terça-feira, setembro 28, 2004

PENACOVA - Em defesa dos moinhos

Alguns dos maiores estudiosos e defensores dos moinhos a nível mundial discutem em Penacova formas de garantir a sua preservação.

A vila de Penacova acolhe, até 2 de Outubro, o 11º Simpósio Internacional da TIMS Sociedade Internacional de Molinologia.
A iniciativa reúne em Portugal algumas das figuras que mais se destacam no estudo e defesa dos moinhos a nível mundial, oriundas de 16 países (Alemanha, Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Japão, Grécia, Chipre, Suiça, Dinamarca, Bélgica, França, Portugal, Suécia, Espanha, Itália e Africa do Sul).
Fundada a partir de um simpósio organizado em Portugal por Santos Simões, em 1965, a TIMS é hoje a única organização que trabalha à escala planetária o estudo, salvaguarda e promoção dos moinhos tradicionais, contando com membros em 30 países.
Em Portugal, a TIMS tem encontrado grande adesão por parte de câmaras municipais, ONG?s, investigadores e estudiosos em diferentes domínios e particulares em geral, o que lhe confere uma representatividade crescente (tem 120 membros, de Norte a Sul do Continente e Ilhas) e põe em evidência uma profunda preocupação colectiva da sociedade portuguesa em conhecer, preservar e aproveitar um património molinológico que é, reconhecidamente, dos mais diversificados da Europa.

O grupo participante neste simpósio foi ontem recebido na Câmara Municipal, pelas 19H30, seguindo-se um jantar, às 20H30, no Restaurante Marisqueira As Piscinas, onde actuou o Grupo de Cantares de Mulheres de Lorvão.
Para a manhã de hoje está prevista uma visita ao conjunto de moinhos de vento da Serra de Gavinhos e ao Museu do Moinho Vitorino Nemésio.



Mário Alves ameaça com marcha lenta na EN17

Vai haver festa na Estrada da Beira.


Não é só Jaime Soares que faz manifestações e folclore na Estrada da Beira.
Com tanto dinheiro gasto nos ultimos anos nesta EN17, Mario Alves ate tem razão.

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital ameaçou o secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas com uma marcha lenta na EN 17, caso o IC 6 não seja construído.
"Se for preciso vou à frente da manifestação com um cartaz a dizer que este governo precisa de ser remodelado"?, disse Mário Alves na última Assembleia Municipal.
O autarca social?democrata garantiu que fez este aviso ao próprio secretário de Estado, na sequência das declarações que este produziu recentemente em Gouveia.
Jorge Costa explicou aos jornalistas que o governo está a reanalisar os projectos dos IC 6, IC 7 e IC 37.
O membro do governo foi mesmo mais longe e referiu que estes IC?s se encontram muito próximos e têm que ser revistos no âmbito do Plano Rodoviário Nacional.
Mário Alves revelou que depois destas declarações telefonou ao secretário de Estado e este lhe terá dito que as suas afirmações teriam sido mal interpretadas, tendo deixado claro que o troço do IC6 entre Catraia dos Poços (Arganil) e Vendas de Galizes (Oliveira do Hospital) é para avançar. O edil frisou que acreditava nas palavras daquele membro do governo do seu partido, mas caso não se passe das palavras aos actos, iria mobilizar a população oliveirense para a marcha lenta na Estrada da Beira como habitualmente faz o Jaime Soares.
O deputado do PS, Carlos Mendes, que questionou Mário Alves sobre este assunto, apresentou uma moção pela rápida construção dos IC 6 e IC 7 na região da Beira Serra.
Na moção - aprovada por unanimidade com os votos do PSD, PS, PCP e CDS?PP - é salientado que ?os IC6 e IC7 constituem os instrumentos fundamentais para, no âmbito das acessibilidades, ser possível a esta região contornar as suas dificuldades e bloqueamentos e inverter o processo crescente de desertificação e decréscimo dos nossos índices de desenvolvimento social e económico?.
Esta moção vai ser enviada ao ministro das Obras Públicas.

Batalha do Buçaco comemorada a rigor


A Região Militar do Norte celebrou ontem dia 27,o 194.º aniversário da Batalha do Buçaco. Nas comemorações participaram dezenas de militares fardados à época e munidos das peças de artilharia utilizadas no combate. A população juntou-se em peso às cerimónias, a que assistiu com grande entusiasmo

Centenas de militares subiram ontem a um dos pontos mais altos do Buçaco, o Obelisco, para reviverem a batalha que nessa encosta se travou há 194 anos.
Num ambiente de paz, às comemorações de mais um aniversário, que já se tornaram uma tradição (celebrado há mais de 100 anos), juntaram-se centenas de pessoas, entre elas algumas individualidades, nomeadamente da vida militar, destacando-se o adido militar do Reino Unido, que fez questão de estar presente no aniversário de uma batalha de onde saíram vitoriosas as tropas do seu país.
As comemorações decorrem no seguimento de uma tradição iniciada no reinado de D. Manuel II e pretendem homenagear o esforço português para libertar o território nacional da ocupação francesa e a sua participação nas guerras napoleónicas entre 1808 e 1814.
"Esta é uma data bastante importante na nossa história, que marca uma vitória grandemente apoiada pelo exército inglês e pela própria população. Foi uma batalha difícil, mas que provou a perfeita simbiose entre as forças armadas e o povo", revelou fonte da Região Militar do Norte.
Na verdade, a Batalha do Buçaco é algo que "faz parte da memória colectiva deste concelho, tendo deixado marcas", frisou o presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral. É uma página da história que "orgulha as pessoas" e, por isso, acrescenta, "é uma data festiva (que até aos anos 20 foi feriado municipal), que todos vivem com muito respeito".
Como é tradicional, as comemorações na Serra do Buçaco tiveram como ponto alto um cortejo histórico- -militar e religioso, com soldados envergando fardas da época, num percurso entre o museu e o terreiro do Obelisco, concluído em 1873 para evocar a batalha.
Após uma palestra alusiva às comemorações, seguiu-se uma visita ao Museu Militar, criado em 1910 para assinalar o primeiro centenário da batalha. Por fim, decorreu um almoço nas Portas de Coimbra.
A Batalha do Buçaco teve lugar na terceira invasão francesa, a 27 de Setembro de 1810, altura em que Napoleão destacou 70 mil homens para ocupar Portugal. Causou pelo menos 3 mil feridos, além de 1.500 mortos.
Na altura, as tropas luso-britânicas comandadas pelo duque de Wellington venceram os franceses, superiores em número e artilharia, valendo-se da sua táctica e do conhecimento perfeito do terreno.
As comemorações deviam-se alargar ao vizinho concelho de Poiares, pois na fuga da batalha as tropas francesas em debandada pernoitaram a 1ª noite na Ponte da Mucela onde destruiram os olivais existentes para fazerem fogueiras quer para se aquecerem quer para fazerem a comida e na 2ª noite ficaram na Serra de Sta Quiteria.
Um dos oficiais franceses ferido, de nome Sierra refugiou-se e ficou em terras da Ponte de Mucela onde mais tarde constituiu família.Dele eram descendente as familias Serra da Ponte de Mucela. ( Juiz Desembargador Jaime Serra ?? ).

Revolução nas autarquias......

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Instalado em Coimbra desde 30 de Julho, o secretário de Estado da Administração Local vê com optimismo as alterações em curso na área que tutela. Na abordagem às alterações da Lei das Finanças Locais, divulga um outro projecto, associado igualmente à revisão legislativa mas também à descentralização de serviços: o de as autarquias estarem a cobrar impostos em 2006, competência que classifica de uma «autêntica revolução».
E positiva, como será também a institucionalização das áreas metropolitanas

José Cesário (JC) - Não houve até ao momento o mínimo problema com a deslocalização de gabinete. É evidente que há pessoas que dizem: ?mas tu tens de ir a Lisboa com frequência?. É verdade que tenho de ir a Lisboa com frequência, mas tenho de ir a outros pontos do país com frequência. Só para ter uma ideia, numa semana visitei 16 municípios neste país, o que é revelador do grau de mobilidade que tenho de ter. Em termos práticos, ter o gabinete aqui ou em Lisboa é exactamente a mesma coisa.

JC - Para todos os efeitos passou a estar em Coimbra uma coisa que não existia, um órgão de poder, que atrai muita gente. Vêm aqui, com frequência, vários presidentes de câmara, o secretário de Estado do Desporto saiu daqui agora mesmo, portanto cria-se aqui uma pequena nova centralidade, que não deixa de ser muito importante do ponto de vista político, à escala local. Há um outro aspecto muito importante, que não deixa de ser significativo:
em Coimbra estou muito mais perto dos municípios, porque a esmagadora maioria está a norte, centro/norte, há uma proximidade maior. São todos iguais, os 308, mas uns estão mais perto, outros mais longe.

JC - Admitimos que estamos a trabalhar na revisão dos vários mecanismos de financiamento das autarquias; fundamentalmente a Lei das Finanças Locais e igualmente uma outra situação, infra-estrutural, que é a possibilidade de os impostos locais, pelo menos os locais, serem cobrados à escala intermunicipal. No fundo, a cobrança seria transferida para as autarquias. É uma matéria em reflexão, que tem de ser amadurecida, mas não escondo que traduz uma autêntica revolução.

JC - Poderão ser.... é uma possibilidade muito forte. Não sei se já viu as implicações do que é transferir as cobranças de impostos para a administração local. São impressionantes. Primeiro, porque a fuga ao fisco é muito mais difícil de se fazer. Por exemplo, veja a questão da desactualização das matrizes, é muito mais fácil actualizá-las se a entidade que coordena isto estiver ali, definir as prioridades. Actualmente, os municípios pagam à administração central este trabalho, de cobrança de impostos. A administração central transfere as receitas quando... bom...quando transfere... a partir desse momento "de cobrança pelas autarquias" o dinheiro está disponível.

sexta-feira, setembro 24, 2004

Jaime Soares foi o único que se candidatou à liderança dos ASD...

Jaime Soares como o unico PSD que se candidatou à liderança dos ASD, hesita agora entre a distrital e a ASD.

O presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares, lançou a confusão no meio do PSD ao querer candidatar-se à liderança dos ASD. Chamado à atenção pela desestabilização causada, só hoje decidirá se assume a liderança dos Autarcas Social Democratas (ASD).

Jaime Soares hesita em aceitar a indigitação para a presidência dos ASD, por pretender recandidatar?se à distrital de Coimbra do PSD. Diria ainda que tudo depende da reunião que terá com o secretário?geral do PSD, Miguel Relvas, com quem debaterá se será do interesse do partido que acumule as duas funções.
Logicamente não ha interesse nenhum para o partido que acumule as duas funções.Já está velho de mais e agora só começa a estorvar.
Jaime Soares, um dos mais antigos autarcas portugueses - preside à Câmara de Vila Nova de Poiares desde que foram criadas as comissões administrativas, logo após o 25 de Abril -, foi indigitado, por não haver mais nenhum voluntario, pela comissão política nacional dos ASD para suceder a Arménio Pereira, ex?autarca de Paços de Ferreira, que se baldou para ir integrar a administração das Águas do Douro e Paiva.
O autarca de Poiares salientou a intenção de se recandidatar a um segundo mandato à frente da distrital de Coimbra do PSD, considerando que, desse modo, pode ser mais útil ao partido, completando o trabalho iniciado no primeiro.
Só sexta?feira saberá se o PSD considera positiva esta acumulação de cargos. Se não o considerar, optará pela distrital, para continuar o trabalho feito. Não quer mais nenhum tipo de conflitos com o partido, pois já criou demasiados. Trata?se de uma questão de ética ser candidato a tudo.
Jaime Soares sublinhou o facto de existirem 160 presidentes de câmara do PSD com capacidade para exercer a presidência da ASD, mas só que ninguem se ofereceu para trabalhar.Como um bom samaritano não se manifestou preocupado com quem poderá ocupar o cargo.
Por isso Jaime Soares é o único candidato à liderança dos ASD, cujo Conselho Nacional deverá decorrer a 30 de Outubro.



quinta-feira, setembro 23, 2004

Os 3 IC?s ( Itinerarios Complementares )....na gaveta

Três IC?s a um passo da gaveta


As declarações do secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas desencadearam uma onda de descontentamento nos autarcas da Beira Serra.

Os autarcas da Beira Serra (Arganil, Tábua, Oliveira do Hospital, Seia e Gouveia) não gostaram nada das últimas declarações do secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas sobre o IC7 (Vendas de Galizes?Celorico da Beira), IC6 (Covilhã?Coimbra) e IC37 (Seia?Viseu).
Jorge Costa revelou na semana passada em Gouveia que o Governo está a reanalisar os projectos destes itinerários. Aquele membro do Governo foi mesmo mais longe e disse que estes IC?s se encontram "muito próximos uns dos outros e têm que ser revistos" no âmbito do Plano Rodoviário Nacional.
No entender do secretário de Estado, "parece?nos que para uma região tão pequena, em termos de dimensão de território, são IC?s a mais". Acrescentando que estas acessibilidades têm que ser reequacionadas, para definir os traçados que melhor servem os interesses da região e avançar para os projectos definitivos, porque os meios financeiros à nossa disposição são escassos, há estudos ambientais a ter em conta, assim como a A23 e o facto da A25 ficar pronta em 2006.
Para os autarcas desta região, isto poderá significar que o governo se prepara para colocar na gaveta estas vias que têm vindo a reivindicar há muito tempo.
Para além destes autarcas, também o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto (PSD), deixou claro que o IC6 tem que avançar o mais rapidamente possível. O edil da outra margem da Serra da Estrela está com os autarcas do lado de cá da montanha e quer até o IC6 com perfil de auto?estrada. Isso mesmo já reivindicou junto do primeiro?ministro, Santana Lopes a quem enviou recentemente uma carta solicitando a abertura do concurso público para a construção desta via.
Tentou-se ouvir o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, mas Mário Alves (PSD), que tem sido também um dos mais reivindicativos na questão do IC6, tendo inclusive já ameaçado com uma marcha lenta na EN 17 se o troço do itinerário não fosse construído entre Catraia dos Poço (Arganil) e Vendas de Galizes (Oliveira do Hospital), não quis fazer comentários sobre as declarações do secretário de estado.O autarca não terá ficado muito contente com a opinião apontada.



terça-feira, setembro 21, 2004

Provedora do Ambiente contra incineradora

A provedora do Ambiente diz que incinerar lixos urbanos, na região Centro, é uma opção cara e desrespeitadora dos compromissos comunitários ambientais.

Um estudo da Universidade Nova de Lisboa, ontem divulgado, conclui ser a incineração mais cara do que o tratamento mecânico e biológico (reciclagem e compostagem). Instada a comentar o estudo, Helena Freitas, provedora do Ambiente da Câmara de Coimbra, afirmou:
?É típico dos países menos desenvolvidos a tendência para se optar pelas soluções mais fáceis?.
A ERSUC - Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro, responsável pelo tratamento do lixo de 36 municípios do litoral centro, quer construir uma incineradora, decisão que a associação ambientalista Quercus criticou, reclamando o seu abandono, face aos resultados do estudo agora divulgado.
Para Helena Freitas, os resultados do estudo da Universidade Nova, encomendado pelo Ministério do Ambiente, vieram confirmar o entendimento que já tinha e que expressou no parecer que forneceu à autarquia de Coimbra, quando a decisão de construir a incineradora foi tomada em assembleia de accionistas da ERSUC.
O estudo da Universidade Nova foi realizado pela equipa de técnicos ?mais capazes que existem em Portugal?, afirmou aquela responsável à Agência Lusa, ao mesmo tempo que se congratulou com o facto de fazer uma chamada de atenção à escala nacional para a política do ambiente.

terça-feira, setembro 14, 2004

Miranda do Corvo cria rede social

Vinte e duas instituições sem fins lucrativos do concelho de Miranda do Corvo subscreveram a constituição do Conselho Local de Associação Social, acto que decorreu no auditório municipal.
A criação desta entidade surge na sequência do projecto apresentado pela Câmara Municipal ao programa "Rede Social" ,com a finalidade de congregar esforços entre os vários agentes na aplicação das medidas, projectos e programas de combate à pobreza e à exclusão social quer à promoção do desenvolvimento local.
Segundo a presidente da Câmara de Miranda do Corvo, que presidiu à sessão, deu-se um passo importante para a diminuição de situações sociais que ainda se verificam no concelho.
Fátima Ramos não deixou de referir que Miranda tem uma longa história no trabalho social, salientando a Casa do Gaiato, o Lar Clemente de Carvalho e o centro de acolhimento de jovens no Senhor da Serra criado por Bissaya Barreto.

Continuamos a investir nesta área e hoje temos muitas instituições que devem merecer o nosso orgulho, reforçou a autarca, que considera a pobreza e a exclusão fenómenos globais que devem ser combatidos através de um trabalho conjunto.
O Conselho Local de Associação Social vai começar por traçar o diagnóstico das situações no concelho para depois propor acções que visem combater as assimetrias sociais e vai funcionar na Câmara Municipal e será dinamizado por um núcleo executivo formado por técnicos de vários organismos e da própria autarquia.

Associações envolvidas

ADFP, Misericórdia de Semide, Lar Clemente de Carvalho, Juntas de Rio de Vide, Lamas e Miranda, GNR, Centro de Emprego da Lousã, Bombeiros Voluntários, Agrupamentos de Escolas José Falcão e Ferrer Correia, Escuteiros, Grupo de Jovens de Lamas, Associação de Jovens do Senhor da Serra, Centro Juvenil dos Moinhos, Grupo Recreativo e Cultural Corvense, Cáritas Diocesana de Coimbra, Instituto Português da Juventude, Centro de Saúde, Segurança Social, Cearte e autarquia são as entidades que constituem, para já, o Conselho Local de Acção Social.

No entanto, as colectividades e instituições do concelho que desejem aderir podem fazê-lo a qualquer momento, bastando para isso mostrar o seu interesse ao departamento de acção social da Câmara Municipal.

segunda-feira, setembro 13, 2004

VILA NOVA DE POIARES - Chanfana tem novos confrades


Entre os rituais da praxe e os discursos de cerimónia, a chanfana conquistou ontem novos confrades. O ministro Daniel Sanches foi um deles.

O que quereis agora??, perguntava uma voz sonante. ?Comer chanfana!?, respondiam em uníssono os nove confrades de honra.
Já de caçoilo de barro escuro na mão, o juiz?mor da confraria voltava a indagar. "Como está a chanfana?" E com uma enorme rapidez e um sorriso nos lábios ouviu?se a resposta: "Excelente!" Seguiu?se uma pequena pancada de bastão - "maior ou menor conforme o apetite demonstrado" - nos ombros dos nove confrades de honra, um copo de tinto e a leitura do regulamento da Confraria da Chanfana a que os elementos estão sujeitos. E durante a cerimónia de entronização de novos confrades, todos juraram promover a iguaria, exigir a sua confecção com carne de cabra e vinho tinto de qualidade e em caçoilos de barro preto.



O ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, parecia estar à vontade nas novas funções.
Mas quando questionado sobre se Poiares era mesmo a capital da chanfana, Daniel Sanches acabou por se descair. "O Centro é a zona dela, todas têm a sua similitude mas nem Poiares nem Miranda do Corvo,são realmente capitais da chanfana. A verdadeira chanfana é de Maçãs de Dona Maria bem perto de Figueiró dos Vinhos, onde as cabras comiam pedras.
O que valeu ao governante foi o facto de Jaime Soares, juiz?mor da confraria não estar por ali perto se não ainda dizia que era da Risca Silva onde havia muitos calhaus.
Jaime Soares enalteceu a universalidade da chanfana de Poiares e garantiu ser o consumo muito superior à produção, coisa que toda a gente sabe.
Como não ha pastoreio nem incentivos nenhuns à produção destes animais, nem a câmara está grandemente preocupada com a limpeza das matas, a carne de cabra que se come na chanfana de Poiares deve ser proveniente da Argentina.

Com o mesmo à vontade do titular da pasta da Administração Interna, estavam o ex?ministro da Justiça, Laborinho Lúcio, o ex?reitor da Universidade de Coimbra, Rui Alarcão ou Luís Lavrador, chefe de cozinha da selecção portuguesa de futebol.

Mais contido no seu novo papel, estava Eusébio. O antigo jogador do Benfica afirmou ter sido "apanhado de surpresa", mas lá acabou por confessar " tirem-me deste filme, eu até nem gosto de carne de cabra quanto mais cozida com vinho".

Antes da cerimónia, Jaime Soares não deixou escapar a oportunidade para, perante um sala completamente cheia, falar de Poiares, a cuja câmara preside desde 1974.
"Poiares tem vontade de sair do anonimato e de ser um parceiro forte no desenvolvimento da cultura, da economia, para que o social esteja devidamente preservado" mas comigo a presidir tem sido impossivel, sustentou o autarca. Sublinhou o facto de Poiares com outras pessoas poder ser "um dos concelhos que mais possa progredir no contexto distrital e regional, no turismo devido à sua centralidade.

Quanto à cerimónia do III Capítulo da Confraria da Chanfana, o juiz?mor afirmou tratar?se de "um dos passos mais brilhantes" da história de Poiares, assim como as touradas, ao mesmo tempo que realçou o facto das confrarias serem um elo de ligação entre as aldeias e povoações.Veja-se quem são os confrades da Chanfrades da Chanfana e de que aldeias eles são no concelho de Poiares. Também Madalena Carrito que não é de Poaires, e que já é confrade?mor destacou o facto de se tratar de um ?movimento cultural e moderno inconformado e, às vezes ambicioso que ensina a ler e a escrever" que tem por missão "elevar a gastronomia dos autarcas ao mais alto patamar".
Para cumulo, Madalena Carrito chamou a atenção para o papel da Academia da Confraria, uma ?verdadeira embaixadora? da chanfana junto dos PALOP?s eheheheheeh...onde o pessoal ainda morre à fome por vontade das autoridades.

Quem são os novos confrades

Os novos confrades de honra da Confraria da Chanfana são Daniel Sanches, ministro da Administração Interna; Laborinho Lúcio, ministro da República nos Açores; Rui Alarcão, ex?reitor da Universidade de Coimbra; Joaquim Couto, administrador do Casino Estoril; Francisco Silva Gomes, administrador da Celbi; Ana Soeiro, da Divisão de Certificação do Ministério da Agricultura; Eusébio Ferreira, ex?jogador de futebol do Benfica; Luís Lavrador, chefe de cozinha da selecção portuguesa de futebol; e José Luís Alé, grão-mestre Confradia del Arros Y Toranja. Os confrades efectivos também ontem entronizados,e que são raros os de Poiares, são João Castilho, Dimas Teixeira, Leonel Amorim, José Manuel Alves, Carlos Lucas, Rosa Pedroso, Lurdes Silva, Elvira Duarte. Manuel Soares, Anabela Gonçalves, António Ferreira, Fernando Ferreira, Maria José Correia e João Marçal.

domingo, setembro 12, 2004

Poiares "capital" das artes


O arranque da PoiArtes não podia ter corrido de melhor forma. Milhares e milhares de pessoas acorreram sexta-feira ao certame, ?entupindo? literalmente todos os acessos que davam à feira de artesanato.


Como é hábito, Vila Nova de Poiares vestiu o seu fato de gala para mais uma PoiArtes, XV feira de artesanato e V mostra de gastronomia, que arrancou sexta-feira e decorre até amanhã.
Durante estes quatro dias, mais de uma centena de artesãos demonstram as suas potencialidades e habilidades na criação de fantásticas e genuínas peças de artesanato. Para se ter uma ideia real da expressão da feira, só no primeiro dia os milhares de pessoas que afluíram até ao certame criaram um autêntico caos no trânsito, "entupindo" por completo todos os acessos à vila, a que não foi alheio o facto de Tony Carreira ser a cabeça de cartaz.
Paralelamente ao certame decorrem uma série de actividades, nomeadamente o encontro de folclore que ontem assinalou o décimo aniversário do Grupo Folclórico e Etnográfico do Município de Vila Nova de Poiares.
A este encontro que tem lugar todos os anos no recinto da feira, associaram-se todos os Grupos Folclóricos do concelho, bem como outros provenientes de zonas tão díspares como de Alcanena, Lousada, Cernache e Moita do Ribatejo.
Também ontem teve lugar o arranque do III Capítulo da Confraria da Chanfana, que tem o seu ponto alto hoje, aquando da cerimónia de entronização de 25 confrades efectivos e de honra, entre os quais se destaca Eusébio da Silva Ferreira, antigo jogador do Benfica, Daniel Sanches, ministro da Administração Interna, e Rui Alarcão, antigo reitor da Universidade de Coimbra.
Durante todo o dia de ontem foram chegando algumas das 60 confrarias que se fazem representar, provenientes não só de Portugal, mas também de Itália, França e Espanha, sendo esperadas quase três centenas de confrades.

A evolução é uma realidade

Paralelamente a estas actividades,teve lugar a já habitual tourada à portuguesa, cuja cabeça de cartaz será o conhecido cavaleiro português João Moura.
Refira- -se que esta iniciativa está integrada no programa dos festejos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Poiares, com as receitas a reverterem a favor da instituição.
Durante a inauguração da PoiArtes, que decorreu sexta-feira e contou com a presença do secretário de Estado da Administração Local, José Cesário, e do governador civil de Coimbra, Fernando Antunes, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, Jaime Soares, voltou a exprimir a necessidade de uma ampliação do actual certame: "Nós já não temos espaço, temos que ampliar este porque, efectivamente, a evolução é uma realidade".

A centralidade de Vila Nova de Poiares é uma realidade no contexto da zona centro.
É pena que este Presidente da Câmara ainda se não tenha apercebido que a grande aposta que deve efectuar, será no turismo. Como se vê nestas festas, gente há muita a querer vir até Poiares, beleza de paisagens e motivos de interesse tambem os ha.
É preciso é não esconder e ter capacidade para se virar para a cultura da ruralidade.
Mas não só foi esta a ideia a ficar no ar.
A transformação da PoiArtes numa feira que assuma também um cariz industrial e comercial ficou bem vincada: Queremos que Vila Nova de Poiares se assuma como um dos vértices do triângulo de desenvolvimento do distrito. Coimbra tem a CIC, Cantanhede a Expofacic, e Vila Nova de Poiares tem o Jaime Soares e a sua Poiartes bem como a capital da Chanfana.
Já José Cesário foi parco em palavras, com a sua vergonha habitual, preferindo destacar a festa representativa da tradição de Poiares, que afirma ser uma terra rica em cultura popular,onde havia sempre porrada na feira de gado,afirmou, realçando ainda que esta expressão das tradições das populações se reveste de uma grande importância desde que comecem a aparecer cabras nos montes para se manter a tradição da chanfana.
Se não houver cabras nos montes, não ha razão para que esta terra se intitule a capital da chanfana.



sexta-feira, setembro 10, 2004

Poiartes é referência para turismo e para o artesanato


O que começou por ser uma homenagem aos artesãos de Vila Nova de Poiares, assume-se hoje como um importante certame do mais genuíno artesanato. Mas nem só de mãos hábeis e mentes criativas a Poiartes é composta. A feira de gastronomia dá a conhecer os sabores seculares e tradicionais de uma região, onde a chanfana é o ex-libris.

Vila Nova de Poiares espera, a partir de hoje à noite, milhares de pessoas.A sua centralidade na zona centro permite mais altos voos. A Poiatres ? Feira Nacional de Artesanato, na sua 15.ª edição, está no epicentro dos acontecimentos. Em causa está uma das mais prestigiadas mostras de artesanato da região, que leva até Poiares muitas dezenas de artesãos, do concelho, da região e de todo o país.
A mostra, que se prolonga até segunda-feira, dia 13, oferece, também, uma outra componente, também ela cada vez mais apetecida. Falamos da Mostra de Gastronomia, organizada pela ADIP ? Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares, que reúne um conjunto de saberes e sabores da cozinha da região, com destaque especial, claro está, para a afamada chanfana confeccionada nos caçoilos de barro preto, bem à moda de Poiares.
Mas o certame não se fica por reunir as artes de bem-fazer. Isto porque a organização, da responsabilidade da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e da Confraria da Chanfana, preparou, também, um vasto programa de animação, que certamente constitui um dos atractivos do certame e inclui, nomeadamente, a realização do III Capítulo Gastronómico da Confraria da Chanfana, evento que conta com a presença de um número recorde de confrarias, vindas de todo o país e também de Espanha e França.
A feira abre hoje, numa cerimónia marcada para as 19h00, que conta com a presença do secretário de Estado da Administração Local, José Cesário, pelas 20h00. Uma hora mais tarde é inaugurada a exposição ?Motivos e Imagens da Família?, da autoria de Maria José Craveiro, que se integra nas comemorações do Ano Internacional da Família. A noite termina com um espectáculo, a cargo do artista Tony Carreira.
Amanhã, sábado, a Poiartes abre às 15h00 e duas horas mais tarde começa o X Festival de Folclore de Vila Nova de Poiares, que conta com a presença de um conjunto de grupos de ?dentro? e ?fora de portas?: ranchos folclóricos de S. Pedro de Calda Rei (Lousada), Gouxaria (Alcanena), ?As Moleirinhas de Casconha? (Cernache), Danças e Cantares da Barra Cheia (Moita do Ribatejo), Grupo Folclórico ?Os Amores da ADIP? ? Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares; aos quais se juntam três grupos do concelho, a saber o Grupo Folclórico e Etnográfico do Cento de Convívio do Carvalho, o Grupo Folclórico e Cultural da Póvoa de Abraveia e o Grupo Folclórico e Etnográfico do Município de Vila Nova de Poiares. Para a meia-noite e meia está marcada a actuação da dupla Miguel e André.
Domingo é ?dia D? em termos de Capítulo Gastronómico, com a celebração de uma eucaristia, pelas 10h00, na Igreja de Santa Maria, à qual se segue, uma hora mais tarde, o desfile das cerca de 60 confrarias presentes rumo ao salão dos Bombeiros Voluntários, onde se irá efectuar a cerimónia de entronização dos confrades. A feira abre às 15h00 e às 17h00 assiste--se a mais uma tourada à portuguesa, evento organizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares. João Moura, um dos mais arrojados cavaleiros tauromáquicos portugueses é a estrela desta tarde de aficcion que, certamente, e à semelhança do que tem acontecido noutras edições, reúne um número significativo de adeptos da festa brava. A actuação do grupo Santa Maria, marcado para as 00h30, marca o encerramento dos festejos.

segunda-feira, setembro 06, 2004

Combate ao abandono das áreas rurais ...AGRIS

Uma ideia também defendida pelo secretário de Estado adjunto para quem a estratégia de combate ao abandono das áreas rurais deverá passar pelo aproveitamento dos recursos endógenos, identificando as potencialidades dos territórios.Não podemos depositar só a expectativa no Estado.

É necessário parcerias estratégicas com todas as entidades para, em conjunto, juntar esforços para potenciar a riqueza endógena dos territórios afirmou Carlos Duarte Oliveira secretário de Estado adjunto .

É uma atitude criminosa de certos presidentes, apoiarem a construção da habitação social nas vilas e nas sedes de concelho.

Mas José Carlos Reis, presidente da Câmara Municipal de Penela, disse que algo já está a ser feito. Por exemplo, a candidatura ao programa AGRIS, a decorrer desde Março, tem permitido a limpeza das matas em volta das populações.

As pessoas não têm capacidade por isso a Câmara Municipal de Penela está a substituir essas pessoas na limpeza, afirmou, salientando ser esta a medida que elegeu como prioritária para os dois primeiros anos.

A limpeza e abertura de caminhos florestais e a criação de pontos de água e de vigia para mais tarde.

Em Poiaress , nem isso.

LOUSÃ - Árvores ?regressam? à Senhora da Piedade

O arranque do projecto, da Irmandade, aguarda apenas a aprovação das entidades oficiais e irá decorrer durante cinco anos.

A iniciativa partiu de Irmandade da Senhora da Piedade logo após a destruição do local, há seis anos atrás. Somente agora surgiram os incentivos necessários para avançar com a ideia, nomeadamente através da Associação Florestal do Pinhal (Aflopinhal) e dos Serviços Florestais, como referiu José Fernandes, membro da Irmandade.
Mesmo assim, a instituição já conseguiu, anteriormente, plantar algumas árvores. E fez questão de manter a tradição, ou seja, castanheiros e nogueiras.
José Fernandes contou que, no presente momento, a Aflopinhal está a realizar o levantamento do terreno para entregar ao Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas (IFADAP).

Afinal, ?o objectivo passa também por saber adequar as várias espécies de árvores naturais nos dez hectares que estão propostos para a requalificação?. ?Até lá?, referiu, ?estamos a proceder à limpeza de todo o terreno?. De acordo com este membro da Irmandade da Senhora da Piedade, a questão da limpeza é muito importante, porque, depois do incêndio, a espécie dominante passou a ser a acácia, ?que tem tendência para alastrar e ocupar tudo à sua volta?.
O financiamento para a reflorestação vai ser repartido pela Irmandade da Senhora da Piedade e por fundos comunitários.Mas há outros projectos para aproveitar um espaço que é único.
A criação de um parque de lazer para tornar o lugar mais aprazível aos seus visitantes poderá ser uma das apostas, de acordo com aquele responsável.
Como salienta José Fernandes, ?a Senhora da Piedade é um local muito bonito que recebe muitos visitantes e mas é preciso conservá?lo, porque ele é uma das portas para o turismo da Lousã?. Por ele se pode entrar nas tão faladas - e bonitas - aldeias da Serra da Lousã.


Em Poiares só ha abelhudos.....

Mais de 7 milhões de euros para estimular a apicultura .

Uma feira grande, mas fraca. Na XV Feira do Mel do Espinhal, a mais antiga da região, os apicultores queixaram-se da falta de vendas.
Por seu lado o secretário de Estado adjunto do ministro da Agricultura garantiu uma verba de sete milhões e meio de euros para o relançamento da apicultura.

Trata-se de uma medida que, segundo o secretário de Estado adjunto, visa "aprofundar e qualificar o apoio, garantindo aos apicultores assistência técnica".
No fundo, salientou, pretende-se "cada vez mais qualidade" para um produto (o mel) que pode funcionar com factor de riqueza do mundo rural.

Em Poiares parece que não ha abelhas...mas só abelhudos.

Quando é que se relança a pecuaria nas nossas matas ? Qualquer dia já não ha carne para a chanfana. Tem de vir do Chile. E o vinho de Poiares?....terá de vir de França.

domingo, setembro 05, 2004

Pedro Saraiva eleito... com críticas do PS

Aonde isto chegou....um pro-reitor a ficar a dever favores a um emplastro e ainda a ter que cumprir o que este lhe determina. Ora toma ...que é para aprenderes.

O pró?reitor da Universidade de Coimbra Pedro Saraiva foi ontem escolhido pelo Conselho Regional do Centro do PSD como presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDRC), com 66 por cento dos votos a favor. O social?democrata Carlos Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra e do Conselho da Região Centro, congratulou?se com a aprovação do nome indicado pelo Jaime Soares, a favor do qual terão votado alguns socialistas, apesar da falta de consenso entre PSD e PS.
Segundo Carlos Encarnação, os votos contra e as abstenções, cerca de uma dezena, terão servido "mais para marcar uma posição do que propriamente rejeitar" o nome de Pedro Saraiva, que carece ainda da confirmação do Governo.
"A região vai agora unir?se à volta do seu presidente, como sempre se uniu", disse o líder do órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Centro.
Em resposta a um jornalista, Carlos Encarnação defendeu que o mandato de Pedro Saraiva "deve durar" de forma a "garantir estabilidade" à CCDRC, depois de Paulo Pereira Coelho um profissional da política ter abandonado este ano o cargo, ao fim de alguns meses em funções, para integrar o Governo como secretário de Estado.
Os representantes da Universidade de Coimbra e da Conferação dos Agricultores de Portugal (CAP) e tambem Jaime Soares, presidente da Confraria da Chanfana de Poiares e tambem militante do PSD no distrito de Coimbra, fizeram as intervenções de apoio ao candidato, proposto por ele.
De um universo entre 80 e 90 votantes, participaram no sufrágio 72 membros do Conselho Regional, entre autarcas e representantes de diversas organizações.
O socialista Jorge Bento, presidente da Câmara de Condeixa?a- Nova, embora escusando?se a revelar o sentido do seu voto, admitiu que não tinha votado a favor.
Com esta metodologia, quase não a vale a pena fazer eleições, acrescentou Jorge Bento, numa alusão crítica ao facto de o PSD atraves de Jaime Soares optar por não negociar previamente a inclusão de socialistas na equipa directiva da CCDRC, como já tinha acontecido na eleição de Paulo Pereira Coelho, em 2003 e tambem com a responsabilidade do Jaime da Chanfana.
Fomos (os autarcas dos diferentes partidos) completamente excluídos deste processo. Alguma coisa tem que mudar no futuro", advertiu.
Para Jorge Bento, os partidos tiveram um papel excessivo no processo e as autarquias foram negligenciadas ( ou seja Pedro Saraiva nunca seria Presidente da CCDRC se não pagasse cotas para o PSD).
O autarca, que falava como porta?voz dos socialistas e que foi eleito pelo povo, negou que a sua posição constitua uma crítica ao presidente da Federação de Coimbra do PS, Vítor Baptista, que chegou a discutir a questão do nome com o seu homólogo do PSD, Jaime Soares.
Na semana passada, Vítor Baptista disse que os representantes do PS no Conselho Regional poderiam votar contra o nome de Pedro Saraiva, se a nova equipa directiva da comissão não reflectisse a presença das forças políticas dominantes nas autarquias da região.
Pelos vistos Vitor Baptista não conseguiu, será que Jaime Soares deu o dito por não dito?
Não seria de estranhar, pois já não é a primeira vez que se vê um porco a andar de bicicleta.


sexta-feira, setembro 03, 2004

Pedro Saraiva - novo rosto na CCDRC para gerir... migalhas

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O nome de Pedro Saraiva é hoje ratificado para presidir à CCDRC. Quanto a vices, admite-se a recondução dos actuais. O PS fica de fora. E o dinheiro não abunda.

O Conselho da Região, órgão que congrega os 76 municípios da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) e ainda um conjunto de instituições das áreas do Ensino, Solidariedade Social, da Economia, da Saúde, etc., reúne?se esta tarde, em Coimbra.
O objectivo é proceder à eleição do(s) nome(s) a apresentar ao Governo, para a nomeação do próximo presidente daquele organismo.
À partida, tudo está já definido: o nome escolhido é o de Pedro Saraiva, actual pró?reitor da Universidade de Coimbra e professor no departamento de Engenharia Química. É membro do PSD e integra a bancada da maioria, na Assembleia Municipal de Coimbra.A sua escolha, da responsabilidade da Distrital de Coimbra do PSD, contou com s oposição da estrutura de Aveiro, mas apenas no que respeita ao lugar a ocupar ? os social?democratas aveirenses bateram?se fortemente pela conquista da presidência, algo que nunca sucedeu na história da instituição (os sucessivos presidentes efectivos do pós-25 de Abril, Manuel Porto, Viegas de Abreu, Alberto Santos, José Reis, João Vasco Ribeiro, Paulo Pereira Coelho sempre emergiram de Coimbra).

Arnaut não vai ter problemas .Desta forma, o ministro Arnaut não terá problemas e conta coma solidariedade do presidente Jaime: Pedro Saraiva será o único nome que vai receber, pelo que até pode acelerar o processo de nomeação, por forma a evitar a desagradável situação de impasse que envolveu a substituição de João Vasco Ribeiro por Paulo Pereira Coelho.
Aquele, que vinha do tempo do PS, só saiu em Fevereiro de 2003, embora ?condenado? desde Abril de 2002. Coelho, recorde?se, só entrou em funções em Outubro do ano passado, sem saber ler nem escrever. E, já agora, diga?se que pouco aqueceu o lugar, uma vez que saiu no final de Maio do ano em curso, catapultado para mais um tachosito numa Secretaria de Estado.
Depois, quando for empossado e se sentar a trabalhar, Pedro Saraiva vai ter muito que fazer. Não que o dinheiro abunde, na CCDRC, mas o seu prestigio como um academico fora das panelinhas dos politicos eunucos da região, a isso o obrigam. A verdade é que a recente reprogramação do III QCA (prestes a ser aprovada por Bruxelas) veio permitir aliviar um pouco a capacidade de ?ir buscar a torto e a direito para desbaratar? dinheiro, a título de comparticipação comunitária, por parte das autarquias locais, dois anos após o ?aperto? forçado do cinto, por imposição de Manuela Ferreira Leite. Como se sabe, o processo de reprogramação permitiu, à região Centro, dispor de cerca de 80 milhões de euros, isto apenas no que respeita ao Programa Operacional do Centro (PO Centro).
E, por imposição comunitária, bem acolhida em Lisboa, é a área do Ambiente e Recursos Naturais, voltada para projectos infra?estruturais, que mais dinheiro tem ? enfim, nada do outro mundo, mas sempre serão duas ou três dezenas de milhões de euros... E, como se imagina, era também esta área a que estava já absolutamente esgotada.




ARGANIL - FICABEIRA mostra potencialidades de Arganil


A FICABEIRA, Feira Industrial Comercial e Agrícola da Beira Serra, é inaugurada amanhã em Arganil, em simultâneo com a feira do Mont´Álto. Vão ser cinco dias com muita animação nocturna, tasquinhas gastronómicas e uma mostra de artesanato. As empresas do concelho também vão ser homenageadas

O Paço Grande em Arganil vai ser palco mais uma vez da XXIII edição da FICABEIRA - Feira Industrial, Comercial e Agrícola da Beira Serra, que decorre a partir de amanhã, em simultâneo com a já tradicional Feira do Mont?Alto, prolongando-se até ao próximo dia 8.

É a festa dos arganilenses», que guardam sempre alguns dias das suas férias para se encontrarem aqui e relembrarem os «velhos tempos». O objectivo do certame,«é mostrar a pujança e as actividades deste concelho, para que as pessoas possam cá vir e ver o que já se fez neste concelho e, felizmente, as indústrias estão lá todas» .

Para além dos expositores, o certame vai contar com uma mostra de artesanato e as já habituais tasquinhas gastronómicas, a cargo das juntas de freguesia do concelho, entidades que, por sua vez, as podem ?entregar? a um restaurante, muito embora mantenham sempre o sentimento de representação de uma freguesia.

«Queremos que as pessoas possam ir à feira e provar o que se faz aqui no concelho, constatarem como a nossa gastronomia é óptima e, também, apreciar o artesanato»,

As tasquinhas vão funcionar no pavilhão da Santa Casa da Misericórdia de Arganil no mesmo horário da FICABEIRA e a mostra de artesanato decorrerá no recinto da feira e no antigo quartel da Guarda Nacional Republicana.
Pois a par dos stands, das tasquinhas e da mostra de artesanato vai haver espectáculos vocacionados para todas as idades que prometem animar as noites arganilenses nestes cinco dias de festa.


A XXIII edição da FICABEIRA tem inauguração marcada para as 19h00 de amanhã dia 4, sábado, mas antes da cerimónia, durante a manhã e a tarde, multiplicam-se os acontecimentos de natureza desportiva, nomeadamente um passeio cicloturístico, a partir das 9h00 e um jogo de futebol de veteranos entre equipas de Arganil e Tondela, pelas 16h00. Ainda tempo para duas inaugurações, uma de uma exposição de pintura, intitulada ?Cartografia ? Rizoma? do Cogente e estudante de artes plásticas Mário Vitória, pelas 18h00 na sala Guilherme Filipe da Casa Municipal da Cultura. Meia hora mais tarde é inaugurada outra mostra, desta vez de fotografia denominada ?Lisboa- no cais da memória?, de autoria de Eduardo Gageiro.
À noite, pelas 20h00 assiste-se à actuação do grupo de danças e cantares de Soito da Ruiva (Pomares) no palco da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, decorrendo duas horas mais tarde a actuação do Ballet Nacional da Bielorússia.
Para domingo, dia 5, está marcado um torneio de voleibol, a ter lugar na mata do hospital, a partir das 9h00 e à noite há um espectáculo com o artista Marco Paulo.

Já na segunda-feira, dia 6, o dia vai ser preenchido com futebol, um torneio de futebol de escolas no qual participam as escolas de Arganil, Santa Comba Dão, Poiares e Mortágua, a decorrer no campo de futebol Dr. Eduardo Ralha. A partir das 20h00 actua a Tocata do Rancho Folclórico ?Flores? de Casal de São João, Vila Cova de Alva e duas horas mais tarde é a vez dos ?Quinta do Bill? subirem ao palco.
No dia 7, feriado municipal, para além da sessão solene comemorativa do acto (ver caixa), a decorrer no salão nobre dos Paços do Concelho, vai ser ainda disputar-se um torneio da malha, da parte da manhã, e a noite é marcada pela actuação dos ranchos folclóricos e grupos etnográficos do concelho de Arganil.
O último dia deste certame vai ser dedicado às bandas da região como os Bota Gel e os Banda Desenhada com início às 21h30. O fecho da feira é assinalado com uma Serenata Monumental, com o ?Cancioneiro de Coimbra?, na escadaria Câmara Municipal.

quinta-feira, setembro 02, 2004

ARGANIL - Matar a sede na Fraga da Pena

Se já conseguiu subir ao Monte do Culcurinho (em Arganil), depois de visitar o Santuário de Nossa Senhora das Preces e gostou do que viu pode aproveitar o resto das férias para lá voltar e conhecer outras paragens tão ou mais belas e sossegadas. Recantos que, infelizmente, só os incêndios têm conseguido destruir.
Mas vamos à viagem. Se a manhã já vai alta e a fome começou a apertar faça como nós. Pare em Vila Cova do Alva. Uma freguesia situada entre Aldeia das Dez e a Ponte das Três Entradas, que esconde alguns verdadeiros tesouros da região.

Ali, por entre oliveiras e pinheiros, decorreram parte das filmagens de um dos filmes de Catarina Furtado e Diogo Infante e que conta a vida dos três pastorinhos e do aparecimento de Nossa Senhora de Fátima.
Mas não se pode abandonar Vila Cova do Alva sem saborear a água de uma das suas muitas fontes e sem visitar o convento que ?esconde? recantos de uma beleza única... quiçá dignos de uma história de amor como a de Pedro e Inês que a Quinta das Lágrimas ainda guarda.
Uma vez o estômago aconchegado com comidinha caseira, o regresso pode fazer?se por uma das aldeias mais históricas e, porventura, aquela de que mais se houve falar: o Piódão.
As estradas - ora em asfalto, ora em terra batida, levam?nos até ao ponto mais alto da serra onde é obrigatório parar. Perante os nossos olhos ?desenha?se? a aldeia do Piódão... e a sua pousada. É de realçar o recurso ao xisto para a cobertura de todas as paredes da pousada.
No largo da aldeia, mesmo aos pés da igreja, duas ou três pequenas lojas promovem o artesanato local proporcionando a compra de produtos com sabor a Serra. Um simpático café, construído em madeira, dá as boas vindas aos visitantes - e já eram muitos a avaliar pelas dezenas de carros estacionados. A visita pode ser rápida ou demorada. A nossa não passou do largo da aldeia até porque já a conhecíamos e interessava?nos ?descobrir? outros recantos que o levem a repetir a viagem pelo interior do país.
Subimos de novo ao cimo da serra. À nossa frente cruzavam?se caminhos, placas, destinos. Fomos escolhendo uns em detrimento de outros. Uns mais ou menos conhecidos. Outros mais ou menos desconhecidos... mas todos capazes de nos oferecerem recantos que os turistas - bastantes estrangeiros - com quem nos cruzámos tão bem sabem aproveitar.
Uma paragem obrigatória próximo da Mata da Margaraça onde a Fraga da Pena se abre perante os nossos olhos como qualquer cascata em telenovela brasileira. Pode subir?se ao cimo da Fraga por uma estreita escadaria ou optar por desafiar o gelo da água e tomar uma banhoca... mesmo por debaixo da cascata.
A meio caminho, um homem e uma mulher procuram - nos dias em que o movimento de turistas aumenta - vender o artesanato local, de onde sobressaem os cestos e as colheres de pau que ainda hoje são feitas (ao vivo) dentro da própria Mata da Margaraça. Um dos tais recantos que Portugal não pode perder.
E já que estamos em Arganil, impõe?se uma subida à Senhora do Mont?Alto. Se sair do carro verá que tem a sensação que é capaz de tocar o céu. Lá em baixo, montes e vales recortam?se naturalmente acolhendo as aldeias, as vilas ou as cidades que os homens foram construindo para se abrigar. Na grande maioria dessas terras, sobressaem as igrejas pela sua riqueza e beleza arquitectónica e pela ?elegância? das suas torres bem visíveis de qualquer lado que as olhemos. Mas isto, pode crer, dava ?pano? para mangas e para umas férias diferentes.


Comentários cá do je.........

Isto é mesmo promoção turistica da região.
Veja-se o que se passa com Poiares. Nem placas nem roteiros a indicar as suas belezas naturais.
Teve de ser a antiga JAE a colocar algumas placas na EN-2 e EN-17 se não as pessoas ainda se perdiam.
É simplesmente uma vergonha o que se passa no concelho de Poiares, quanto a isto e quanto à toponimia, mas enfim....burro velho não aprende linguas.

Na Lousã - Cães mostram a sua raça....


Taça de Mondioring disputa-se na Lousã .
O campo de rugby da Lousã recebe no próximo domingo a 4.ª Taça de Mondioring 2004, organizada pela Subcomissão de Cães de Utilidade do Clube Português de Canicultura, com o apoio da Câmara Municipal e do Clube de Rugby.

Trata-se de uma competição onde é testada a sociabilidade dos cães através de exercícios mais ou menos complexos, que variam consoante os anos de treino de cada um.
Para já estão inscritos 12 animais, entre pastores belgas, alemães, rotttwiler?s, dobermann?s e boxer?s, que vão executar uma série de provas que vão desde exercícios de defesa a marcação de objectos pelo odor.
Aqueles que conseguirem obter a pontuação exigida poderão integrar a selecção nacional que vai disputar o campeonato do mundo em Bilbau, Espanha, no próximo mês de Outubro.
A prova tem início pela manhã com a realização dos testes aos cães do pré e nível I, estendendo-se durante o dia para os dos níveis II e III.
É com base neste tipo de competições que são escolhidos os cães polícias para os serviços de patrulhamento, detecção de drogas e explosivos, «daí a sua utilidade prática», refere Celso Alves, coordenador nacional da Subcomissão de Cães de Utilidade.
Segundo este responsável, a realização da prova na Lousã representa uma experiência piloto, uma vez que este tipo de iniciativas se realizavam sempre em Lisboa.
«Se a experiência correr bem a Lousã vai acolher o campeonato do mundo de 2006»,


Comentários cá do je......

Por este andar ainda a Lousã vai ser a Capital do Cão...e vai constituir a Confraria do Cão, só para chatiar Poiares e Miranda do Corvo.
Assim, que se cuidem a Fatima Ramos e o Jaime da Chanfana.

quarta-feira, setembro 01, 2004

Afinal a Câmara de Miranda suspende medalhas

Ate que enfim que metemos no Blog uma cara simpatica .... de resto tem sido cada marreta

Fátima Ramos a Presidente da Camara de Miranda

Uma semana depois de ter aprovado a atribuição de medalhas de mérito concelhio a um conjunto de personalidades que exerceram cargos políticos, a Câmara Municipal de Miranda do Corvo decidiu cancelar a proposta que estava a gerar muita controvérsia.
Para evitar mais polémicas e divisões, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo decidiu cancelar a atribuição de medalhas a um conjunto de personalidades do concelho.
Recorde-se que a atribuição de medalhas de mérito proposta na última sessão de Câmara não estava a ser consensual, havendo mesmo dois antigos autarcas que recusavam a distinção.
Segundo Fátima Ramos, pretendia-se com esta atitude homenagear todos os presidentes de Assembleia e Câmara Municipal, vereadores substitutos de presidentes e vice-presidentes, sem qualquer exclusão, que desempenharam estas funções depois da implantação da democracia».
Numa nota enviada aos jornalistas, a autarca esclarece que, «na definição de graus foi tida em atenção o exercício de outros cargos nacionais como secretários de Estado, deputados à Assembleia da República e outros, como é o caso de Marques Leandro e Fausto Correia».
Fátima Ramos refere ainda que apresentou a proposta «para contribuir para a pacificação da vida política do concelho, pois em democracia devem existir pontos de vista diferentes, ideologias opostas, adversários eleitorais, mas não inimigos».
«Infelizmente verifiquei que esta polémica seria desagradável para as pessoas que constavam da minha proposta uma vez que vereadores do Partido Socialista criticaram a inclusão de alguns nomes, nomeadamente a dos presidentes da Câmara eleitos noutros concelhos», sublinha.
Acrescenta ainda que uma proposta deste tipo só faz sentido «se houver acordo por parte das diferentes forças partidárias», deixando de ter justificação quando é «aproveitada para criar divisões e polémicas».
Ao propor o cancelamento desta proposta, que será votada na reunião de amanhã, a presidente da edilidade mirandense pede desculpa e compreensão às pessoas envolvidas nesta polémica.

Autarquias no centro de protecção da floresta


O ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, Costa Neves, deu ontem posse em Miranda do Corvo a Luciano Lourenço, como coordenador da Agência para a Prevenção de Fogos Florestais que está sediada naquele concelho, no Centro de Biomassa para a Energia.

Dentro de cinco anos já será possível analisar alguns resultados, disse o ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, Costa Neves.
Luciano Lourenço, geógrafo e docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, vai gerir a Agência, que depende do Ministério da Agricultura e tem como missão concertar estratégias no âmbito da prevenção e protecção contra fogos florestais.
o governante apontou a falta de coordenação como a principal deficiência do sistema de prevenção e combate aos fogos florestais que nos últimos dois anos atingiram proporções trágicas.
No entanto, mostrou-se confiante de que num espaço de cinco anos já sejam visíveis resultados e que «daqui a uma geração a situação dos fogos florestais esteja controlada».
Para que isso aconteça, Costa Neves garantiu que o Plano Nacional de Defesa da Floresta estará concluído no primeiro trimestre de 2005 e que as Câmaras terão os seus planos municipais elaborados até Dezembro.
«O sucesso deste trabalho vai ser consoante o envolvimento das autarquias locais que tem a responsabilidade de constituir comissões municipais de defesa», reforçou o governante.
Anunciou ainda que serão lançadas campanhas de sensibilização públicas, uma vez que a maioria dos incêndios são motivados por negligência humana, e melhorada a articulação entre os centros de detecção de incêndios e os centros de operações.
Para além da prevenção, o ministro considera que é necessário gerir a floresta, o que tem sido o «grande problema».
«O Estado tem de gerir melhor o que é seu, apoiar a gestão dos baldios e apoiar técnica e financeiramente os privados», sublinhou. Em Portugal 85% da floresta está nas mãos de privados, 12% são baldios e apenas 5% pertence ao Estado.


A Agência não é, nem poderá vir a ser, uma varinha de condão que, com sucessivos passes de mágica, resolverá, de imediato e de um momento para o outro todos os problemas que se colocam em termos de incêndios florestais», alertou Luciano Lourenço.
Contudo, considera que será possível em 2008 reduzir o número de ocorrências de incêndios na ordem dos 20% relativamente à média do quinquénio 1999/2003.

O professor apelou também às autarquias para que instituam rapidamente o seu gabinete Técnico Florestal com vista à optimização dos recursos e ao planeamento integrado de acções concretas.

Aproveitando a presença do ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, a presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Fátima Ramos, queixou-se da morosidade que leva a rever o Plano Director Municipal e sugeriu a criação de uma legislação que facilite a construção nas aldeias serranas.Desta forma, defendeu a autarca, estaríamos a evitar a desertificação do interior e consequentemente a perder vigilantes da floresta.

«Sempre que se dificulta a fixação de um casal numa das muitas aldeias de Portugal, estamos a perder mais vigilantes da nossa floresta».

«Alguns técnicos de gabinete criam condicionalismos excessivos, criando reservas florestais, agrícolas e ecológicas que em alguns casos são excessivas»,

Fátima Ramos, presidente da Camara de Miranda tem-se confrontado com bastantes situações desta natureza.

Comentários cá do je.....


Já aqui o je se manifestava ha varios anos contra as RENs e as RANs onde alguns técnicos de gabinete criam condicionalismos excessivos,ao criarem reservas florestais, agrícolas e ecológicas que em alguns casos são verdadeiros abortos.
E a grande verdade é.............Sempre que se dificulta a fixação de um casal numa das muitas aldeias de Portugal, estamos a perder mais vigilantes da nossa floresta

Tambem fazer reservas florestais de montes de silvas ás portas das casas de algumas aldeias do interior....tem provocado estes estardalhaços destes fogos.

Esperemos que estas duas personalidades pelo menos tentem aliviar a pressão sobre as aldeias martires dos fogos.