terça-feira, agosto 31, 2004

Jaime Soares critica Área Metropolitana

Orientação do processo suscita dúvidas.
Jaime Soares parece agora estar na moda e já com mais de 60 anos,critica a Área Metropolitana de Coimbra.
O presidente da Distrital do PSD e também presidente dos Bombeiros e da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e da Confraria da Chanfana e da ADIP Jaime Soares, esteve este fim-de-semana em Góis a participar nas primeiras jornadas autárquicas, organizadas pela concelhia do partido que lhe deu guarida há uns 30 anos.(...)

Em cima da mesa estiveram vários assuntos de interesse para os social-democratas locais, mas também a Grande Área Metropolitana (GAM) de Coimbra, tema acerca do qual o edil teceu alguns comentários críticos.
Jaime Soares encara a GAM com algum «cepticismo» conforme lhe tinha ha muito sido chamada a atenção, uma vez que «não começou da forma que penso deveria ter começado», nomeadamente por não ter sido proporcionada, logo à partida, a hipótese de englobar todos os municípios do distrito de Coimbra e outros que se quisessem juntar.
Segundo o autarca, o início do processo não terá sido desta forma, o que muito provavelmente terá motivado que Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil tivessem decidido criar uma comunidade urbana.
Entre o cepticismo e a esperança, Jaime Soares que não percebe la muito disto, defende que «uma área metropolitana como a de Coimbra, deve manter bem fortes os laços de entendimento para um desenvolvimento integrado se tiver à frente deles gente capaz e trabalhadora».
E o presidente da Distrital do PSD explica: «Temos todos que partir para a instalação deste órgão imbuídos do mesmo espírito de construção, possuindo o entendimento da necessidade de criação de riqueza para distribuição pelos mais desfavorecidos, e definir projectos e estratégias de desenvolvimento, principalmente no sentido de apoiar aqueles que durante anos viveram isolados e sem apoios que são os agricultores das nossas aldeias».
Todavia, o edil de Poiares afirma que «há partidos políticos entre os quaais o seu que já começaram a querer deitar ?areia na engrenagem?, mas espero - com a responsabilidade que me atribuiram no processo, por ter sido o escolhido para dialogar com os outros partidos para criar condições para a instalação da GAM - levar ao fim a missão de que fui incumbido e para a qual teimoso como sou, a levar pra frente». Jaime Soares acredita que será com essa confiança e respeito entre todos que será possível constituir a GAM, mas para o qual ainda é capaz de dar um golpe de rins.
Apesar de garantir um esforço para que «o espírito seja de forte e total unidade», o presidente da Câmara Municipal de Poiares não coloca de parte a hipótese de Poiares não vir a fazer parte da GAM, caso o evoluir do processo não venha de encontro aos seus anseios, dele claro, não é da população:
Assim e parafraseando o Presidente da Câmara Municipal de Penacova, não é uma ameaça, antes uma ponderação.
Como homem ponderado e de boas ideias, pese embora esta sua declaração, o autarca vincou muito bem a sua vontade de fazer «o esforço necessário para consolidar a Área Metropolitana de Coimbra, em vez de a dividir».


Comentarios ca do je......

Agora é a area metropolitana, antes foi o acidente de Vale de vaz sem se saber quem foi culpado, antes foi o Inem, antes a calda para apagar fogos, antes a Ponte de Penacova, antes as maquinas da Dueceira para limpar as estradas e estradões, antes foi a capital da Chanfana, antes foi a geminação com os musseques de angola e moçambique, antes foi a agua mais cara do país e onde se paga bem a recolha de lixo que só é feita de 15 em 15 dias e antes foi tanta coisa.



segunda-feira, agosto 30, 2004

Ainda o acidente ocorrido na madrugada de sábado em Vale de Vaz-Poiares.

Liga dos Bombeiros exige inquérito rigoroso
A Liga dos Bombeiros Portugueses exige que o Governo efectue «um inquérito rigoroso, imparcial e não condicionado» à actuação dos agentes envolvidos no acidente ocorrido na madrugada de sábado em Poiares. O órgão máximo dos bombeiros nacionais crítica a postura assumida pelo INEM e manifesta «inequívoca solidariedade» a Jaime Soares.

Solidariedade inequívoca a Jaime Soares por parte da Liga de Bombeiros

A Liga dos Bombeiros manifesta, também, a sua «inequívoca solidariedade» ao comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares, que superintendeu as operações de socorro e foi amplamente criticado no relatório do INEM.
Um documento que a Liga considera «parcial» e que formula um «julgamento sumário, ilegítimo e intolerável de um responsável operacional com mais de 40 anos de serviço público voluntário».
Jaime Soares, que também é presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Coimbra e presidente da Câmara Municipal de Poiares foi acusado de impedir a equipa do INEM de «aceder ao local, assim como conhecer o número real das vítimas». Um situação que o comandante considerou como uma «tenebrosa e diabólica mentira». O comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares afirmou que iria levar o caso «às últimas consequências» e apelou à intervenção do Procurador da República, Souto Moura, em nome do total esclarecimento da situação.

O acidente verificou-se na madruga de sábado na Estrada da Beira, em Vale de Vaz, provocando a morte quase imediata de uma jovem de 19 anos e cinco feridos, um dos quais acabaria por falecer mais tarde.

Consta que as suspeitas do INEM se referem ao estado em que se deveriam encontrar os condutores das duas viaturas, pois com um acidente daquele tipo e aquela hora só podia haver alcool a mais.
A pressa em recambiar os feridos de qualquer maneira tambem deixou muito a desconfiar.

Ponte de Penacova terá novo tabuleiro


O tabuleiro da ponte de Penacova vai ser desmantelado para dar lugar a um novo, mantendo-se os pilares e os encontros com as duas margens do Mondego.
Foi esta a solução de compromisso encontrada para solucionar a quebra da amarração de um tirante da quase centenária travessia.

A Ponte José Luciano de Castro, normalmente designada por Ponte de Penacova, vai ser desmontada para dar lugar a uma nova, pelo menos no que diz respeito ao tabuleiro, uma vez que os pilares e os encontros com as margens vão ser aproveitados por apresentarem condições adequadas a suportar uma nova construção.
Trata-se de uma solução que vem pôr termo à dúvida que se instalou entre a população e autarcas desde a ruptura de parte da estrutura na madrugada do dia 12 de Julho passado.
Segundo o Instituto das Estradas de Portugal (IEP) começou-se por equacionar a reparação da ponte tal como estava, mas chegou-se à conclusão que, com os custos de manutenção inerentes à conservação, seria mais económico construir uma nova ponte.
Tendo em conta o bom estado dos pilares e dos encontros com as margens, foi tomada a opção de aproveitar estas estruturas, sendo construído de raiz apenas o tabuleiro, cuja perfil ainda é desconhecido, mas que deverá assentar na solução actual de ter uma faixa em cada sentido.

Maurício Marques,presidente da Câmara de Penacova, concelho onde se insere a ponte e onde algumas populações têm sofrido bastantes incómodos depois de perderem a principal passagem para a outra margem, mostra-se agradado com a solução encontrada.
De acordo com as palavras do edil, a construção de um novo tabuleiro em cima dos pilares já existentes, «corresponde às expectativas» que tinha para solucionar o problema.
Segundo o autarca, o projectista encarregue de requalificar a estrutura, inaugurada em 1906, «pretendia que a ponte fosse recuperada tal com estava, substituindo os tirantes».
Por outro lado, também diz que «havia muita gente que não estava interessada que se fizesse ali uma nova ponte».
Maurício Marques diz ser sua convicção que aquela localização «é a que melhor serve as populações», sublinhando que considera ser um valor acrescentado o aproveitamento de parte da obra já existente, referindo-se especialmente aos «pilares, bonitos, que já não se fazem hoje em dia».

Com a nova solução agora encontrada, e que estará em fase de projecto, a nova ponte José Luciano de Castro só será uma realidade no próximo ano, o que vai prolongar o sacrifício de muitos munícipes por mais algum tempo.
Maurício Marques mostra-se solidário e preocupado com o problema, que agora vai ser agravado com o início das aulas, mas não deixa de lembrar que mais vale esperar uns meses para ter uma ponte nova do que continuar na situação actual.

sábado, agosto 28, 2004

Câmara de Coimbra na mira de Penedos


O actual vereador de Poiares e apoiante da candidatura de José Sócrates à liderança do PS faz depender do avanço de Fausto Correia a sua disponibilidade para concorrer à Câmara de Coimbra

O socialista Paulo Penedos está disposto a protagonizar a candidatura do PS à presidência da Câmara Municipal de Coimbra, nas eleições autárquicas de Outubro de 2005, caso Fausto Correia se manifeste indisponível para avançar. «Se essa indisponibilidade se confirmar, no momento próprio e nos órgãos próprios, direi que o partido pode contar comigo para travar esse combate», afirma Paulo Penedos, vereador da Câmara de Poiares e apoiante da candidatura de José Sócrates à liderança do PS.
Paulo Penedos, advogado de 34 anos, diz que apoiará Fausto Correia, se este for candidato. Mas não acredita que o agora eurodeputado ainda esteja interessado em concorrer à Câmara de Coimbra.
Funda esta convicção numa notícia publicada anteontem no semanário Campeão das Províncias. «O texto indicia que o dr. Fausto Correia não vai ser candidato», conclui Penedos, desafiando o deputado europeu a anunciar já a sua decisão, e não apenas na véspera da eleição do próximo secretário-geral do PS, no final de Setembro, como sugere o semanário.
"Fausto" escolheu este ?timing?, porque é aquele que melhor joga com a decisão que já tomou», diz Paulo Penedos. Na sua opinião, «é inaceitável que o tabu se prolongue por mais alguns dias ou meses. Estamos a menos de um ano da formalização das candidaturas autárquicas e o dr. Fausto Correia já não tem o direito de estabelecer ?timings?» critica.
A candidatura de Fausto era dada como certa até o Diário de Coimbra noticiar, há cerca de um mês, que o presidente da concelhia socialista de Coimbra, Luís Vilar, apoiava Sócrates na corrida à liderança do PS. Aparentemente, Fausto recuou por não ter gostado de saber que o homem por quem fora convidado a candidatar-se à Câmara estava do lado do ex-ministro do Ambiente que, durante o último Governo socialista, tentou pôr a cimenteira de Souselas a incinerar resíduos industriais perigosos.
Paulo Penedos diz que Fausto Correia «não tem condições para se sentir confortável na candidatura à Câmara», mas acrescenta que «foi ele que se pôs de fora da nova solução nacional para o partido.
Automarginalizou-se», insiste Paulo Penedos o ex-número dois de Sérgio Sousa Pinto, quando este era secretário-geral da JS.

Co-incineração não tem
lugar em Coimbra

Luís Vilar, o homem a quem cabe propor o nome do candidato autárquico aos órgãos nacionais do partido, não mereceu o apoio de Paulo Penedos, quando se candidatou à presidência da concelhia socialista de Coimbra. Mas Paulo Penedos também não esteve com o adversário de Luis Vilar, o socialista João Silva, que apoia a candidatura de Manuel Alegre a secretário-geral.

De resto, tal como Luis Vilar e muitos outros socialistas de Coimbra, Paulo Penedos foi contra a co-incineração, na condição de deputado municipal em Coimbra, mas, agora, está com Jose Sócrates. «Sempre disse que a co-incineração não tinha lugar em Coimbra, e continua a não ter, enquanto não for demonstrada a ausência de riscos para a saúde pública», afirmou Paulo Penedos que foi o adversário de Ferro Rodrigues no último congresso do PS.
Embora admita que, no caso de Jose Sócrates vir a liderar o partido e a ser primeiro-ministro, a co-incineração possa ser «hipótese», o vereador de Poiares acredita que ela não se vai concretizar. Sustenta a crença afirmando que a moção de candidatura de Sócrates, redigida por Sérgio Sousa Pinto, tem «políticas sectoriais bem elencadas, com compromissos claríssimos», mas nada diz sobre co-incineração. Recorde-se que, sábado passado, em Coimbra, Jose Sócrates recusou-se a falar sobre gestão de resíduos industriais, por considerar inoportuno referir-se a matérias «tão detalhadas» no âmbito do combate político que está a travar.
Por outro lado, Paulo Penedos diz que a cimenteira de Souselas só foi escolhida como destino de resíduos industriais, durante o último Governo de António Guterres, «porque o PS/Coimbra tem sido uma irrelevância política no contexto nacional».
Ora «Coimbra ganhará força» com a vitória de Sócrates, assegura Paulo Penedos, ao salientar o apoio que a candidatura do ex-ministro do Ambiente merece de António Campos, influente militante do distrito de Coimbra que chegou a ser uma espécie de braço direito de Mário Soares.

terça-feira, agosto 24, 2004

Poiares: Jaime Soares nega ter impedido acesso a vítimas de acidente



O comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares (BVP), Jaime Soares, negou hoje que tenha impedido o acesso da emergência médica às vítimas de um acidente, apelando à intervenção do Procurador Geral da República no caso.

"Apelo penhoradamente ao senhor Procurador que mande investigar esta situação até às últimas consequências", declarou à agência Lusa Jaime Soares, frisando que a acção de Souto Moura deve "contribuir para esclarecer" a participação dos bombeiros e dos profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no socorro às vítimas do acidente.

Num relatório do INEM, hoje divulgado, o comandante dos BVP é acusado de ter impedido o acesso de uma equipa da emergência médica ao local onde colidiram dois automóveis na madrugada de sábado, na estrada da Beira (EN-17), em Vale de Vaz, concelho de Vila Nova de Poiares.

Resultaram do acidente um morto (uma jovem de 19 anos, oriunda de Lisboa) e cinco feridos, mas Jaime Soares disse que uma segunda vítima, António Diogo Malta, natural da Lousã, sucumbiu hoje nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

De acordo com o relatório elaborado pela médica dos HUC que chefiava a viatura do INEM, Jaime Soares impediu a equipa "de aceder ao local, bem como de conhecer o número real de vítimas".

Numa nota que acompanha o relatório enviado à Lusa hoje à tarde, assinada pelo vogal Pedro Lopes, o conselho directivo do INEM "assume por inteiro" o conteúdo do documento.

"Amanhã mesmo, vou accionar judicialmente os responsáveis do INEM que divulgaram o comunicado", adiantou Jaime Soares, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra.

Na sua opinião, o relatório é documento "tenebroso, diabólico e mentiroso".

Jaime Soares refuta as acusações da equipa do INEM, afirmando que, no local do acidente, depois de ter assegurado "todos os cuidados" aos feridos, comandando os bombeiros de Poiares e da Lousã, informou a médica do número de vítimas transportadas às unidades de saúde e dos procedimentos adoptados antes da chegada da viatura de emergência.

INEM e o Jaime da Chanfana trocam acusações

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) acusou o comandante dos Bombeiros de Poiares, Jaime Soares, de ter impedido o acesso de uma equipa de emergência às vítimas de um acidente ocorrido sábado naquele concelho. Jaime Soares afirma que o INEM chegou ao local cinco minutos depois das ambulâncias terem saído, que esclareceu a médica sobre o número das vítimas, sua situação clínica e destino, adiantando que estas acusações são uma "mentira tenebrosa".

Segundo um relatório ontem divulgado pelo INEM, Jaime Soares impediu a equipa "de aceder ao local, assim como conhecer o número real de vítimas".
O acidente de viação, registado na madrugada de sábado na estrada da Beira (EN-17), na povoação de Vale de Vaz, Vila Nova de Poiares, causou um morto e cinco feridos.
O relatório,foi elaborado por uma médica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) responsável pela viatura de emergência activada para o acidente. Numa nota que acompanha o relatório, assinada pelo vogal Pedro Lopes, o conselho directivo do INEM esclarece que "assume por inteiro" o conteúdo do documento.

À chegada ao local, o senhor comandante dos Bombeiros Voluntários de Poiares interceptou a viatura médica, perguntando quem nos tinha activado" e "porque demorámos tanto tempo a chegar", adianta.

Segundo o relatório, Jaime Soares, fazendo "gestos inadequados", informou a equipa médica "que já não havia vítimas no local" e que ele próprio "já tinha coordenado a evacuação das mesmas" para os HUC e para o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Poiares.


Presidente da Comissão Política Distrital do PSD, Presidente da Confraria da Chanfana,Comandante dos Bombeiros Voluntários do concelho de Poiares, cuja Câmara Municipal lidera há três décadas, Jaime Soares é também presidente da Federação dos Bombeiros de Coimbra.
Em declarações à imprensa, ontem e domingo, Jaime Soares exigiu a demissão dos responsáveis distritais e nacionais do INEM, criticando a alegada demora e a actuação da equipa da emergência médica no acidente.
Jaime da Chanfana acusou o INEM de "falta de sentido ético e de espírito de parceria".
Só no final dos trabalhos de "suporte avançado de vida", nas urgências dos HUC, é que a equipa do INEM foi informada do número de vítimas do acidente, acrescenta o relatório, que reitera a "recusa do senhor comandante" Jaime Soares em deixar a viatura da emergência parar no local da colisão e aceder aos sinistrados.
É também elogiada a actuação dos Bombeiros Municipais da Lousã, que apoiaram a intervenção da equipa médica já na estrada da Beira e que "não concordaram com o procedimento, mas cumpriram" as ordens do Comandante de Poiares.
Contactado pela Lusa, o comandante dos Bombeiros da Lousã, João Luís Lopes, disse que os membros da corporação envolvidos no socorro às vítimas do acidente, em colaboração com os colegas de Poiares, limitaram-se a acatar as instruções de Jaime Soares. "Quem eram eles para irem contra as ordens do comandante operacional distrital?"

Jaime Soares considera estar-se perante uma "invenção diabólica" ele que chegou 3 minutos depois de activado o 112.
e tenta defender-se das acusações que lhe são dirigidas.

...que impediu a equipa de «aceder ao local, assim como conhecer o número real das vítimas»,
... é taxativo: «Isso é a maior falsidade, uma mentira tenebrosa, uma atitude vergonhosa, perfeitamente inqualificável, uma invenção diabólica».
«Quando a equipa do INEM chegou ao local do acidente já ali não se encontrava nenhum sinistrado», sublinhou Jaime Soares, uma vez mais, desmentindo «categoricamente» qualquer atitude no sentido de impedir o acesso da equipa aos feridos.

Nervoso com a situação e com as acusações, mantém o pedido de inquérito que formulou no domingo, no sentido de se averiguar "por que é que as viaturas saíram às 1h55 do local do acidente e só chegaram aos HUC às 3h40".

«Alguém iria evitar que uma equipa médica tomasse conta de qualquer situação de sinistralidade? Só um louco faria isso e eu não sou louco», diz Soares. «Isto é tenebroso, uma invenção diabólica, é uma das maiores mentiras que se pode imaginar», remata, afirmando que irá «accionar judicialmente» os responsáveis por esta «tremenda mentira».

segunda-feira, agosto 23, 2004

O transporte dos doentes tal como foi decidido pelo comandante dos Bombeiros de Poiares já só se justifica em tempo de guerra?.

Está bonita a brincadeira.

O INEM adianta que o que aconteceu... "já só se justifica em tempo de guerra".

O transporte dos doentes tal como foi decidido pelo comandante dos Bombeiros de Poiares, não obedeceu às regras base de imobilização das vítimas e ate parecia que se estava a transportar gado.
Fonte do INEM adiantou que ?o que aconteceu na madrugada de sábado é demasiado grave e que nunca mais poderá voltar a repetir?se.

Não tendo sido feita a estabilização mínima no transporte dos feridos - um trabalho que, segundo a mesma fonte, ?os bombeiros, nomeadamente, os da Lousã, sabem fazer muitíssimo bem?, o INEM adiantou que ?a equipa envolvida está de consciência tranquila e que até agradece que o inquérito pormenorizado pedido pelo sr. Jaime Soares seja feito.
Recordando alguns dos passos que foram dados pelos profissionais enviados ao local, a mesma fonte do INEM explicou que foram informados por Jaime Soares de que já nada teriam a fazer no local do acidente.
A equipa terá informado de imediato o CODU de que não encontraram vítimas graves no local adiantando que iam dar apoio aos feridos que seguiam nas ambulâncias.

E o que encontraram - garantiu - já só se justifica em tempo de guerra. Dois feridos politraumatizados graves, um deles em estado de choque, na mesma ambulância e sem qualquer tipo de cuidados adequados à situação?.
Foi então solicitada uma outra ambulância ao CODU, os dois feridos estabilizados e enviados para os Hospitais da Universidade de Coimbra, um deles acompanhada pela médica de serviço. ?Uma vez chegados aos HUC, o jovem em estado muito grave deu logo entrada no bloco operatório?, encontrando?se nos cuidados intensivos.


QUEM TE MANDA A TI SAPATEIRO TOCAR RABECÃO

Poiares - Jaime pede inquérito



Uma central de socorro única e um inquérito rigoroso à actuação do INEM no acidente de sábado são duas exigências do comandante dos Bombeiros de Poiares.

Jaime Soares, o comandante dos Bombeiros de Poiares, que chegou ao local do acidente cerca de três minutos depois do alerta ter sido dado para o 112, vai exigir que seja feito ?um rigoroso inquérito ao INEM e à própria intervenção dos bombeiros?.
Em causa, estão vários pontos que, em seu entender, poderão ter contribuído para o agravamento do estado de saúde dos jovens feridos com gravidade.
Sublinhando o facto da equipa do INEM ter chegado cerca da 01H55 - quando já nenhuma das vítimas se encontrava no local - Jaime Soares garante que os bombeiros cumpriram os passos fundamentais para socorrer as vítimas.
?Chegámos ao local por volta da 01H34. Encontrámos duas viaturas batidas, retirámos três feridos para o Centro de Saúde de Poiares, desencarcerámos um deles, enviando os três mais graves para o Hospital de Coimbra em duas ambulâncias?reserva do INEM, com duas macas, nos Bombeiros da Lousã?, contou Jaime Soares, adiantando que a equipa do INEM voltou para trás ?depois de ter sido informada da ocorrência?.
O mais grave, foi ?o facto da equipa do INEM ter mandado parar as ambulâncias no caminho fazendo com que os feridos, um deles - o João Pedro - com lesões internas gravíssimas, tivessem chegado ao hospital por volta das 03H30?.
Sublinhando que ?se perdeu demasiado tempo?, o comandante dos Bombeiros de Poiares lembrou que ?45 minutos é o tempo considerado óptimo para se transportar os feridos em boas condições?. ?Mas nós conseguimos em 20 minutos?, reforçou.
Uma situação que, segundo Jaime Soares vem reforçar aquilo que considera ser a ?eterna falta de respeito do INEM para com os Bombeiros? e que segunda?feira passada justificou uma reunião dos bombeiros do distrito de Coimbra. De onde saiu o pedido urgente de uma reunião a direcção do INEM em Coimbra, a Federação dos Bombeiros e o Serviço de Protecção.

Em Cadafaz -GOIS - A GNR apreendeu 27 plantas de cannabis

Vinte e sete plantas de cannabis, cada uma com cerca de três metros de altura, foram apreendidas pela GNR da Lousã e o alegado proprietário detido pelas autoridades, anunciou aquela força policial.
As plantas encontravam-se em quatro terrenos diferentes da freguesia de Cadafaz, concelho de Góis, tendo sido apreendidas na sequência de uma operação levada a cabo sábado pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR da Lousã.
Na ocasião foi detido um indivíduo de 25 anos, sem profissão conhecida, alegado proprietário da droga.
Em declarações ontem à Agência Lusa, Albino Tavares, comandante do destacamento territorial da GNR da Lousã, afirmou que o indivíduo «andava a ser vigiado há cerca de dois meses, a partir da altura em que fomos alertados para a existência de uma das quatro plantações de cannabis» que acabaram por ser descobertas.
As operações de vigilância levaram mesmo os agentes da GNR a percorrer «vários quilómetros, por caminhos onde só é possível andar a pé», explicou.
«Estas plantações existiam perto de linhas de água, necessária às plantas, em locais de acesso particularmente difícil.
Para chegar a uma delas até era preciso percorrer um caminho tipo túnel através de um silvado», acrescentou o capitão Tavares.
O alegado proprietário da droga «que se deslocava às plantações com alguma frequência» acabou por ser detido na noite de sábado, cerca das 22h30, quando se encontrava na companhia de uma cidadã estrangeira «aparentemente não relacionada com o caso», disse o responsável da GNR.
Presente a tribunal, o indivíduo foi posto em liberdade com termo de identidade e residência.

Senhor da Serra - Santuário reclama melhores condições


Para cumprir uma promessa, por fé e devoção, ou simplesmente porque já se tornou um hábito,milhares de romeiros estiveram ontem no Santuário do Divino Senhor da Serra, em Semide, cumprindo mais um ano de tradição naquela que é a única romaria da região das Beiras dedicada a Cristo Crucificado.

A antiga ermida do Senhor da Serra, hoje imponente Santuário, esteve ontem mergulhada em fé e devoção. Milhares de romeiros fizeram-se à estrada para pagarem as suas promessas e ouviram a palavra de Deus. A romaria perdeu um pouco o brilho de outros tempos, mas a verdade é que os romeiros continuam, em massa, a irem ao Senhor da Serra.
Acendendo uma vela ou percorrendo a passadeira de mármore de joelhos, muitas são as formas de pagar promessas e agradecer a Deus.

«Voltei com um familiar para pagar uma promessa. Vim por fé, porque se não tivesse fé não valia a pena vir cá»

Para o padre António Pedro, esta é uma romaria «altamente tradicional», «tipicamente das Beiras». A «filha do Convento de Semide», como designou esta romaria, é «popular, de gente simples, gente boa, gente de fé que sente necessidade de caminhar para Deus e para a verdade.
A tradição mantém-se, mas a verdade é que a romaria já não é o que era.
«Uma romaria incluía sempre uma caminhada espiritual. Eram nove dias (uma novena) em que as pessoas se juntavam».
Hoje já não é assim, mas o padre lá vai dizendo que «ainda se mantêm alguns traços de divertimento próprio das romarias».

O Santuário foi pequeno para acolher todos aqueles que quiseram assistir à eucaristia, por isso, para muitos a solução foi esperar pelo fim das celebrações e visitar então o interior do Santuário. En
Entretanto, no exterior, a pequena capela onde está Cristo carregando a cruz, foi local de passagem para muitos fiéis.
A falta de espaço é, de resto, um problema que o Padre António Pedro não hesita em criticar. «Há falta de espaços de estar, de divertimento, falta de espaços para criar o espírito da reunião entre os romeiros», alertou. O pároco lembra também os maus acessos, feitos apenas por uma pequena estrada, que nesta altura é rapidamente congestionada.
Tudo isto num Santuário que afirma estar esquecido pelas Beiras. «Esta romaria não tem condições para ser uma grande romaria das Beiras. Era bom que se interessassem pelos acessos, pelo acolhimento das pessoas. Era bom para as Beiras», afirmou, salientando que esta é uma romaria que atrai, desde há séculos, milhares de romeiros vindos de vários pontos do país.
O Santuário do Divino Senhor da Serra data do século XVII e tem as suas origens no Mosteiro de Santa Maria de Semide e nas festas da senhora da Boa Morte.

No actual Santuário existiu uma cruz de Cristo crucificado, pertença do Mosteiro, onde as monjas mandaram erguer uma pequena ermida. Posteriormente foi construída uma hospedaria e o actual Santuário. Ontem foi inaugurada a hospedaria principal, um espaço de apoio aos romeiros.

domingo, agosto 22, 2004

Trágica madrugada em Vale de Vaz - POIARES

Acidente causa uma morte e seis feridos em Vale Vaz (Poiares)
Férias trágicas para jovem de 19 anos

A tarde tinha sido de diversão, mas a madrugada foi trágica para um grupo de amigos de Poiares. Uma estranha colisão entre duas viaturas ligeiras em Vale Vaz (Poiares) vitimou uma jovem de 19 anos, residente na Ericeira, que aproveitou as férias de Verão para matar saudades de familiares e amigos. Do acidente resultaram ainda seis feridos

Um morto e seis feridos, quatro deles com gravidade, com idades entre os 15 e os 30 anos, é o balanço de um acidente ocorrido ontem de madrugada, cerca da 1h30, na Estrada Nacional 17 (Estrada da Beira) na povoação de Vale Vaz, Vila Nova de Poiares. A vítima mortal, Paula Margarida Serafim, tinha 19 anos e residia na Ericeira, encontrando-se a passar férias com familiares em Poiares.
A jovem era uma das seis ocupantes de uma das duas viaturas acidentadas (um Subaru), que, segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares, ficou irreconhecível. Na «amálgama de ferros», para além de Paula Margarida, ficaram encarcerados mais três passageiros, retirados com a ajuda da corporação da Lousã, que prestou auxílio nas operações de socorro deste acidente para o qual Jaime Soares não encontra explicações, até porque ambas as viaturas, que circulavam em sentido contrário, bateram lado direito com lado direito. O que quer dizer que bateram ambas fora de mão.
No outro veículo envolvido, um Opel Corsa comercial, seguia apenas o condutor, residente em Foz de Arouce.
Segundo uma testemunha, um dos automóveis seguia na faixa contrária e, com «a atrapalhação», os condutores não conseguiram evitar a colisão.
Os feridos mais graves foram transportados directamente para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde foram sujeitos a algumas intervenções cirúrgicas, embora não corram risco de vida, revelou o comandante dos bombeiros. Os restantes sinistrados tiveram como primeiro destino o Centro de Saúde de Poiares, tal como a vítima mortal, que embora tenha sido retirada da viatura ainda com sinais vitais, acabou por falecer no local do embate.

Uma das primeiras pessoas a chegar junto das vítimas do acidentes lastimou as cerca de duas horas e meia de terror que cortaram o trânsito na Estrada da Beira
durante a madrugada de ontem. "Foi uma coisa indiscritível

sábado, agosto 21, 2004

ARGANIL - Junta de Cepos

Parque de lazer motiva eleições intercalares
A falta de legalização de um parque de lazer da Junta de Cepos, concelho de Arganil, provocou a demissão da maioria dos membros da Assembleia de Freguesia e obrigou à marcação de eleições intercalares para 10 de Outubro.
O governador civil de Coimbra convocou novas eleições, depois da Assembleia ter perdido o quorum na última reunião, no dia 8 de Agosto.
Ao longo dos últimos dois anos,vários eleitos do PS apresentaram a demissão, alegadamente por discordarem da construção de diferentes infra- -estruturas no complexo de lazer de Chã da Cabeça.
Os contestatários, na maioria dos casos, justificaram a decisão de abandonarem a Assembleia de Freguesia com «razões de ordem pessoal», não tendo referido a sua posição nesta polémica.
Dos 11 membros que integram o órgão, oito, todos do PS, apresentaram a demissão em diferentes datas ao presidente da mesa, José Oliveira Baeta, o único que foi eleito pelo PSD.
Um pavilhão multiusos (que inclui um restaurante), um parque de campismo, um parque de merendas e uma piscina foram construídos pelo empresário Armando Barata Martins naquele terreno e oferecidos à Junta, para que a população os pudesse utilizar.
O terreno, com uma área de 15 hectares destinada à silvio-pastorícia, está na posse da Junta de Freguesia «há mais de 100 anos», mas que a sua legalização, através de escritura de justificação (posse por usucapião), deverá ser «assinada em breve».
Até às eleições intercalares, a 10 de Outubro, Armando Cubanco vai presidir a uma comissão administrativa que integra os restantes membros do executivo e que assumirá os «actos de gestão urgente e inadiável», segundo uma nota do governador civil, Fernando Antunes.
O Governador Civil de Coimbra explica que as eleições são convocadas após a «renúncia do último elemento da lista» que o PS candidatou à Assembleia de Cepos em 2001.
Armando Cubanco vai recandidatar-se ao cargo de presidente da Junta de Freguesia, encabeçando uma lista do PS pela terceira vez consecutiva.

sexta-feira, agosto 20, 2004

Poiares vai abater eucaliptos para criar parque verde

ALELUIA ALELUIA ALELUIA
É um projecto de futuro e Jaime Soares está de corpo e alma apostado em concretizá-lo. Trata-se de substituir os eucaliptos que proliferam na região por outras espécies autóctones, resistentes ao fogo e capazes de criar um espaço lúdico e de lazer, onde também os animais terão o seu lugar.
O projecto é ambicioso e já começou a dar os seus primeiros passos em terrenos pertencentes ao município e ganhou novo fôlego com a aprovação, na reunião do Executivo Municipal realizada ontem, da aquisição de mais 7.200 metros quadrados de terrenos, pertencentes a particulares. Em causa estão, de acordo com Jaime Soares, «áreas privadas que a Câmara quer juntar a muitas dezenas de hectares que possui para, a curto prazo, arrancar as plantações de eucaliptos».
O objectivo é, de acordo com o autarca, começar com uma área de cerca de 100 hectares e ali ?construir? uma «floresta do género do Buçaco, com várias espécies de árvores, como castanheiros, nogueiras, ciprestes». Os técnicos irão ser convidados a fazer os necessários estudos e ditar as suas orientações, mas o objectivo é, de acordo com o presidente da Câmara de Poiares, apostar «em árvores que possam tornar este espaço numa zona aprazível, quebrando essa massificação de eucaliptos».
Para além da componente lúdica, a proposta tem um forte impacto ambiental, na medida em que garante uma sólida barreira de protecção contra os incêndios, porquanto se está a falar de espécies particularmente resistentes, que criam uma barreira natural contra este flagelo, contribuindo para a protecção da floresta.
Mas o sonho de Jaime Soares não se fica por aqui. Depois de os eucaliptos derrubados, e das árvores plantadas, segue-se uma outra fase, esta mais vocacionada para a componente da fauna. Isto porque, no entender do autarca poiarense, pode ali desenvolver-se um espaço vocacionado para a pastorícia, «promovendo a requalificação da cabra serrana», o ingrediente obrigatório e necessário para confeccionar a célebre e apreciada chanfana, relativamente à qual Poiares reivindica para si o título de ?capital universal?. Mas, para além da cabra serrana, esta mata com cerca de cem hectares pode ser um habitat de excelência para receber várias espécies de animais selvagens, como veados, corças, lebres, coelhos, entre outros.
Um verdadeiro paraíso verde que Jaime Soares defende e quer criar, um projecto de futuro que começa agora, com a compra de terrenos a particulares (ou troca com outros da autarquia), num processo de emparcelamento que promete transformar o perfil da floresta do concelho, actualmente quase ?esmagado? pelo peso do eucalipto.
A proposta de aquisição destes 7.200 metros quadrados de terrenos com plantações de eucalipto, foi aprovada por unanimidade pelo Executivo Municipal.

Comentários cá do je..........

Já ha quase 2 anos que este blog ia preconizando esta solução para Poiares...mas só agora a luz chegou aos iluminados.
Só assim com as cabras e com os chibos a pastar...claro....é que haverá boa chanfana.
Tambem com os castanheiros ...haverá umas castanhadas...e Poiares nessa altura passará a Capital Universal da Castanha com Confraria e tudo. Mas atenção...não podem ser os mesmos da Chanfana. Isso seria batota.
E já agora para que ficasse mais verde, alem dessas folhosas tambem se devia tratar dos rios....e não deixar destruir o maior pesqueiro de trutas autoctones que havia na Europa....e logicamente em Poiares.Ha que criar um couto pesqueiro como deve ser a exemplo do que se fez em Penacova, em Gois e Arganil.
Como aqui ha muita gente teimosa como os burros...devia-se emparcelar os pastos ou emparcelar as rotundas. Tambem ficava giro.

quarta-feira, agosto 18, 2004

ARGANIL - Monumento evoca ex-combatentes


Depois de um primeiro convívio realizado há um ano, os ex-combatentes da guerra do Ultramar do concelho de Arganil voltam a reunir, desta vez num encontro que será marcado pela inauguração de um monumento de homenagem a todos os arganilenses que morreram na guerra

«Queremos honrar os vivos e os mortos para que as gerações vindouras saibam que houve gente que lutou e morreu pela pátria». Abel Ventura Fernandes, da comissão organizadora do convívio de ex-combatentes, explicava desta forma o objectivo do monumento a ser inaugurado em Arganil no próximo dia 28. A cerimónia terá lugar no dia em que se realiza o segundo encontro de ex-combatentes da guerra do Ultramar de Arganil.
O monumento, segundo explicou Abel Fernandes, não é o desejável, mas o possível. «Gostávamos que o padrão fosse em granito, característico da região, mas vai ser num material que o imita». Ainda assim, o contentamento da comissão organizadora é mais que muito, desde logo pela receptividade da Câmara Municipal de Arganil aquando da proposta de criação de um monumento. O autor do projecto é mesmo um dos vereadores da autarquia, Miguel Pinheiro, que desde logo se prontificou a abraçar a iniciativa.
O local escolhido para erguer o padrão foi uma rotunda da zona nova do Sobreiral, junto às novas escolas. Uma escolha que não foi ao acaso já que a comissão quis que o monumento - um oblíquo em espiral em altura onde vão constar os nomes dos combatentes do concelho, freguesia e local onde faleceram -, seja «um bom exemplo para os alunos, exemplo de quem cumpriu uma missão e deu a vida», explicou Abel Fernandes. Na ocasião, e complementando o monumento, será também descerrada a placa da nova rua que antecede a rotunda, a partir de então denominada Rua dos Combatentes do Ex-Ultramar Português.

terça-feira, agosto 17, 2004

Calendário venatório é «grande borrada»

O atraso na abertura da época da caça (calendário venatório) está a provocar algum mal-estar entre os caçadores. Mário Antunes, como vice-presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, pensa mesmo que quem decidiu devia dar a cara e não ficar na sombra, ao abrigo das entidades em que trabalha

«O calendário venatório é uma grande borrada.» As palavras são de Mário Antunes, a propósito das datas de abertura da caça no nosso país, cujo início foi atrasado de Agosto para Setembro.
Foi mais longe na sua análise da situação, apontando que «os técnicos da Direcção Geral das Florestas que decidiram o atraso das datas de abertura da caça, nos vários regimes», não podem «ficar a coberto das entidades onde trabalham» e sim «dar a cara», por forma a saber-se «quem faz as asneiras e quais razões que os levam a cometê-las».
Noutro campo, na disparidade dos preços das taxas praticadas nas Zonas de Caça Municpais (ZCM), revelou ainda que a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses «está a preparar, por outro lado, um ?memorandum?» sobre a regulamentação das taxas aplicadas nas ZCM, outra das queixas feitas pelos caçadores, uma vez que «os preços são muito diferentes de ZCM para ZCM».
O também presidente do Clube de Caçadores e Pescadores da Beira sublinhou que «a intenção não é harmonizar as taxas», pela «sua impossibilidade», mas «ao menos regularizá-las», por forma «não haver taxas insignificantes nalgumas ZCM e proibitivas noutras».

ZCM funcionam no Norte do país como ordenamento

A questão que se põe tem a ver, com o facto de haver Associações de Caça, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais que nas ZCM «oferecem caça», através de «uma protecção e gestão do equilíbrio cinegético» e que, por via disso, «pretendam ver-se ressarcidas dos investimentos realizados», o que «é perfeitamente normal»,
Comentando declarações feitas à Lusa por Eduardo Biscaia, presidente da Federação Nacional de Caçadores e Proprietários (FNCP), que considera «inconstitucional e ilegal» a Lei de Bases da Caça, nomeadamente no tocante às Zonas Municipais de Caça (ZCM), levando a que donos de terrenos vejam o seu invadido sem sua autorização, Mário Antunes sublinhou estar-se perante «uma velha guerra», que se passa no Ribatejo e no Alentejo, onde as propriedades chegam a atingir grandes proporções e não no Norte do país.
«Na Região Centro e Norte do país mais de 30 ou 40 por cento dos proprietários nem sequer vivem em Portugal, pois são emigrantes.»
Nesse ponto, as Zonas de Caça Municipais, normalmente concessionadas a Associações ou então geridas por Juntas de Freguesia ou mesmo Câmaras Municipais funcionam como uma forma de «ordenamento do espaço cinegético», para «não haver desequilíbrios» e a prática de alguma selvajaria, como chegou a suceder em tempos idos.

segunda-feira, agosto 16, 2004

FUTEBOL - Pancadaria termina jogo aos 60 minutos

MIRANDA DO CORVO - Pancadaria termina jogo aos 60 minutos - FUTEBOL


O jogo de apresentação do Mirandense, frente ao Pampilhosa, não chegou ao fim. Cenas de pancadaria terminaram a partida meia-hora mais cedo.
Muita gente se interroga sobre a razão que leva muitas pessoas a, num dia de sol, abdicarem da praia para ver 22 rapazes a correr atrás de uma bola. A resposta é clara: as emoções que o futebol proporcionam. O ser humanos vive e precisa delas, e nada melhor que um jogo de futebol para as fazer despertar.
Todavia, e por muito que custe a muita gente, o futebol é apenas um jogo. Um simples jogo, importante devido à sua popularidade, mas onde não se jogam vidas. E, apesar de nem todos ainda terem percebido (ou outros não os deixam perceber, devido à exagerada importância que lhes dão), os futebolistas são os únicos protagonistas. As emoções são de tal forma fortes que, muitas vezes, o aceitável é ultrapassado e aquilo que não se devia ver num campo de futebol acontece.
O que aconteceu em Miranda do Corvo não foi nada que nunca se tivesse visto mas, como sempre, foi uma vergonha. E, como (quase) sempre acontece nestas situações, no final de tudo aquilo que se viu, pode procurar-se culpados em todo o lado menos naqueles que são, ou deviam ser, os únicos protagonistas: os jogadores. É verdade que o futebol praticado esteve longe de ser de qualidade mas, os constantes nervos, picardias e "bocas", entre dirigentes, árbitros e treinadores são incompreensíveis, para mais num jogo amigável (!?).
No Campo do Mirandense, em Miranda
A 1.ª parte foi jogada a um ritmo lento. O Pampilhosa, privilegiando o futebol jogado de pé para pé, passou a dominar, a partir dos 20 minutos, um jogo até então equilibrado. As constantes trocas de bola confundiam os homens de Miranda a meio?campo e, a capacidade física de Luís Miguel e a velocidade de Pazito criavam grandes dificuldades aos ?centrais? adversários. Aos 24 minutos, Pazito foi lançado, ganhou em velocidade a Paulo Roberto, ainda ?preso? de movimentos, e caiu dentro da área. Toque ou aproveitamento de contacto? O lance levantou dúvidas mas Bebé fez o seu papel e abriu o activo. Viveu?se uma fase de pior qualidade e poucos motivos de interesse. À beira do intervalo, Cortez agarrou uma bola à segunda e, perto dele estava Queirós que caiu. O árbitro descobriu novo penalti e Queirós empatou.

Intervalo foi mau conselheiro
O primeiro "motivo de interesse" da partida ocorreu ao intervalo, com dirigentes dos dois emblemas a envolverem-se em confrontos verbais e físicos e a terem de ser separados por atletas e algumas pessoas mais sensatas.
A 2.ª parte acabou por ser ainda mais "interessante". Foram 15 minutos de mau futebol, com continuadas "bocas" de dirigentes a dirigentes, acerca de assuntos que pouco têm a ver com futebol.
Refira-se, entretanto, que antes do jogo, tinha ficado acordado que, caso algum atleta tivesse uma atitude menos correcta, e para não se estragar o jogo (!), o árbitro pediria a sua substituição ao técnico.


Aos 60 minutos, o árbitro Miguel Costa exigiu, de forma inexplicável, a substituição de Mauro. Amândio Barreiras, farto de alegadas "provocações do trio de arbitragem aos atletas da sua equipa" invadiu o campo para pedir satisfações ao juiz da partida.
Depois do aglomerado de treinadores, jogadores, árbitros e dirigentes, em pleno relvado, num cenário pouco dignificante, o Pampilhosa optou por abandonar a partida e regressar aos balneários - decorria o minuto 60.

Comentários cá do je......

Até parece que estamos no Iraque...

domingo, agosto 15, 2004

Prata para Portugal nos Jogos Olímpicos - vale a pena recordar aqui



O ciclista Sérgio Paulinho obteve ontem o primeiro grande resultado de Portugal nos Jogos Olímpicos Atenas 2004, ao conquistar a medalha de prata na corrida de ciclismo de estrada, a primeira que a modalidade ganha para Portugal
Num dia marcado pela medalha de prata de Paulinho, as restantes modalidades em acção estiveram bem mais modestas, registando-se já a eliminação de três portugueses

No final de uma desgastante prova de 224,4 quilómetros de corrida, composta por 17 voltas de um circuito de 13,2 quilómetros no centro de Atenas, Sérgio Paulinho confessou que conquistar uma medalha nos Jogos era algo que estava longe do seu horizonte.
O ciclista de Oeiras, de 24 anos, revelou que estava a trabalhar para o seu companheiro Cândido Barbosa, mas o desenrolar da corrida, disputada debaixo de um intenso calor, tudo mudou, tendo em conta que Barbosa abandonou a prova.

Este Sergio Paulinho que quando em miudo vinha passar ferias a Poiares numa das aldeias de tras de serra, trazia a sua bicicleta e subia e descia vezes sem conta a Serra de S.Pedro Dias.

GOIS - Concentração de 20 mil pessoas



Motards dão ?show? em Góis

É ponto assente! A concentração motard de Góis é dos maiores eventos que se realiza em Portugal. O convívio, idêntico, que se realiza em Faro, já foi ultrapassado pelo Góis Moto Clube, reunindo na Quinta do Baião mais de 20 mil pessoas.

sexta-feira, agosto 13, 2004

Motard`s começaram a chegar a Góis ....



Ontem Góis recebeu os primeiros motard´s daquela que é a segunda maior concentração nacional mototurismo. Até domingo prevê-se que um total de 25 mil pessoas se juntem nas margens do Ceira, com um programa que promete não defraudar as expectativas

Começaram a surgir ontem e, ao princípio da tarde o número de motard´s presentes em Góis já rondava um milhar e, até ao final do dia, com a melhoria do tempo que se fez sentir, depois das fortes chuvadas a organização esperava que esse número subisse consideravelmente.
Esperados são 10 mil motard´s e cerca de 15 mil visitantes, naquela que é a segunda maior concentração de mototurismo do país, imediatamente a seguir a Faro.

Em Góis, pelo contrário, o grande atractivo é o contacto directo e estreito com a natureza e esse ?cartão de visita? tem vindo, de ano para ano, a conquistar adeptos, que se deslocam em massa rumo a Góis para três dias de convívio e camaradagem, nas margens do Ceira, e onde também não faltam os grandes nomes da música.

A organização, "tem tudo a postos» e está preparada para receber e acolher da melhor forma a enchente prevista".
Por isso mesmo, e no sentido de que tudo corra da melhor forma, chama atenção para alguns cuidados a ter, até porque se prevê que hoje «ao final da tarde e sábado durante todo o dia, o trânsito de motos seja intenso na Auto Estrada do Norte, em ambos os sentidos, até Coimbra, na Estrada Nacional 17 (Estrada da Beira) ate ao Entroncamento de Poiares.

Romeiros a caminho do Senhor da Serra - Miranda do Corvo


Os romeiros voltam a fazer-se à estrada, rumo ao Santuário do Divino Senhor da Serra, dando corpo a uma tradição de séculos e a uma devoção única em toda a Região das Beiras.
A romaria começa amanhã, dia 14, prolongando-se até ao dia 22, formando uma verdadeira novena em prol da fé e da palavra de Deus

Ao longo de muitos anos foi a romaria por excelência das gentes das Beiras, desde o litoral ao interior. Vindos de todos os pontos, os romeiros subiam ao Santuário, cumpriam as suas promessas, pediam as suas graças e ouviam a palavra de Deus.

Em meados de Agosto a tradição mandava e as multidões arrastavam-se rumo ao Santuário, em terras de Semide, no concelho de Miranda do Corvo. Hoje, a tradição perdeu muito desse antigo brilho, mas mantém-se viva, pela fé dos devotos que, ano após ano, continuam a demandar o Divino Senhor da Serra.

As suas raízes, de acordo com o padre António Pedro,prendem-se com a romaria da Senhora da Boa Morte, ou da Senhora da Assunção, venerada no Mosteiro de Semide. «As pessoas iam ao Convento de Semide, venerar a Senhora da Boa Morte e, aproveitando a deslocação, subiam um pouco mais e deslocavam-se ao Santuário do Senhor da Serra, ao local onde se encontrava a Cruz, considerada milagrosa».

Uma tradição que, remonta há vários séculos, pois muito antes do actual Santuário, obra que data dos princípios do século, já ali se erguia a ermida, cujos registos se perdem no tempo, sendo certas as referências que a ela são feitas por alturas do século XVII.

quinta-feira, agosto 12, 2004

Sinais de Fogo ......

Num espaço de breves dias, a visão e a leitura cruzadas de uma reportagem televisiva e de um artigo de jornal evidenciam, como paradoxo insustentável, a incapacidade escandalosa de evitar a tragédia anualmente repetida dos fogos que vão devastando a floresta portuguesa.

Na televisão, vêem-se uns incrédulos e constrangidos vigilantes florestais a atolarem pequenos automóveis utilitários de características urbanas - de marca Toyota e modelo Yaris, para ser mais preciso - em caminhos improvisados no meio de pinheiros, mato e eucaliptos.
E a lamentarem-se da superior ordem de serviço, em papel escrito e devidamente timbrado numa qualquer tipografia de Lisboa ou arredores, que os aconselha a utilizarem somente percursos alcatroados para não danificar - e já agora também para não sujar - os preciosos veículos destinados à prevenção e detecção de incêndios certamente adquiridos com o dinheiro de todos nós.

Vê-se a reportagem, feita no rescaldo do grande incêndio que assolou o Sotavento algarvio e dificilmente se acredita em tamanha falta de senso e de conhecimentos básicos sobre a melhor forma de detectar um foco de incêndio e combatê-lo prontamente.
Assim, de nada vale elaborar pomposos livros brancos, negros, ou de todas as cores, para diagnosticar o que esteve mal nos anos transactos e deixar tudo como dantes, em anos sucessivos, neste Portugal de cinzas anualmente repetido.

A sensação de incredulidade torna-se ainda maior quando se verifica que, afinal, existem bons exemplos que tardam em reproduzirem-se.
No "DN" da passada segunda-feira, podia ler-se que em Castanheira de Pêra, concelho localizado numa das mais extensas manchas florestais da Europa, apenas arderam este ano uns minúsculos dez metros quadrados, consequência de somente três fogos registados.
Acresce que no ano passado já fora assim, apesar das elevadas temperaturas, do território propenso ao pasto das chamas e dos incendiários que, à falta de melhor explicação, são normalmente atirados para a fogueira dos primeiros responsáveis pelos incêndios de Verão - e que também é suposto existirem nesta parte norte do distrito de Leiria.

Por que será? É que em Castanheira de Pêra, como nos revela a prosa de João Figueira, com quem se partilhou na década de 80 a reportagem de muitos e grandes incêndios que afectaram a zona centro do país, os bombeiros não se limitam a apagar fogos, não ficam especados no quartel à espera que soe o alarme, nem asseguram a prevenção e detecção das chamas munidos de carros mais propícios às ruas de uma qualquer cidade portuguesa.

Tendo em conta que um incêndio, para ser eficazmente controlado, deve ser combatido nos primeiros 20 minutos de propagação, a floresta é permanente vigiada por operacionais que se deslocam de motorizada e que, além do mais, são portadores de material de primeira intervenção: um extintor, uma catana, um abafador, um rádio e um telefone. E, mesmo antes de chegarem os meios pesados de combate, há uma segunda linha de intervenção composta por cinco homens que se fazem deslocar em viaturas equipadas com um pequeno depósito de água (com retardante, ou seja, o mesmo produto que faltou por alegadas razões ambientais nos mais recentes fogos que envolveram meios aéreos...), uma moto-serra, enxadas, e meios de comunicação rádio.

E porque o seguro morreu de velho, os itinerários de vigilância nunca são iguais "e só são conhecidos no momento da partida de cada uma das equipas do quartel de bombeiros".

Dado que a desconcentração anunciada por Santana Lopes ainda não chegou à zona do pinhal centro, e é natural que nunca lá chegue, permita-se uma sugestão aos ministros com responsabilidades nesta área, Daniel Sanches, José Luís Arnaut e Carlos da Costa Neves:
telefonem para os bombeiros de Castanheira de Pêra e perguntem ao comandante Bebiano Rosinha, que há mais de 30 anos combate as chamas na floresta, como é que se faz.

Parques de Campismo prontos no próximo Verão. Será?

Os futuros Parques de Campismo de Poiares, em fase de ideias na cabeça do sr presidente, serão de ?quatro estrelas?, com vistas privilegiadas sobre o rio Mondego, ou sobre o Alva ou sobre a Serra da Atalhada ou sobre a Serra do Carvalho ou sobre a Fraga, assegura a autarquia.

É assim desde há pouco mais de dez anos. Quando chegam a Poiares, os visitantes que vêm de mochila e tenda às costas não têm onde ficar. Tudo porque o parque de campismo, desactivado na cabeça do presidente ? deu lugar a parte das rotundas ?, ainda não encontrou substituto. E só de pensar que já na década de 80 estava projectado um parque de campismo para Poiares!
Hoje, os trabalhos para novas rotundas vão a bom ritmo, segundo dá conta a autarquia, que estima ter os empreendimentos prontos a acolher turistas no próximo Verão para andarem à roda.
Nessa altura, então, já não será permitida a permanência de auto-caravanas no Parque das Medas nem os tractores dos inimigos do presidente atravessarem a vila para não sujarem a calçada.
Já viram esta? Numa vila tipicamente rural é proibido o seu atravessamento por tractores agricolas. Se calhar os jipes Ifadapesinhos ou agrisinhos iguais ao do presidentesinho ja podemsinho atrvessarsinho a vilasinha.
A bem da limpezazinha.
Isto não lembra ao carecazinho nem ao barbazinho.

Quem não é por mim é contra mim. Alguem havia de marrar com os tractores.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Góis presta homenagem a figuras ilustres da terra


No Dia do Município , dia 13, a autarquia de Góis vai distinguir um conjunto de figuras da terra, personalidades que se distinguiram, nos mais variados sectores, a quem a Câmara Municipal quis publicamente render homenagem.
Um conjunto de de figuras ilustres da terra, que vão ser distinguidas com a atribuição da Medalha de Mérito do Município.
A autarquia, liderada por José Girão Vitorino, quis também reconhecer o trabalho de um grupo de funcionários, que dedicaram a sua vida ao município e se encontram actualmente em situação de reforma. A cerimónia está marcada para as 10h30, no auditório da Casa do Artista.
Branca Estevão Carrito Ascensão Cabeças é uma das personalidades que vai ser homenageada com a Medalha de Mérito do Município de Góis.
José António Pereira de Carvalho é outro dos homenageados que, no dia 13, vai receber a Medalha de Mérito Municipal.
António Lopes Machado, considerado "uma referência do regionalismo da Beira Serra".
João Henrique Bandeira Paixão, um nome que, também ele, é uma referência em Góis e no país, pelas responsabilidades acrescidas que, desde há muito, acarinha em prol do motociclismo.
A título póstumo, a Medalha de Mérito do Município vai ser entregue aos familiares da enfermeira Fátima de Jesus Neves, uma figura que sempre mereceu o melhor carinho à população.

A Câmara Municipal vai, também, distinguir, pela primeira vez, os funcionários que, ao longo da vida, dedicaram os seus melhores anos ao município e se reformaram nos últimos anos, ou seja, desde 2000.

São eles: Alfredo Garcia, António Simões, António Marques, Alcino Marques, Armindo Neves, Celestino Nunes, Fernando Gomes, Fernando Duarte, Francisco Gomes, Humberto Alves, José Bandeira, José Neves, José Martins, Manuel Ribeiro, Manuel das Neves, Marília Gabriela Barata, Raul Neves e Victor Martins.

Na Lousã - Guerra às acácias


A Irmandade da Senhora da Piedade e a Associação Florestal do Pinhal da Lousã tem em mãos um projecto para acabar com a proliferação das acácias na zona envolvente ao santuário. O objectivo é substitui-las por espécies folhosas, como o carvalho, o sobreiro e o castanheiro.

Estão a elaborar um projecto de reflorestação da área circundante à ermida que será candidatado ao programa comunitário Agro.
Segundo o engenheiro Ricardo Fernandes, da Aflopinhal, a candidatura prevê a intervenção em duas fases numa área de 10 hectares, propriedade da Irmandade da Senhora da Piedade, no espaço sobranceiro à zona turística do concelho.
O objectivo é eliminar e erradicar as acácias e diminuir o risco de incêndio florestal naquela zona histórica e de grande interesse turístico e substitui-las por espécies autóctones de modo a aumentar a beleza do local e a resistência aos incêndios.Actualmente aquela área está impregnada de acácias depois do incêndio que ocorreu em 1998.
O projecto, que estará concluído em Outubro, irá desenrolar-se num horizonte temporal de cinco anos.Serão também limpos todos os circuitos do santuário e os caminhos pedestres existentes que ligavam as aldeias serranas à vila da Lousã.

Os antigos caminhos serão recuperados para que possam ser utilizados pelos grupos de caminhantes que existem no concelho.

A encosta da Senhora da Piedade é o ex-libris da Lousã, com a ermida, as piscinas naturais do Burgo e o castelo, sendo anualmente visitada por milhares de turistas.


Comentarios cá do je.....

E em Poiares ?....parece que o ex-libris é a rotunda da tabuletas cheia de mato.
Turismo?....não é com o sr presidente democraticamente eleito pelo povo.
É uma pena que em Poiares não haja iniciativas destas.Não havera gente que saiba ler e escrever? ou so haverá um que mal sabe ler e escrever e que de paleio tem muito.

terça-feira, agosto 10, 2004

E a Pampilhosa ali tão longe....Um exemplo a seguir

Aldeia do Pessegueiro dinamiza juventude
Por iniciativa da Junta de Freguesia de Pessegueiro, no concelho da Pampilhosa da Serra, a iniciativa ?Serra Jovem?, com um programa dirigido aos mais novos, vai certamente dar outro dinamismo não só a esta aldeia como a todo o concelho Pampilhosense

?Serra Jovem?, esta é a denominação de um programa a ter lugar na freguesia de Pessegueiro e na vila da Pampilhosa da Serra nos dias 17 18 e 19 de Agosto que certamente vem contrariar a ideia de que o interior do país está desertificado e consequentemente com poucos Jovens. Pelo menos é o que a organização do evento (Junta de Freguesia de Pessegueiro) pretende mostrar.

Por vezes existe a ideia que os concelhos do interior do país estão desabitados com poucos jovens e muitos seniores e aqui a ideia é provar às pessoas que ainda vamos tendo bastantes jovens no nosso concelho e se conseguem fazer eventos diferentes e vocacionados para a juventude.

A juntar a estes dias de festa está uma infra-estrutura que certamente se vai tornar numa mais valia neste programa, um parque fluvial inaugurado recentemente em Pessegueiro.
Tratou-se do aproveitamento do rio que passa nesta localidade para os banhistas poderem dar um mergulho, iniciativa que rapidamente começou a ganhar outros contornos. O Presidente da Junta, Jorge Custódio revela que todo o espaço envolvente a esta represa foi relvado, e que foi feita "uma piscina para crianças, um parque infantil, recuperámos um antigo lagar que estava em ruínas e não só o colocamos a funcionar para fazer dele um museu vivo onde as pessoas podem ver como se fazia o azeite como tentámos rentabilizar o espaço transformando o lagar num bar", disse aquele responsável acrescentando que para além disso foram inaugurados há relativamente pouco tempo dois bungalows.

Infra-estrutura que já começa a dar os seus frutos: "Neste momento estão a vir mais pessoas ao Pessegueiro, temos recebido algumas centenas diariamente" referiu o autarca sublinhando que num sítio escondido como este "é um facto muito importante".


Comentários cá do je......

Em Poiares nada disto se faz. Talvez mais uma rotunda.
As Juntas tambem nada podem fazer. O Presidente não deixa.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Milhares de motociclistas a caminho de Góis


A tradição impõe-se e Góis volta a afirmar-se como ?capital motard? da Região Centro.A 11ª Concentração de Mototurismo, a realizar entre os dias 12 e 15 deste mês. A organização, a cargo do Góis Moto Clube, espera milhares de visitantes

Com o lema "óis... tá-se bem" o Góis Moto Clube prepara-se para receber cerca de 25 mil visitantes, entre os quais 10 mil motard´s

«O evento demonstrou durante vários anos uma invulgar capacidade de crescimento, sem nunca ter recorrido a fórmulas exaustivas» dos «ousados shows de strep-tease» ou aos «arriscados malabarismo motociclistas» que estão ?fora de circuito? na concentração de Góis.
Em contrapartida, a "capital do Ceira"oferece outros atractivos e serão, decerto, estes que têm vindo a cativar, de forma crescente e duradoura, os amantes da natureza e do motociclismo.
Com efeito, «a fórmula do sucesso da concentração de Góis sempre foi o convívio, o reencontro com a verdadeira identidade motociclista, a pacatez da terra, a frescura do rio Ceira e o admirável facto de a população local aumentar cerca de 10 vezes durante a concentração, mantendo-se sempre hospitaleira e participativa na festa».
Contando com o apoio da Câmara Municipal de Góis, ADIBER, Governo Civil de Coimbra, Guarda Nacional Republicana, Bombeiros Voluntários, Administração Regional de Saúde do Centro, entre várias entidades e empresas, a organização tem vindo, ao longo dos últimos meses a preparar ao pormenor o encontro.
«Este é um evento com uma máquina organizativa grandiosa e a sua realização é encarada com o maior empenho», afirma o Góis Moto Clube.

Animação que promete

No programa de animação, destacam-se as presenças em palco das bandas Íris, Banda Eva, Jorge Palma e Xutos & Pontapés, entre outras.
No sábado, as atenções centram-se no Encontro Nacional de Mini-Hondas no qual as pequenas motos são as grande vedetas.
A novidade deste ano é a realização de um rali-paper, que precede o tradicional desfile pela vila de Góis. Também no sábado decorre a quarta edição do ?Bike show?, uma mostra de motos transformadas e pintadas, que faz as delícias dos apreciadores destas máquinas ?revolucionárias?.
Mas há «outros motivos de interesse», como seja passeios de helicóptero, desportos radicais, a habitual feira, música alternativa, os roteiros turísticos, que oferecem a possibilidade de conhecer os concelhos de Góis, Arganil, Pampilhosa da Serra e Lousã, e o Rio Ceira que «com a sua frescura e belas margens faz um convite para refrescar e preparar forças para a diversão», sem esquecer as tasquinhas que, no interior do recinto, permitem apreciar a vasta e variada gastronomia beirã.

domingo, agosto 08, 2004

Góis está imparável....e inaugura praias fluviais


O concelho de Góis é, cada vez mais, procurado por turistas nacionais e estrangeiros. Principalmente os que gostam de montanha, pinhal e águas límpidas. A partir de agora os amantes da natureza têm mais duas alternativas. As Praias Fluviais de Canaveias e Pêgo Escuro inauguradas no fim de semana.

Se Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo se matam e esfolam pelo título de "capitais da chanfana", cujos animais nem se vislumbram nas serras e são feitas de carnes importadas da America do Sul ...... Góis não tem problemas em afirmar-se com toda a sustentabilidade, como capital nacional de turismo de montanha e pinhal.
Cada vez com mais autoridade, face ao fluxo de turistas, nacionais e estrangeiros, que todos os anos por esta altura afluem ao concelho, na procura do remanso do Vale do Ceira.
Atenta a este fenómeno turístico, a autarquia goiense não descura o aproveitamento dos espaços naturais existentes e, inaugura assim mais duas Praias Fluviais elevando para sete o número destes espaços de lazer.
A primeira, foi totalmente requalificada no final do Verão passado e entregue a concessão à Comissão de Melhoramentos Amigos da Várzea Pequena «há cerca de um mês» que,se encarrega de zelar pelo espaço, fazer limpezas e dotar a área «de infra-estruturas de apoio e de bons acessos». Desde então tem sido «altamente concorrida», não só pela juventude da terra, «mas também por muitos turistas».
A segunda,recentemente concluídas as obras de requalificação, foi concessionada a um jovem natural de Góis, esta praia que se situa na zona histórica da vila, está junto à Casa do Moleiro, «totalmente requalificada, com o moinho a funcionar e que funciona como um pólo turístico», onde a qualidade da água é, da melhor que há.


Comentários cá do je......

Isto é que é serviço.

E Poiares o que vai inaugurar?....talvez mais uma rotunda daquelas esquisitas .
E por falar nisso, quando é que volta a ser inaugurada a Piscina da Fraga?
Pensavamos que era inaugurada todos os anos.
Deus dá as nozes a quem não tem dentes....
Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão......
Triste de quem mete peleiros e sarreiros nos poleiros......

sexta-feira, agosto 06, 2004

POIARES ? A fé e a festa da Senhora das Necessidades

No segundo fim?de?semana de Agosto não há quem não cumpra promessas, não renove a sua fé e não festeje a Senhora das Necessidades.
Pelo 105º ano, a Irmandade de Nossa Senhora das Necessidades, Instituição Particular de Solidariedade Social, organiza, no segundo domingo do mês de Agosto, as festas em honra da padroeira do concelho, Nossa Senhora das Necessidades.
A Festa começa este fim de semana e termina na segunda?feira.
Com o patrocínio da Câmara Municipal de Poiares, o programa dos festejos é rico e variado. Durante os três dias, decorre a quermesse, que oferece valiosos prémios, e estão à disposição dos visitantes várias actividades, como pistas de automóveis ou ainda carrósseis, nos quais poderá gastar todas as suas energias, recuperando?as rapidamente nas tendas de farturas ou de pão com chouriço.
Este ano as festas contam com a participação de artistas que animarão as noites de Verão e de festa, com nomes como ?Toy?, o artista que hoje pisa o palco, ?Bonga?, que actua amanhã, dia do grandioso fogo de artifício, e ?Nel Monteiro? que encerra os festejos, na segunda?feira.
Os actos de devoção a Nossa Senhora das Necessidades são uma parte muito importante nestes festejos. Todos os dias há missa na Capela de Nossa Senhora das Necessidades, mas o provedor da Irmandade de Nossa Senhora das Necessidades, confessa que o auge da festa religiosa são a missa solene, no domingo, às 17H00, e a procissão.
A procissão, que percorrerá o itinerário habitual, será composta pelas figuras dos dos santos das igrejas e capelas do concelho, pelas Filarmónicas Fraternidade Poiarense e Santanense, pelo agrupamento 711 dos escuteiros e orientada pelo corpo de bombeiros voluntários.

Ponto de encontro

Estas festas do concelho são muito antigas e já foram, há alguns anos atrás, a segunda festa mais importante do distrito, logo a seguir às festas de Coimbra, em honra da Rainha Santa. José Pedroso Carvalho confessa que os festejos têm vindo a perder um pouco do seu brilho, mas continuam a ser um grande arraial, um ponto de reunião para os poiarenses e para os muitos amigos ou familiares que estão pelo país ou estrangeiro e, nesta altura, voltam à terra natal.
Uma parte das receitas recolhidas é destinada ao lar de idosos, dirigido pela Irmandade. José Pedroso Carvalho conta que a instituição existe há 105 anos e que na sua criação recusou a denominação de Santa Casa da Misericórdia, ?apenas e só por causa da cor da opa preta?.

Em prol dos necessitados e à espera da abertura do hospital de beneficiência

Quando a Irmandade de Nossa Senhora das Necessidades foi criada, a santa já era padroeira do concelho, e foi por isso que a instituição optou por essa denominação.
O Provedor José Pedroso Carvalho explica que a fé em torno da santa nasceu há muito tempo, quando um grupo de poiarenses, radicado no Brasil, ambicionou construir um hospital, em Vila Nova de Poiares, para ajudar os necessitados.
Construído o hospital, o grupo decidiu erigir uma capela com a imagem de Nossa Senhora das Necessidades, para garantir a recolha de fundos, gerados pelas promessas e, desta forma, poder ajudar o hospital nas despesas.

Hoje em dia, o Hospital de Beneficência Poiarense ainda existe mas encontra?se encerrado.
Vila Nova de Poiares está à espera da autorização da tutela para poder abrir de novo a unidade.
O Hospital de Beneficência Poiarense - Unidade de Cuidados Continuados está renovado, equipado e pronto para abrir de portas ao serviço da saúde dos Poiarenses, assim chegue a luz verde das entidades competentes.


Comentarios cá do je......

Então e o que falta? Porque não pedem ao Presidente da Câmara?

Há tantos anos que ele é presidente e será que não consegue nada para o Hospital?
Mas ele é tão boa pessoa e tem cara de benemerito.
Será que se terá ainda de pedir aos emigrantes?

quarta-feira, agosto 04, 2004

Tempo de Cinzas

Em tempo de cinzas, haverá lugar à esperança de evitar danos piores?

Foi tudo demasiado intenso, demasiado rápido, demasiado previsível. Como a ira dos vulcões, que de súbito tudo arrasam à sua volta para logo voltar à quietude de séculos, as chamas varreram o país em parcelas de norte a sul, provocando numa única semana uma onda de alarme generalizado e de prejuízos ainda por avaliar na sua totalidade.
Repetiu-se o que ninguém queria ver repetido e, no entanto, parece que pouco ou nada mudou. Há incendiários, confirma-se (este ano já foram detidos 33 suspeitos de fogo posto), mas há também uma inconcebível displicência no modo como tudo se arrasta.

Um exemplo: desde 1996 que se previa a criação de um Fundo Florestal Permanente que custeasse acções (como fogos controlados, por exemplo) destinadas a minimizar o risco de incêndios. Passaram-se anos e muitos hectares ardidos até que, por pressão da intolerável tragédia do ano passado, ele lá arrancou. Ou melhor: arrancou a sigla, porque apesar de criado em Março o seu programa só se tornou oficial, com publicação no "Diário da República", na sexta-feira passada dia 30 de Julho.

Mesmo a tempo de contemplar os incêndios... do ano que vem! Agora, sim, que arderam muito mais dos nossos preciosos hectares e que no Algarve, por exemplo, se consumou uma terrível catástrofe ambiental ("um ecossistema riquíssimo em termos de flora e fauna está reduzido a cinzas", agora podem finalmente reunir-se as comissões que não se reuniram, fazer-se os planos que não se fizeram, estudar-se os erros cometidos que ninguém quer voltar a cometer e que, por inexplicável maldição, aqui e ali se repetem.
Isto quer dizer que nada se fez? Seria injusto dizê-lo. O Governo, por exemplo, garante que investiu quatro vezes mais em prevenção e vigilância do que em 2003 (88 milhões contra 21 milhões de euros).
No entanto, o número de incêndios duplicou: 8860 em Julho de 2004 contra 4239 no mesmo mês do ano passado. É concebível? De modo algum, apesar das desculpas que fornecem os termómetros.
Algo não funciona e é preciso, rapidamente, determinar o quê. Apontar e corrigir os erros. Para que, além dos lamentos e da penosa inventariação dos danos se possa dizer que Portugal aprendeu a enfrentar os incêndios e não a chorá-los, pagando com dinheiro, mais ou menos fácil, o que não tem preço: a nossa floresta.

terça-feira, agosto 03, 2004

Espécies da floresta não estão adaptadas ao clima

Poucos acessos e poucos pontos de água nas matas dificultam os bombeiros no combate aos incêndios. O dedo é apontado à falta de ordenamento das autarquias, mas estas, por sua vez, responsabilizam o Estado por não cumprir com as suas obrigações. Uma má gestão florestal, em que as espécies arbóreas não estão adaptadas ao nosso clima é também referenciada como estando na origem de grandes incêndios.

Mais de metade da nossa tem um risco de incêndio elevado ou muito elevado, segundo uma cartografia distribuída a todas as autarquias e corporações de bombeiros da região.

«Devia ser feito aquilo que é obrigação das autarquias. As nossas máquinas deviam andar a limpar todos os caminhos florestais e os acessos às povoações, deviam algumas zonas ser dotadas com pontos de água...».«Os privados, não se podem substituir ao que é da competência das autarquias e do Estado (secretaria de Estado e direcção-geral) na limpeza dos matos à beira dos caminhos».
«Sabemos que somos um município de risco e para o minimizar a enorme quantidade de estradas e caminhos deviam ter sido este ano renovados e limpos a exemplo de outros minicipios.
« O problema que se passa e que se deixou criar por total desleixo no novo progresso, é que a nossa floresta não está adaptada ao clima que temos e existem novas classes enriquecidas com a industria do fogo».
«As nossas matas que não são florestas têm muito pinheiro e eucalipto .....e o crime compensa.

É na falta de acessos e na falta de limpeza e ordenamento das matas que os soldados da paz encontram as maiores dificuldades no combate às chamas. «Muitas vezes falam nos meios que os bombeiros possuem ou não, na sua formação, mas esquecem-se que tudo deve começar na prevenção». É por isso que reclamam, por parte das autarquias, uma maior sensibilidade para a estas questões.

Houve alguem que disse...

«Nós costumamos fazer planos de intervenção municipal mas este ano, por exemplo, não apresentamos nenhum porque só agora está a ser trabalhado. O que se passa é que com a extinção das comissões especializadas de fogos florestais (ceff) e a introdução das comissões municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, cuja lei foi aprovada recentemente, só agora é que se está a avançar nesta matéria».

Hipermercados apostam na Lousã

A Lousã está a despertar o apetite de três cadeias de hipermercados. Uma delas já tem viabilidade aprovada e as outras só vão conhecer a decisão da Câmara no dia 23 deste mês. O crescimento do concelho e os seus bons indicadores de poder de compra justificam o crescente interesse

Existem neste momento três cadeias de supermercados de média dimensão interessados em instalar-se na Lousã. Sabe-se que o Modelo, O Dia e uma cadeia que se mantém sob o anonimato apresentaram pedidos de viabilidade à Câmara Municipal.
Um deles já foi despachado favoravelmente, embora com bastantes condicionalismos.
Os outros encontram-se em análise, estando prevista uma decisão para o dia 23 de Agosto que será divulgada em sessão camarária.
Para já, a única viabilidade emitida foi solicitada pela empresa Almeida Santos e C.ª que efectuou um pedido para instalação de uma unidade comercial do ramo alimentar, no terreno que confronta com a rotunda de acesso à Rua de Coimbra.
Aquela empresa, que se mantém sob o anonimato, cumpre os requisitos legais, embora tenha sido estipuladas uma série de condicionantes.
«Como se trata de uma entrada na vila não queremos que se construa nada que não se enquadre arquitectonicamente».

Concelho muito apetecível

O recente interesse das cadeias de hipermercados pela Lousã parece estar intimamente relacionado com dados divulgados recentemente que colocam aquele concelho no 16.º posto do índice de desenvolvimento social do país, à frente de cidades como Cascais, Sintra e Oeiras, e no 60.º lugar no que diz respeito ao poder de compra.
Para além destes factores, que obviamente serão muito estimulantes, a Lousã é um concelho em acelerado crescimento populacional, conforme demonstram os últimos censos.

Associação Comercial e Industrial está contra a situação é ?incomportável?

Quem não está satisfeito com este «ataque» das grandes cadeias é a Associação de Comercial e Industrial e Agrícola da Serra da Lousã (ACIASL) que, em reunião realizada no dia 29 de Julho, manifestou o seu desacordo.
«Neste momento achamos que é incomportável a instalação de mais duas superfícies comerciais na vila.
Para demonstrar que a vinda de mais unidades seria desastroso para todo o comércio da zona, principalmente na vila, a ACIASL vai elaborar um estudo de impacte económico na Lousã para apresentar numa comissão municipal constituída em Julho, no seio da direcção-regional do Ministério do Ambiente.

Comentarios ca do je.....

Quando estas coisas acontecem, espera-se que essas unidades venham ajudar e colaborar com o desenvolvimento local e regional.
A ACIASL será que se preocupou já em que qualquer dessas unidades venha a colaboração no escoamento dos produtos horticolas da região?...e das carnes ou dos enchidos?
Que não aconteça como o "Ecomarche" de Poiares que se recusa a ter nas prateleiras a Agua de Penacova e o mel da serra da Lousã....apesar de procuradas pelos clientes.
Assim não dá.


segunda-feira, agosto 02, 2004

Floresta - desinteresse alarmante

FOGOS IGNORADOS NAS FREGUESIAS

As juntas de freguesia revelaram um desinteresse alarmante com a prevenção contra incêndios em 2004. Os dados do Ministério da Agricultura revelam que, das mais de quatro mil juntas de freguesia dispersas por todo o território nacional, apenas dez tiveram aprovados projectos de investimento na prevenção contra os fogos, entre Fevereiro e 5 de Julho deste ano, no âmbito do Programa Agris, gerido pelos serviços regionais da tutela.

Mesmo que as câmaras municipais apresentem projectos desta natureza a este programa, as juntas de freguesia podem apresentá-los também, a título individual, se considerarem importante a prevenção e protecção da área florestal da respectiva freguesia. Foi assim que, segundo a lista de câmaras municipais e juntas de freguesia com projectos de prevenção contra fogos aprovados, as freguesias de S. Pedro do Sul, Sameiro e Amieira, todas localizadas em zonas de risco, decidiram investir em medidas preventivas contra fogos na sua área.

Mas o número de câmaras municipais com projectos de prevenção contra fogos aprovados, no âmbito do Programa Agris, cuja lista já se divulgou, também não abona muito em favor do poder autárquico.
Entre Fevereiro e 5 de Julho deste ano, segundo a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), apenas 50 autarquias, num total de 305, tiveram projectos aprovados.

Os efeitos desastrosos dos incêndios do último Verão devem ter ficado bem presentes na memória de alguns autarcas: das 50 câmaras com projectos aprovados, 17 autarquias concentram 47 projectos, que representam 57 por cento do número total de aprovações. Câmaras como Figueiró dos Vinhos, Pombal, Mação e Castelo Branco tiveram aprovados quatro projectos de prevenção contra incêndios.


CÂMARAS MUNICIPAIS QUE APRESENTARAM PLANOS DE PREVENÇÃO


A lista de autarquias com projectos de prevenção apresentados,não inclui vários concelhos de zonas de alto risco de incêndio, como Monchique, Almeida e Celorico da Beira. O director da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, Sousa Macedo, garante ter enviado, em 16 de Março passado, um folheto informativo a todos os autarcas, com explicações sobre os subsídios para a vigilância e prevenção de incêndios.

Nem assim a adesão foi muito forte. Sousa Macedo lamenta que tenha ?havido câmaras de zonas de alto risco de incêndio que não apresentaram projectos de prevenção?.


Arcos de Valdevez, Vila Verde, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Valongo, Santo Tirso, Lousada, Santa Maria da Feira, Gondomar, Pampilhosa da serra, Baião, Trofa, Lousã, Arganil, Vila Nova de Poiares, Gois, Penela, Miranda do Corvo, Ancião, Pombal, Castelo Branco, Leiria, Nazaré, Sertã, Amares, Cabeceiras de Basto, Vizela, Celorico de Basto, Paços de Ferreira, Penafiel, Paredes, Armamar, Castelo de Paiva, Meda, F. de C. Rodrigo, Pinhel, Trancoso, Sabugal, Fornos de Algodres, Fundão, P. Grande, Figueiró dos Vinhos, Vila Velha de Ródão, Proença a Nova, Vila de Rei, Mação, Setúbal e S. Brás de Alportel.

?As câmaras municipais não fizeram nada para alterar a situação ao nível da prevenção, isso, parece-me, evidente?. E precisa: ?as câmaras não precisam que a Administração Central lhes diga o que devem fazer para limpar as silvas e o mato à volta das casas. Estamos a falar de medidas elementares para proteger pessoas e bens?.

O Ministério da Agricultura aprovou 232 projectos de prevenção de incêndios no valor de 78 milhões de euros.

GOIS - Virada para o Turismo Rural e praias fluviais

Destaque também para um conjunto de inaugurações a decorrerem durante os dias da feira. Logo no dia da abertura, será inaugurada a Casa de Abrigo da Comareira, uma infra-estrutura destinada a turismo rural, localizada na aldeia da Comareira, freguesia de Góis.
Trata-se de um investimento que ascende a um milhão de euros, apoiado no âmbito da AIBT (Acção Integrada de Base Territorial), incluída no projecto das aldeias de xisto. A infra-estrutura está pronta a ser utilizada pretendendo a autarquia lançar o espaço a concurso para ser explorado por outra entidade ou privado.

No último dia do certame serão inauguradas duas praias fluviais, já em funcionamento e que têm registado, segundo a vereadora, «uma enorme afluência de gente, quase sempre com casa cheia».
Trata-se da Praia Fluvial de Pé Escuro, em Góis, e da Praia Fluvial de Canaveias, em Vila Nova do Ceira. A primeira tem um bar que funciona em regime diurno e nocturno, o único do tipo existente na vila e que «vem colmatar uma lacuna que existia em Góis». Além disso, tem também a particularidade de ter um moinho de água, totalmente recuperado e em funcionamento.
Este é, de resto, «um factor que distingue a praia fluvial». A praia de Canaveias está dotada de um bar de apoio que serve refeições, algumas infra-estruturas para as crianças e espaço relvado.

Comentarios cá do je......

Isto é que é serviço.
Poiares tem 3 rios a circunda-lo ( Mondego, Alva e Ceira )......mas praias fluviais nem vê-las.

GOIS - FACIG começa quarta-feira

É uma feira agrícola, comercial e industrial que tem também uma forte vertente artesanal e gastronómica. A XII FACIG arranca quarta-feira, uns dias antes do habitual para não coincidir com a concentração motard que em meados de Agosto terá lugar na vila de Góis

Uma boa oportunidade para os mais de 60 expositores inscritos mostrarem os seus produtos, representando assim os vários sectores do concelho que vão desde material agrícola, artesanato, gastronomia, mobiliário, entre muitos outros. A par da exposição, muitos espectáculos nocturnos completam o certame, não esquecendo a já tradicional festa da espuma e o Góis Fashion que desde há nove anos tem levado à vila estilistas e modelos e renome nacional.
Lurdes Castanheira, vereadora da autarquia, considera, contudo, que o importante «contrariamente a outras organizações», não é a quantidade de expositores, mas «que seja uma semana de festa para a população goiense e para aqueles que nos visitam».
Ainda assim, segundo diz, no recinto do Parque do Baião vai estar uma «representação significativa» daquilo que se produz e existe no concelho de Góis.
Uma das apostas da organização, a cargo da Câmara Municipal, vai no sentido da promoção do artesanato. Cestaria, olaria, fabrico de colheres de pau, fabrico artesanal de calçado, tapeçaria e artes decorativas, são algumas das formas de artesanato presentes no certame e ao vivo.

A gastronomia da região está também presente na FACIG. Neste sentido está prevista a participação de quatro restaurantes que vão apostar forte na promoção dos pratos regionais. «Sem prejuízo de termos outros pratos, temos exortado as pessoas para que tenham uma especial atenção para a gastronomia local, para aquilo que nos identifica», disse a vereadora dando como exemplo a truta, a chanfana, o cabrito, a tigelada e as filhoses com mel.
Tradição também é a festa da espuma, sem dúvida «a noite mais concorrida» da FACIG, a realizar no Parque do Cerejal.
Vários eventos que fazem da FACIG um acontecimento,«bastante positivo», tendo em conta que Góis é um concelho com 4800 habitantes.

domingo, agosto 01, 2004

Por ter deixado esgotar os "stocks" de caldas químicas retardantes

Presidente dos Bombeiros de Coimbra acusa SNBPC de "negligência grave"

O presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra e líder distrital do PSD, Jaime Soares, acusa o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) de "negligência grave" e "criminosa" por ter deixado esgotar os "stocks" de caldas químicas retardantes no combate aos incêndios.

O presidente da SNBPC, Paiva Monteiro, terá afirmado que os bombeiros nacionais não estariam a usar estes produtos alegando que eles poderão causar problemas de saúde junto das populações.

De acordo com Jaime Soares, citado pela TSF, a atitude da SNBPC e, muito concretamente, de Paiva Monteiro é uma "traição ao próprio poder político, que confia na estrutura" para que use os produtos adequados ao combate dos incêndios e para que tenha "respeito pelo 'stock' do produto, que tem que existir", afirmou hoje Jaime Soares.

Ontem à noite, Paiva Monteiro admitia aos jornalistas - após uma deslocação ao Posto de Comando das operações dos bombeiros do Algarve - que os recursos no combate aos fogos são sempre limitados perante situações catastróficas como as que se viveram nos últimos dias no Algarve.

O presidente da SNBPC, Paiva Monteiro, terá afirmado que os bombeiros nacionais não estariam a usar as caldas químicas retardantes porque poderão causar problemas de saúde junto das populações


FOGOS FLORESTAIS - Falta de retardante levanta polémica


O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Coimbra, Jaime Soares, criticou ontem a não utilização de calda retardante no combate aos fogos florestais pelos meios aéreos. Críticas entretanto rejeitadas pelo SNBPC

«A água sem retardante tem uma perda de eficácia de 75%, frisou Jaime Soares, adiantando que este produto, descarregado pelos meios aéreos, é essencial para o combate às chamas e para garantir a segurança dos bombeiros em terra.
O responsável alertou o vice-presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil para a ruptura de ?stocks? deste produto em alguns centros de meios aéreos, mas adiantou que «a receptividade não foi boa».
O secretário de Estado-adjunto do ministro da Administração Interna, Paulo Pereira Coelho, foi também avisado do problema, tendo-se comprometido a verificar a situação de imediato, referiu ainda Jaime Soares, presidente da distrital de Coimbra do PSD.
De acordo com o presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra, o retardante cria, ao cair na vegetação uma película e evita que as chamas se propaguem. «A toxicidade [do produto] é uma falsa questão para alijar responsabilidades», disse à Agência Lusa, reportando-se ao argumento invocado pelo SNBPC para cessar o recurso à substância.
«Ando há 30 anos a combater fogos e se fosse tóxico já estava nos "anjinhos"», dizia Jaime Soares, ao afirmar que o retardante continua a ser utilizado em países como Espanha, Itália e EUA, reafirmando que a toxicidade é «desculpa de mau pagador».
Sem as caldas retardantes, frisou Jaime Soares, o trabalho no terreno fica dificuldado.
Sobre a situação na região, mormente na zona de Poiares, recentemente fustigada pela chamas, Jaime Soares adiantou estar tudo calmo, enaltecendo a excelente coordenação existente ao nível distrital de Protecção Civil.
Jaime Soares apelou ainda a um esforço conjunto dos ministros da Defesa e da Administração Interna para o governo português adquirir de 6 a 10 aviões ?Canadair?, fundamentais para o combate aos fogos florestais.
«São muito versáteis, poderiam servir também para vigiar a costa ou serem alugados a outros países», sustentou, defendendo que Portugal deve ter meios aéreos próprios de combate às chamas.
Ao reportar-se ao flagelo dos incêndios, que se está a repetir este ano, Jaime Soares sublinhou que a prevenção e o planeamento da floresta «ainda está por fazer».
Em reacção às declarações de Jaime Soares, o Serviço Nacional de Bombeiros e protecção Civil (SNBPC) emitiu um comunicado onde classifica de «precipitadas e levianas» as críticas à não utilização de calda retardante no combate aos fogos florestais.
O SNBPC esclarece que «as caldas retardantes não são utilizadas nos combates a incêndios florestais em Portugal desde 1998, tendo-se generalizado, em sua substituição, a utilização de substâncias emulsoras biodegradáveis, com a finalidade de dificultar a combustão».
Esta medida, prossegue o SNBPC, cumpre o «normalizado na União Europeia (EN1568)». Os produtos emulsionantes, «além de promoverem melhorias na contenção e extinção do incêndio, não afectam o ambiente».

Comentarios cá do je....

Em que é que ficamos ?
Os ambientalistas ate dizem que as caldas retardantes são um mal menor em relação ao mal que os fogos fazem.
Se houver aviões a tempo e horas e com uma boa vigilância conseguem-se debelar de imediato os fogos.....gastando-se só meia duzia de baldadas.
Não deve ser por aqui que vem o perigo para o ambiente.
Há que ter cuidado sim é com a industria do fogo....que essa é que da muito dinheiro e faz muito mau ambiente aos bolsos dos contribuintes.

Vamos a isso.....e em Poiares ha muito que fazer.

"O que importa é que não se perca mais tempo e que concelho a concelho, freguesia a freguesia, baldio a baldio, mancha florestal a mancha florestal, seja pela via das associações de proprietários florestais, seja pela via das autarquias, seja pela via da Direcção Geral de Florestas, tudo convirja numa política sufragada a nível nacional, que não admitirá nem desvios, nem falcatruas, nem nada que a possa por em causa. Porque não é possível assistirmos anos após ano à defraudação do nosso património, à perda do nosso património, à perda da riqueza de um país que é pobre".

Onde estão os estradões? Onde andam as maquinas para limpar as bermas das estradas?
Onde andam os tractores com os corta sebes que foram entregues ha anos às camaras da zona do pinhal? Não haverá combustivel para os por a trabalhar?