-se na localidade de Vale de Ana Justa, na freguesia de Carvalho, concelho de Penacova, na noite de 3 de Maio. O alegado violador, de 25 anos, trabalhador da construção civil, entrou na casa da vítima, uma mulher de 57 anos, surda-muda e com dificuldades acrescida de visão, e tentou violá-la.
A presença de uma motorizada, ?visivelmente escondida? nas proximidades da casa da vítima, bem como alguns ruídos estranhos que se ouviam no interior da habitação alertaram familiares e vizinhos, que rapidamente resolveram averiguar o que se passava. Uma irmã da vítima - que fazia questão de viver sozinha e completamente independente, apesar das suas deficiências ? galgou uma janela, acompanhada por um segundo ?vigilante?. Já no interior a casa terão encontrado a senhora na cama, mas do agressor não houve sinais, numa primeira apreciação. Todavia, uma ?triagem? mais pormenorizada acabou por conduzir à descoberta do suspeito, que trabalhava na construção de uma casa, nas proximidades da residência da vítima.
Surpreendido sem qualquer peça de roupa, o suspeito foi ?corrido? pela população. Despido, com a roupa na mão, o indivíduo agarrou na motorizada e pôs-se em fuga em direcção à sua terra, que dista escassos três a quatro quilómetros. Segundo apurámos, o suspeito não terá conseguido consumar a violação, muito embora tenha molestado a vítima, que foi submetida a exames médicos que confirmaram a existência de sinais de alguma violência característicos de uma tentativa de violação.
O caso foi comunicado às autoridades e a Polícia Judiciária de Coimbra deu início às necessárias averiguações que culminaram com a detenção dos suspeito, no final da semana passada. Presente a tribunal para primeiro interrogatório, o suspeito está obrigado a apresentar-se semanalmente no posto da GNR da sua área de residência.

quarta-feira, maio 19, 2004

Câmara de Miranda do Corvo aposta na qualidade

Xutos e Pontapés, Mafalda Veiga, Marco Paulo e Porquinhos da Ilda são os grupos que vão actuar na XIV Expo-Miranda que se realiza entre 28 de Maio e 1 de Junho, no mercado municipal e zona envolvente

Com a expansão condicionada pela limitação do espaço, a Câmara Municipal de Miranda do Corvo e a Comissão Organizadora procuram este ano acrescentar mais qualidade à Expo-Miranda, certame que reflecte a actividade económica, industrial, agrícola, cultural, social e artesanal do concelho.
Ontem, durante a apresentação à Imprensa, a presidente da autarquia, Fátima Ramos, afirmou que pretende introduzir uma melhoria qualitativa na próxima edição, estimulando os expositores a apresentar melhores stand?s e criando uma secção de artesanato local.
«Haverá a participação de artesãos de olaria, latoaria e tecelagem numa clara aposta na defesa e divulgação destas actividades», referiu, adiantando que alguns deles vão trabalhar ao vivo. Para além dos artesãos do concelho, a organização espera a presença de outros provenientes de todo o país, num total de 33 expositores.
A autarca salientou também a importância do certame na dinamização e divulgação comercial das empresas do concelho e o seu aspecto lúdico e recreativo com a actuação de diversificados grupos do panorama musical nacional.
Nesta edição são esperados cerca de 170 expositores, número idêntico ao do ano passado, dado que o actual espaço se encontra a ?rebentar pelas costuras?, não permitindo mais inscrições.
Uma situação que a presidente da edilidade disse estar a tentar resolver mas que não será alterada a curto prazo. Segundo Fátima Ramos, já existem alguns locais em estudo, mas «dificuldades existentes ao nível do Plano de Urbanização têm impedido este processo de avançar na velocidade desejável».
Animação não vai faltar

Apesar da limitação do espaço, Fátima Ramos informou que o número de visitantes tem aumentado gradualmente nos últimos anos. A este facto não é alheia a vinda de bandas nacionais que animam as noites da feira e o baixo preço dos bilhetes (2,5 euros).
Para este ano, a Câmara e a Comissão Organizadora apostaram num programa bastante diversificado, numa tentativa de ir ao encontro de todos os gostos e sensibilidades musicais.
A XIV edição da Expo-Miranda abre no dia 28 de Maio ao ritmo dos «Xutos e Pontapés» de Tim, José Pedro e companhia, que prometem encher o recinto. Segue-se a actuação de Mafalda Veiga no dia 29 (sábado) e Marco Paulo no dia 30 (domingo).
A noite do dia 31 é dedicada aos grupos do concelho com a participação dos Gaiteiros do Espinho, Ai Que Vida e Outros Sons.
O certame encerra no dia 1 de Junho, feriado municipal do concelho, com a actuação dos irreverentes Porquinhos da Ilda. Neste dia a Câmara preparou um programa de actividades para os mais novos, ou não fosse o primeiro de Junho o Dia Mundial da Criança.
A feira tem também uma vertente gastronómica, conforme frisou Fátima Ramos, através das tasquinhas das colectividades que promovem os pratos típicos do concelho. «Desta forma as associações podem angariar fundos para as suas actividades», sublinhou.

segunda-feira, maio 17, 2004

Nome de Rainha Santa Isabel aprovado para a ponte


O Conselho de Ministros decidiu, está decido. A nova ponte sobre o Rio Mondego perde a denominação Europa e ganha o nome da padroeira de Coimbra.

O Conselho de Ministros decidiu, está decido. A nova ponte sobre o Rio Mondego perde a denominação Europa e ganha o nome da padroeira de Coimbra. Durão Barroso deu a notícia aos jornalistas e disse que, com a aprovação, para além de se fazer a vontade da cidade, fez-se «justiça»

Ficou encerrada, com a decisão de ontem em Conselho de Ministros, a polémica em torno do nome para a Ponte Europa, ou melhor, para a Ponte Rainha Santa Isabel. Isto porque, segundo anunciou Durão Barroso no final da visita ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (ver página 3), os representantes do Governo decidiram homologar o pedido da Comissão de Toponímia do Município de Coimbra e dar o nome da padroeira da cidade à nova ponte sobre o Rio Mondego.
«Hoje [ontem] mesmo o Conselho de Ministros, por resolução, aprovou que a nova ponte sobre o Mondego, que em breve inauguraremos, passará a ser a Ponte Rainha Santa Isabel», afirmou o primeiro-ministro, considerando que esta decisão, para além de ser «de justiça» é «a vontade da cidade de Coimbra» de homenagear «a sua padroeira» e «uma das grandes figuras da História de Portugal e também da Europa».
Carlos Encarnação, contactado pelo Diário de Coimbra, confessou que recebeu a notícia da decisão do Conselho de Ministros «com grande alegria», uma vez que «a ponte tem agora o nome que merece». «Não tenho dúvida nenhuma que a cidade de Coimbra prefere este novo nome», continuou o autarca, acrescentando que «este é o nome que une mais Coimbra, uma vez que se trata da padroeira da cidade, em torno da qual não há contestação».
Confrontado com a polémica e as vozes contra esta mudança de nome, o autarca voltou a afirmar que «uma ponte nunca tem nome antes de ser construída» e que «é natural que seja ouvida a cidade antes de ser tomada qualquer posição», acrescentando que «só agora isso aconteceu», através da decisão da Comissão de Toponímia. «As vozes contra são mais de teimosia», continuou Encarnação. «Há uma posição fechada de algum ponto de vista e de algum sector de um partido» em relação a esta mudança de nome da ponte, afirmou, deixando claro que «a decisão não é nem uma guerrilha política, nem religiosa», mas apenas uma questão de «unir a cidade em torno de um nome». Seja como for, a decisão de que a nova ponte sobre o Rio Mondego se chamará ?Rainha Santa Isabel? é agora o passo definitivo para a inauguração de uma obra que já foi motivo de grandes polémicas na cidade. Apesar de não querer adiantar uma data definitiva, Carlos Encarnação acredita que a cerimónia se irá realizar ainda durante este mês, ou seja, entre esta e a outra semana.



domingo, maio 16, 2004

Santa Clara-a-Velha reabre hoje portas


Depois quatro séculos de abandono, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha prepara-se para voltar a mostrar à cidade as razões porque é classificado um dos mais importantes monumentos nacionais. A investigação do IPPAR foi revelando surpresas após surpresas, agora parcialmente à vista de todos e em ambiente seco, graças à ?cortina? construída em torno do mosteiro, que impede a entrada das águas do Mondego

Após vários anos de intervenção, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha reabre as portas, com o problema das inundações provocadas pelo Rio Mondego resolvido. Para hoje, às 17h30, está marcada abertura oficial, que deverá contar com as presenças do primeiro-ministro Durão Barroso e do ministro da Cultura, Pedro Roseta, para, amanhã, o claustro e a igreja começarem a receber os visitantes, ainda que com restrições.
Não se pense, no entanto, que a missão do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) terminou no mosteiro, construído no século XIV com o empenho da Rainha Santa Isabel. Os trabalhos de investigação continuam no terreno, o que não impede a abertura condicionada do monumento municipal. Para já, as visitas, cujos grupos não podem ultrapassar as 15 pessoas, obrigam a marcação prévia e uso de capacete de protecção.
Considerada uma das mais importantes no quadro da arqueologia medieval e de conservação e revitalização monumental realizada em Portugal, a intervenção no mosteiro iniciou-se nas décadas de 30 e 40 de 1900, com um primeiro trabalho por parte da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Recorde-se que Santa Clara-a-Velha ficou votado ao abandono durante largos anos, com o abandono das clarissas, no século XVII, para um novo mosteiro.
Após um longo interregno, em 1994, a descoberta de importantes vestígios arqueológicos impulsionou uma operação, iniciada em Fevereiro do ano seguinte, com vista à recolha, registo e estudo do espólio existente no interior e exterior da igreja.

Ainda há muito
por desvendar

Com os primeiros trabalhos desenvolvidos no âmbito arquitectónico, rapidamente os técnicos perceberam que a plasticidade dos solos iria dificultar a missão. A opção foi o rebaixamento a nível freático, com bombagens permanentes.
Nova surpresa em finais de Novembro de 1995, com descoberta de estruturas num estado de conservação notável, alterou o acompanhamento da investigação, sempre condicionada ao ambiente permanentemente húmido provocado pelas águas da Mondego. A estratégica obrigou a um alargamento da equipa, que passou a ser composta por especialistas de áreas como História de Arte, Antropologia, Arquitectura, Botânica, Geologia e Engenharia.
Em Maio 1998, o ministro da Cultura anunciava que o futuro do conjunto patrimonial de Santa Clara-a-Velha teria de ser ?seco?. Na sequência dessa decisão e de complexos estudos técnicos, iniciou-se a construção de uma parede moldada autoendurecedora, ao longo do perímetro do monumento, prolongada por uma cortina de injecções nas formações rochosas e por um sistema de drenagem e de bombagem.
Hoje, o trabalho de investigação continua. O processo de descoberta, confinado ainda à escavação no interior da igreja e do Claustro Maior, está longe de se esgotar. A intervenção de campo passa pela busca de respostas para um conjunto de interrogações que ainda permanecem. Numa altura em que se encontram em elaboração os levantamentos de pormenor, os elementos recolhidos e organizados em estaleiro aguardam um programa de restauro.
Na cerimónia de abertura, logo à tarde, além do primeiro-ministro e do ministro da Cultura estarão também presentes o presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico, João Belo Rodeia, o director regional do IPPAR, José Maria Henriques, e o coordenador de projecto do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Artur Côrte-Real.



quarta-feira, maio 12, 2004

Crianças detectaram o perigo na ?casa dos distraídos?


A Oficina de Segurança da Lousã recebeu as primeiras crianças que desde logo se mostraram ágeis a encontrar o perigo em casa. Inaugurada ontem, esta oficina pretende sensibilizar a pequenada para as questões básicas de segurança. Ainda mal começou e o projecto já vai ser alargado a pais e educadores com o objectivo de pôr os mais pequenos a ensinar os maiores

«Vamos visitar a casa da família dos distraídos», anunciou uma das voluntárias da Oficina de Segurança da Lousã. A euforia foi geral. De sinal de stop em punho, as crianças começaram a visita pela casa detectando e assinalando o perigo com o sinal em cada uma das divisões. O pequeno Pedro foi o primeiro a encontrar o perigo na sala da casa: «o ferro não pode estar em cima da roupa», explicou, assinalando de imediato o local. Só custou o primeiro, porque desde logo as crianças assinalaram, um a um, os perigos nas diversas divisões da casa. Cigarros em cima do sofá, facas ao alcance das crianças, electrodomésticos no lava-loiça, fichas de electricidade sobrecarregadas, medicamentos e detergentes ao alcance das crianças, nada escapou aos olhares atentos dos mais novos.
A Oficina de Segurança da Lousã foi ontem inaugurada, na presença do presidente da Câmara Municipal da Lousã e do coordenador municipal da Protecção Civil. Neste dia, as primeiras crianças a serem conduzidas pela Preventinha, a mascote do projecto, mostraram que, afinal, sabem muito bem onde se esconde o perigo.
«A função principal (da oficina) é fazer com que as crianças descubram os perigos em casa, na via pública, na escola, entre outros», disse Parola Gonçalves, coordenador municipal da Protecção Civil da Lousã. Mas o objectivo do projecto não se fica por aqui. «Queremos que as crianças vão descobrindo o perigo e nos digam o que é que está mal», explicou Parola Gonçalves, salientando que esta será a particularidade do projecto que afinal quer fazer com que as crianças se sintam «mais úteis», sendo elas as primeiras a alertar os pais. E esta, é para o coordenador da Protecção Civil, uma «nova forma pedagógica»: os monitores são, afinal, meros orientadores já que cabe à criança detectar e explicar o que está errado.
Inaugurada ontem por Fernando Carvalho, presidente da autarquia da Lousã, a Oficina de Segurança, a funcionar na Casa dos Magistrados, tem como objectivo sensibilizar os jovens em idade escolar para as questões básicas de segurança, nomeadamente riscos de incêndio, sinistralidade rodoviária, e acidentes domésticos. A oficina não é mais do que uma casa de habitação familiar onde as crianças, dos 3 aos 10 anos, vão assinalar as situações de perigo. Ao todo, são 10 os voluntários da Protecção Civil, que a partir de agora têm a missão de conduzir os mais novos pela ?casa da família dos distraídos?.
O projecto não se fica pelas crianças, mas pretende chegar também aos pais e educadores. Nesse sentido estão já abertas as inscrições para que as visitas se estendam também aos mais velhos um domingo por mês, numa iniciativa que pretende «ter os filhos a ensinar os pais», como adiantou o coordenador municipal da Protecção Civil.
Na Casa dos Magistrados, edifício cedido pela autarquia da Lousã, funciona agora a Oficina de Segurança, a par do Serviço Municipal de Protecção Civil. O edifício é constituído por uma sala de recepção, cozinha, sala, casa-de-banho, quarto, sala de jogo, sala de formação, sala para a Protecção Civil e uma secretaria de apoio. Este é um projecto da Câmara Municipal e do Serviço Municipal de Protecção Civil da Lousã em parceria com os Bombeiros Municipais da Lousã e de Serpins, Guarda Nacional Republicana da Lousã e Centro de Saúde da Lousã.



Crianças detectaram o perigo na ?casa dos distraídos?


A Oficina de Segurança da Lousã recebeu as primeiras crianças que desde logo se mostraram ágeis a encontrar o perigo em casa. Inaugurada ontem, esta oficina pretende sensibilizar a pequenada para as questões básicas de segurança. Ainda mal começou e o projecto já vai ser alargado a pais e educadores com o objectivo de pôr os mais pequenos a ensinar os maiores

«Vamos visitar a casa da família dos distraídos», anunciou uma das voluntárias da Oficina de Segurança da Lousã. A euforia foi geral. De sinal de stop em punho, as crianças começaram a visita pela casa detectando e assinalando o perigo com o sinal em cada uma das divisões. O pequeno Pedro foi o primeiro a encontrar o perigo na sala da casa: «o ferro não pode estar em cima da roupa», explicou, assinalando de imediato o local. Só custou o primeiro, porque desde logo as crianças assinalaram, um a um, os perigos nas diversas divisões da casa. Cigarros em cima do sofá, facas ao alcance das crianças, electrodomésticos no lava-loiça, fichas de electricidade sobrecarregadas, medicamentos e detergentes ao alcance das crianças, nada escapou aos olhares atentos dos mais novos.
A Oficina de Segurança da Lousã foi ontem inaugurada, na presença do presidente da Câmara Municipal da Lousã e do coordenador municipal da Protecção Civil. Neste dia, as primeiras crianças a serem conduzidas pela Preventinha, a mascote do projecto, mostraram que, afinal, sabem muito bem onde se esconde o perigo.
«A função principal (da oficina) é fazer com que as crianças descubram os perigos em casa, na via pública, na escola, entre outros», disse Parola Gonçalves, coordenador municipal da Protecção Civil da Lousã. Mas o objectivo do projecto não se fica por aqui. «Queremos que as crianças vão descobrindo o perigo e nos digam o que é que está mal», explicou Parola Gonçalves, salientando que esta será a particularidade do projecto que afinal quer fazer com que as crianças se sintam «mais úteis», sendo elas as primeiras a alertar os pais. E esta, é para o coordenador da Protecção Civil, uma «nova forma pedagógica»: os monitores são, afinal, meros orientadores já que cabe à criança detectar e explicar o que está errado.
Inaugurada ontem por Fernando Carvalho, presidente da autarquia da Lousã, a Oficina de Segurança, a funcionar na Casa dos Magistrados, tem como objectivo sensibilizar os jovens em idade escolar para as questões básicas de segurança, nomeadamente riscos de incêndio, sinistralidade rodoviária, e acidentes domésticos. A oficina não é mais do que uma casa de habitação familiar onde as crianças, dos 3 aos 10 anos, vão assinalar as situações de perigo. Ao todo, são 10 os voluntários da Protecção Civil, que a partir de agora têm a missão de conduzir os mais novos pela ?casa da família dos distraídos?.
O projecto não se fica pelas crianças, mas pretende chegar também aos pais e educadores. Nesse sentido estão já abertas as inscrições para que as visitas se estendam também aos mais velhos um domingo por mês, numa iniciativa que pretende «ter os filhos a ensinar os pais», como adiantou o coordenador municipal da Protecção Civil.
Na Casa dos Magistrados, edifício cedido pela autarquia da Lousã, funciona agora a Oficina de Segurança, a par do Serviço Municipal de Protecção Civil. O edifício é constituído por uma sala de recepção, cozinha, sala, casa-de-banho, quarto, sala de jogo, sala de formação, sala para a Protecção Civil e uma secretaria de apoio. Este é um projecto da Câmara Municipal e do Serviço Municipal de Protecção Civil da Lousã em parceria com os Bombeiros Municipais da Lousã e de Serpins, Guarda Nacional Republicana da Lousã e Centro de Saúde da Lousã.



domingo, maio 09, 2004

Polícia Florestal deteve pescador de lampreias

Um homem que pescava ilegalmente lampreias no Rio Mondego foi detido, em flagrante delito, ontem, às 10h30, pela Polícia Florestal. Conhecido desde há algum tempo como o ?rei das lampreias?, este pescador regressou a casa com termo de identidade e residência até ser presente ao juiz.
Segundo o Diário de Coimbra apurou, o pescador foi observado pela Polícia Florestal (PF) a apanhar, à mão, lampreias durante cerca de meia hora, em pleno rio, a cerca de 200 metros da auto-estrada, na freguesia de Ribeira de Frades, concelho de Coimbra.
O pescador estava equipado com fato de mergulho, que se terá recusado a entregar à PF, e com a ajuda de uma meia calçada numa mão apanhava as lampreias e colocava-as no saco que segurava na outra mão. Quando saiu do rio estava cercado pelas brigadas da PF mas ainda terá tentado escapar.
Ao avistar os agentes da PF à sua frente, o indivíduo terá pensado em fugir ou em destruir as provas do crime, pois, como averiguámos junto de fonte policial, desceu o rio, atravessou o canal e aí despejou as lampreias que guardara no saco. No entanto, como estava cercado, acabou por ser detido na margem esquerda do Mondego.
Confrontado pelas autoridades, o indivíduo, funcionário hospitalar de profissão, admitiu que pescara, à mão, três lampreias. As brigadas da PF apreenderam o saco de rede verde em que transportara as lampreias e a meia usada para as apanhar, uma vez que se trata de uma espécie escorregadia.
Recorde-se que a pesca da lampreia é crime punido pelo artigo 65 do decreto-lei 44623 de 10/10/62 com pena de 10 a 30 dias de prisão e multa de 2,99 a 74,82 euros. Refira-se também que, de acordo com o artigo 44 do mesmo decreto-lei, é proibido pescar por processos considerados de pesca subaquática e por quaisquer outros processos em que o peixe não seja apanhado pela boca, ressalvando o uso de redes permitidas. No caso da lampreia, as malhas da rede têm de ter um mínimo de 5,4 centímetros.



sábado, maio 08, 2004

Confraria da Cabra Velha apresenta-se amanhã .... em MIRANDA DO CORVO

A Real Confraria da Cabra Velha promove amanhã o seu «Grande Capítulo» com a cerimónia de entronização dos confrades. O acto será apadrinhado pela Confraria da Broa de Avintes, Real Confraria do Maranho da Pampilhosa da Serra e Confraria do Queijo do Rabaçal

A Real Confraria da Cabra Velha apresenta-se amanhã ao público. Do programa consta uma cerimónia litúrgica na igreja matriz de Miranda do Corvo, às 10 horas, seguindo-se o desfile até à Câmara Municipal para a cerimónia de entronização. O Grande Capítulo termina com um almoço no Mosteiro Beneditino de Semide.
Será assim dado o grande passo que faltava para o arranque desta confraria, que foi constituída em 29 de Outubro, com o objectivo de promover e preservar a gastronomia do concelho, particularmente a chanfana, os negalhos e a sopa de casamento.
«A gastronomia característica do concelho de Miranda do Corvo nasce com o modo de vida e criatividade das monjas de Semide, importante núcleo religioso e administrativo, no contexto político, social e económico da terceira invasão francesa, condicionada pela presença de um complexo industrial de oleiros do barro vermelho e uma boa produção vínica», sustenta a confraria, em nota de imprensa.Acrescenta ainda que «a Real Confraria da Cabra Velha vem homenagear a nobreza da gastronomia mirandense, assente na carne de cabra velha criada em pastos do domínio eclesiástico, confeccionada pelas monjas de Semide em caçoila de barro das olarias do Carapinhal, num regime conjuntural marcado pela pobreza».
Os confrades irão usar um traje baseado no vestuário que os monges beneditinos da ordem que professou no mosteiro de Semide, em tom castanho, imitando a cor da chanfana e a generalidade dos pratos cozinhados a partir da carne de cabra.
O brasão da Real Confraria da Cabra Velha assenta sobre um monograma de Miranda do Corvo, debruado a negro e com as cores da bandeira nacional, com um medalhão ao centro com a imagem de uma cabra.
Em volta desse medalhão apresenta uma moldura amarelo-dourado onde figura a inscrição «Non vestra sed nostra», cuja expressão significa «não vossa mas nossa». No símbolo da figura também uma folha de videira, aludindo ao vinho (tinto) que é ingrediente indispensável na confecção da chanfana.
Para além das confrarias madrinhas, já confirmaram a presença na cerimónia a Confraria Gastronómica do Mar, a Academia do Bacalhau, a Confraria do Mar, a Confraria dos Saberes e Sabores da Beira Grão Vasco, a Confraria Camoniana Associação de Ílhavo, a Confraria Gastronómica do Bacalhau, a Confraria dos Nabos e Companhia, Confraria do Maranho, Academia Madeirense de Carnes, a Confraria Gastronómica de Lafões, a Confraria da Chanfana, Federação Nacional das Confrarias da Gastronomia Portuguesa e a Confraria Chaine des Rotisseurs, de França.

Comentários cá do je.................

Então e a da Lampreia? ....não teve direito a convite?


sexta-feira, maio 07, 2004

IC 6 pode avançar até ao final do ano


O concurso para a conclusão do troço do IC6 entre Catraia dos Poços e Vendas de Galizes deverá ser lançado até ao final deste ano.
A garantia foi deixada, ontem, em Oliveira do Hospital pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) durante a assinatura de um protocolo para beneficiação da EM 515, entre a Ponte do Rio Alva e a povoação de S. Gião.

O presidente da CCDRC, Paulo Pereira Coelho, reconhece que sendo «o concelho um dos mais pujantes do alto distrito de Coimbra, o que se comprova pela malha industrial que tem e pela sua centralidade em termos comerciais, continua pessimamente mal servido do ponto de vista das acessibilidades», pois, «não passa aqui nenhum eixo rodoviário digno desse nome», sublinhou.
«Mesmo com essa adversidade, o concelho consegue manter uma dinâmica que nós por vezes até temos dificuldade em perceber» considerou Paulo Pereira Coelho, deixando a garantia de que «estamos atentos à necessidade absoluta de ligar o IC6 a este concelho , pelo que estará a concurso brevemente». «Essa obra irá ver a luz ao fundo do túnel», afirmou convicto de que essa via «irá possibilitar que esta dinâmica possa manter-se ou até crescer».

Comentários cá do je.....

Assim só passará a faltar a ligação entre a Ponte de Mucela e a Catraia dos Poços para ajudar à festa na Estrada da Beira.

POIARES - Família no centro de todas as atenções

São muitas as iniciativas e têm como motor a família. Falamos de um conjunto de eventos, a realizar até ao final do ano, promovidos pela autarquia de Vila Nova de Poiares. Uma forma de assinalar o 10.º aniversário do Ano Internacional da Família

Porque a família é a «célula fundamental do nosso ordenamento sócio-afectivo», a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares quis assinalar, com dignidade, a passagem do 10.º aniversários sobre a instituição do Ano Internacional da Família. Nesse sentido foram convidadas várias instituições e constituída uma comissão concelhia que «tem como missão sensibilizar a comunidade poiarense para a valorização da instituição familiar», refere uma nota emanada da autarquia.
E é da responsabilidade dessa estrutura, em cooperação directa com a autarquia, a programação de um conjunto de eventos que, até ao final do ano, vão marcar a vivência das famílias de Vila Nova de Poiares. A começar, refira-se o lançamento, já anunciado, do Cartão Social do Município, um “salvo-conduto” que garante uma série de benefícios à população mais desfavorecida e em situação de comprovada carência, num quadro de valorização da pessoa e combate à exclusão so-cial.
Calendarizado está, também, um passeio a Fátima, numa iniciativa da autarquia em cooperação com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), a realizar durante o mês em curso e destinada particularmente à população mais velha. Para o dia 1 de Junho está prevista uma grande festa da família, assinalando o Dia Mundial da Criança. Jogos, actividades lúdicas e recreativas e um piquenique em família, são os principais ingredientes deste dia, que envolve, em termos de organização, a autarquia, as IPSS´s, escolas e associações de pais.
No mês de Julho, já em período de férias escolares, o programa comemorativo do 10.º aniversário do Ano Internacional da Família aposta no “reforço da solidariedade intergeracional”, com a realização de ateliers ocupacionais que envolvem avós e netos. Trata-se de uma iniciativa que envolve a câmara, IPSS, associações e centro de saúde. No mês de Agosto os ateliers ocupacionais vão continuar, desta feita vocacionados para a população em geral.

Múltiplas iniciativas

Já em Setembro, entre os dias 10 e 13, assiste-se à Poiartes 2004, uma iniciativa da autarquia, ADIP e associações concelhias, que tem como tema dominante “Famílias e Artes e Ofícios Tradicionais Locais”.
O mês de Outubro traz consigo uma dinâmica muitoespecial, dirigida à população escolar, em particular, mas também aos poiarenses em geral. No primeiro caso, destaque para um concurso sobre o tema “A minha família” e, no segundo, uma festa de solidariedade, que inclui, nomeadamente, a exposição de trabalhos e actividades desenvolvidas pelas IPSS´s do concelho, envolvendo os utentes e as respectivas famílias. Também no mês de Outubro realiza-se uma conferência, integrada num ciclo de comemorativo do Ano Internacional da Família, a desenvolver em todo o distrito. A Vila Nova de Poiares cabe a sessão sobre a temática “(Re)Pensar o papel dos avós e da família”.
Para Novembro está marcado o lançamento de um Gabinete de apoio à Família, estrutura que envolve directamente os serviços camarários e do Centro de Saúde, bem como a realização de uma seminário intitulado “Uma família ou parte de uma família - monoparentalidade e os seus contextos”.
No último mês do ano a Câmara Municipal de Poiares vai proceder ao lançamento de um postal de Natal alusivo ao tema da família e promover uma exposição de trabalhos que dê testemunho de todas as actividades realizadas a nível concelhio no âmbito das comemorações.
De referir ainda que para além destas actividades, de carácter concelhio, estão previstas outras iniciativas, a nível distrital, dinamizadas pelo Governo Civil de Coimbra, tendentes a assinalar a passagem do 10.º aniversário do Ano Internacional da Família.

quinta-feira, maio 06, 2004

Poiares candidata-se ao Programa AGRIS

Com um plano de prevenção florestal que representa um investimento global na ordem dos 750 mil euros, a executar num prazo de quatro anos, a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares vai candidatar-se ao Programa AGRIS – Medida Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Programas Operacionais Regionais.
Desta forma, pretende, a autarquia, contribuir para a prevenção dos fogos florestais e de outras situações de emergência visando, em particular, a redução do risco de ignição e de propagação do fogo e a aplicação de técnicas de silvicultura preventiva e, ainda, a detecção e intervenção precoce em situações de incêndio.
No âmbito da redução do risco de ignição e de progressão do incêndio, o plano da Câmara de Poiares prevê a construção/beneficiação da rede viária, da rede divisional, da rede de pontos de água, bem como operações de silvicultura preventiva, incluindo a aquisição de equipamentos específicos.
Já no âmbito da detecção e intervenção em situações de incêndio, o mesmo plano prevê a criação de sistemas de detecção sob a forma de estruturas fixas, sou seja, postos de vigia, bem como a aquisição de viaturas todo-o-terreno.
De acordo com uma nota da autarquia, a elaboração desta candidatura permite dotar o município de infra-estruturas necessárias ao apoio ao combate ao incêndio.
Ainda no âmbito da Medida AGRIS, integrada no III Quadro Comunitário de Apoio, Poiares vai candidatar-se à sub-acção 7.1, que perspectiva a recuperação e valorização do património rural, das paisagens e os núcleos populacionais em meio rural.

Comentarios cá do je.......

Ate que enfim. ha quantos anos os Presidentes das Juntas de Freguesia mais rurais deste Concelho defendiam medidas destas....
Levou quase 30 anos, mas pode ser que seja desta.

Corrupção e desenvolvimento............

Quem me conhece sabe que considero a corrupção como algo repugnante e, infelizmente, omnipresente.
Discordando, posso até compreender, humanamente, a corrupção dos que pelo mundo fora recebem remunerações miseráveis que lhes impedem e à sua família uma existência digna ou até a sobrevivência. Mas não existe nenhum plano que me torne admissível a corrupção dos ricos, dos poderosos, particularmente quando a corrupção se realiza, directa ou indirectamente, com o dinheiro dos contribuintes.
Neste contexto é lógico que me choque especialmente a corrupção praticada por políticos e pelos interesses que em torno de muitos deles gravitam e que se posicionam da melhor forma para inventarem formas de arrecadar ou usar em proveito próprio o dinheiro ganho com o suor de cada cidadão.

Obviamente este não é um problema especificamente português. Em “nome do povo” políticos de todo o mundo ganham inescrupulosamente à custa da pauperização dos seus cidadãos.
Quer em ditaduras quer em democracias, inventam-se novas obras públicas para atribuir empreitadas a algumas empresas que simultaneamente são financiadoras das campanhas dos partidos e das campanhas dos políticos. Em campanhas eleitorais, simulacros de lavagem de dinheiro passam por compras, em “leilão”, de objectos por um preço desproporcionadamente superior ao real, como forma de “regularizar” o que é uma tentativa de suborno prévio para favores futuros ou de pagamento dos passados.

Em órgãos de administração central, regional e local manipulam-se planos de ordenamento do território e viabilidades de construção para produzir favores a amigos e clientelas ou para, em contrário, penalizar adversários. O controle fiscal aperta-se sobre os pequenos empresários (para mostrar serviço e não raramente para extorquir aos vulneráveis) enquanto apenas se finge estar atento aos grandes. Políticos desonestos mentem com um despudor inacreditável, inclusive alguns que os cidadãos (hoje) julgam ser íntegros e que o não são. Com o tempo muitas surpresas (e desilusões) chegarão aos cidadãos.

Em síntese, seria uma sorte comparativa que a corrupção pública constasse apenas de pequenos subornos de secretaria. Mas esse é um pequeno exemplo de uma realidade que enferma a vida quotidiana sem que os cidadãos disso se apercebam.
A corrupção é transnacional. Em todo o mundo apenas um país, os Estados Unidos, proíbe legalmente o suborno, por cidadãos desse país, de qualquer entidade estrangeira, estabelecendo penas que atingem os 2 milhões de Dólares e os 5 anos de prisão. É o único país que o faz.
A corrupção atinge mais violentamente os pobres.

Enquanto em ditaduras a corrupção tende a florescer no âmbito da clique no poder, em democracia frequentemente os partidos políticos tendem a ser controlados por grupos de pessoas que, em nome do povo e sob a capa ”legitimante” dos elevados valores da democracia, se organizam para assaltar o poder e nele exercerem formas diversas de tráfico de influências e de corrupção. Partidos incluem nas suas listas de candidatos a funções públicas militantes mais em função do grau de fidelidade canina aos que internamente controlam o poder que em função das suas reais capacidades individuais para servir os cidadãos.

Poder-se-á argumentar que tal situação é condenável mas que não configura uma situação de corrupção. Outro ingénuo engano. Porquê ? Porque nesse caso um grupo organizado de interesses estará a pagar ou comprar favores e fidelidades pessoais de determinados indivíduos, conduzindo-os a funções públicas em que eles, por essa via ilegítima e fraudulenta, vão ser pagos pelo dinheiro produzido pelo suor dos contribuintes. Isto é, trata-se de um caso em que, na verdade, alguém está a pagar fidelidades pessoais com dinheiros públicos, dos cidadãos. Se isto não é corrupção e utilização abusiva de dinheiro dos cidadãos é, então, o quê ?
Os cidadãos encontram-se tão habituados a viver no seio de uma corrupção generalizada que nem a compreendem quando a vêem. Por exemplo, todos criticam mas todos aceitam passivamente que ruas e infraestruturas públicas num país se encontrem depauperadas até que, em proximidade de eleições, tudo se refaz. O que parece apenas falta de ética política é também um acto mais grave. Porque em muitos desses casos um político ou um conjunto de políticos utilizou fundos públicos não quando e como eles eram necessários à população mas no momento em que lhes era pessoalmente útil. Por outras palavras, tal caso corresponde a uma utilização de dinheiro público em função de interesses privados.

Em geral a corrupção é tão grave como é invisível. Uma boa parte dos aparelhos de poder está construída e sedimentada discretamente em seu torno. Mas, invariavelmente, a corrupção premeia os ricos e os poderosos e condena os pobres e os cidadãos em geral.


(Por Pedro Jordão in Diario de Coimbra 2mai04)

Juntas de freguesia discutem problemas .....

O congresso da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), a realizar amanhã e sábado na Figueira da Foz, vai contar pela primeira vez com a presença de um primeiro-ministro e reunir 890 congressistas, disse o presidente da associação.
A sessão solene que marca a abertura do 9.º Congresso da ANAFRE foi antecipada, das 19h30 para as 18h00, por questões de agenda do primeiro-ministro. «Já tínhamos tido o Presidente da República, mas o primeiro-ministro é a primeira vez», disse Armando Vieira, manifestando esperança de que Durão Barroso se sensibilize com os problemas que os autarcas locais vão discutir.
Descentralizar” e “Reforçar Competências” são as ideias chave apresentadas para discussão este ano, mas o congresso promete “aquecer” com uma questão que, apesar de não ser nova, foi enfatizada no mês passado devido a uma notificação das Finanças aos autarcas em regime de compensações para declararem essa verba em sede de IRS (Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares).
Esta situação verifica-se em 3.700 freguesias, onde os presidentes exercem funções em regime de não permanência, recebendo 248 euros para encargos, segundo Armando Vieira, «os que têm regime de permanência ou a meio tempo pagam IRS, como qualquer cidadão e achamos muito bem, mas estas pessoas recebem uma compensação que não chega para o desempenho da função», frisou. «Não é legítimo, não é justo que esses eleitos paguem impostos sobre uma verba que não é em seu benefício, nem da sua família», considerou Armando Vieira.
A 26 de Abril, a direcção distrital de Coimbra da ANAFRE propôs a demissão em bloco dos autarcas nesta situação, caso se mantenha a legislação que obriga à tributação das compensações para encargos decorrentes do exercício de funções. A proposta foi anunciada em conferência de imprensa e apoiada pela direcção nacional da ANAFRE, que considerou ser o congresso o momento certo para uma tomada de posição. Armando Vieira não quis antecipar qualquer resolução a este respeito, limitando-se a afirmar: «o congresso é soberano».
No ano passado, a ANAFRE apresentou uma proposta ao Governo e à Assembleia da República para alterar a legislação sobre esta norma, que não teve qualquer efeito até ao momento, recordou. «Esperamos que seja considerada a qualquer momento», disse o presidente da ANAFRE, para quem a presença do primeiro-ministro pode ser um sinal positivo «na luta pela dignificação do poder local e dos eleitos».
Já este ano a ANAFRE apresentou uma proposta de revisão da remuneração dos eleitos. Segundo Armando Vieira, a reunião magna dos presidentes de Junta vai servir também para definir bases de crescimento, discutir a modernização administrativa, a sociedade de informação e o cumprimento da lei.
Os presidentes de Junta sentem que o seu trabalho não é valorizado pelo poder central e que é necessário «pôr termo à desconsideração a que a democracia portuguesa votou as freguesias». «Após 28 anos de poder local, ainda não foi reconhecida a importância das juntas de freguesia no desenvolvimento do país e dedicação de milhares e milhares de homens que têm trabalhado junto das populações», lamentou Armando Vieira.
«Há 4.250 freguesias. Não há nenhuma instituição que tenha uma rede tão grande e tão próxima das populações”» referiu.
O congresso realiza-se no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz e tem lotação esgotada, o que obrigou a ANAFRE a recusar pedidos de participação. «Não esperávamos uma adesão tão massiva dos presidentes de junta associados da ANAFRE. Muitas pessoas não se inscreveram em tempo útil e com muita pena tivemos que recusar, por questões de organização», indicou.

Fechem-se as juntas nas sedes de concelho

Não se justifica a existência das juntas de freguesia nas sedes do concelho. Diz um autarca que incentiva à criação de um movimento nacional das juntas do meio rural.
As juntas de freguesia mais pequenas, nomeadamente, as do meio rural, estão completamente votadas ao abandono.
Desafiando a ANAFRE a zelar - também - pelas mais pequenas, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova, em Miranda do Corvo, aponta o dedo à ineficácia das juntas de freguesia das sedes dos concelhos.
José Godinho - que sabe do que fala porque preside há vários anos a uma pequena junta da zona serrana do concelho de Miranda do Corvo - garante que não se justifica a existência de juntas nas sedes do concelho porque o trabalho se confunde com o das próprias câmaras. Reconhecendo que nestes casos não se sabe bem quem faz - ou não faz - o quê, José Godinho critica, também, o facto dessas juntas receberem mais garantias do FEF, mas quem acaba por fazer praticamente tudo são as Câmaras.
Um reforço de meios que, normalmente, é justificado com o número de habitantes. E os outros?, questiona o autarca referindo?se em concreto aos que vivem nas zonas mais pobres e mais afastados dos poderes.
Confrontado com o facto de uma Câmara existir para olhar por todo o concelho, o autarca sorri e lamenta que tal não seja bem assim, já que as prioridades dos executivos vão, geralmente, para as sedes do concelho.
Movimento das juntas rurais O autarca vai mais longe ao defender a união de todas as juntas do meio rural no sentido de mostrarem a todos, e muito em concreto aos senhores da ANAFRE ?que existem e que fazem um trabalho tão ou mais meritório do que o deles?.
?Devido às diferenças orçamentais que existem, nós, os mais pequenos, debatemo?nos com grandes dificuldades para resolver os problemas das populações das nossas freguesias que merecem e têm direito a todos os benefícios concretizados nas grandes freguesias?, apontou, admitindo que um autarca numa qualquer pequena junta tem que fazer de tudo porque não têm verbas para garantir um quadro de pessoal.
Acusando o facto dos presidentes das grandes juntas de freguesia terem outros meios que, muitas vezes, utilizam sem ser ao serviço das instituições que representam, nomeadamente, viaturas, o autarca lembra que são as juntas mais pequenas que estão mais perto das populações e, também por isso, acabam por ser o ?bode expiatório?... em toda e qualquer situação. Verbas que não chegam sequer para pagar a quota de sócio na ANAFRE, uma vez que todos os cêntimos são necessários para dar resposta às necessidades das populações.
Todas estas questões - aponta - deviam servir de motivo à criação, independentemente das cores partidárias, de um movimento nacional das juntas de freguesia do meio rural que ?até são em maioria?.
Uma maioria que, em seu entender, não é contra ninguém, mas sim, a favor das populações, também elas mais esquecidas. E nada - garante - justifica o seu desaparecimento. Nem mesmo a criação das áreas metropolitanas, entidades que, receia, continuem, a ?esquecer os mais pequenos?.
Preocupações que poderiam, sem dúvida, chegar à mesa da discussão no congresso que se efectuou na Figueira da Foz com a presença de quase 900 congressistas e o primeiro?ministro.



segunda-feira, maio 03, 2004

Críticas de Jaime Soares marcam comemorações ....


Os Bombeiros Municipais da Lousã estão de parabéns. No passado sábado festejaram 100 anos de existência e como prenda o presidente da Câmara anunciou a aquisição de três novas viaturas, investimento que ultrapassa os 30 mil contos. A cerimónia ficou marcada pelas contundentes críticas de Jaime Soares ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil e pela apresentação de um livro sobre a corporação

Foi no longínquo ano de 1904 que a corporação de bombeiros da Lousã, na altura voluntários, começou a dar os primeiros passos. Já lá vão 100 anos. No sábado passado, corporação e população não deixaram passar em branco esta data história, assinalando a efeméride com uma cerimónia presidida pelo governador civil de Coimbra.
A sessão ficou marcada por fortes críticas de Jaime Soares, presidente da Federação Distrital dos Bombeiros, ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que se fez representar pelo seu presidente, general Paiva Monteiro (ver notícia ao lado).
As boas novas saíram da boca do presidente da autarquia, Fernando Carvalho, que anunciou a aquisição de três viaturas, um veículo urbano e dois de combate a incêndios, cujo investimento ultrapassa os 30 mil contos.
«Todos nós sabemos que o corpo de bombeiros tem lacunas em termos de equipamentos, alguns deles já com uma idade avançada, outros já bastante distantes das últimas tecnologias. Mas também é verdade que os apoios para sua renovação por parte do Estado nos últimos cinco anos têm sido nulos», lembrou o autarca.
Fernando Carvalho criticou ainda o facto de os equipamentos adquiridos para os municipais terem um sistema fiscal extremamente penalizante em comparação com o dos voluntários. «Não podemos continuar a aceitar esta diferenciação negativa, que nos prejudica e nos impede de fazer investimentos extremamente necessários», salientou.
O governador civil de Coimbra, Fernando Antunes, presidiu às cerimónias e encerrou os discursos, elogiando «o extraordinário grupo que existe na Lousã».

Livro conta história
da corporação

A cerimónia de comemoração do centenário foi palco para a apresentação do livro do bombeiro João Pereira de Melo (que já foi segundo comandante), intitulado “Bombeiros Municipais da Lousã – 100 anos de História”.
A obra, segundo o autor, «pretende ser uma pequena homenagem e singela homenagem ao corpo de bombeiros da Lousã e aos seus bombeiros».
Durante a sua compilação, João Melo afirmou ter-se debatido com poucas fontes existentes, enfatizando que «as pessoas da Lousã são simples e nunca se preocuparam em construir história, mas sim em servir o próximo».
O livro, editado pela autarquia, retrata toda a história da corporação e revela que em 1897, sete anos da sua constituição, os lousanenses aspiravam a organizar um serviço contra incêndios que terá sido protelado por falta de recursos.
Durante a cerimónia foram promovidos novos bombeiros e atribuídas medalhas. Também a própria corporação foi distinguida com o crachá de ouro, atribuído pela Liga dos Bombeiros Portugueses, pelos 100 anos de actividade.

Renovação da frota
é prioritária

O comandante João Lopes era um homem bastante satisfeito. «Sinto-me muito feliz por esta data especial e de ter na minha guarda muitos jovens», disse ao Diário de Coimbra.
Constituída por 157 bombeiros, entre homens e mulheres, a corporação recebeu com bastante agrado as «prendas» anunciadas pelo presidente da Câmara, Fernando Carvalho.
«De facto, a nossa grande necessidade são viaturas, mas com a aquisição das três viaturas anunciadas pelo senhor presidente vamos ficar bem servidos», considerou João Lopes.
Em breve vão chegar ao quartel um carro urbano com capacidade para oito mil litros de água e mil de espuma e mais duas viaturas para combate a fogos florestais.
Mas as prendas não se esgotaram aqui. O SNBPC atribuiu um subsídio de 25 mil euros para aquisição de equipamento e as seis Juntas de Freguesia da Lousã, conjuntamente com a Comissão de Baldios de Vilarinho, ofereceram uma motobomba rebocável de grande capacidade.