quarta-feira, dezembro 27, 2006

Estrada que une concelhos divide autarcas do PSD

Como não podia deixar de ser e que este blog ha anos que alertava, zangaram-se os compadres.
Mais do que evidente que o caos que se gerou na Estrada da Beira se deveu à actuação de Jaime Soares, que com a mania dos protagonismos e de pato-bravismo que comprometeu por muitos anos uma ligação condigna do interior a Coimbra.
Bastava saber ler e escrever para entender que as melhorias propostas e exigidas por Jaime Soares à antiga JAE, seria um desperdicio de dinheiros publicos e ficaria uma javardice sem eficiencia nenhuma. Hoje em dia em que um autarca de outro concelho propõe uma solução, lá aparece o carcassinha a mandar vircom asneiredo e má criação, com medo que lhe roubem o protagonismo. A ligação a Coimbra pela Serra do Carvalho é mais do que evidente uma solução inteligente que já no Sec. XIX era defendida pela Engenharia Militar.Em pleno Sec. XXI aparece ainda um artista, a mandar vir com as soluções inteligentes. A Estrada da Beira, que une Coimbra ao interior do distrito, está a dividir autarcas do PSD, por causa da apresentação de uma proposta de construção de uma via alternativa, anunciada esta semana pelos vereadores PSD da Lousã. Os vereadores do PSD da Lousã defenderam esta semana uma via alternativa à Estrada da Beira, a entroncar no futuro traçado do IC3, entre Tomar e Coimbra, cujo trajecto definitivo será conhecido no final do primeiro trimestre de 2007.
«A construção do IC3 com passagem nas Torres do Mondego será fundamental para se poder viabilizar uma alternativa à Estrada da Beira, que se encontra estrangulada», disse o vereador social-democrata Pedro Curvelo, que, enquanto candidato à autarquia da Lousã, já tinha defendido esta solução.O autarca social-democrata defendeu que «esta alternativa é uma via estruturante para resolver os problemas de acessibilidade rodoviária a Coimbra, não só da Lousã mas também de todo o interior do distrito, incluindo Góis, Arganil e Pampilhosa da Serra».«Consideramos que a construção do IC3 associada à variante de Foz de Arouce e o seu prolongamento com a via alternativa da Estrada da Beira poderá alavancar definitivamente o nosso desenvolvimento», sustentou. Segundo Pedro Curvelo, o projecto que propõe permitirá um trajecto com cerca de 21 quilómetros (desde as rotundas da Lousã à da Portela) «rápido, seguro e sem atravessamento de povoações até Coimbra, a uma velocidade de 90 quilómetros por hora que se fará em cerca de 14 minutos». Para isso, acrescentou, basta que o novo traçado do IC3 contemple um nó de ligação na margem esquerda do Mondego, «que permita posteriormente ligar uma nova via alternativa da Estrada da Beira, entre o final da futura Variante de Foz de Arouce (Lousã) e as Torres do Mondego».
O presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares (PSD), lamentou que o autarca social-democrata da Lousã tenha avançado com uma proposta alternativa sem debater o assunto com a autarquia.«Não conheço a proposta, mas entendo que é uma atitude pouco ética o PSD da Lousã não ter tido previamente uma conversa com quem tem procurado soluções e feito propostas sobre a Estrada da Beira», disse Jaime Soares, presidente da Câmara de Poiares e da Distrital do PSD de Coimbra.
O presidente da autarquia de Poiares afirmou que, «se a proposta tiver viabilidade e valor», não terá problemas de a «apreciar e apoiar», mas não deixou de criticar a atitude dos seus companheiros de partido.«O PSD da Lousã não descobriu nada. Todos sabemos que a actual estrada está esgotada e não tem hipóteses, mas é uma atitude inqualificável divulgar uma proposta sem, no mínimo, termos conversado, já que somos altamente interessados», criticou Jaime Soares.Na opinião do autarca de Poiares, as soluções deveriam ser discutidas entre as autarquias atravessadas pela Estrada da Beira, mas Jaime Soares reconhece «liberdade aos vereadores social-democratas da Lousã para apresentarem projectos». «Este é o pior caminho para procurar protagonismos partidários e pessoais e esgrimir argumentos políticos», considerou no entanto Jaime Soares. Já o presidente da Câmara Municipal da Lousã, o socialista Fernando Carvalho, referiu que «é desfasado estar a discutir a proposta do PSD, quando se está ainda a discutir o novo traçado do IC3». «Esse é um assunto de interesse para a Lousã», disse, por seu turno, a presidente da autarquia de Miranda do Corvo, a social-democrata Fátima Ramos, instada a comentar a proposta dos companheiros de partido do concelho vizinho. Para a autarca, que é também vice-presidente da distrital do PSD de Coimbra, «o que interessa neste momento é a construção do IC3, porque vai permitir melhor acesso à auto-estrada, a Coimbra e ao IP3». «O importante é que o Governo opte pelo novo IC3, com o traçado previsto entre Penela e Miranda do Corvo, e avance com a sua concretização o mais rapidamente possível», acrescentou.
Para o que estamos guardados? Para aturar velhos rabugentos, mal encarados e com esgares de doença?
Fatima Campos Ferreira tinha razão quando o mandou calar no Pros e Contras e não de deu hipotese de meter o bico, apesar de se ter posto em bicos de pes na 1º fila. Foi uma vergonha e desonra para a raça poiarense.

sábado, dezembro 23, 2006

Novo dispositivo operacional na Circunscrição Florestal do Centro

A Circunscrição Florestal do Centro, que reuniu os directores de departamento da Direcção Geral dos Recursos Florestais – Centro, reforçou o dispositivo operacional de prevenção integrada, com seis novas viaturas 4x4 e três tractores-carros.
A reunião com os directores de departamento realizou-se ontem, na Figueira da Foz, finda a qual o director da Circunscrição Florestal do Centro (CFC), António Gravato, apresentou as viaturas à comunicação social e falou das directrizes a pôr em curso já no próximo ano.Com a aquisição de seis viaturas e três tractores-carros, a CFC reforçou o seu dispositivo operacional de prevenção integrada. Os seis Mitsubishi Strakar L200 surgem com um equipamento de primeira intervenção e que integra um kit de material de sapadores, enquanto que os três tractores-carros destinam-se a operar em parques florestais com maior intensidade de utilização nas áreas de recreio e lazer, com o objectivo de prevenir, sensibilizar e dissuadir comportamentos de risco.Estes três veículos, distribuídos para as serras da Boa Viagem (Figueira da Foz), Buçaco e Crasto (Viseu), permitem operar nos cerca de 200 mil hectares em que o Estado intervém na área de jurisdição do CFC.Por outro lado, o CFC viu reforçada a sua área de intervenção com a integração de mais 16 equipas de sapadores florestais, que compreende mais 80 pessoas a operar no terreno, enquadradas por organizações de produtores florestais, conselhos directivos de baldios e câmaras municipais, para efectuar trabalhos de prevenção, detecção e primeira intervenção de fogos florestais nas áreas privadas. Com este novo reforço, a região centro passa a ter 117 equipas de sapadores florestais que totalizam cerca de 550 postos de trabalho especializados. Os elementos que integram estas equipas receberam recentemente formação específica em silvicultura preventiva, maquinaria e equipamento de roça de mato, condução TT, detecção, vigilância, primeira intervenção e apoio aos bombeiros, tanto no combate como no rescaldo aos incêndios florestais. Pretende-se que este reforço conjugado possa contribuir para a redução do fenómeno dos incêndios com a consequente valorização do património florestal. Refira-se que o CFC passa a ter 57 equipas AGRIS privadas, 106 equipas de sapadores florestais, 10 AGRIS da DGRF e 22 equipas de Sapadores da DGRF – Centro. Trata-se de uma estratégia conjugada, com meios privados e públicos e que tem como comum objectivo a defesa da floresta contra incêndios.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Ecomarche de Poiares

Temos recebido alguns mails de leitores deste blog, lamentando a ausencia de produtos conceituados de produzidos na nossa região ou nas proximidades.
Esses produtos foram aceites , aprovados e ( pagos e bem pagos em dinheiros e especie) para aparecerem nas prateleiras dos Ecos e dos Interes.
Não se sabe porquê, é raro haver a Agua de Penacova nas prateleiras do Eco de Poiares ou se a há, está escondida atras de outras aguas ou com os rótulos propositadamente virados ao contrário.
Na mira do lucro e sem interesse em defender os seus clientes poiarenses, os donos-gerentes da loja de poiares resolvem a seu bel prazer meter os produtos que mais lhe convem em detrimento dos acordos de cedencia de posição na Rede Mosqueteiros que se obrigavam com as autarquias a promover os produtos da região para compensar a quebra do comercio tradicional.
Dizia-se na altura: As pessoas que se candidataram e a quem foi entregue o Eco de Poiares, são humildes, boas pessoas e trabalhadoras que vão ajudar as pessoas cá da zona. Não são de Poiares, mas é como se fossem. Têm cá bons amigos. Se as batatas, os feijões, as couves, os nabos, o grão de bico etc forem de boa qualidade e cumprirem as normas da qualidade exigida pelos Mosqueteiros vão ajudar a desenvolver Poiares.
Ao fim de uns anitos, a cevada começou a picar na barriga. Não ha nenhum produto da região que lá seja promovido. Os enchidos de Vilarinho? Há-os em todo o país e é bastante procurado em todas as grandes superficies.
As promessas para que fosse autorizada a abertura desta superficie comercial em Poiares, começaram a ir por agua abaixo.
E a pergunta é:
Porque se escondem propositadamente nas prateleiras a Agua de Penacova? A quem aproveita?À gerência vai-lhe competir dizer que não é verdade. estamos a vêr que daqui para a frente vai aparecer muitos garrafões e garrafas das Aguas de Penacova, nas prateleiras e bem à vista.
Isso é mesmo o que se quer, que os nossos produtos regionais e de proximidade sejam comercializados e consumidos por todos nós, já que são bons e dão emprego ao nosso pessoal.

terça-feira, dezembro 12, 2006

ARGANIL - O primeiro ano foi de planeamento

Ao fim do primeiro ano de mandato o presidente da Câmara de Arganil não terá muita obra feita, mas tem definida uma estratégia para o desenvolvimento do concelho. Ricardo Pereira Alves considera que este foi, fundamentalmente, um ano de planeamento e preparação de projectos, que começam a tomar forma em 2007.
O primeiro ano de qualquer executivo, particularmente para quem entra de novo, é fundamentalmente para fazer o diagnóstico e a situação não dava perspectivas muito animadoras para o futuro.
Hoje a câmara tem a situação financeira controlada e credibilidade externa. Foi feita a restruturação orgânica da câmara e no final de Abril foi aprovado o novo organigrama, um novo quadro de pessoal e um quadro específico do contrato individual de trabalho.
Não existia uma carteira de projectos que permitisse a sua execução imediata. Havia sim uma estratégia, com três objectivos fundamentais: promoção da melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento de produtos turísticos competitivos e fortalecimento da estrutura económica para a partir daí desenvolver linhas de acção e realizar iniciativas.

domingo, dezembro 10, 2006

Zona de Intervenção Florestal - exemplo para o país

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, presidiu ontem no concelho de Oliveira do Hospital à apresentação da primeira Zona de Intervenção Florestal, considerando-a um exemplo a seguir no país.
Constituída oficialmente desde o passado dia 30 de Novembro, a ZIF do Alva e Alvoco localiza-se numa das principais manchas verdes do concelho e é uma espécie de “condomínio” florestal.Convencido da importância deste modelo de gestão da floresta, Jaime Silva garante que são iniciativas como esta que «vão levar o grosso» dos dinheiros públicos. «É um dia de orgulho para a floresta portuguesa», afirmou o ministro aos inúmeros proprietários florestais que ontem assistiam, no refeitório da EBI da Ponte das Três Entradas, à apresentação da primeira Zona de Intervenção Florestal do país, acrescentando que «são estes exemplos que o Governo tem a obrigação de apoiar, porque estão a fazer um trabalho que cria riqueza e desenvolvimento local».
Lamentando o estado a que «todos deixámos chegar a floresta», o governante julga que «todos temos a obrigação de deixar aos nossos filhos uma floresta sustentável», e a fórmula melhor para o fazer deverá passar, necessariamente, pelas ZIF. «Um dos sectores prioritários, não tenham dúvidas, é a floresta, mas se organizada em ZIF’s», referiu o ministro da Agricultura, adiantando que a reestruturação no seu ministério passa exactamente por diminuir as despesas de «funcionamento», em detrimento do financiamento de projectos capazes de gerar riqueza, como é o caso das ZIF, que irão funcionar como uma espécie de “condomínio”, onde os proprietários florestais deverão ver assegurada a gestão das suas parcelas. Criada com o objectivo de permitir uma gestão sustentada da propriedade florestal, esta Zona de Intervenção terá como principal preocupação a diminuição do risco de incêndio, e como passos seguintes a valorização de toda a fileira, garantiu o director executivo da CAULE - a entidade promotora da ZIF do Alva e Alvoco. A trabalhar neste processo desde Outubro de 2005, José Vasco de Campos cedo percebeu que esta era a melhor forma de resolver os problemas dos proprietários, numa zona muito “pulverizada”, como é esta em que incide a ZIF, conseguindo reunir ao fim de um ano 459 proprietários num total de 4741 hectares. Aproveitando a presença do ministro da Agricultura e também do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural na cerimónia de apresentação pública do projecto, o director da CAULE – Associação Florestal da Beira Serra – pediu mais “celeridade” nos processos, nomeadamente na questão do cadastro dos terrenos. Na “linha da frente” em matéria de ZIF’s, José Vasco de Campos aproveitou ainda para solicitar à tutela que facilite os negócios jurídicos dentro destas áreas, de modo a pôr ordem neste “caos” de registos. «É impensável que uma propriedade pague mais de registo do que aquilo que ela vale», considerou o engenheiro técnico florestal, que além da pulverização da propriedade, elege como “inimigo” número um da floresta as acácias – também conhecidas por mimosas – para quem pediu mais atenção por parte do Governo, pois se não forem atacadas «podem trazer graves danos à floresta e à biodiversidade». Depois de um ano de trabalho intenso, que levou à criação da primeira ZIF do país, José Vasco julga agora que o sucesso desta Zona de Intervenção passa também pelo «envolvimento das autoridades locais».l

GOIS - promove inclusão social de 150 jovens

O município de Góis viu aprovada a sua candidatura ao Programa Escolhas. Os trabalhos de preparação começaram este mês e em Janeiro o projecto “Escolhas de Futuro” deverá arrancar em grande. Depois da aprovação, por parte do Governo, da candidatura do município de Góis ao Programa Escolhas, a Câmara Municipal já está a trabalhar no terreno para, a partir de Janeiro, fazer chegar o projecto “Escolhas de Futuro” a 150 crianças e jovens do concelho. As oportunidades que este projecto permite são muitas, sempre tendo em vista áreas fundamentais – a promoção da inclusão social e formação profissional, a ocupação dos tempos livres e participação comunitária, a plena integração na sociedade e a inclusão digital – quatro áreas que, de resto, são as apostas de intervenção do “Escolhas de futuro”, um programa que visa promover a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos sócio-económicos mais vulneráveis. Promovido pela Câmara Municipal de Góis e gerido pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER), o projecto “Escolhas de Futuro” pretende «responder a um conjunto de problemas que foram encontrados no diagnóstico social», afirmou Helena Moniz, vice-presidente da autarquia, explicando que os problemas encontrados são os que já se conhecem: a população envelhecida, com baixo nível de escolaridade e pais com reduzida preocupação com a vida escolar dos filhos. Um cenário que levou a autarquia a fazer a candidatura ao programa Escolhas para «aproveitar cada uma das medidas e adaptá-las à nossa realidade», explicou a vereadora que, recentemente se deslocou a Lisboa para a assinatura dos protocolos de cooperação do programa nacional Escolhas que, no município de Góis, assume a denominação de “Escolhas de Futuro”.
Neste ponto privilegia-se o «envolvimento dos jovens nos movimentos associativos e na própria comunidade», explica a vereadora, que enfatiza a prioridade que será dada aos jovens imigrantes, de modo a que eles possam mais facilmente se sentirem inseridos na comunidade. E porque Góis é um concelho com baixo nível de escolaridade, o trabalho no programa “Escolhas de Futuro” passa também pela inclusão escolar, «combatendo o abandono e apoiando o sucesso escolar», diz a vereadora, que para isso aposta no estudo acompanhado e na criação de um gabinete de apoio psicossocial, este último uma «lacuna» no concelho.